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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MANDA OFÍCIO À POLÍCIA CIVIL E AO MINISTÉRIO PÚBLICO: Investigador Sérgio Camilo vai responder procedimentos por ofender deputado Euclério Sampaio em sessão da Comissão de Segurança

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A Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo encaminhou ofício à Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) em que representa em desfavor do investigador de Polícia Civil Sérgio Camilo Gomes, que, durante sessão ordinária da Comissão, tratou de forma desrespeitosa o deputado estadual Euclério Sampaio.

Ao mesmo tempo, a Ales quer que a Corregedoria Geral da Polícia Civil instaure um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Sérgio Camilo, para julgar  a conduta do policial, e que o Ministério Público Estadual instaure um procedimento investigativo como forma de, se for o caso, denunciar Sérgio Camilo pelos crimes de calúnia e difamação contra Euclério Sampaio.

Sérgio Camilo compareceu à sessão da Comissão de Segurança Pública do dia 26 de fevereiro deste ano. Foi convidado para participar da reunião no intuito de esclarecer a respeito da fuga do ex-policial civil Helijones da Silva Tetzner, que estava preso na Delegacia Distrital de Vila Velha (Alpha 10), pela acusação de tráfico de drogas.

Helijones “fugiu” pela porta da frente da delegacia na madrugada do dia 20 de novembro de 2011. No local, ficam presos somente policiais civis acusados de crimes.

Sérgio Camilo estaria de plantão naquela madrugada da fuga, mas, no dia anterior, telefonou para um colega, dizendo que não poderia trabalhar, e acabou trocando o plantão. O colega quase foi condenado e expulso por conta da fuga do policial- traficante Helijones.

O caso até hoje não foi devidamente esclarecido pela Polícia Civil. Por isso, a Comissão de Segurança Pública da Ales convidou Sérgio Camilo para explicar, pois, no final do ano passado, o Colegiado recebeu denúncias dando conta de irregularidades que facilitaram a fuga de Helijones.

De acordo com a Comissão de Segurança Pública, Sérgio Camilo, convidado pelo Colegiado para prestar informações a seus membros, houve por bem, antes mesmo dos esclarecimentos a que foi convidado, “levantou a suspeição do Deputado Euclério Sampaio, fazendo-a de maneira desrespeitosa, agressiva, arrogante, desleal,  tornou-se um cidadão inconveniente naquele recinto, diante não só dos Deputados membros da Comissão, como diante de mais de 50 pessoas, entre homens e mulheres”.

De acordo com a Assembleia Legislativa, Sérgio Camilo atacou o deputado Euclério Sampaio, “com total desatino, usando palavras caluniosas e faltando acima de tudo com o próprio decoro parlamentar, já que está no exercício do mandato de Vereador (em Cariacica).  Ao ofender a honra do Deputado Euclério Sampaio, dentre outras palavras disse: ‘NÃO TEM MORAL’ por ser meu inimigo político”.

Para a Comissão de Segurança Pública, pelas palavras  deferidas pelo Servidor Sérgio Camilo Gomes, têm configurados: “Os crimes contra a honra, basicamente, a calúnia, a difamação e a injúria, definidos nos artigos 139 e 140 , do Código Penal, bem como o Código de ética do servidor público estadual”.

No ofício encaminhado à Sesp, à Chefia de Polícia e à Corregedoria Geral de Polícia Civil, a Comissão de Segurança Pública explica expõe os motivos que levaram o Colegiado a representar contra Sérgio Camilo Gomes:

EXCELENTÍSSIMO  SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

A Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, por seu Presidente – Deputado Estadual Gilsinho Lopes, no exercício regular de suas funções,  por força do art. 54, XII c/c 67, I, do Regimento Interno, vem fazer REPRESENTAÇÃO contra o Servidor Sérgio Camilo Gomes, para tanto expõe os fatos  para em seguida requerer as providências necessárias:

Primeiro passo é respeitar a legalidade. O processo administrativo é destinado a apurar a responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas funções ou relacionada com as atribuições do seu cargo. Dessa forma, para que seja possível a abertura do procedimento, é necessário que a administração possua conhecimento da irregularidade envolvendo o servidor envolvido nos fatos.

Quer respeitar, antes de tudo, a  legalidade, como princípio de administração, já que o funcionário público independente da função que ocupe está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei, e às exigências do bem-comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido, abusivo e expor-se à responsabilidades disciplinares, funcional, civil e até mesmo criminal.

Não é demais  citar os dizeres do Nobre Prof. Ives Gandra da Silva Martins

“Ninguém é obrigado a ser servidor público. Se o for, entretanto, deve saber que a sua função oferece mais obrigações e menos direitos que na atividade privada. É que o servidor é antes de tudo um servidor da comunidade e não um servidor de si mesmo, sendo seus direitos condicionados aos seus deveres junto à sociedade (Comentários à Constituição do Brasil, vol. 6, tomo II, Ed. Saraiva, 2a. ed., 2001, p. 429)”
Partindo-se deste princípio, o Servidor Público Estadual – Senhor Sérgio Camilo Gomes, investigador de polícia, convidado pela Comissão de Segurança para prestar informações a seus membros, houve por bem, antes mesmo dos esclarecimentos a que foi convidado, “levantou a suspeição do Deputado Euclério Sampaio”, fazendo-a de maneira desrespeitosa, agressiva, arrogante, desleal,  tornou-se um cidadão inconveniente naquele recinto, diante não só dos Deputados membros da Comissão, como diante de mais de 50 pessoas, entre homens e mulheres.

Contra o Deputado Euclério Sampaio, com total desatino, usando palavras caluniosas e faltando acima de tudo com o próprio decoro parlamentar, já que está no exercício do mandato de Vereador.  Ao ofender a honra do Deputado Euclério Sampaio, dentre outras palavras disse: “NÃO TEM “MORAL” por ser inimigo político, dele “representado”.

Pelas palavras  deferidas pelo Servidor Sérgio Camilo Gomes, têm configurados:

Os crimes contra a honra, basicamente, a calúnia, a difamação e a injúria, definidos nos artigos 139 e 140 , do Código Penal, bem como o Código de ética do servidor público estadual.

Pelo que se viu o Servidor publico estadual,  policial civil, ao atacar a honra, que  é um valor pessoal que corresponde à posição que o ser humano ocupa entre os seus iguais, teve a intenção de ofender, isto é, o ânimo de atingir a honra do Deputado Euclério Sampaio, na vista de todos que estavam presentes na audiência da Comissão de Segurança pela maneira clara da forma com que foram proferidas as palavras pelo representado naquele recinto.
Pelos lamentáveis fatos, verifica-se que a conduta do representado desrespeitou afrontosamente, não só a Comissão de Segurança, e em especial ao Deputado Euclério Sampaio, bem como a todo o parlamento, enquadrando-se perfeitamente  no art. 139, c/c, art. 140 do Código Penal.
O fato do servidor representado, ser vereador, não detém imunidade parlamentar por se encontrar fora da circunscrição,  já decidiu o STF, a respeito do assunto: in verbis:
“STF garante imunidade de vereador no exercício do mandato
“Nos limites da circunscrição do município e havendo pertinência com o exercício do mandato, garante-se a imunidade do vereador”. Esta tese foi assentada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão desta quarta-feira (25), ao dar provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 600063, com repercussão geral reconhecida. Os ministros entenderam que, ainda que ofensivas, as palavras proferidas por vereador no exercício do mandato, dentro da circunscrição do município, estão garantidas pela imunidade parlamentar conferida pela Constituição Federal, que assegura ao próprio Poder Legislativo a aplicação de sanções por eventuais abusos.”
Também, no que diz respeito ao código de ética do servidor público estadual, é passivo de punição administrativa o representado.
DECRETO Nº 1595-R, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2005
(.....)
Art. 2º É dever do servidor público:
(....)
III – tratar com cortesia, urbanidade e atenção os demais servidores públicos e os usuários do serviço público;
Senhor Secretário de Segurança, para que o representado seja punido administrativamente e posteriormente penalmente, o CPP exige a demonstração de dois requisitos do crime, ou seja, a autoria e materialidade, que devem ser apurados no competente inquérito administrativo instaurado pela Corregedoria da Policia Civil, servindo de base o inquérito administrativo mais a documentação que segue em anexo a presente representação.
Requer, a Vossa Excelência, Sr. Secretario de Segurança Pública, o encaminhamento da representação com base no  Art. 20. do Decreto acima destacado para a devida punição cabível.  A representação, para efeito deste Código, compreende a formalização de informação na qual se alega uma transgressão ao Código de Ética por um servidor ou por servidores de um órgão ou entidade pública, (doc. em anexo)
Requer, também, a  Vossa Excelência seja remetida a presente representação ao Corregedor da Policia Civil, para as providências cabíveis por se tratar de policial civil e ter sido convidado pela Comissão de Segurança para dar informações sobre matéria relacionada à sua função.
Requer, ainda, seja remetido ao Ministério Público, para que o mesmo possa instaurar  a competente Ação Penal. Para que o representado seja condenado nas penas cominadas para pratica dos referidos delitos, já que o CPP exige a demonstração de dois requisitos do crime, a autoria e a materialidade, que devem ser apurados no competente processo penal.
Requer, ao final, seja dada ciência a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa dos resultados das diligências aqui pleiteadas num prazo máximo de 120 dias.
Para tanto, o Presidente desta Comissão não distanciará, no curso das investigações,  de que:
A Constituição Federal de 1988 estabelece em seu art. 5º, inciso LV,  “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, como os meios e recursos a ela inerentes”. É o respeito ao primado da nossa Carta Maior, que a todos devem ser observados.
Segue em anexo: a ata da Sessão da Comissão de Segurança, notas taquigráficas e vídeo da TV, que acompanhavam a referida Comissão.

Sala da Comissão de Segurança,   27  de  fevereiro de 2018.

Deputado Gilsinho Lopes
Presidente da Comissão de Segurança e
Combate ao Crime Organizado


                           




ISMAEL E ANA CRISTINA FORATTINI PRESTAM DEPOIMENTO SOBRE O CRIME: Polícia reabre investigação do assassinato da esposa de escrivão de Polícia ocorrido há 17 anos

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Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, uma notícia que pode significar a punição de um homicídio ocorrido há 17 anos. Por ordem do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, a Corregedoria Geral da Polícia Civil reabriu as investigações do assassinato que teve como vítima a bancária Virgínia Estela Amorim, fuzilada na noite dia 27 de junho de 2001, ao chegar em casa, no bairro Mata da Praia, em Vitória, quando tinha 41 anos de idade.


Virgínia foi morta por um matador de aluguel – contratado pelo mandante do crime – quando descia de seu carro e entrava em casa, onde sua filha de 5 anos e a empregada da residência a aguardavam.

Há uma semana, o delegado-corregedor Alessandro Girardi intimou e ouviu depoimentos dos delegados Ismael Forattini de Lima e Ana Cristina Forattini de Lima. Os dois são irmãos do escrivão de Polícia aposentado Jefferson Forattini Peixoto de Lima, que está preso por ordem da Justiça Federal por conta da Operação Paralelo, que investiga o mercado de câmbio irregular no Estado do Espírito Santo.
                                           
Os irmãos Ismael e Ana Cristina Forattini foram ouvidos porque o MPES recebeu um vasto dossiê anônimo, detalhando todo o esquema da morte de Virgínia: quem matou, os mandantes e os responsáveis pela fuga do pistoleiro.

Coincidentemente, na época da morte de Virgínia (em 2001), Jefferson Forattini estava preso. Ele havia sido indiciado pela Polícia Federal, denunciado pelo Ministério Público Estadual e julgado e condenado pela Justiça pela acusação de integrar uma quadrilha de receptação de cargas roubadas de caminhões e por formação de quadrilha.

Mesmo condenado, Jefferson Forattini foi aposentado por invalidez, sem ser  submetido a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

A Polícia Civil do Espírito Santo sempre teve má vontade em investigar o assassinato da  bancária Virgínia. Desde os primeiros momentos do assassinato, jamais ouviu alguém que pudesse agregar informações importantes ao Inquérito Policial, apesar de um dos primeiros policiais a chegar ao local do assassinato tenha sido o delegado Ismael Forattini, que foi à residência na condição de cunhado da vítima e para dar proteção à sobrinha de 5 anos, além de providenciar a liberação do corpo de Virgínia para sepultamento junto aos demais familiares da bancária.

Na condição de marido, o escrivão Jefferson Forattini, que estava preso na época, foi ouvido duas vezes, "mas em nada ajudou nas investigações".

O dossiê enviado ao Ministério Público, com cópia para a Corregedoria da Polícia Civil, informa que o pistoleiro que matou Virgínia foi o ex-tenente da Polícia Militar Paulo Jorge Gomes Ferreira, o PJ, que também já foi assassinado.

NOVO LAUDO REFORÇA QUE JOVEM SE JOGOU DO 12º ANDAR DE FLAT EM CAMBURI, AFIRMA DEFESA: Julgamento do empresário acusado de matar Gabriela Regattieri será dia 4 de abril

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O Departamento de Criminalística da Polícia Civil já encaminhou ao juiz Marcos Pereira Sanches, da 1ª Tribunal do Júri de Vitória, o laudo completo de uma nova perícia realizada em um dos apartamentos localizados no 12º andar de um flat, na avenida Dante Michelini, em Camburi, onde ocorreu uma tragédia há 22 anos: a morte da estudante de Direito Gabriela Regattieri Chermont.

