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Diretor-adjunto da Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária da PM é indiciado pela acusação de ameaçar ex-corregedor-geral e promotora de Justiça

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O diretor adjunto da Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária da Polícia Militar do Espírito Santo, tenente-coronel Alex Volney de Almeida, acaba de ser indiciado em um Inquérito Policial Militar (IPM) pela acusação de ameaçar o ex-corregedor geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel RR Ilton Borges Correia, e a promotora de justiça Karla Dias Sandoval Mattos Silva, da Promotoria de Justiça Junto à Auditoria Militar. O tenente-coronel Alex deverá ser denunciado pelo Ministério Público Militar Estadual a qualquer momento.

O encarregado do IPM, coronel Arilson Marcelo Martinelli, concluiu as investigações entendendo haver indícios de “Crime Militar e de Transgressão Disciplinar” na conduta do tenente-coronel Alex, “por ter proferido palavras de ameaça” ao coronel Ilton Borges e à promotora de Justiça Karla Sandoval.

Ele também foi indiciado pela prática da Transgressão Disciplinar por ter feito comentários pessoais sobre atos de serviço, “criticando oficiais superiores, para subordinados, permitindo que os subordinados também o fizessem”.

No mesmo IPM, foram indiciados, por Transgressão Disciplinar, o capitão Roberto Rodrigues Batista Júnior, “por ter demonstrado desrespeito a superior hierárquico perante subordinado”, e o cabo Vagner Ventura, “por dirigir-se a superior hierárquico de forma inadequada e por ter feito comentários e críticas de superior hierárquico”. O capitão e o cabo são lotados no 12º Batalhão da PM (Linhares).

As investigações contra o tenente-coronel Alex, que tramitaram em segredo de Justiça, dão conta de que a Corregedoria Geral da PM descobriu, por meio de escuta telefônica autorizada por ordem judicial, que ele proferiu palavras ameaçadoras ao coronel Ilton Borges e à promotora de Justiça Karla Sandoval.

O tenente-coronel Alex é alvo de outras duas ações na Justiça: uma por Improbidade Administrativa, que tramita na Vara da Fazenda Pública Estadual de Aracruz, sob o número 0004588-48.2014.8.08.0006, em que ele é acusado de enriquecimento ilícito – teria se beneficiado de combustível na época em que comandava o 5º Batalhão (Aracruz); e o processo número 0014500-20.2011.8.08.0024, tramitando na Vara da Auditoria da Justiça Militar.

Alvo de ameaças, coronel Ilton Borges é homenageado pelo Comando-Geral da PM

No dia 17 deste mês, o ex-corregedor da PM, coronel Ilton Borges, se despediu da corporação. Ele, que já havia ido para a Reserva Remunerada no final de 2016, aceitou o convite para retornar à ativa em fevereiro deste ano, quando estourou a crise na PMES devido ao aquartelamento dos policiais. Quando foi para a Reserva, Ilton Borges era o subcomandante-geral da Polícia Militar.

Na despedida, Ilton Borges foi homenageado pelo comandante-geral, coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho. O oficial passou para a inatividade após 32 anos de serviço ativo. Durante a reunião, foi proferido um elogio individual ao coronel Ilton Borges, destacando o perfil profissional do militar.

“Delineado por características que, ao longo de sua destacada carreira, mantiveram-se coerentemente inalteradas. É esse profissional que se despede hoje da Polícia Militar do Espírito Santo, onde cultivou uma marca indelével, calcada pelo profissionalismo e pela marcante personalidade”, destaca a publicação.

Em seu discurso, o coronel Ilton Borges agradeceu a homenagem recebida com saudosismo: ”Tenho uma forte ligação com a Instituição, por isso aceito o destino e me coloco à disposição para continuar ajudando da melhor forma possível”, disse.

O coronel Nylton expressou a gratidão institucional aos serviços prestados pelo oficial da reserva: “Nos momentos de dificuldade é que reconhecemos grandes pessoas. Este homem sempre demonstrou ser corajoso, forte e leal e por isso merece nossa admiração e respeito”, concluiu.

