Eleito deputado federal com 74.787 votos no pleito de 7 de outubro de 2018, o cabo da Reserva Remunerada da Polícia Militar Josias Mário da Vitória (PPS), o Da Vitória, está encerrando seu terceiro mandato consecutivo como deputado estadual. Ao longo de 12 anos, Da Vitória procurou honrar o mandato. Valorizou Comissões importantes da Assembleia Legislativa, como a Segurança Pública e Educação, quando poucos parlamentares se interessavam em integrar os Colegiados.
Ao longo dos três mandatos, Da Vitória procurou dar visibilidade aos anseios da Polícia Militar e das demais forças de segurança pública. Enfrentou obstáculos e inimigos, mas adquiriu muito mais amigos e vitórias.
Pela primeira vez, Da Vitória fala dos momentos difíceis que enfrentou nesses 12 anos. O pior deles, sem dúvida, foi o aquartelamento dos policiais militares, durante 22 dias de fevereiro de 2017.
“Cheguei a ficar doente. Tive herpes e parte do meu corpo ficou paralisada”, relembra Da Vitória, nesta entrevista ao Blog do Elimar Côrtes, em que ele fala também do que pretender fazer, a partir de fevereiro de 2019, quando toma posse na Câmara Federal:
“No meu mandato, trabalharei em duas frentes: a defesa do Pacto Federativo, visando o fortalecimento dos municípios, e a segurança pública”.
Da Vitória não poupa de críticas ao governador Paulo Hartung, a quem o deputado chama de covarde, medroso e arrogante, e parte de seu governo.
Se eu tiver a chance de integrar alguma comissão que discuta as mudanças, vou requisitar a presença de Juiz de Direito, promotores de Justiça, defensores públicos para nos ajudar na elaboração de estudos que garantam mudanças na legislação. Precisamos garantir que o apenado tenha a ressocialização, mas, ao mesmo tempo, precisamos garantir que o criminoso condenado seja efetivamente punido dentro da lei. O Estado precisa dar condições para que o apenado saia da cadeia com perspectiva de uma atuação profissional, para evitar a reincidência. O poder dentro dos presídios tem de ser exercido pelo Estado, e não por facções criminosas.
Precisamos de uma divisão mais igualitária para que possamos fortalecer nossos municípios. Os impostos são pagos no município e nos estados, mas a maior fatia fica com a União.
Também já estou lutando para que a empresa Olam, uma das maiores do ramo de café do mundo, se instale em Colatina, incrementando ainda mais o desenvolvimento da Região Noroeste capixaba. A Olam tem sede em Singapura (na Ásia) e atua em agronegócio em mais de 70 países do mundo.
O Espírito Santo tem um passivo enorme de investimento. Nós, que temos mandato, precisamos brigar mais pelo nosso Estado. É com essa disposição que vou para Brasília.
Os 12 anos de mandato como deputado estadual, em que sempre lutei pelos interesses da sociedade capixaba e procurei levar investimentos para todas os municípios do Estado e os 74.787 votos que obtive nas eleições de 7 de outubro deste ano, me permitem poder continuar brigando em prol dos municípios.
A “greve” na Polícia Militar em fevereiro de 2017, foi, sem dúvida, o pior momento nesses 12 anos de mandato de deputado estadual. Não tanto pelo enfrentamento que fiz ao governador Paulo Hartung e parte de sua equipe, até porque tive apoio da sociedade. A maioria dos capixabas entendeu que a luta foi necessária. Não participei de nenhum movimento, mas jamais deixei de dar apoio aos irmãos injustiçados. Minha participação, como parlamentar, foi o de incentivar o diálogo, para o fim do aquartelamento. Infelizmente o governador e parte de sua equipe não quiseram o diálogo.
Guerra de bastidores
O movimento feito pelo governador Hartung e sua cúpula no em torno da segurança pública foi muito tenso e pesado nos bastidores. Eu mesmo me senti ameaçado. A todo instante, eu recebia mensagens, vindas de diversos setores do governo e do Parlamento, de que eu poderia me dar mal.