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo sustenta a tese de que Gabriela teria sido jogada do apartamento por seu então namorado, o empresário Luiz Cláudio Ferreira Sardenberg. A defesa, agora mais do que nunca, garante que não houve homicídio e diz que Gabriela teria cometido suicídio, ao se jogar do 12º andar do flat. A tragédia ocorreu no dia 21 de outubro de 1996, quando a moça Gabriela tinha 19 anos de idade.

Em 13 de outubro de 2016, o Ministério Público juntou uma petição no processo de número 1137861-14.1998.8.08.0024, que trata do caso Gabriela Regattieri Chermont. A petição foi um requerimento do MPES para que fosse designado novo médico legista para realização do necessário laudo pericial, uma vez que o Médico Legista subscritor do laudo afirma não se sentir confortável para prestar esclarecimentos durante a sessão de julgamento a ser realizado, pois tomou conhecimento do parentesco após a elaboração do aludido laudo pericial.
No dia 17 do mesmo mês, o juiz Marcos Sanches determinou nova perícia.

De posse do novo laudo, o juiz marcou para o dia 4 de abril de 2018, a partir das 9 horas, o julgamento do empresário Luiz Cláudio. O novo laudo, solicitado pelo magistrado, atendeu pedido do MPES. O júri Popular vai acontecer no Salão do Júri Popular, no Fórum Criminal de Vitória, na Cidade Alta.

O Ministério  Público afirma na denúncia que Luiz Cláudio teria agredido Gabriela dentro de seu apartamento e depois a jogado do 12º andar. Para a defesa de Luiz Cláudio, no entanto, Gabriela teria cometido suicídio, por discordar do fim do namoro com o empresário.

O advogado Raphael Americano Câmara, um dos defensores de Luiz Cláudio, entende que o novo laudo, elaborado pelo Departamento de Criminalística da Superintendência de Polícia Técnico-Científica, corrobora com a tese de suicídio.

Quase um ano depois – no dia 9 de outubro de2017 –, o chefe do Departamento de Criminalística da Polícia Civil, Renato Koscky Júnior, encaminhou ao juiz Marcos Pereira Sanches o laudo complementar nº 17842/2017. O laudo, que contém as respostas às perguntas formuladas pelo Ministério Público e pela defesa, é assinado pela perita criminal Fabianne de Paiva Cardoso e pelo perito criminal Francisco Mutz Ratzke.

Algumas das respostas dadas pelos peritos criminais no novo laudo permitem aos advogados de Luiz Cláudio a acreditarem na absolvição do denunciado. O advogado Raphael Câmara destaca algumas. Cita como exemplo o item 12, em que é feita a seguinte indagação:  “A denúncia informa que o denunciado LUIZ CLÁUDIO agrediu a vítima violentamente. Da análise dos laudos periciais e demais documentos, é possível chegar a essa conclusão? A resposta dos peritos é “não”.

Da mesma forma, salienta o advogado, o item 13 pergunta: “A denúncia afirma que, após agredir GABRIELA, LUIZ CLÁUDIO projetou a vítima ao espaço” Da análise dos laudos periciais e demais documentos, é possível chegar a essa conclusão? “Mais uma vez a resposta é não”.

Raphael Câmara salienta também o item 14: “A denúncia afirma que houve luta no apartamento. Da análise dos laudos periciais e demais documentos, é possível chegar a essa conclusão?”. Os peritos criminais responderam “não”.

O caso é mesmo complexo. O primeiro Laudo de Exame de Morte Violenta do Departamento de Criminalística da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo, assinado por dois peritos, “concluiu pela possibilidade de ação voluntária da vítima (Gabriela), porém, ficando condicionadas às demais provas dos autos e dos suplentes dos médicos legistas.”

Já o Laudo de Exumação do corpo de Gabriela periciado no Departamento Médico Legal do Espírito Santo, assinado por dois médicos legistas, dentre outras conclusões, “afirma a ausência de fraturas dos pilões tibiais, talus e calcâneos, excluindo por completo a possibilidade de queda em pé da mesma.”

Por sua vez, o  Laudo de Exame de Morte Violenta do Instituto de Criminalística da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal conclui que face “as lesões encontradas no exame necroscópio como o ponto de impacto no solo não são característicos do suicídio por projeção voluntária da vítima.”

Já o parecer técnico, realizado por um Escritório de Criminalística particular e juntado aos autos pela defesa do acusado, converge para o suicídio da vítima.  Com base nessas provas técnicas, o advogado Raphael Câmara afirma que eventuais dúvidas foram sanadas pelos novos laudos, todos apresentados por médicos legistas e peritos criminais da própria Polícia Civil, indicando que Gabriela suicidou-se. E conclui o advogado Raphael Câmara:

“É preciso compreender essa tragédia. O suicídio deixa marcas profundas e indeléveis na família. Mas também é preciso humildade e conformação frente à verdade, e as provas confirmam que Gabriela lamentavelmente suicidou-se”.

Abaixo, a íntegra do ofício encaminhado à Justiça pelo Departamento de Criminalística:

Laudo: 17842/2017

LAUDO COMPLEMENTAR

1. PREÂMBULO

Ao segundo dia do mês de outubro do ano de dois mil e dezessete (02.10.2017), nesta capital do Estado do Espírito Santo e no Departamento de Criminalística da Superintendência de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, em conformidade com a legislação e os dispositivos regulamentares vigentes, pelo chefe do Departamento de Criminalística, foram designados os Peritos Criminais Fabianne de Paiva Cardoso e Francisco Mutz Ratzke para responderem os quesitos referentes ao Parecer Técnico N° 12382/2016, a fim de ser atendida a uma requisição da 1ª Vara Criminal de Vitória, referente ao Processo Judicial N°01137861-14.1998.8.08.0024.

2. RESPOSTAS AOS QUESITOS

1. Queiram a senhora perita e o senhor perito signatários do Laudo Pericial N° 12328-2016 informar se a simulação proposta pelo Delegado de Polícia e retratada abaixo é compatível com os demais elementos de prova e quais os possíveis equívocos dessa simulação:

Não é compatível, pois não havia elementos de prova [que] indicassem a presença de uma terceira pessoa auxiliando o acusado para justificar o emprego de dupla impulsão no arremesso de Gabriela pela janela.

2. Queiram a senhora perita e o senhor perito signatários do LAUDO PERICIAL N° 12328-2016 informar se existe qualquer indicação nos laudos periciais e demais documentos analisados sobre a existência de terceira pessoa no apartamento, capaz de imprimir “duplo impulso” sobre a vítima.

Não.

3. Queiram a senhora perita e o senhor perito signatários do LAUDO PERICIAL N° 12328-2016 informar se a hipótese de arremesso indicada no QUESITO 1 (cf. fl. 504), considerando o peitoril e sua extensão – 80 centímetros – poderia deixar marcas de arrastamento ou outras lesões no corpo de GABRIELA quando do eventual lançamento.

Por se tratar de uma superfície pastilhada, ou seja, lisa, lesões escoriativas poderiam ser produzidas com o arrastamento do corpo na quina do peitoril ou da janela. Entretanto, cabe ressaltar que Gabriela trajava um casaco de lã de malha e uma calça comprida de tecido semelhante a lycra, o que dificultaria a ocorrência das referidas lesões. Em relação a lesões contundentes, haveria a possibilidade sim.

4. Quanto ao gráfico “SERIE DE ENGENHARIA CIVIL N° 3” que está abaixo, informem a senhora perito e o senhor perito signatários do LAUDO PERICIAL N° 12.328-2016 por que tal gráfico “não fora corretamente interpretado pelo signatário da peça” indicando, ainda, os equívocos de interpretação (fls. 15-16).

O signatário da peça, ao dizer que “se a vítima tivesse imprimido um impulso cairia mais distante do local onde caiu (queda característica de acidente de trabalho)” desconsiderou que o gráfico ilustra um trabalhador caindo com velocidade inicial de 2 m/s e 3 m/s, ou seja, com impulso inicial. Além disso, exclui a possibilidade de suicídio, como se essa modalidade não permitisse um impulso inicial.

5. Queiram a senhora perita e o senhor perito signatários do LAUDO PERICIAL N° 12328-2016 informar por que o boneco utilizado na simulação “não é adequado para esse tipo de simulação” (fl. 15).

O boneco utilizado possuía estrutura rígida, uma vez que foi manufaturado com arame e ferro. Pelas fotos N° 4 e 5 do Laudo de Exame de Reprodução Simulada, o boneco foi lançado com os braços e as pernas formando um ângulo de 90° em relação ao tronco e, pela ausência de flexibilidade deste, o boneco permaneceria neste formato durante toda a queda, induzindo um movimento de rotação deste, alterando seu posicionamento. Além disso, os bonecos utilizados pesavam 46 e 47 Kg, enquanto Gabriela pesava 54 Kg.

6. Sobre o LAUDO DE EXAME DE LOCAL DE MORTE VIOLENTA N° 129193, queiram a senhora perita e o senhor perito signatários do LAUDO PERICIAL N° 12328-2016 informar se “um saco sintético (fronha de travesseiro) preenchido com aproximadamente vinte quilogramas de areia” é [o] adequado para simular o corpo humano.

Não, devido a diferença da aerodinâmica entre o saco sintético e o corpo humano. Além disso, se for considerado um arremesso, a massa do objeto influenciaria na velocidade inicial.

7. Na folha 14 do qualificado LAUDO PERICIAL N° 12.328-2016, os signatários tratam de única hipótese possível para o homicídio, estando a vítima ocupando a extensão do peitoril com as coxas sobre o mesmo e as pernas penduradas, sofrendo empurrão diagonalmente e à esquerda do peitoril.

Considerando a largura do peitoril e sua extensão – 80 centímetros –, a inexistência de lesões de defesa (fl. 12), de luta no interior do imóvel (fl. 11) e o alinhamento das vestes de GABRIELA (fl. 11), a hipótese levantada no respeitável LAUDO considera GABRIELA voluntariamente sentada naquela posição?

Sim.

8. A colocação violenta de GABRIELA naquela posição narrada no quesito 7 poderia deixar marcas dignas de nota, tais como lesões de defesa, sinais de luta, desalinhamento de vestes além de lesões decorrentes do contato forçoso com o peitoril e a janela?

Sim.

9. As dimensões da janela constantes do LAUDO PERICIAL N° 12.328-2016 indicam 1,2 m de largura e 2,2 m de altura (fl. 13). Não seria 1,2 m de ALTURA e 2,2 m de LARGURA, conforme exposto logo no parágrafo seguinte e na folha 257 do laudo pericial n° 1105/1996?

Sim.

10. Na folha 07 do laudo pericial n° 1105/1996, os senhores peritos indicam dois pontos extremos de lançamento: “(...) região mediana da janela da copa/cozinha e à esquerda desta cerca de 3,65 metros, podendo a projeção ter se dado também em qualquer dos pontos deste percurso”.

Considerando a distância entre a janela da copa/cozinha e a janela do quarto, e conforme o croqui de folha 525 que segue, o laudo pericial N° 1105/1996 também considerou a projeção da janela do quarto?

O Laudo Pericial N° 1105/1996 considerou que a projeção poderia ter se dado em um ponto do peitoril situado em frente à janela do quarto, e não através da referida janela.

11. Quanto ao LAUDO DE LOCAL DE MORTE VIOLENTA N°129193, os peritos informaram que as lesões encontradas no corpo não são características de suicídio. Queiram a senhora perita e o senhor perito signatários do LAUDO PERICIAL N°12.328-2016 se essa conclusão é possível e o porquê?

Não é possível. Conforme descrito no Parecer Técnico N°12328/2016, não foram encontradas informações na literatura que relacionem lesões decorrentes de queda de grande altura com o tipo de modalidade de morte por precipitação (acidente, suicídio ou homicídio) causadora desta. Acrescenta-se que os dados existentes na literatura especializada indicam que a altura da queda e a massa do corpo aparentam ser os fatores mais importantes a influenciarem nos padrões das lesões, uma vez que estão diretamente relacionados com a velocidade do impacto (altura) e com a energia cinética (massa). Estudos recentes relacionam a altura de queda, idade e massa da vítima com algumas lesões típicas, as quais incluem aquelas encontradas no corpo de Gabriela, conforme item 4.4 do Laudo de exame necroscópico emitido pelo DML de Vitória-ES após exumação.

12. A denúncia informa que o denunciado LUIZ CLÁDIO “agrediu a vítima violentamente”. Da análise dos laudos periciais e demais documentos, é possível chegar a essa conclusão?

Não.

13. A denúncia afirma que, após agredir GABRIELA, LUIZ CLÁUDIO “projetou a vítima ao espaço”. Da análise dos laudos periciais e demais documentos, é possível chegar a essa conclusão?

Não.

14. A denúncia afirma “que houve luta no apartamento”. Da análise dos laudos periciais e demais documentos, é possível chegar a essa conclusão?

Não.

15. A denúncia afirma que LUIZ CLÁUDIO “impingiu à vítima, um padecimento desnecessário, espancando-a antes de atirá-la do prédio (...)”. Da análise dos laudos periciais e demais documentos, é possível chegar a essa conclusão?

Não.

16. Da análise dos laudos periciais e demais documentos, é possível afirmar que LUIZ CLÁUDIO promoveu “o uso de meios que dificultaram a defesa da vítima”, conforme consta na denúncia?

Não.