O coronel Ilton Borges teve de sair de vez da Corregedoria por culpa de uma emenda apresentada pelo presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, deputado Gilsinho Lopes, ao Projeto de Lei Complementar 30/2017 de autoria do Governo do Estado. A emenda de Gilsinho Lopes (que o governador Paulo Hartung sancionou)  suprimiu do PLC a possibilidade de que os praças e oficiais pudessem prestar serviço nas áreas de Inteligência Policial e de Polícia Judiciária, como era o caso do coronel RR Ilton Borges.

(Com informações também do Portal da PMES)


INDIGNADO, PAI DO JUIZ ALEXANDRE MARTINS DESABAFA CONTRA “NOVAS” INSINUAÇÕES: “Paulo Hartung e Lelo Coimbra nada têm a ver com a morte de meu filho”

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Pela segunda vez em uma semana, o colunista Luís Nassif, do Portal de Notícias Jornal GGN, aborda o caso do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, ocorrido em março de 2003, em Vila Velha. Na primeira postagem, em 23 deste mês, ele fala do assunto junto com mais uma série de temas que, em sua visão, seriam o retrato dos dois mandatos anteriores do governador Paulo Hartung – entre 2003 e 2010.

Na postagem feita na segunda-feira (27/11), sob o título “Sarney e Hartung, a lógica do coronelismo político brasileiro”, Luis Nassif informa que um dos episódios mais controvertidos da era Hartung foi o assassinato do juiz Alexandre Martins, que investigava o crime organizado no Estado e que, segundo o colunista Nassif, “pouco antes de ser assassinado, teria levantado acordos comprometedores entre Paulo Hartung, quando prefeito (de Vitória), e o (ex)governador José Ignácio (ferreira). Pouco antes de ser assassinado, manifestou temor em relação ao próprio Hartung”.

Na época, prossegue o colunista, “houve uma investigação que não encontrou provas materiais ligando Hartung ao crime. Mas a suspeita ficou no ar”.

Agora, de acordo com Luis Nassif, lhe foi passada informação de que o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB). Para tanto, Nassif cita trecho de reportagem do Congresso em Foco, de 30 de março de 2007, sobre a morte do juiz Alexandre Martins: “(...). No curso das investigações do assassinato, aparecem como alvos diretos de acusações, entre outras autoridades, o próprio governador do estado, Paulo Hartung (PMDB), e seu ex-vice, o atual deputado federal Lelo Coimbra (PMDB-ES). Por meio da sua assessoria, Hartung disse que “não há qualquer dúvida em relação a esse homicídio”.

As “novas revelações” do jornalista-colunista Luis Nassif deixaram o pai do juiz, o advogado e professor Alexandre Martins de Castro, indignado e revoltado. Para ele, o lançamento,  mais uma vez, desse tipo de suspeita “é prestar um favor a quem quer desviar o foco”.

Em contato com o Blog do Elimar Côrtes, o pai do juiz Alexandre Martins de Castro Filho acredita que por trás das acusações contra o governador Hartung e o deputado Lelo Coimbra estão interesses políticos-eleitoreiros, já que em 2018 é ano de eleições:

“Ao longo dos anos, essa história reaparece, requentada, mas sempre a mesma história. Normalmente ela aparece em ano eleitoral, como estamos agora, a onze meses das eleições. Ninguém melhor do que eu para conhecer o processo sobre a morte de meu filho. Ninguém mais do que eu interessado na punição dos culpados”, disse Alexandre Martins, que acrescenta:

“Paulo Hartung e Lelo Coimbra nada têm a ver com a morte do meu filho.  Lançar, mais uma vez, esse tipo de suspeita é prestar um favor a quem quer desviar o foco. Em vez de se perder tempo tentando associar políticos ao crime de que meu filho foi vítima, muito melhor seria se ocupassem o espaço da imprensa para exigir o julgamento de Antônio Leopoldo. Este, sim, pronunciado como mandante do crime”.

Para o pai Alexandre Martins, “sem dúvida, usam o trágico assassinato de meu filho para tentar desgastar politicamente quem nada tem com o caso, o que é muito desagradável por partir de jornalista que deveria ter compromisso com a verdade”.

Os quatro homens acusados de participação na execução da morte do juiz Alexandre Martins já foram condenados e cumpriram pena, com exceção de Lombrigão, que continua preso. Os três acusados de serem intermediários também já foram condenados e já ganharam a liberdade por esse crime.