Fui, diversas vezes, procurado por familiares em plena madrugada. Os familiares me telefonavam para reclamar de ações do governo, para relatar seu drama. Eu mesmo fiquei doente. Tive herpes, metade do meu corpo sofreu paralisia, algo que estou falando pela primeira vez neste momento. O sentimento que tive naquele período foi de solidão, porque poucas foram as autoridades que defenderam as injustiças cometidas contra os policiais ou procuraram ajudar a encerrar o movimento.
Em todo momento, porém, eu sempre tive certeza do que estava fazendo, que era o de fazer justiça em defender a Corporação, os policiais e seus familiares contra a covarde e vazia que o governo fez contra membros da PM. O governo foi covarde e mesquinho.
Mentiras contadas pelo governo
Se eu não tivesse um mandato na Assembleia Legislativa, ficaria como verdade a mentira contada pelo então secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, de que os policiais militares incendiaram diversos ônibus durante a “greve” da categoria.
Se eu não tivesse um mandato de deputado e não estivesse na Assembleia Legislativa, ficaria como verdade a mentira contada pelo então secretário André Garcia que eram os policiais militares que estavam assassinando pessoas nas periferias da Grande Vitória.
Se eu não tivesse um mandato de deputado e não estivesse na Assembleia Legislativa, ficaria como verdade a mentira dita por André Garcia de que foram policiais militares que assaltaram o Convento da Penha e agrediram covardemente o Frei Pedro Engel.
Graças ao meu mandato, eu pude me pronunciar diversas vezes no Plenário da Assembleia Legislativa para desmentir o que o André Garcia e demais secretários falavam em nome do governador. Falavam mentiras, diga-se de passagem.
Por várias vezes, eu falei que o governador Hartung é covarde e medroso, porque ele bate nas pessoas e nas instituições com as mãos dos outros. Hartung sabe que o que ele defende não é verdade. Achou que tivesse capital político e que, do alto de sua arrogância, podia bater na mesa para resolver o conflito instalado com a “greve” dos policiais. Agindo com arrogância e covarde, ele causou indignação na classe policial e nos familiares.
Falta de habilidade do governo
A crise na Polícia Militar não foi nem tanta pela falta de valorização e salários baixo. A crise foi se agravando por causa da inabilidade, falta de respeito e ameaças impensadas e irresponsáveis por parte do governo Hartung em cima de uma instituição centenária como a Polícia Militar.
Como prova de dissimulação, falta de equilíbrio e vaidade desse governo Hartung, são os atos posteriores praticados contra a Polícia Militar e não contra pessoas. Me refiro à extinção do BME e da Rotam; me refiro às mudanças nas leis de promoções de praças e oficiais, com o intuito de prejudicar e perseguir aqueles que aderiram ao movimento. Foi uma retaliação rancorosa e medíocre do governo.
De forma irresponsável e incompetente, o governador Paulo Hartung pinçou alguns membros de seu governo para desferir seu ódio sobre policiais, privando de liberdade policiais e seus familiares, punindo severamente membros da PM, até com exclusão.
Os PADs (Processos Administrativos Disciplinares) instaurados pela PM comprovam erros de um governador que governa com ódio.
Na verdade, temos que ter pena dos serviçais que contribuíram com a vaidade do governador, como os ex-secretários André Garcia (Segurança Pública), Júlio Pompeu (Direitos Humanos) e os atuais secretários Paulo Roberto Ferreira e José Carlinhos da Fonseca. O governador Hartung usou esses serviçais para espalhar mentiras e desferir ódio sobre a PM e os policiais.
Ao longo dos três mandatos, Da Vitória procurou dar visibilidade aos anseios da Polícia Militar e das demais forças de segurança pública. Enfrentou obstáculos e inimigos, mas adquiriu muito mais amigos e vitórias.
Pela primeira vez, Da Vitória fala dos momentos difíceis que enfrentou nesses 12 anos. O pior deles, sem dúvida, foi o aquartelamento dos policiais militares, durante 22 dias de fevereiro de 2017.
“Cheguei a ficar doente. Tive herpes e parte do meu corpo ficou paralisada”, relembra Da Vitória, nesta entrevista ao Blog do Elimar Côrtes, em que ele fala também do que pretender fazer, a partir de fevereiro de 2019, quando toma posse na Câmara Federal:
“No meu mandato, trabalharei em duas frentes: a defesa do Pacto Federativo, visando o fortalecimento dos municípios, e a segurança pública”.