3. ENCERRAMENTO
Nada mais havendo a registrar, encerra-se o presente parecer técnico, composto de 06 (seis) folhas impressas no anverso, que depois de redigido e revisado, foi lido e achado conforme, segue devidamente assinado, aos seis dias do mês de outubro do ano dois mil e dezessete (06.10.2017), no Departamento de Criminalística em Vitória-ES.

Assinado por Fabianne de Paiva Cardoso e Francisco Mutz Ratzke (Peritos Criminais)

ELES FORAM INCORPORADOS EM 2011 E TRABALHAM JUNTOS: Polícia Militar do Espírito Santo reconhece pela primeira vez o casamento entre dois soldados

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Os soldados B.B.C. e G.M.F. se conheceram no Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar do Espírito Santo em 2011. Da amizade, nasceu o amor; o amor acaba de se transformar em casamento. O Boletim Geral da PM de quinta-feira (08/03), quando se comemorou o Dia Internacional da Mulher, publicou a união homoafetiva dos dois militares, inclusive, com a alteração em seus nomes.

Agora casados, B. acrescentou ao seu nome o último sobrenome de G. – e vice-versa. É a primeira vez na história que dois militares do mesmo sexo de uma mesma corporação se casam em terras capixabas.

O casal foi incorporado à PMES em abril de 2011. Os dois soldados estão lotados na 11ª Companhia Independente, localizada em Viana. A união homoafetiva dos dois militares aconteceu na última sexta-feira (02/03)

Ao publicar a concretização da união homoafetiva dos dois soldados, o Comando da 11ª Companhia concedeu a B. e a G.   o direito a oito dias de dispensa.

A Polícia Militar do Espírito Santo é pioneira no reconhecimento da união homoafetiva dentro da tropa. Em agosto de 2011, o Comando Geral publicou o reconhecimento da união estável homoafetiva de um policial militar da Corporação com um comerciário. Logo em seguida, os dois se casaram, numa cerimônia religiosa realizada na sede social da Associação dos Cabos e Soldados da PM e do Corpo de Bombeiros, em Jardim Camburi, Vitória. O militar, agora na reserva, e o comerciário vivem juntos.

Em janeiro de 2012, a PM capixaba também reconheceu a união homoafetiva de um sargento gay com um técnico em segurança. Na época, os dois já viviam juntos há nove anos.

Policiais passam a usar faixa preta no braço em sinal de luto pela Polícia Civil de São Paulo

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A Polícia Civil do Estado de São Paulo inicia, a partir desta segunda-feira (12/03), a campanha “Luto pela Polícia Civil”, em que policiais de todas as carreiras da instituição usarão uma faixa preta no braço. A ideia é mostrar que, “mesmo sob péssimas condições de trabalho e recebendo o pior salário do País”, os policiais civis paulistas permanecem firmes em seu compromisso de agirem em favor da sociedade.

Não haverá paralisação. Todo o trabalho transcorrerá normalmente. Se perguntado pelo cidadão, o policial responderá que a faixa representa luto pela Polícia Civil, “sucateada de forma implacável pelo Governo de São Paulo, nos últimos anos”, de acordo com a presidente do o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP), Raquel Kobashi Gallinati.

A campanha é uma ação conjunta do SINDPESP e com a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP). As entidades, desde o começo deste ano, passaram a trabalhar unidas em favor do resgate da dignidade da Polícia Civil.

Para incentivar os policiais a participarem da campanha, os presidentes das entidades gravaram mensagens em vídeo que foram distribuídas em grupos de WhatsApp e publicadas nas redes sociais. O jurista Luiz Flavio Gomes também gravou uma mensagem. Pelo menos 10 mil faixas pretas foram confeccionadas para distribuição gratuita ao policial que quiser aderir.

Já há confirmações de que, além da Capital, algumas unidades de São Bernardo do Campo, Campinas, São José do Rio Preto, Rosana e da região do Vale do Paraíba entrarão na campanha.

Hoje, o delegado de Polícia de São Paulo recebe o salário mais baixo do país, comparado a todas as Polícias Judiciárias dos estados da federação. A imensa parte das delegacias está em condições ruins, são locais quase insalubres para trabalhar. Viaturas precisam ser consertadas pelos policiais. Tinta e papel para impressora são escassos. Até papel higiênico falta em algumas unidades.

“A Polícia Judiciária é a única capaz de reunir provas para, de fato, prender organizações criminosas. Com a sua capacidade investigativa limitada de propósito pelo Governo do Estado, a criminalidade cresce e a população é a maior prejudicada”, pondera a delegada Raquel Kobashi Gallinati, que questiona: “A quem interessa o sucateamento da Polícia Civil do Estado de São Paulo?”

DEPUTADO LEMBRA QUE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL JÁ DENUNCIOU A CONCREMAT POR SUPERFATURAMENTO NO ESPÍRITO SANTO: Empresa contratada para fiscalizar obras do Cais das Artes é a mesma que executou Ciclovia que desabou no Rio

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A empresa  Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, contratada pelo governo do Estado para supervisionar, controlar e fiscalizar o andamento das obras do Cais das Artes, na Praça do Papa, em Vitória, é a mesma que planejou e executou as obras da Ciclovia Tim Maia, no Rio de Janeiro, e que desabafou no dia 21 de abril de 2016. O trecho de cerca de 20 metros da ciclovia, na Avenida Niemeyer, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, desabou pouco mais de três meses após sua inauguração, matando duas pessoas.

A Concremat foi contratada pelo governo do Estado do Espírito Santo em 2010, conforme extrato de contrato número 066/2010, cujo processo leva o número 49225200/2010, publicado no Diário Oficial do Estado em 10 de novembro de 2010. O contrato foi firmado com o Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes). Pelo contrato firmado em 2010 com o IOPES, a Concremat recebeu R$ 4.352.821,19.

“Pelo que se obtém do Diário Oficial à época, a empresa (Concremat) teria que prestar serviços de gerenciamento para supervisionar, fiscalizar e proteger o cronograma da obra do Cais das Artes, bem como zelar pela boa aplicação dos recursos públicos. Mas não é isso que vemos hoje, oito anos depois, já que as obras estão paralisadas desde 2015”, protestou o deputado estadual Euclério Sampaio, na sessão ordinária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (14/03).

Na sua edição de terça-feira (13/03), o jornal A Gazeta informou que, apesar de paradas, as obras do Cais das Artes vão custar R$ 20 milhões a mais aos cofres públicos, gastos que serão pagos pela população capixaba. O jornal cita que “o projeto se tornou num caixote de concreto” e diz que R$ 126 milhões já foram gastos com as obras e que mais R$ 100 milhões ainda serão gastos para conclusão do projeto, “R$ 20 milhões a mais do que o previsto até o fim de 2017”, totalizando R$ 226 milhões.

O Cais das Artes é a menina dos olhos do governador Paulo Hartung (PMDB), que iniciou a construção em 5 de abril de 2010, durante o último ano de seu segundo mandato – hoje, Hartung está no terceiro mandato.

Já na edição desta quarta-feira (14/03), A Gazeta mostra que, além das obras paradas, o Cais das Artes está abandonado. Uma perícia realizada em 2017 constatou que equipamentos metálicos armazenados e já instalados estão enferrujados e se deteriorando. Há infiltrações nas paredes e aparelhos de ar condicionados encontram-se ao relento.

Para o deputado Euclério Sampaio, mais do que “o abandono” das obras e “o descaso com o dinheiro do povo”, por “parte do governo estadual”, é saber que a mesma empresa (Concremat) que cometeu falhas no planejamento e execução da Ciclovia Tim Maia, que foi construída para ser um dos legados dos Jogos Olímpicos de 2016 na cidade do Rio, também é responsável pelo planejamento das sobras do Cais das Artes:

“Conforme consta em documentos amplamente divulgados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), em maio de 2016, uma série de irregularidades e descumprimentos de normas de segurança e de licitação levou ao desabamento de um trecho da Ciclovia Tim Maia. O acidente aconteceu durante uma ressaca no mar e lamentavelmente causou a morte de duas pessoas. E a mesma empresa que atuou no Rio, a Concremat, que recebeu mais de R$ 4 milhões por um contrato de serviços com o Governo do Espírito Santo, falhou também no planejamento do Cais das Artes”, disse Euclério Sampaio.

“Resumindo: do jeito que as obras se encontram hoje, o Cais das Artes corre risco de acidente”, alerta o parlamentar.

Em maio de 2016, o Crea do Rio divulgou laudo pericial com os resultados do estudo sobre a queda da ciclovia. Uma das principais conclusões dos engenheiros civis envolvidos no estudo é que houve falha na elaboração do projeto, uma vez que faltaram estudos preliminares oceanográficos dos efeitos das ondas sobre a estrutura da ciclovia. Segundo o documento, a Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio) não tinha experiência para licitar e fiscalizar uma obra da complexidade como a exigida pela ciclovia, falhando na fiscalização do empreendimento.

Além disso, observa Euclério Sampaio, a Concremat não poderia ter sido contratada pelo governo capixaba, em 2010, porque, dois anos antes – em 2008 –, tornou-se alvo de uma Ação de Improbidade Administrativa, de acordo com denúncia do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, pela acusação de superfaturamento em contrato com o próprio governo do Espírito Santo.

A ação, realizada através da 8ª Promotoria Cível de Vitória, salienta que foram encontradas irregularidades em um contrato de R$ 8.996.215,65, firmado entre o Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes) e a empresa, em março de 2008. A empreiteira Concremat foi contratada para prestar serviços de engenharia consultiva, de apoio ao gerenciamento geral e supervisão de obras do programa de ampliação e modernização do sistema hospitalar do Espírito Santo.

De acordo com o MPES, o contrato teve validade de três anos, a partir de 2008, sendo que, para o exercício financeiro do primeiro ano, foram pagos R$ 4,5 milhões à empresa. Segundo o Ministério Público, o superfaturamento do contrato está estimado em R$ 4.263.455,26. Ou seja, dos R$ 8,9 milhões contratados, R$ 4,2 milhões estariam superfaturados.

Polícia Federal erra ao permitir presença da secretária de Comunicação do governo em coletiva para falar sobre pesquisa fraudulenta que beneficiou governador e deputado Amaro Neto

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A Superintendência Regional da Polícia Federal no Espírito Santo deveria, urgentemente, dar explicações à sociedade capixaba. Ao permitir a presença da secretária Estadual de Comunicação, a jornalista Andréia Lopes, na mesma coletiva de imprensa em que estavam os delegados Vitor Moraes Soares (Federal) e Cláudia Demathé (Polícia Civil), a direção da Polícia Federal em terras capixabas deixou de lado seu padrão republicano.

A coletiva, na qual deveriam estar somente os agentes das forças policiais, foi para falar sobre a Operação Voto Livre, desencadeada na quarta-feira (14/03) “com objetivo de combater a disseminação de notícias falsas com propósito de influenciar a manifestação de vontade do eleitor capixaba”. A Voto Livre foi a primeira operação realizada no Brasil pela PF no combate às “fake News” relacionadas às eleições do ano de 2018.

A operação de quarta-feira contou com a participação de 12 policiais e foi realizado o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de intimação, nas residências dos investigados e na Secretaria Estadual de Esporte e Lazer do Espírito Santo (Sesport), localizada em Bento Ferreira, Vitória, atrás da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social.

Os alvos da intimação e dos mandados de busca e apreensão foram Evandro Figueiredo Boldrine, que até aquele momento era servidor em cargo comissionado na Sesport, ocupando a função de Assessor Especial Nível IV, para o qual recebia por mês salário bruto de R$ 5.689,13; e Arnóbio Pagantto, dono do Portal de Notícias Capixabão.com.

De acordo com as investigações das Polícias Civil e Federal – investigações estas que foram iniciadas pela Civil e concluídas parcialmente pela PF, já que falta muita coisa ainda a ser apurada –, Evandro Figueiredo seria o autor de uma reportagem postada no portal Capixabão.com, dando conta de uma suposta pesquisa eleitoral que colocava o governador Paulo Hartung (PMDB) como favorito para vencer as eleições de outubro – caso PH decida disputar a reeleição –, obtendo a maioria dos votos dos eleitores da Grande Vitória; e que o deputado estadual Amaro Neto, que apresenta o Programa Balanço Geral, da TV Vitória, seria o favorito para vencer uma disputa ao Senado.

Só tem um detalhe: a tal pesquisa nunca existiu; foi pura fraude, que teria sido praticada por Evandro e Arnóbio: “As investigações iniciaram a partir de notícia-crime apresentada por pessoa da sociedade, a qual encaminhou à Polícia Federal suposta falsa pesquisa eleitoral de intenção de votos que estaria circulando pelo aplicativo WhatsApp. Ademais, durante as investigações também foi verificada a divulgação de suposta falsa pesquisa de intenção de votos pelo veículo de comunicação CAPIXABÃO.COM”, informa a Polícia Federal por meio de release envida quarta-feira à imprensa.

A Polícia Federal esclarece, todavia, que, embora beneficiados com a pesquisa fraudulenta, o governador Paulo Hartung e o deputado Amaro Neto não tiveram nenhuma participação da fraude cometida pro Evandro Figueiredo.

As investigações, no entanto, têm que prosseguir. No final da tarde de quarta-feira, o próprio Evandro Figueiredo  começou a tentar limpar sua barra junto a deputados e outros políticos. Ele telefonou para alguns parlamentares, informando que nunca agiu sozinho no episódio.