Dois dos três denunciados pela acusação de serem os mandantes foram julgados. O coronel da Reserva Remunerada da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira foi condenado a 23 anos de prisão pelo Tribunal do Júri Popular de Vila Velha, enquanto o ex-policial civil e empresário Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calu, foi absolvido.

Posteriormente, em segunda instância, que julgou recursos, o coronel Ferreira teve a pena reduzida para 16 anos em regime fechado. A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça analisou o requerimento da defesa de coronel Ferreira, que pedia a anulação do julgamento, por entender que uma testemunha impedida foi ouvida durante o Júri, a prescrição do crime de quadrilha e redução da pena. O mesmo Tribunal de Justiça manteve a absolvição de Calu.

O terceiro acusado de ser mandante, o juiz aposentado compulsoriamente Antônio Leopoldo Teixeira, aguarda julgamento de mais um recurso no Superior Tribunal Federal (STJ) para ir a júri.

Os Réus e seu Destino

1) Odessi Martins da Silva Júnior: penas fixadas em 25 anos e dois meses de reclusão em regime fechado, incurso nas penas do art. 121 § 2º, incisos I e IV e artigo 155, § 4º, inciso IV, e art. 288 c/c art. 29, na forma do art. 69, todos do Código Penal. Sentença transitada em julgado com Guia Expedida. Cumpre prisão em regime semiaberta.

2) Giliarde Ferreira de Souza: penas fixadas em 24 anos e seis meses de reclusão e 60 dias multa, regime de pena fechado. Incursão nas penas do art. 121 § 2º, incisos I e IV e artigo 155, § 4º , inciso IV, e art. 288 c/c art. 29, na forma do art. 69, todos do Código Penal. Guia Expedida. Já está solto.

3) André Luiz Tavares: condenado a oito anos e quatro meses de reclusão em regime inicialmente fechado, incurso nas penas do art. 121 §2º, inc. I e IV , art. 155 §4º inc.IV, art. 288,c/c art. 29 , na forma do art. 69 todos do Código Penal. Guia Expedida pela Quarta Vara Criminal de Vila Velha, face ao trânsito em Julgado da Sentença. Já está solto.

4) Leandro Celestino dos Santos: condenado a pena de 15 anos e dois meses de reclusão em regime fechado, incurso nas penas do art. 121 §2º, inc. I e IV c/c art. 29, caput e art. 288, caput, todos do Código Penal. Já está solto.

5) Heber Valêncio: julgado pelo Tribunal do Júri com pena imposta de 20 anos e três meses de reclusão,incurso nos artigos 121,parágrafo segundo incisos I e IV c/c art. 29, ambos do Código Penal. Já está solto.

6) Ranilson Alves da Silva: condenado pelo Tribunal do Júri a pena de 15 anos de reclusão, na forma do art. 121,§ 2º, incs. I e IV , art. 155 § 4º, inc. IV, e art.288, c/c art. 69 e 29 do Código de Processo Penal. Já está solto.

7) Fernando de Oliveira Reis: condenado Pelo Tribunal do Júri a 23 anos de reclusão em regime fechado, na forma do art. 121,§ 2º, incs. I e IV c/c art.29, caput, art. 155 § 4º, inc. IV,c/c art. 29 e art.288, caput, todos do Código Penal. Deveria estar solto. Permanece preso por causa de acusação de outro assassinato, cuja sentença de pronúncia foi cancelada e, mesmo assim, aguarda nova decisão judicial na prisão.

8) Walter Gomes Ferreira: condenado a 19 anos de prisão pelo homicídio e mais quatro anos por formação de quadrilha. A condenação do coronel Ferreira se deu por quatro votos contra três dos sete jurados. Teve a pena reduzida para 16 anos.

9) Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calu: absolvido.

10) Antônio Leopoldo Teixeira: ainda não foi julgado.

PARCERIA ENTRE SINDIPOL E AGENPOL ABRE PRECEDENTES PARA OUTROS POLICIAIS CIVIS: Justiça condena Estado a indenizar três agentes de Polícia por desvio de função no Espírito Santo

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Em apenas dois dias, a juíza Sayonara Couto Bittencourt, da 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Municipal de Vitória, condenou o Estado do Espírito Santo a  indenizar três agentes de Polícia Civil por desvio de função. A indenização é retroativa a 2010. As ações na Justiça são frutos de uma parceria entre o Sindicato dos Servidores Policiais Civis (Sindipol/ES) e Associação dos Agentes de Polícia do Espírito Santo (Agenpol/ES). E foi mais uma vitória do Departamento Jurídico do Sindipol.