Da Vitória não poupa de críticas ao governador Paulo Hartung, a quem o deputado chama de covarde, medroso e arrogante, e parte de seu governo.
Frentes de trabalho
No meu mandato, trabalharei em duas frentes: a defesa do Pacto Federativo, visando o fortalecimento dos municípios, e a segurança pública. Neste segundo item, vou buscar viabilizar a vinda de recursos para o governador Renato Casagrande poder investir na tecnologia, qualificação, aparelhamento e valorização dos policiais.Mudanças na Legislação Penal
Como forma de ajudar no combate à violência e na melhoria da segurança dos cidadãos, minha meta é integrar a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados e outras subcomissões, de modo que eu possa ajudar na formulação de propostas visando alterações nos Códigos Penal e de Processo Penal, além da Lei de Execuções Penais.Ressocialização dos apenados
Vou me debruçar sobre a Lei de Execuções Penais e buscar a sua atualização no sentido de promover uma verdadeira ressocialização dos apenados. O Estado brasileiro é omisso nessa questão.Se eu tiver a chance de integrar alguma comissão que discuta as mudanças, vou requisitar a presença de Juiz de Direito, promotores de Justiça, defensores públicos para nos ajudar na elaboração de estudos que garantam mudanças na legislação. Precisamos garantir que o apenado tenha a ressocialização, mas, ao mesmo tempo, precisamos garantir que o criminoso condenado seja efetivamente punido dentro da lei. O Estado precisa dar condições para que o apenado saia da cadeia com perspectiva de uma atuação profissional, para evitar a reincidência. O poder dentro dos presídios tem de ser exercido pelo Estado, e não por facções criminosas.
Defesa por divisão igualitária dos impostos
No início do atual mandato, em 2015, percorri o Estado discutindo, por meio de uma comissão da Assembleia Legislativa, um novo Pacto Federativo para o Brasil. Hoje, 68% dos impostos pagos por todos nós, vão para o governo federal. Os municípios ficam com apenas 12% e, os Estados, com o restante. É nos municípios que se localizam os gargalos. Os municípios recebem creches e postos de saúde dos governos federal e estadual, mas os professores, médicos e demais profissionais, têm de ser contratados e pagos pelas Prefeituras.Precisamos de uma divisão mais igualitária para que possamos fortalecer nossos municípios. Os impostos são pagos no município e nos estados, mas a maior fatia fica com a União.
Fortalecimento econômico dos municípios capixabas
Fui o candidato a deputado federal mais votado em 25 dos 78 municípios capixabas. Tenho uma identificação muito grande com as questões municipais. No meu futuro mandato, vou trabalhar para viabilizar de forma estruturante para a chegada de grandes projetos para o Espírito Santo. Como, por exemplo, a construção de mais um porto.Também já estou lutando para que a empresa Olam, uma das maiores do ramo de café do mundo, se instale em Colatina, incrementando ainda mais o desenvolvimento da Região Noroeste capixaba. A Olam tem sede em Singapura (na Ásia) e atua em agronegócio em mais de 70 países do mundo.
O Espírito Santo tem um passivo enorme de investimento. Nós, que temos mandato, precisamos brigar mais pelo nosso Estado. É com essa disposição que vou para Brasília.
Os 12 anos de mandato como deputado estadual, em que sempre lutei pelos interesses da sociedade capixaba e procurei levar investimentos para todas os municípios do Estado e os 74.787 votos que obtive nas eleições de 7 de outubro deste ano, me permitem poder continuar brigando em prol dos municípios.
Movimento de fevereiro de 2017 dos policiais militares:
Incentivo ao diálogoA “greve” na Polícia Militar em fevereiro de 2017, foi, sem dúvida, o pior momento nesses 12 anos de mandato de deputado estadual. Não tanto pelo enfrentamento que fiz ao governador Paulo Hartung e parte de sua equipe, até porque tive apoio da sociedade. A maioria dos capixabas entendeu que a luta foi necessária. Não participei de nenhum movimento, mas jamais deixei de dar apoio aos irmãos injustiçados. Minha participação, como parlamentar, foi o de incentivar o diálogo, para o fim do aquartelamento. Infelizmente o governador e parte de sua equipe não quiseram o diálogo.