Garantiu que divulgou a pesquisa a mando de dois secretários estaduais que compõem o governo Hartung e que a secretária de Comunicação, Andréia Lopes, era a sua “chefe imediata” e tomava conhecimento de todas as informações que ele (Evandro) produzia e postava em portais de notícias e redes sociais.

Andréia Lopes, na verdade, é a chefe de todos os Assessores de Imprensa do Governo do Estado. Embora não seja jornalista profissional, Evandro Figueiredo funcionava como uma “espécie de Assessor de Comunicação” no governo, por entender de espalhar notícias nas redes sociais.

Ao fugir do padrão da Polícia Federal, no entanto, o delegado Vitor Moraes Soares e a Superintendência Regional da PF, entretanto,  podem ter estabelecido a conclusão precoce das investigações, sem permitir que outros atores sejam devidamente investigados.

Não se está daqui prejulgando nenhum secretário de Estado, nem tão pouco a conduta do governador e do deputado Amaro Neto. Porém, há fatos que precisam ser explicados em torno do episódio.

Um deles, que paira dúvidas – poro ter sido algo atípico –, foi a reunião que  o governador Paulo Hartung realizou com todos os secretários estaduais e dirigentes de Órgãos Públicos Estaduais “para alinhar com a equipe condutas vedadas em ano eleitoral”. Coincidentemente, essa reunião  aconteceu na segunda-feira (12/03), no Palácio Anchieta, dois dias antes da Operação Voto Livre. No dia seguinte, foi a vez da Andréia Lopes reunir em torno dela os Assessores de Imprensa do governo estadual.

De acordo com o próprio Portal do Governo do Estado, “na reunião foram apresentadas as normas éticas e legais que devem nortear a atuação dos agentes públicos estaduais no ano das eleições gerais de 2018. A reunião também teve como objetivo orientar a conduta dos agentes públicos estaduais e reforçar as ações vedadas no período eleitoral deste ano para impedir o uso da máquina pública em benefício de qualquer interesse particular”.

Evandro trabalhou de fevereiro de 2017 a abril do mesmo ano no Gabinete do deputado Amaro Neto, na Assembleia Legislativa. Foi para o Governo do Estado a pedido de Amaro, que faz parte da bancada governista na Ales. Foi trabalhar justamente com o secretário Roberto Carneiro, maior amigo e aliado de Amaro Neto dentro do governo. Aí entra outra coincidência: justamente no mesmo dia da Operação Voto Livre, Amaro e Roberto Carneiro estavam em Brasília, cuidando de “assuntos políticos”.

A presença da secretária de Comunicação Andréia Lopes, na coletiva da Polícia Federal, foi mais do que patética. A todo instante, ela falava para os jornalistas, frisando sempre que o governador Paulo Hartung nada tinha a ver com o episódio.

Como bem colocou o jornalista Vitor Vogas, na coluna Praça Oito, de A Gazeta, desta quinta-feira (15/03), o procedente nada republicano aberto pela Superintendência Regional da PF no Espírito Santo, “guardadas as devidas proporções, seria o mesmo que o procurador da República Dental Dallagnol expor seu famoso PowerPoint com as setas apontando para Lula com um porta-voz do PT ao lado e com direito a expor sua versão dos fatos”.

Eu acrescentaria: seria o mesmo que o atual secretário de Estado de Controle e Transparência, o delegado federal Marcos Pugnal, conceder uma coletiva, para apresentar procedimentos administrativos instaurados em desfavor de servidores públicos investigados por fraudar licitações para beneficiar determinada empresa a prestar serviços ao Governo do Estado, com o Assessor ou Assessora de Comunicação dessa mesma empresa sentada ao lado do secretário, na mesma mesa, falando sobre a posição da empresa.

Fica, então, a sugestão para a Polícia Federal: aperte o Evandro Figueiredo que ele está doido para falar mais no inquérito, sobretudo agora, depois que o Diário Oficial desta quinta-feira (15/03) publica a sua exoneração de Evandro Figueiredo. Mais uma vez, como diz o ditado, “sobrou para o mais fraco”.

Evandro terá de repetir para o delegado federal o que vem falando para alguns deputados: os nomes dos dois secretários que o mandaram publicar a pesquisa e sua relação de subordinado à secretária Andréia Lopes.

Como ficará agora a situação do delegado  Vitor Moraes Soares se ele for motivado a investigar outros atores dentro do governo estadual? Se a secretária Andréia Lopes se tornar alvo de oitiva? Como vai ficar o caso? Pelo que se observa da apuração, nada está concluído, pois há muitos fatos a serem investigados.

A Polícia Federal, portanto, não precisa ser submissa aos desejos dos governantes. Ela já vem demonstrando, há décadas, que é uma Polícia Republicana – haja vista a Operação Lava-Jato e as investigações contra o próprio presidente da República, Michel Temer. De submissas, já bastam as Polícias Civis e Militares.

Que no Espírito Santo, a Polícia Federal nunca mais caia no canto da sereia. Ou melhor, no canto da secretária Estadual de  Comunicação, Andréia Lopes, que, aliás, é muito boa de conversa.

Polícia Militar põe policiais sem farda para coibir passageiros que pulam roleta de ônibus em Nova Venécia

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O Comando do 2º Batalhão da Polícia Militar (Nova Venécia) vai começar nesta sexta-feira (16/03) a intensificar o policiamento com  objetivo de reduzir assaltos a passageiros e a inibir a ação de pessoas que, para não pagar passagens, pulam a roleta dos ônibus. Para isso, o comandante da 1ª Companhia do 2º BPM, capitão Vantuil Felipe, designou policiais do policiamento ostensivo para trabalhar dentro dos ônibus e nos pontos de paradas para fazer abordagens a passageiros e a supostos suspeitos de crime. Os policiais vão atuar de forma velada: ou seja, sem farda.

A Escala de Serviço Extra elaborada pelo capitão Vantuil foi assinada na quarta-feira (14/03) e nela estão escalados quatro policiais – um sargento, um cabo e dois soldados. Eles têm a missão de fazer abordagem a ônibus, a partir das 19 horas desta sexta-feira, indo até a 1 hora de sábado (17/03). A sede da 1ª Companhia fica na sede do Batalhão, no bairro Filomena.

Na observação, o capitão diz: “Esses militares (referindo-se aos policiais escalados) serão usados para fazerem abordagens aos ônibus da Empresa São João, para coibir delitos (pulos na roleta)”.

O oficial designa ainda que a o trabalho deve ser nas linhas que saem do Bairro Altoé, no horário de 19h30 e 20h30. Neste caso, os militares terão que fazer a abordagem em frente ao Horto Mercado, próximo ao Supermercado Rondelli.

Na mesma toada, o capitão Vantuil Felipe determina que a abordagem tem de ser feita também nas linhas que saem do bairro São Cristóvão em direção ao Bairro Altoé, entre 21h40 e 22h40. “Fazer a abordagem na entrada do Bairro Altoé”.

Na escala, o capitão determina que o sargento e o cabo têm de trabalhar de “forma velada”. Ou seja, sem a farda da PM; têm que ir para a missão de trajes civis. Quanto aos dois soldados, a Escala de Serviço Extra nada informa.




Em cinco meses, Serviço de Equoterapia da Polícia Militar realizou mais de 1.100 atendimentos no Espírito Santo

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Enxergando em 2018 um ano com novos desafios, o Serviço de Equoterapia apresentou ao Comando do Regimento de Polícia Montada (RPMont) os resultados dos últimos seis meses, período de reinício dos atendimentos às famílias inseridas no programa, em setembro de 2017. Em apenas cinco meses, foram mais de 1.100 atendimentos.

O atendimento, aberto ao público capixaba de forma gratuita, contempla 45 famílias em sessões individuais, além de trabalhar em conjunto com outro importante projeto da Polícia Militar, como o Programa de Reabilitação do Toxicômano e Alcoolista (Presta), para promover a prevenção em pessoas com diagnóstico de dependência química.

Ao todo foram contabilizados 1.120 atendimentos até o final do mês de fevereiro de 2018. O planejamento individual permitiu ao RPMont disponibilizar um serviço que ainda não é previsto dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Equoterapia é uma atividade terapêutica voltada para o atendimento de pessoas com deficiência, além de outras indicações realizadas por profissionais das áreas de saúde e educação. No RPMont, a terapia ofertada desde 1995 é conduzida por policiais militares da unidade, que possuem diversas capacitações e treinamento em equitação, contando com estrutura própria para os atendimentos.

Saiba Mais

A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo, as técnicas de equitação e as práticas equestres dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de equitação, saúde e educação, buscando a reabilitação e/ou o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência.

O objetivo principal da equoterapia é proporcionar o desenvolvimento das potencialidades de cada praticante, respeitadas suas limitações, visando a auto aceitação, integração social, além de possibilitar-lhe o exercício da cidadania. Nela, o cavalo é o elemento que incentiva o praticante, oferecendo-lhe ganhos físicos e psicológicos.

A terapia psico-corporal exige participação do corpo inteiro, favorecendo o desenvolvimento da força muscular, conscientização do próprio corpo, aperfeiçoamento da coordenação e do equilíbrio, conduzindo os que dela usufruem à autonomia motora e psicológica, favorecendo enfim o desenvolvimento global da pessoa portadora de deficiência.

O tratamento equoterápico colabora na educação e formação do caráter dos seres humanos, através da prática didático pedagógica da equitação. Desenvolve ainda novas formas de comunicação, socialização, confiança em si mesmo e auto-estima. Proporciona mudanças tanto no campo neuro-motor quanto no psicológico, marcando, em alguns, o início da expressão verbal.

Os estímulos transmitidos pelo cavalo ao praticante permitem a melhoria do tônus muscular, permitindo-lhe o controle postural. Além disso, favorece a coordenação dos movimentos que é dada graças à condução do animal através de movimentos associados e coordenados de mãos, braços, cinturas pélvica e escapular e olhos.

Através do tato (contato direto com o animal, por meio de toques e carícias), o praticante estimulará sensações visuais e auditivas, além de desenvolver o olfato. O movimento oscilatório do cavalo, que é transmitido ao praticante por sua anca, seu dorso e pela aceleração e desaceleração da andadura, desenvolve no praticante a noção tridimensional do espaço.

O RPMont vem prestando sessões de equoterapia a comunidade capixaba. Este trabalho funciona na Sede do RPMont de segunda a quinta-feira, no horário de 08 às 17h, atendendo atualmente cerca de 50 (cinquenta) praticantes. Com a constante procura por este tratamento, que vem obtendo excelentes resultados, o RPMont busca parceria com entidades públicas e privadas a fim de capacitar outros profissionais com o intuito de ampliar seu Centro de Equoterapia.

Serviço:

Local: Regimento de Polícia Montada da Polícia Militar – Centro de Equoterapia
Endereço: Av. Boa Vista, s/nº, Boa Vista, Serra, ES CEP 29.161-005
Atendimento: Segunda a quinta-feira no horário de 08 às 17 horas

(Com informações do Portal da PMES) 

PREFEITO LUCIANO REZENDE REPETE FALHAS DA IMPLANTAÇÃO DO INTEGRA VITÓRIA E REVOLTA POPULAÇÃO: Linha Verde, o novo pesadelo dos moradores de Vitória

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Em outubro de 2015, sem consultar a população, o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), decidiu “inovar” no sistema de transporte coletivo da capital. Do nada, ele simplesmente extinguiu 16 linhas de ônibus municipais, com a implantação do famigerado “Integra Vitória”.

Moradores de Santo Antônio, por exemplo, tinham que pegar dois ônibus para chegar ao Centro ou ir para s bairros da Zona Norte. Um dos ônibus deixava os passageiros num ponto de ônibus próximo ao Teatro Carmélia – onde funciona a TVE. Dali, os passageiros tinham que ir a pé, percorrendo quase 200 metros – sob chuva ou sol forte –, até o ponto de ônibus ao lado do Centro Esportivo Tancredo de Almeida Neves, conhecido como Tancredão, onde não havia – e ainda não há – abrigos.

Os passageiros tinham até 30 minutos para, no ponto ao lado do Ginásio Tancredão, embarcar em outros ônibus, com o mesmo cartão – uma única passagem – para chegar ao local de seu destino; se perdessem o prazo dos 30 minutos, tinham que pagar outra passagem.

Parecia obra de piada de português. Não deu certo. O prefeito Luciano Rezende e sua equipe ficaram quase um mês batendo boca com a população, afirmando que não recuariam e que o sistema Integra Vitória era exemplo de perfeição. A arrogância do prefeito, no entanto, demorou pouco e Luciano Rezende acabou recuando, voltando tudo como era antes.

Março de 2018. Mais uma inovação do prefeito Luciano Rezende e, de novo, sem consultar a população.  Luciano Rezende age, novamente, como se fosse o “Imperador”. Desta vez, com a implantação da Linha Verde, na avenida Dante Michelini.

Oficialmente, a Linha Verde foi implantada para “auxiliar na fluidez do trânsito e melhorar o tempo dos ônibus que trafegam na avenida Dante Michelini”. Por enquanto, só está trazendo dor de cabeça e mais tempo dentro de um veículo – seja ônibus ou carro de passeio – para moradores da maior parte da Grande Vitória. A Linha Verde tem dado um nó no trânsito.