No processo número 0015186-70.2015.8.08.0024, cuja sentença foi proferida no dia 21 de novembro de 2017, a juíza condena o Estado a pagar aos agentes de Polícia Gilmar de Meireles Prates e Gilvan de Meireles Prates os valores referentes às diferenças de vencimentos entre os cargos de investigadores (devido) e agente de Polícia civil (recebido), a partir de 18 de maio de 2010, inclusive com os reflexos nas parcelas salariais (13º salário, férias, 1/3 férias, abonos, adicionais, insalubridade, adicional de tempo de serviço, gratificações, assiduidade e outras parcelas recebidas pelo autor), os quais serão acrescidos de juros de mora, incidentes, mês a mês, desde a data da citação com índice da caderneta de poupança, conforme art. 1ºF da lei 9.494/97.

Na mesma sentença, a juíza Sayonara Couto Bittencourt determina que a correção monetária incidirá desde o momento em que houve o pagamento a menor, utilizando-se até 25/03/2015, a TR – Taxa Referencial e, após, o IPCA-E – Índice de Preços ao Consumidor, conforme entendimento firmado na ADIN nº 4425. Sendo devida a incidência do imposto de renda e contribuição previdenciária, que poderão ser retidos pela fonte pagadora.

A segunda sentença, de acordo com os autos nº 0009830-94.2015.8.08.0024, foi assinada no dia 23 de novembro de 2017 e beneficia o policial civil Eliomar Bahiense do Nascimento. A diferença é que o pagamento a ele é retroativo a 21 de março de 2010.

Os policiais civis Gilmar de Meireles Prates, Gilvan de Meireles Prates e Eliomar Bahiense do Nascimento com o mesmo propósito: afirmaram na ação que ocupam cargos de agente de Polícia Civil e desde o exercício nos respectivos cargos estão em desvio de função até a publicação do Decreto que modificou as atribuições dos agentes.

Alegaram que exerceram diversas atividades compatíveis com o cargo de Investigador de Polícia Civil. Eles prestaram concurso público para o cargo de agente de Polícia Civil, todavia desde o início exerceram atividades de investigação policial.

Informam que o agente de Polícia Civil tinha como principais atribuições a guarda, escolta de presos e manutenção da carceragem dentro dos quadros da polícia civil. Entretanto, depois de mudanças na Administração, a maioria das funções dos agentes foi suprimida.

Relatam que os agentes de Polícia Civil eram designados para cumprir as mesmas funções dos investigadores, recebendo remuneração diversa destes últimos. Alegam que durante o período em que passaram a ocupar o cargo de agente de Polícia, estiveram desviados de suas funções agindo como investigadores de Polícia, elaborando relatórios de investigação policial, relatórios de cumprimento de mandados de busca e apreensão e outras diligências relacionadas à investigação criminal cumpridas por agentes da Polícia Civil.

Com a vigência do Decreto nº 3729-R de 18/12/2014, a Administração Pública definiu as novas atribuições do cargo de agente de Polícia, mas deixou dois cargos com atribuições equivalentes, porém com remuneração diferenciada.

Parceria entre Sindipol e Agenpol abre precedentes para outros policiais civis

Nas ações que começaram a tramitar em 2015, os três agentes de Polícia apresentaram provas suficientes para comprovar que trabalhavam como investigadores durante anos, contrariando as atribuições previstas em lei para o cargo. A vitória judicial dos agentes de Polícia é fruto da união entre o Sindipol/ES e a Agenpol.

“Caminhando juntos por melhores condições de trabalho, qualificação e pela valorização dos profissionais da Polícia Civil capixaba, com o parecer da Justiça, o Sindipol e a Agenpol abriram precedentes para ajudar outros policiais que também sofrem com a usurpação do cargo público. Infelizmente ainda registramos isso na Polícia Civil capixaba. O desvio de função e a usurpação do cargo público é um dos reflexos da defasagem na PC/ES que já chega a quase 60%. Iremos continuar trabalhando e lutando pela valorização do policial civil capixaba e no combate a usurpação e o desvio de função no âmbito da instituição policial”, disse o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal, presidente do Sindipol/ES.