Guerra de bastidores
O movimento feito pelo governador Hartung e sua cúpula no em torno da segurança pública foi muito tenso e pesado nos bastidores. Eu mesmo me senti ameaçado. A todo instante, eu recebia mensagens, vindas de diversos setores do governo e do Parlamento, de que eu poderia me dar mal.
Fui, diversas vezes, procurado por familiares em plena madrugada. Os familiares me telefonavam para reclamar de ações do governo, para relatar seu drama. Eu mesmo fiquei doente. Tive herpes, metade do meu corpo sofreu paralisia, algo que estou falando pela primeira vez neste momento. O sentimento que tive naquele período foi de solidão, porque poucas foram as autoridades que defenderam as injustiças cometidas contra os policiais ou procuraram ajudar a encerrar o movimento.
Em todo momento, porém, eu sempre tive certeza do que estava fazendo, que era o de fazer justiça em defender a Corporação, os policiais e seus familiares contra a covarde e vazia que o governo fez contra membros da PM. O governo foi covarde e mesquinho.
Mentiras contadas pelo governo
Se eu não tivesse um mandato na Assembleia Legislativa, ficaria como verdade a mentira contada pelo então secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, de que os policiais militares incendiaram diversos ônibus durante a “greve” da categoria.
Se eu não tivesse um mandato de deputado e não estivesse na Assembleia Legislativa, ficaria como verdade a mentira contada pelo então secretário André Garcia que eram os policiais militares que estavam assassinando pessoas nas periferias da Grande Vitória.
Se eu não tivesse um mandato de deputado e não estivesse na Assembleia Legislativa, ficaria como verdade a mentira dita por André Garcia de que foram policiais militares que assaltaram o Convento da Penha e agrediram covardemente o Frei Pedro Engel.
Graças ao meu mandato, eu pude me pronunciar diversas vezes no Plenário da Assembleia Legislativa para desmentir o que o André Garcia e demais secretários falavam em nome do governador. Falavam mentiras, diga-se de passagem.
Por várias vezes, eu falei que o governador Hartung é covarde e medroso, porque ele bate nas pessoas e nas instituições com as mãos dos outros. Hartung sabe que o que ele defende não é verdade. Achou que tivesse capital político e que, do alto de sua arrogância, podia bater na mesa para resolver o conflito instalado com a “greve” dos policiais. Agindo com arrogância e covarde, ele causou indignação na classe policial e nos familiares.
Falta de habilidade do governo
A crise na Polícia Militar não foi nem tanta pela falta de valorização e salários baixo. A crise foi se agravando por causa da inabilidade, falta de respeito e ameaças impensadas e irresponsáveis por parte do governo Hartung em cima de uma instituição centenária como a Polícia Militar.
Como prova de dissimulação, falta de equilíbrio e vaidade desse governo Hartung, são os atos posteriores praticados contra a Polícia Militar e não contra pessoas. Me refiro à extinção do BME e da Rotam; me refiro às mudanças nas leis de promoções de praças e oficiais, com o intuito de prejudicar e perseguir aqueles que aderiram ao movimento. Foi uma retaliação rancorosa e medíocre do governo.
De forma irresponsável e incompetente, o governador Paulo Hartung pinçou alguns membros de seu governo para desferir seu ódio sobre policiais, privando de liberdade policiais e seus familiares, punindo severamente membros da PM, até com exclusão.
Os PADs (Processos Administrativos Disciplinares) instaurados pela PM comprovam erros de um governador que governa com ódio.
Na verdade, temos que ter pena dos serviçais que contribuíram com a vaidade do governador, como os ex-secretários André Garcia (Segurança Pública), Júlio Pompeu (Direitos Humanos) e os atuais secretários Paulo Roberto Ferreira e José Carlinhos da Fonseca. O governador Hartung usou esses serviçais para espalhar mentiras e desferir ódio sobre a PM e os policiais.