Uma pessoa que costumava sair do trabalho, no Trevo de Alto Laje, em Cariacica, às 17h20, de segunda a sexta-feira, em 15 minutos já estava no Hortomercado, na Praia do Suá. Esse mesmo morador, agora, leva quase uma hora para fazer o mesmo trajeto. Seu tempo de chegar em casa, após a implantação da Linha Verde – e olha que essa pessoa reside na Ilha do Boi –, aumentou em cerca de uma hora. Que fluidez é essa, prefeito?

A faixa da Linha Verde funciona entre o píer de Iemanjá e o cruzamento da Dante Michelini com a avenida Norte-Sul (sentido Jardim Camburi). A extensão, informa o Portal da Prefeitura, é de 3,8 quilômetros. A faixa exclusiva é a da direita, em função dos pontos de ônibus estarem nesse lado da pista. A fiscalização da Linha Verde será feita por 16 câmeras de monitoramento. Lógico: essa “inovação” não viria sem a multa e sem a necessidade do Poder Público arrecadar dinheiro.

Por conta da Linha Verde, os próprios ônibus, que seriam os maiores beneficiados com a inovação, ficam parados nos congestionamentos, permitindo, assim, que a pista exclusiva fique livre, sem nenhum veículo na pista.

Se os administradores do Município acham desnecessário ouvir a população, por entenderem que a Dante Michelini é uma via de interesse metropolitano, moradores de Jardim Camburi, Bairro República e Mata da Praia decidiram buscar ajuda na Justiça. Entraram com mandado de segurança, em que pleiteiam liminarmente a suspensão da Linha Verde.

Claro que o Município teria outras alternativas para tornar mais humano e com maior fluidez o trânsito da capital capixaba, que, vale lembrar, é uma ilha. Por ser uma ilha, Vitória tem problemas muito maiores em sua mobilidade do que os verificados em outras capitais.

O que a Grande Vitória precisa, urgentemente, é renovar seu efetivo de engenheiros de Trânsito e Civis: Vitória, por exemplo, precisa de passarelas, de viadutos. Algo, pelo que se observa, difícil de ser pensado pelos administradores, que preferem fazer testes, como a implantação da Linha Verde, do que tentar resolver o problema de falta de mobilidade em definitivo. Câmaras de videomonitoramento, que têm deixado milionários determinados seguimentos de profissionais do Espírito Santo, jamais vão acabar com os congestionamentos no trânsito.

As lideranças comunitárias desses bairros enumeram seis motivos para a suspensão da Linha Verde:

Falta de apresentação dos estudos técnicos;

Falta de consulta e diálogo com os moradores dos bairros ao redor;

A Dante Michelini não tem congestionamento, o que torna o sistema desnecessário na via;

Congestionamento causado na Ponte de Camburi e ao longo da Praia do Canto;

Trânsito ainda mais intenso por conta das obras na avenida Leitão da Silva;

Aumento no tempo de viagem até chegar à orla de Camburi, onde o trânsito começa a fluir.

Chefia quer instituir 392 cargos de gratificação na Polícia Civil do Espírito Santo e criar mais cinco superintendências

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Encontra-se na Casa Civil do governo do Estado um anteprojeto de lei elaborado pela Chefia de Polícia Civil que muda a nomenclatura do cargo de Chefe da instituição para Delegado Chefe da Polícia Civil, inova na criação da função de Delegado Geral Adjunto e aumenta custos com a criação de cinco superintendências e gratificação de chefia para mais de 390 policiais.

Se o governador Paulo Hartung acolher a íntegra do pleito, transformá-lo em Projeto de Lei Complementar e enviá-lo à Assembleia Legislativa para aprovação dos deputados, a nova lei vai gerar custos mensais de R$ 393.804,75 somente com as gratificações de chefia.

Recentemente, o chefe de Polícia, delegado Guilherme Daré, apresentou o anteprojeto para um grupo de delegados, com quem se reuniu no auditório da Chefatura de Polícia Civil, na Reta da Penha, em Vitória.

Entidades de classe ficam indignadas com “projeto Mandrake”

Preocupados, dirigentes de entidades de classe ligadas à Polícia Civil se reuniram, na segunda-feira (19/03), com o presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Gilsinho Lopes – que é delegado de Polícia licenciado –, a fim de mostrar ao parlamentar a indignação da classe.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado (Sindipol/ES), Jorge Emílio Leal, o anteprojeto foi produzido no âmbito da própria Administração da Polícia Civil, “sem a efetiva participação das representações classistas e sindical da categoria policial, seja na discussão, criação, ou elaboração desse inusitado projeto que tudo indica tem um modelo mandrake, e que caminha na contramão do Estado Democrático de Direito e do dever de transparência necessária à Administração Pública”.

Segundo Jorge Emílio, o deputado Gilsinho Lopes ficou de dialogar com todas as entidades de classe, sobretudo com a dos Delegados de Polícia, com o objetivo de corrigir distorções e evitar que injustiças sejam praticadas com a categoria num todo.

Como ficará a distribuição das funções gratificadas

Atualmente, na Polícia Civil capixaba, existem previstos 204 cargos com direito a gratificação mensal: 83 para delegados; 55 para escrivães – mas somente 50 recebendo –, 47 para investigadores; seis para agentes de Polícia; 15 para peritos; e três para médicos legistas. Pelo anteprojeto, aumentaria para 392.

Os novos cargos com direito a gratificações são divididos em dois blocos. O primeiro, estabelece 78 vagas, com custo mensal de R$ 130.704,75. Neste bloco, são 69 vagas de gratificação de chefia para delegados; três para peritos; um para médico-legista; e cinco para policiais civis – como todos os profissionais da PC são policiais civis, abre-se chance para que delegados e demais servidores do órgão possam concorrer a essas cinco vagas. Pelo menos é o que se observa do anteprojeto.

O segundo bloco do tema “gratificações” do anteprojeto, prevê, fora das chefias normais da Polícia Civil, a criação de 314 cargos de Função Gratificada PCES, assim distribuídas:  FG1: 72 vagas, com remuneração de R$ 1.200,00, totalizando custo de R$ 86.400,00; FG2: 105 vagas, R$ 900,00 por mês, totalizando R$ 94.500,00; e FG3, 137 vagas, cuja remuneração é de R$ 600,00, total de R$ 82.200,00. O custo mensal total dessas 314 gratificações é de R$ 263.100,00.

O parágrafo segundo diz que os ocupantes das funções gratificadas denominadas de FG1, FG2 e FG3 serão designados por ato do Delegado Geral da Polícia Civil. Já o parágrafo 3° diz que “A Função Gratificada PCES-1" será ocupada exclusivamente por Delegado de Polícia. Significa que os ocupantes das funções gratificadas de FG2 e FG3 poderão ser também delegados e demais policiais – agentes, escrivães, investigadores.

Pelo anteprojeto, ficam criadas as Superintendências de Administração e Finanças; Apoio Logístico e Engenharia; Polícia Regional Metropolitana; Polícia Regional Noroeste; e Polícia Regional Serrana.


Com a “nova lei, delegados em início de carreira podem chegar ao posto de superintendente

A nova “lei” altera o artigo 13 da Lei Complementar nº 04 de 1990, que passaria a vigorar com as seguintes alterações: Artigo 13 – É privativo do cargo de Delegado de Polícia da última classe da respectiva carreira, o exercício das funções de: I – Delegado-Chefe da Polícia Civil; II – Delegado Geral Adjunto da Policia Civil; III – Corregedor Geral da Policia Civil; e IV– Diretor da Academia de Polícia Civil. E salienta que as“designações para as funções previstas no caput deste artigo são de competência do Governo do Estado”.

Ou seja, se antes para chegar ao posto de Superintendente o Delegado de Polícia tinha que estar na Categoria Classe Especial, com o novo “projeto”, até delegado em início de carreira pode ser chefe de uma Superintendência.

O artigo 4º do anteprojeto de lei trata da remuneração das Funções Gratificadas. Deixa bem claro em três parágrafos as seguintes informações:

§ 1° As funções gratificadas de chefes da "Divisão da Tecnologia da Informação", da "Divisão de Suprimentos e Zeladoria", da "Divisão de Controle de Patrimônio", da "Divisão de Engenharia e Manutenção Predial" e da "Divisão de Telecomunicações", incluindo suas chefias internas, por serem unidades eminentemente técnico-administrativas, serão ocupadas por policial civil com reconhecida especialização e experiência em cada área de atuação de sua função, independentemente de cargo ou categoria. Nota do Blogueiro: se antes as funções acima eram ocupadas por escrivães, investigadores e ou agentes, agora poderá ser ocupadas também por delegados de Polícia, que poderão concorrer ao cargo.


Anteprojeto ignora Constituição Federal e cria cargos comissionados na Polícia

O anteprojeto inclui ainda naestrutura de organização da Polícia Civil os cargos comissionados, que seriam ocupados por profissionais de fora da Polícia, sem realização de concurso público e sem pertencer à carreira típica de Estado, que é o policial.

Está previsto a criação de cargos de Assessor Especial, QCE-03, com salário de R$ 5.469,13 para cada um; e um Assessor Especial QCE-05, com salário de R$ 2.734,57.Este item do anteprojeto fere a Constituição Federal.

O artigo 8° do anteprojeto criaa "Indenização por Acúmulo de Titularidade" (IAT) para “os integrantes da carreira de Delegado de Policia, no valor de R$ 2.600,00”. A indenização, informa o anteprojeto, “será paga mensalmente ao Delegado de Polícia que for designado para responder, cumulativamente, por outra delegacia de polícia da PCES, dentro de urna mesma circunscrição, até o limite de 1 (uma) acumulação.  A indenização será paga por período igual ou superior a 15 (quinze) dias, considerado o período de descanso normal da jornada de trabalho.”


ANEXO I
Referente ao art 4º desta Lei Complementar.

FUNÇÃO GRATIFICADA DE CHEFIA
QUANT
VALOR
TOTAL
EXCLUSIVIDADE
1
Delegado Geral
1
4.101,84
4.101,84
Delegado
 de Polícia -
Categoria
Especial
2
Delegado Geral Adjunto, Corregedor
Geral, Diretor da Academia da Polícia Civil
3
2.734,57
8.203,71
3
Superintendente de Polícia
12
2.050,91
24.610,92
4
Corregedor Adjunto, Chefe de
Departamento de Orçamento e Finanças
Chefe do Departamento de Recursos
Humanos, Chefe de Departamento
Especializado (3), Delegado Regional
Tipo 1 (4), Delegado Regional Tipo 2 (8)
18
1.777,14
31.988,52
5
Assessor Técnico do Delegado Geral,
Chefe de Gabinete do Delegado Geral,
Delegado Regional Tipo 3 (6), Chefe de
Divisão (12), Delegado Titular de
Delegacia Especializada de Homicídio (15)
35
1.367,28
47.854,80
Delegado
 de Polícia
6
Chefe do Departamento de Criminalística, Chefe do Departamento
de Identificação, Chefe do Departamento de Análises Químicos – Biológicas
3
1.777,14
5.331,42
Perito Oficial
Criminal
7
Chefe do Departamento Médico Legal
1
1.777,14
1.777,14
Médico Legista
8
Chefe da Divisão de Suprimentos e
Zeladoria, Chefe da Divisão de Controle
de Patrimônio, Chefe da Divisão de Engenharia e Manutenção Predial, Chefe
da Divisão de Telecomunicações, Chefe
da Divisão da Tecnologia da Informação
5
1.367,28
6.836,40
Polícia Civil
TOTAL:
78

130.704,75

ANEXO II
Referente ao art 4º desta LC:

NOMENCLATURA
CÓDIGO
QUANT
 VALOR
TOTAL
1
Função Gratificada PCES – 1
FG1
72
1.200,00
86.400,00
2
Função Gratificada PCES – 2
FG2
105
900
94.500,00
3
Função Gratificada PCES – 3
FG3
137
600
82.200,00
TOTAL:
314

263.100,00


QUADRO DE ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA POLICIA CIVIL DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO:

I - Conselho da Polícia Civil
a) Plenário do Conselho da Polícia Civil
b) Secretaria Executiva

II - Delegado Geral da Policia Civil
a) Gabinete do Delegado Geral
b) Gabinete do Delegado Geral Adjunto
c) Chefia de Gabinete

III - Corregedoria Geral da Policia Civil
 a) Gabinete do Corregedor Geral
b) Gabinete do Corregedor Adjunto
 c) Divisão de Crimes Funcionais
d) Divisão de Acompanhamento Funcional
e) Divisão de Acompanhamento Processual
f) Divisão de Processo Administrativo Disciplinar

1) Comissões Permanentes
IV - Academia da Policia Civil
a) Unidade de Direção
b) Unidade de Assessoramento e Apoio Administrativo
c) Unidade Executiva

V - Superintendência de Administração e Finanças
a) Gabinete do Superintendente
b) Departamento de Orçamento e Finanças
c) Departamento de Recursos Humanos
d) Divisão de Promoção Social

VI - Superintendência de Apoio Logístico e Engenharia
a) Gabinete do Superintendente
b) Divisão de Suprimentos e Zeladoria
c) Divisão de Controle de Patrimônio
d) Divisão de Engenharia e Manutenção Predial

VII - Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas
a) Gabinete do Superintendente
b) Divisão de Inteligência
c) Divisão de Ações Estratégicas

VIII - Superintendência da Tecnologia da Informação e Comunicação
a) Gabinete do Superintendente

1) Coordenadoria do Sistema DEON
b) Divisão de Telecomunicações
c) Divisão da Tecnologia da Informação:

IX - Superintendência de Polícia Interestadual e de Capturas
 a) Gabinete do Superintendente
 b) Unidade Prisional Especial para Policiais Civis
c) Unidades Policiais

X - Superintendência de Policia Especializada
a) Gabinete do Superintendente
b) Departamento Especializado de Homicídio e Proteção à Pessoa
1) Gabinete do Departamento
2) Serviço de Inteligência e Planejamento
3) Unidades Policiais.
c) Departamento Especializado de Investigações Criminais
1) Gabinete do Departamento
2) Serviço de Inteligência e Planejamento
3) Divisão Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio
3.1) Gabinete do Chefe da Divisão
3.2) Adjunto da Divisão
3.3) Unidades Policiais
4) Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos
4.1) Gabinete do Chefe da Divisão
4.2) Adjunto da Divisão
4.3) Unidades Policiais
d) Departamento Especializado de Narcóticos
1) Gabinete do Departamento
2) Serviço de Inteligência e Planejamento
3) Unidades Policiais
e) Divisão Especializada de Atendimento à Mulher
1) Gabinete do Chefe da Divisão
2) Unidades Policiais
f) Divisão Especializada de Delitos de Trânsito
1) Gabinete do Chefe da Divisão
2) Unidades Policiais
g) Divisão Especializada da Região Metropolitana
1) Gabinete do Chefe da Divisão
2) Unidades Policiais

XI - Superintendência de Polícia Regional Metropolitana a) Gabinete do Superintendente
b) Delegacias Regionais Tipo 1 — Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica:
1) Gabinete do Chefe da Regional
2) Unidades Policiais

c) Delegacia Regional Tipo 2 — Guarapari
1) Gabinete do Chefe da Regional
2) Unidades Policiais XII - Superintendência de Polícia Regional Sul
a) Gabinete do Superintendente
b) Delegacia Regional Tipo 2 — Cachoeiro de ltapemirim
1) Gabinete do Chefe da Regional
2) Unidades Policiais
c) Delegacias Regionais Tipo 3 — Alegre, Anchieta e Itapemirim
1) Gabinete do Chefe da Regional
2) Unidades Policiais

XIII - Superintendência de Polícia Regional Serrana
a) Gabinete do Superintendente

b) Delegacia Regional Tipo 2 — Venda Nova do Imigrante
1) Gabinete do Chefe da Regional
2) Unidades Policiais
c) Delegacias Regionais Tipo 3 — lbatiba e Santa Tereza
1) Gabinete do Chefe da Regional
2) Unidades Policiais

XIV - Superintendência de Policia Regional Norte
a) Gabinete do Superintendente
b) Delegacias Regionais Tipo 2 — Aracruz, Linhares e São Mateus.
1) Gabinete do Chefe da Regional
2) Unidades Policiais

XV - Superintendência de Policia Regional Noroeste
a) Gabinete do Superintendente
b) Delegacias Regionais Tipo 2 — Colatina e Nova Venécia
1) Gabinete do Chefe da Regional
2) Unidades Policiais
c) Delegacia Regional Tipo 3 — Barra de São Francisco
1) Gabinete do Chefe da Regional
2) Unidades Policiais

XVI - Superintendência de Polícia Técnico-Científica
a) Gabinete do Superintendente
1) Serviços Regionais de Polícia Técnico-Científica
b) Departamento de Analises Quimicos-Biológicas
1) Gabinete do Chefe do Departamento
2) Seções

c) Departamento Médico-Legal
1) Gabinete do Chefe do Departamento
2) Serviço de Perícia Médico-Legal
3) Serviço Médico-Legal

d) Departamento de Criminalística
1) Gabinete do Chefe do Departamento
2) Serviço de Perícias Externas
3) Serviço de Perícias Internas

e) Departamento de Identificação
1) Gabinete do Chefe do Departamento
2) Serviço de Perícia Interna
3) Serviço de Identificação Civil e Criminal

CIRCUNSCRIÇÕES DA PCES E SUAS RESPECTIVAS SUPERINTENDÊNCIAS
MUNICÍPIO
REGIONAL
CIRCUNSCRIÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA
1
Vitória
1ª Regional
Vitória
SUPERINTENDÊNCIA
DE POLÍCIA
 REGIONAL
 METROPOLITANA
(sede: Vitória)
2
Vila Velha
2ª Regional
Vila Velha
3
Serra
3ª Regional
Serra
4
Cariacica
4ª Regional
Cariacica
5
Viana
6
Guarapari
5ª Regional
Guarapari
7
Alegre
6ª Regional
Alegre
SUPERINTENDÊNCIA
DE POLÍCIA
 REGIONAL SUL

(sede: Cachoeiro de
Itapemirim)
8
Apiacá
9
Bom Jesus do Norte
10
Divino São Lourenço
11
Dores do Rio Preto
12
Guaçuí
13
Jerônimo Monteiro
14
São José do Calçado
15
Atílio Vivacqua
7ª Regional
Cachoeiro de
Itapemirim
16
Cachoeiro de Itapemirim
17
Castelo
18
Mimoso do Sul
19
Muqui
20
Vargem Alta
21
Itapemirim
9ª Regional
Itapemirim
22
Marataízes
23
Presidente Kennedy
24
Rio Novo do Sul
25
Alfredo Chaves
10ª Regional
Anchieta
26
Anchieta
27
Iconha
28
Piúma
29
Brejetuba
8ª Regional
Ibatiba
SUPERINTENDÊNCIA
DE POLÍCIA
 REGIONAL
SERRANA

(sede: Venda Nova do Imigrante)
30
Ibatiba
31
Ibitirama
32
Irupi
33
Iúna
34
Muniz Freire
35
Afonso Claudio
11ª Regional
Venda Nova
do Imigrante
36
Conceição do Castelo
37
Domingos Martins
38
Laranja da Terra
39
Marechal Floriano
40
Venda Nova do Imigrante
41
Itaguaçu
12ª Regional
Santa Tereza
42
Itarana
43
Santa Leopoldina
44
Santa Maria de Jetibá
45
Santa Tereza
46
São Roque do Canaã
47
Agua Doce do Norte
14ª Regional
Barra de São
Francisco
SUPERINTENDÊNCIA
DE POLÍCIA
 REGIONAL
NOROESTE

(sede: Colatina)
48
Aguia Branca
49
Barra de São Francisco
50
Ecoporanga
51
Mantenópolis
52
Alto Rio Novo
15ª Regional
Colatina
53
Baixo Guandu
54
Colatina
55
Governador Lindemberg
56
Marilândia
57
Pancas
58
São Domingos do Norte
59
Boa Esperança
17ª Regional
Nova Venécia
60
Montanha
61
Mucurici
62
Nova Venécia
63
Pinheiros
64
Ponto Belo
65
São Gabriel da Palha
66
Vila Pavão
67
Vila Valério
68
Aracruz
13ª Regional
Aracruz
SUPERINTENDÊNCIA
DE POLÍCIA
 REGIONAL
NORTE

(sede: Linhares)
69
Fundão
70
Ibiraçu
71
João Neiva
72
Linhares
16ª Regional
Linhares
73
Rio Bananal
74
Sooretama
75
Conceição da Barra
18ª Regional
São Mateus
76
Jaguaré
77
Pedro Canário
78
São Mateus


AMARO NETO ANUNCIA QUE “POLICIAL FOI SAPECADO NA CABEÇA” E PROVOCA REVOLTA: “Essa expressão é desrespeito ao povo capixaba! Essa afronta é moralmente cúmplice da barbárie”, reage comandante-geral da PM

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O número de policiais mortos no Brasil aumenta assustadoramente a cada ano. Para se ter ideia, até o final do primeiro semestre de 2017 foram registrados 248 assassinatos tendo policiais como vítimas. Os dados são da Ordem dos Policiais do Brasil (OPB). O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) também está copilando os dados de 2017. O trabalho ainda não foi concluído porque alguns Estados ainda nenhum repassaram informações ao FBSP.

A banalização da morte no Brasil tem deixado até mesmo aqueles que deveriam tratar o assunto com mais humanismo e seriedade à margem da ética. É o caso do apresentador do programa “Balanço Geral”, Amaro Neto, da TV Vitória.

Eleito deputado estadual mais votado em 2014 no Espírito Santo, com 55.408, Amaro Neto, que sonha em ser senador da República, tendo o apoio do governador Paulo Hartung (PMDB), nas próximas eleições de outubro, tratou com ironia e deboche o ataque a dois policiais militares, na manhã de terça-feira (20/03), em São Torquato, Vila Velha.

Ao noticiar que o soldado Afonso Miller Costa de Mello, 25 anos, havia sido ferido com tio na cabeça por traficantes, Amaro Neto simplesmente detonou: “Um policial acaba de ser sapecado...” O apresentador-deputado usou o mesmo termo diversas vezes para se referir ao atentado covarde feito aos policiais.

A ironia de Amaro Neto se espalhou pelo País e provou reações de revolta. Uma das reações foi do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável Jair Bolsonaro. Eduardo é advogado e policial federal. Ele gravou um vídeo, ao lado do presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM e do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, sargento Renato Martins Conceição, em que criticou duramente a postura do apresentador-deputado Amaro Neto:

“Primeiramente, torcemos para a recuperação do soldado Mello. Em segundo, é de se lamentar a declaração infeliz do apresentador-deputado Amaro Neto em seu programa. Precisamos  impedir essa inversão de valores permaneça no Brasil, em que já se tornou banal a morte a ataques aos policiais. O policial representa o Estado na defesa das pessoas. Sapecar, meu caro Amaro Neto, a gente faz com porcos. É preciso que alguém no Espírito Santo dê um puxão de orelhas nesse rapaz e que ele peça desculpa aos policiais e à sociedade capixaba”, disse Eduardo Bolsonaro.

O pai, o também deputado federal Jair Bolsonaro, repudiou o caso e desejou melhoras rápidas para o soldado Mello. “Minha solidariedade ao soldado Mello, mais um colega que sofre ataque por defender a sociedade. Um policial cumpre a sua missão e precisa ser condecorado e não processado”.

Em seu Portal de Notícia, o Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) também se manifestou contra Amaro Neto. Em nota, repudiou  veementemente a fala utilizada pelo deputado no Balanço Geral, ao usar a expressão “policial sapecado”. Para o Sindipol/ES a expressão do apresentador é uma falta de respeito com toda a categoria policial e ao próprio soldado que foi atingido e se encontra no hospital em estado grave.

O soldado Mello foi baleado por bandidos na manhã de terça-feira (20/03), quando saía de uma academia com outro colega de farda. Os dois militares estavam de folga. Somente Mello foi ferido. Os dois policiais voltavam de um treino de artes marciais. Mello passou por uma cirurgia que durou aproximadamente seis horas.

Na manhã desta quarta-feira (21/03), o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, também divulgou nota repudiando a maneira “pejorativa” e “jocosa” com que o deputado estadual Amaro Neto anunciou o ataque dos traficantes ao soldado Mello.

“Não aceitamos essa expressão infeliz. Sentimos isso como uma falta de respeito, ao soldado Mello, à sua família, à Polícia Militar, representada por todos os homens e mulheres que diuturnamente enfrentam a criminalidade com suor, sangue e vidas. Sentimos isso como um desrespeito ao povo capixaba!”, diz na nota o comandante Nylton Rodrigues.

Abaixo, a íntegra da nota do Comando-Geral da Polícia Militar

Soldado Mello, estamos com você! 

Na manhã de ontem terça-feira (20), o soldado da Polícia Militar do Espírito Santo, Afonso Miller Costa de Mello, 25 anos, foi covardemente atingido por dois tiros na cabeça efetuados por um criminoso, no momento em que saía de uma academia no bairro São Torquato, município de Vila Velha.

O policial militar está internado no Hospital São Lucas em Vitória, onde após ser operado se recupera na UTI, em estado gravíssimo, porém estável.

Os suspeitos da participação no crime foram presos, dentre eles, o autor confesso dos disparos, um adolescente de 15 anos. A arma de fogo utilizada foi apreendida pela Polícia Militar.

Já seria extremamente aviltante a brutalidade sofrida por esse profissional de segurança pública, um jovem, um servidor público, um filho, um amigo, um ser humano.

Entretanto, ainda na tarde de ontem (terça-feira), o apresentador de TV AMARO NETO, em seu programa jornalístico diário, Balanço Geral da TV Vitória, ao noticiar “ao vivo” o fato, utilizou um termo jocoso e, por que não dizer, pejorativo, anunciando que um “policial foi sapecado” em São Torquato, Vila Velha.

Não aceitamos essa expressão “infeliz”. Sentimos isso como uma falta de respeito, ao soldado Mello, à sua família, à Polícia Militar, representada por todos os homens e mulheres que diuturnamente enfrentam a criminalidade com suor, sangue e vidas.

Sentimos isso como um desrespeito ao povo capixaba!

Esse desrespeito proferido, diga-se, mais de uma vez durante a reportagem, é antagônico ao que a Polícia Militar e seus integrantes dispensam ao apresentador AMARO NETO e à TV Vitória, como também a todos profissionais e órgãos de imprensa.

Essa afronta é moralmente cúmplice da barbárie; é também oposta ao respeito que temos para com o representante do povo, no Poder Legislativo em nosso Estado;

Agradecemos a todas as manifestações de apoio, ao corpo clínico do hospital São Lucas, aos policiais militares e civis que efetuaram a detenção dos criminosos; agradecemos a todos que doaram sangue atendendo o nosso clamor.

O Sd Mello está precisando de nossas orações, estamos junto com ele, com sua família.

A busca incessante pelo respeito aos Direitos Humanos deve ser incansável; isso é o que queremos para todos; trabalhamos com todas as nossas forças para uma sociedade melhor, mais respeitosa e harmoniosa.

POLÍCIA MILITAR, PATRIMÔNIO DO POVO CAPIXABA!
Quartel do Comando Geral, Vitória-ES, 21 de março de 2018.


NYLTON RODRIGUES RIBEIRO FILHO – Coronel QOC
Comandante Geral da PMES

Deputado Amaro Neto responde críticas ao uso do termo sapecado: “SÓ POSSO MANDAR AQUELAS PESSOAS QUE SE SENTIREM OFENDIDAS A TROCAR DE CANAL”

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O deputado estadual Amaro Neto usou o plenário da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (21/03), para tentar explicar porque usou o termo “sapecar” ao noticiar que o soldado da Polícia Militar soldado Afonso Miller Costa de Mello havia sido ferido com tiro na cabeça por traficantes, em São Torquato, Vila Velha, no dia anterior. Amaro Neto, no entanto, em momento algum procurou se desculpar, apesar de todas críticas que sofreu nas redes sociais por conta de seu linguajar desrespeitoso no “Programa Balanço Geral”, da TV Vitória. O Comando Geral da Polícia Militar e entidades de classe da PM e da Polícia Civil divulgaram notas de repúdio contra o linguajar inadequado usado pelo deputado no programa de terça-feira.

“Não denegri a imagem de ninguém. Eu uso o termo sapecado quando me refiro a qualquer cidadão quando é baleado, seja um marginal, uma vítima de assalto ou um policial. As pessoas, para mim, são todas iguais. Tento um grande apreço pelos meus colegas de Parlamento, que são policiais, mas esse linguajar que uso no programa é usado pela própria polícia”, disse Amaro Neto.

“Não tenho do que pedir desculpa”, prosseguiu Amaro Neto, que completou: “Só posso mandar aquelas pessoas que se sentirem ofendidas a trocar de canal. E peço que as pessoas parem de atacar a mim e a minha família por causa desse caso”.

Amaro Neto afirmou ter procurado seus colegas policiais no Parlamento – Josias Da Vitória, Euclério Sampaio e Gilsinho Lopes – para explicar o uso do termo “sapecado”.

Amaro Neto também deu mais explicações em seu programa. “Quem assiste ao Balanço sabe que o nosso diferencial é o linguajar popular. É o rato, é o PNCL, é o baratinha, é o cavernoso, é o bailarino. Muitas expressões.Muitas dessas expressões são usadas pelos próprios policiais e outras são retiradas das comunidades e das quebradas da Grande Vitória e de todo o Brasil. Portanto, em momento algum houve desrespeito com a vítima ou com a instituição Polícia Militar. Sabemos, sim, a importância de cada soldado na rua. Sempre nos solidarizamos com situações como essa e torcemos pela recuperação do soldado Mello”, declarou Amaro Neto na abertura do Balanço Geral.

TRANSFERÊNCIA PARA LOCAL ADEQUADO E SEGURO SE DEVE AO TRABALHO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DO SINDIPOL/ES: Justiça obriga e Polícia Civil aluga novo imóvel para a sede da Delegacia Regional de São Mateus

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Quase um ano depois de ter sido intimada pela Justiça a  transferir para um local adequado a sede da 18ª Delegacia Regional, em São Mateus, Norte do Espírito Santo, a Polícia Civil, enfim, começa a cumprir a determinação. O Portal da Instituição na internet anuncia que a DP Regional de São Mateus vai passar a funcionar em novo endereço. Sairá da avenida Arlindo Sodré, 162, edifico Santa Rita, no bairro Boa Vista, e passará para a rua Liberdade, 37, Bairro Fátima. Vai para um imóvel alugado pelo Governo do Estado para sediar as delegacias que atuam no município. O prédio já está em fase de adaptações para que a mudança ocorra em breve.

Só que o chefe de Polícia Civil, delegado Guilherme Daré, esconde a verdade e não fala porque está alugando novo imóvel para a 18ª DP Regional. Ignora que faz a transferência  das delegacias para outro prédio não por vontade própria e nem por vontade do governo, mas por decisão judicial. Ainda diz que “de melhorias como essas são possíveis graças ao planejamento que traçamos no início da gestão”.

Em abril de 2017, conforme o Blog do Elimar Côrtes informou, o Ministério Público Estadual, por meio do promotor de Justiça Paulo Róbson da Silva,  ajuizou Ação Civil Pública em que pedia, liminarmente, que o prédio da 18ª DP Regional  e o “Cadeião”, em São Mateus, fossem desocupados integralmente. fica na avenida Arlindo Sodré, 162, edifico Santa Rita.

Na ação, o MP informa que o prédio onde ainda funciona a Delegacia Regional de São Mateus não passa por uma reforma há quase 10 anos e apresenta vários problemas na parte estrutural, como risco de descargas elétricas por conta de vazamentos nas paredes e tetos.

Um mês antes da ação movida pelo MPES, o  Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) realizou nova vistoria na Regional de São Mateus. Na ocasião, foram discutidas as providências a serem tomadas quanto às condições estruturais das unidades policiais civis do município.

Atualmente, o prédio da 18ª Regional abriga quatro delegacias: Infrações Penais e Outras (Dipo); Delegacia Patrimonial; Delegacia de Atendimento a Mulher (DEAM); Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV); além do plantão e do administrativo.

A  Regional de São Mateus é responsável pelo gerenciamento de justiça criminal em uma circunscrição composta por quatro municípios, sendo eles: Jaguaré, Pedro Canário, Conceição da Barra e São Mateus. Totalizando uma população de aproximadamente 213.276 habitantes.

Em 18 de maio de 2017, o juiz Lucas Modenesi Vicente, da 1ª Vara Cível de São Mateus, acolheu pedido liminar do Ministério Público, na Ação Civil Pública nº  0002746-02.2017.8.08.0047, para determinar a Polícia Civil a  desocupação do precário prédio onde funciona a 18ª Delegacia Regional (São Mateus).

Na mesma decisão, o juiz Lucas Modenesi acolheu pedido do Sindipol/ES  a ingressar na Ação Civil Pública como amicus curiae (uma expressão em latim utilizada para designar uma instituição que tem por finalidade fornecer subsídios às decisões dos tribunais, oferecendo-lhes melhor base para questões relevantes e de grande impacto).

Agora, 10 meses depois, vem o chefe de Polícia, delegado Guilherme Daré, vender uma imagem de “investimento e planejamento”, que é, verdadeiramente, um absurdo e uma deslealdade com os fatos. Sem a intervenção do Ministério Público Estadual, do Sindipol/ES e do Judiciário, o governo manteria a 18ª DP Regional no mesmo local inadequado.

“O investimento para a locação deste imóvel vai atender a uma demanda antiga da população do município que pleiteava por melhores condições de atendimento e também dos policiais civis que atuam nessa unidade. Melhorias como essas são possíveis graças ao planejamento que traçamos no início da gestão que visa reforçar também o efetivo da Polícia Civil, bem como oferecer melhores condições de trabalho para os policiais”, diz Guilherme Daré no Portal da PCES, cujo conteúdo foi repassado para jornais e portais do interior do Estado, sobretudo, em São Mateus. Para a imprensa de lá, a “verdade estatal” é mais do que uma lei; é uma ordem.

Em tempo: o juiz Lucas Modenesi designou audiência de conciliação entre as partes – Ministério Público e Sindipol, que representam a sociedade, e o Governo do Estado –, para o dia 25 de abril de 2018, às 15h30, no Fórum de São Mateus.

PROPOSTA, QUE PREVÊ PAGAMENTO DE 40% DE INSALUBRIDADE A POLICIAIS, LEVA TAMBÉM ASSINATURA DE ENIVALDO DOS ANJOS: Amaro Neto apresenta projeto INCONSTITUCIONAL para fazer média com a polícia

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Os deputados estaduais Enivaldo dos Anjos (PSD) e Amaro Neto (PRB) apresentaram, conjuntamente, na quarta-feira (21/03), um Projeto de Lei Complementar que prevê o  pagamento de 40%, sobre as respectivas remunerações, a título de indenização por periculosidade, a todos policiais militares, civis e bombeiros militares do Espírito Santo que exercem atividades operacionais.  O projeto, que é inconstitucional, não contempla policiais que atuam nas áreas administrativas e nem os agentes penitenciários e sócios-educativos.

O Projeto de Lei foi apresentado um dia depois que o soldado Afonso Miller Costa de Mello, 25 anos, foi ferido com um tiro na cabeça por traficantes, em São Torquato, e no mesmo dia em que o sargento da Reserva Remunerada Lucimar Schultz, 53 anos, foi ferido a tiros, na porta de sua casa, no bairro Soteco, em Vila Velha. Os dois militares encontram-se internados em estado grave.

Outra coincidência: os deputados Enivaldo e Amaro apresentaram o Projeto de Lei Complementar horas depois em que Amaro Neto respondeu com ironia, no plenário da Assembleia Legislativa, as críticas que recebeu do Comando-Geral da Polícia Militar e das entidades de classe dos policiais militares e civis por ter dito, em seu programa – o “Balanço Geral”, da TV Vitória –, que o soldado Mello foi “sapecado” na cabeça.

Pela proposta da dupla Enivaldo/Amaro, fica “assegurada a percepção do adicional de remuneração, a título de periculosidade, mensal e de caráter indenizatório, aos servidores em atividade da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo.  O adicional previsto no caput será fixado no percentual de 40% (quarenta por cento) da respectiva remuneração. O adicional previsto não será concedido aos servidores da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo que exercem atividades exclusivamente administrativas”.

“O projeto visa reconhecer e valorizar ainda mais a atividade daqueles que exercem atribuições notoriamente perigosas, sujeitando-se a riscos diários em benefício da segurança de todos os cidadãos capixabas. Contudo, propomos assegurar a percepção do adicional da remuneração, a título de periculosidade, mensal e de caráter indenizatório, aos servidores em atividade da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo”, justificam os deputados Amaro Neto e Enivaldo dos Anjos.

Só tem um detalhe que os deputados podem não ter percebido ou ignorado: o Projeto de Lei Complementar é inconstitucional. Peca pelo vício de iniciativa, pois ao Legislativo não é permitido apresentar projetos de leis e outras propostas que onerem  cofres públicos do Executivo. Somente o Executivo pode apresentar esse tipo de projeto.

A proposta deverá ser recusada pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. No entanto, caso a Mesa Diretora também ignore a inconstitucionalidade da proposta e leve a Plenário, pode não ser aprovada. Mesmo que seja aprovada pela maioria dos deputados, no entanto, o governador Paulo Hartung vai vetar o PLC da dupla Amaro Neto/Enivaldo dos Anjos. Hartung é um profundo conhecedor das leis e da Constituição Federal e jamais sanciona projetos inconstitucionais.

Inspetores penitenciários entram com ação na Justiça e buscam ser contemplados pelo PLC

Mesmo reconhecendo a inconstitucionalidade do PLC que tramita na Assembleia Legislativa, o presidente do Sindicato dos Inspetores do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes) , Sostenes Araújo, informou já ter telefonado para o deputado Amaro Neto solicitando que faça uma emenda e inclua os inspetores penitenciários na proposta:

“O deputado Amaro foi muito receptivo  a nossa reivindicação. Disse que conversará com o deputado Enivaldo dos Anjos para atender nosso pleito e contemplar também os inspetores penitenciários. Não podemos ficar de fora”, ponderou Araújo.

No entanto, na terça-feira (20/03), Araújo ingressou  com uma Ação Civil Pública para requerer pagamento de gratificação de 40% de Risco de Vida a todos os Inspetores, conforme já havia debatido com servidores no dia 9 de outubro e com o Governo do Estado no dia 25 do mesmo mês.

"Não há razão para a Sejus pagar Risco de Vida ao comissionado e não percebê-lo ao Inspetor em função gratificada. E entendemos ainda que o Risco de Vida não é direito somente dos comissionados ou servidores em função gratificada, mas, sim, de toda a categoria, por ser inerente a função, e por isso, o pleiteamos administrativa e agora também judicialmente", afirmou o presidente do Sindaspes, Sostenes Araújo, que continuou:

"É importante frisar que a gratificação de Risco de Vida não foi incorporada à contraprestação da categoria com o advento da modalidade de subsídio".




Conselho Deliberativo da ACS/ES vai realizar Assembleia Geral Ordinária no dia 28 de março

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O Conselho Deliberativo da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo está convocando todos os associados da ACS/ES para a Assembleia Geral Ordinária, que vai acontecer na próxima quarta-feira (28/03), a partir das 10 horas, na sede recreativa da entidade (Clube Social), localizada na rua Alvim Borges da Silva, 49, Jardim Camburi, em Vitória.

De acordo com  presidente do Conselho Deliberativo, sargento PM Alecsandro Coutinho Souza, a pauta da assembleia será aprovação ou reprovação do orçamento anual da ACS/ES para 2018 e análise do parecer prévio do Conselho Deliberativo quanto à prestação de contas da Diretoria Executiva do exercício de 2017.

“É muito importante a presença dos associados de ACS/ES. É fundamental que os associados participem das decisões da entidade”, disse o sargento Alecsandro.

A Diretoria Executiva da ACS/ES também está convocando os associados. Desta feita, para uma Assembleia Geral Extraordinária, que será no dia 7 de abril, às 10 horas, no Clube Social de Jardim Camburi.

De acordo com edital assinado pelo presidente, sargento Renato Martins Conceição, na pauta estarão assuntos administrativos e explicações, a serem dadas pelo Departamento Jurídico da ACS/ES, a respeito do processo judicial contra o Banestes relativo ao rotativo. A ACS/ES ganhou em todas as instâncias: só falta o Banestes pagar a indenização aos associados da entidade. O processo já está em fase de execução.

Eder Pontes, Marcello Queiroz e Nícia Regina formam a lista tríplice na disputa pela chefia do Ministério Público do Estado do Espírito Santo

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O subprocurador-geral de Justiça Administrativo, Eder Pontes da Silva, com 167 votos; o 13º promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Criminal de Vila Velha, Marcello Souza Queiroz, com 166 votos; e a 14ª promotora de Justiça Cível da Promotoria de Justiça de Vila Velha, Nícia Regina Sampaio, com 104 votos, foram eleitos, nesta sexta-feira (23/03), para compor a lista tríplice na disputa pelo cargo de Procurador-Geral de Justiça.

A lista tríplice será encaminhada ao Governador do Estado, a quem caberá escolher o futuro chefe do Ministério Público do Estado do Espírito Santo,  para o biênio 2018/2020. Pelo menos 289 membros ativos do Ministério Público Estadual estavam aptos a votar. Deste total, apenas dois não registraram votos até o final da eleição – 17 horas. Ou seja, 99,31% dos eleitores votaram.

Também disputaram a eleição para a formação da lista tríplice a promotora de Justiça da Promotoria de Justiça da Mulher Sueli Lima e Silva, que obteve 68 votos; o procurador de Justiça chefe da Procuradoria de Justiça Recursal e Ouvidor do MPES, Alexandre José Guimarães (45 votos); e a 2ª promotora de Justiça da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Vitória,  Márgia Chianca Mauro (21 votos).

A eleição foi realizada por meio do sistema informatizado de voto à distância do MPES. Também foi disponibilizada a votação no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, em Vitória. A Comissão Eleitoral – formada pela procuradora de Justiça Catarina Cecin Gale (presidente), e os procuradores de Justiça Eliezer Siqueira de Sousa e Domingos Ramos Ferreira –  permaneceu no auditório do MPES durante todo o horário de votação, para dar apoio aos membros que tivessem dúvidas ou quisessem votar no local.

A lista tríplice será encaminhada pela procuradora-geral de Justiça, Elda Márcia Moraes Spedo, ao governador Paulo Hartung em até 72 horas, conforme disposto nos §§ 6º e 7º do artigo 8º da Lei Complementar Estadual nº 95/97 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado do Espírito Santo).

Após o recebimento, o governador tem até 15 dias para escolher o indicado para ocupar o cargo de procurador-geral de Justiça. Caso vença o prazo, o mais votado será investido automaticamente e empossado no cargo pelo Colégio de Procuradores de Justiça.

A leitura dos votos foi feita pela presidente da Comissão Eleitoral, procuradora de Justiça Catarina Cecin. Ao final, ela parabenizou os seus candidatos que participaram do pleito. Os candidatos Eder Pontes, Marcello Queiroz e Suely Lima acompanharam o encerramento da votação e a divulgação dos resultados. A posse será no dia 2 de maio.

O presidente da Associação Espírito-Santense do Ministério Público, Adélcion Caliman, ressaltou a forma democrática como a eleição foi realizada e destacou a importância da participação dos membros do MPES na eleição.

ARTIGO DO TENENTE-CORONEL ROGÉRIO FERNANDES LIMA: Segurança pública em ano eleitoral

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A pauta da segurança pública nunca esteve em tanta evidência quanto agora, com a  intervenção federal no Rio de Janeiro, a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública e a linha de crédito para Estados e municípios. Essa temática toda é muito importante, porém há um detalhe muito interessante: 2018 é um ano eleitoral.

Nos últimos anos, os índices de violência e de criminalidade só têm piorado em todo o país e pouco se fez para minimizar esse problema, que, aliás, é sempre atribuído ao outro e nunca à própria gestão, o jogo de empurra não acaba. Pode-se citar desde a falta de investimentos e os cortes na área, até a falta de renovação na legislação penal e processual penal.

Agora, em 2018, vemos os mais diversos atores demonstrarem uma preocupação e apresentarem as soluções mais milagrosas, cujo passado não nos permite ser otimista, infelizmente. Só para relembrar, quantos desses tiveram a iniciativa de mediar a crise de fevereiro de 2017?

Sinceramente, a população brasileira já passou por vários períodos e por várias crises, amadurecendo bastante e não acredito que cairá no golpe do populismo ou na imagem do “super gestor” ou “salvador da pátria”, que resolve tudo apenas discursando e com  propaganda. É preciso ter senso crítico e evitar essas armadilhas. Precisamos evoluir em direção a uma política de segurança que atenue nossos dramas cotidianos.

Chega das velhas práticas! As pautas continuam as mesmas – saúde, segurança e educação. Entretanto, se fizermos uma análise básica veremos o seguinte: na área da saúde, a ineficácia do Estado faz com que aqueles que têm melhores condições financeiras tenham um plano de saúde, hoje até mesmo as empresas proporcionam isso ao empregado. Na questão da educação pública é semelhante. Assim, de uma forma ou de outra, mesmo o cidadão pagando uma das mais altas taxas de tributos, ele consegue atenuar a ineficiência estatal, caracterizando um bis in idem.

Quando analisamos a questão da segurança pública não podemos dizer o mesmo, pois mesmo que exista a segurança privada e particular, a segurança pública (ou a sua falta ) atinge a todos indiscriminadamente. A ausência da sensação de segurança não influi apenas nas pessoas e no seu patrimônio, mas também atinge as empresas, aumentando os custos de produção e de comercialização, como vermos ocorrer com o transporte de cargas no país e com os seguros.

No quadro atual da segurança pública, não cabe mais ao Estado querer dividir, demagogicamente, sua única e exclusiva culpa com aqueles a quem o Estado já negou tudo. Então culpar as famílias dizendo que não educam os seus filhos ou atribuir ao cidadão capixaba, como se em sua essência, fosse mais violento que os demais brasileiros, é no mínimo um escárnio.

Não cabe mais querer brincar de “polícia e ladrão”, espera-se do Estado um plano efetivo que integre as forças policiais e repensem profundamente o modelo de atuação, pois ainda continuamos com duas meias polícias estaduais e sem uma política de valorização policial. Adquirir mais armas, viaturas e outros equipamentos são importantes, mas já assistimos a este filme e ele tem um limite claro de alcance, é mais do mesmo. O cidadão já está cansado de esperar.

(Tenente-coronel Rogério Fernandes Lima é presidente da Assomes/Clube dos Oficiais)

“O PAPEL DA POLÍTICA É O PAPEL DE SE PRODUZIR JUSTIÇA E QUALIDADE DE VIDA”: Criador do Estado Presente, Renato Casagrande anuncia pré-candidatura a governador do Espírito Santo

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Criador do Estado Presente, um dos mais eficientes programas de segurança pública do País nas últimas décadas – segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) –, o ex-governador do Estado Renato Casagrande (PSB) anunciou, na tarde de segunda-feira (26/03), sua pré-candidatura ao governo do Espírito Santo. O anúncio foi feito durante uma coletiva à imprensa e transmitido por sua página oficial no Facebook.  “Precisamos de um projeto que tenha responsabilidade com o dinheiro público e também com as pessoas”, afirmou Casagrande.

Ele explicou que após o término do seu mandato de governador, em 31 de dezembro de 2014, ficou praticamente dois anos sem fazer movimento política no Estado.  “Achei que devia me afastar um pouco da militância política. Um ex-governador deve dar ao novo governante toda liberdade para que ele possa desenvolver seus projetos e tocar a gestão. E foi o que fiz”, argumentou.

“Em abril do ano passado, retomei as caminhadas pelos municípios. Visitei várias cidades, conversei com muitas pessoas do interior e da Grande Vitória, discutindo propostas. Eu poderia até ter tomado uma decisão mais confortável no processo eleitoral, como várias pessoas chegaram a me sugerir. Mas, muitos avaliaram e eu também, que tenho uma missão a contribuir com o Espírito Santo, tenho uma tarefa a desenvolver no Estado, tenho compromissos efetivamente com a população capixaba de retomarmos o desenvolvimento”, afirmou Casagrande.

Durante a conversa com a imprensa, o ex-governador destacou que nos últimos três anos o governo do Espírito Santo paralisou suas atividades na geração de oportunidades. “Então, o meu papel, a minha missão é de ajudar a construir um movimento que possa retomar o desenvolvimento, que possa retomar o dialogo com as entidades”, disse.

Segundo ele,  sua missão é contribuir efetivamente para a retomada do diálogo e das  parcerias com as entidades empresariais e sociais, municípios, Câmaras de Vereadores e partidos políticos, porque ninguém consegue construir nada sozinho.

Renato Casagrande destacou ainda que uma administração pública precisa ser justa e gerar oportunidades.  A população precisa ser tratada com muita sensibilidade, dispondo de serviços públicos de qualidade.  “É muito bom que a gente possa compreender que o papel da política é o papel de se produzir justiça e qualidade de vida. A gente tem que retomar esse papel do Estado, para que ele possa atender de fato as pessoas que mais precisam da administração pública”, disse.

O ex-governador explicou que sua pré-candidatura tem justamente esse objetivo: colaborar com a consolidação de um movimento novo na política e na administração do Espírito Santo.  Um movimento que priorize as pessoas que mais precisam. Para isso, segundo Renato Casagrande, vai intensificar, a partir de agora, o diálogo com as forças políticas que, assim como ele, querem construir um Espírito Santo que olhe com responsabilidade para as contas públicas e ao mesmo tempo para as pessoas.

“E é por isso que, a partir de agora, coloco meu nome como pré-candidato a governador do Espírito Santo”, ponderou Casagrande.

O anúncio de sua pré-candidatura, segundo Casagrande, não encerra o diálogo com as outras forças políticas. “Continuarei dialogando com os pré-candidatos que tenham o mesmo objetivo que temos. Com esse tempo de caminhada e conversas que a gente já teve no Estado, pude identificar os pilares necessários à elaboração de um programa de governo a ser apresentado na hora da campanha aos capixabas. São eles: compromissos com a ética e transparência; democracia de alta intensidade; responsabilidade fiscal e social; desenvolvimento regional; sustentabilidade; e gestão moderna e inovadora”, disse Renato Casagrande, confirmando, assim, o que ele já havia dito, em entrevista exclusiva ao Blog do Elimar Côrtes, em 4 de janeiro de 2018.

Em setembro de 2014 – último ano do governo Casagrande –, o Espírito Santo conseguiu 100% de aprovação com o Programa Especial de Segurança Cidadã, mais uma das etapas do Estado Presente e voltado a reduzir os índices de homicídios e roubos, apresentado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A parceria entre governo do Estado e BID está sendo de U$ 70 milhões (sendo U$ 56 milhões de financiamento) para ações que tenham como objetivo principal a redução da violência juvenil. Os recursos estão sendo liberados agora em 2018, porque, ao assumir o governo em janeiro de 2015, o governo Paulo Hartung suspendeu o projeto, reativando-o posteriormente.

EXCLUSIVO: Governador Hartung vai renunciar para ser candidato ao Senado, dizem fontes do Palácio Anchieta

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O governador Paulo Hartung (PMDB) já teria batido o martelo quanto ao seu futuro político. Fontes ligadas a secretários estaduais com maior trânsito a Hartung garantem que ele vai renunciar ao cargo de governador, no dia 7 de abril, e anunciar candidatura ao Senado Federal. O plano é voltar à Casa de onde saiu em 2002 para iniciar a trajetória vitoriosa como governador  do Estado – cargo que já ocupa pela terceira vez.

Dois secretários de Estado relataram a alguns deputados estaduais o interesse de Paulo Hartung em renunciar ao cargo de governador, no dia 7 de abril – data máxima para a desincompatibilização –, e anunciar a candidatura ao Senado pelo PMDB. O próprio Hartung já teria confidenciado a intenção ao vice-governador, César Colgnago (PSDB). Renunciando, Paulo Hartung entrega o cargo a Colgnago.

Contribui para essa tomada de decisão, segundo interlocutores, o fato de Hartung estar  desgastado politicamente com alguns setores da sociedade capixaba, além da saúde.

Além do mais, a oposição a Paulo Hartung, desta vez, é quem está ditando as regras do jogo político capixaba. O ex-governador Renato Casagrande (PSB) anunciou, na segunda-feira (26/03), que é pré-candidato ao governo do Estado, numa clara demonstração de que sua agenda política independe da de Hartung.

No ano passado, a senadora Rose de Freitas (PMDB) também anunciou a pré-candidatura ao governo. Agora em 2018, foi a vez do prefeito de Vila Velha, Max filho (PSDB), ter declarado ser pré-candidato ao mesmo cargo.

Segundo alguns deputados, Paulo Hartung vai deixar que dois nomes disputem sua preferência como candidatos ao governo do Estado: César  Colgnago e o dublê de apresentador de programa policial e deputado estadual Amaro Neto.

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