O vice-presidente do Sindipol/ES, Humberto Mileip, também é agente de Polícia. Ele explicou que a Polícia Civil necessita passar por uma reestruturação e que a decisão judicial abre espaço para que todos os Agentes recorram na justiça por desvio de função.

“Esse desvio de função acontece por que o governo não reestruturou a Polícia Civil como em outros estados. Em quase todo o Brasil, o cargo de Agente de Polícia é de nível superior, mas aqui no Espírito Santo a função do Agente é confundida com o cargo de investigador de Polícia. O estado terá que indenizar praticamente todos os Agentes por usurpação do cargo público. Isso gera despesa aos cofres públicos e influencia diretamente no serviço prestado a população”, pontuou Mileip.


FINANCIAMENTO, OBTIDO PELO PROGRAMA ESTADO PRESENTE EM 2014 JUNTO AO BID, FOI AUTORIZADO ESTA SEMANA PELO SENADO: Graças a Renato Casagrande, Espírito Santo consegue 70 milhões de dólares para investir na segurança pública

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No dia 26 de maio de  2014, o Blog do Elimar Côrtes divulgou, em primeira mão, que projeto desenvolvido pelo Programa Estado Presente em Defesa da Vida obteve nota 9,5 na avaliação feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Foi, na época, a maior nota alcançada por um projeto de segurança pública dada pelos executivos do BID em 10 anos.

A informação foi dada ao blog pelo diretor do BID Para a América Latina, Dino Caprirolo, durante  abertura do “1º Diálogo Regional Sobre Segurança Pública: Os Desafios da Sociedade Contemporânea, realizada no Palácio Anchieta”, que comemorou os três primeiros anos do Estado Presente. A solenidade foi no Palácio Anchieta, sendo presidida pelo então governador, Renato Casagrande.

Assim, diante do desempenho do governo do Espírito Santo (em 2014, diga-se de passagem), o banco ficou de repassar ao Estado US$ 56 milhões para serem investidos na segurança pública nos próximos cinco anos, a partir daquele ano de 2014. A contrapartida do Estado teria de ser de US$ 14 milhões, totalizando U$ 70 milhões de (R$ 180,47 milhões em valores de hoje) investimentos.

“A nota máxima vale 10 e o Estado do Espírito Santo conseguiu 9,5 pontos dentre os projetos voltados para a área de segurança pública. É a maior nota em uma década de pesquisa. Constatamos, diante dos estudos que fizemos sobre o projeto apresentado pelo Estado Presente, que a cada dólar investido, o Espírito Santo vai ter um retorno de 3,7 dólares”, disse Dino Caprirolo, que completo:

“Mais importante é que, com o projeto apresentado, crimes poderão ser evitados, pois, com o investimento de US$ 70 milhões, o Estado poderá focar sua intervenção nos aglomerados onde são registrados mais homicídios. São programas voltados, sobretudo, para que evitemos assassinatos. Investimentos serão feitos em regiões onde há maior registro de mortes de jovens de 16 a 24 anos”.

Em setembro de 2014, o BID informou que o projeto do Estado Projeto havia sido aprovado e que a parceria entre o governo capixaba a instituição financeira internacional seria de U$ 70 milhões (sendo U$ 56 milhões de financiamento) para ações que tenham como objetivo principal a redução da violência juvenil.

De acordo com o BID à época, o Estado do Espírito Santo teria seu Programa Especial de Segurança Cidadã, ampliando o esforço que vem sendo feito pelo governo estadual. De 2011 a 2013, a taxa de homicídios teve uma redução de 10% no Espírito Santo, chegando a 43,3 por 100  mil habitantes. O programa de US$ 70 milhões contará com o financiamento de um empréstimo de US$ 56 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O ano de 2014 foi de eleições. Renato Casagrande perdeu a reeleição para Paulo Hartung, que, em janeiro de 2015, assumiu o governo do Estado pela terceira vez. Assim como fizera com  o Programa de Planejamento de Ações de Segurança Pública (Pro-Pas), em janeiro de 2003, a primeira providência de Hartung foi acabar com o Estado Presente, entrando em seu lugar o chamado programa “Ocupação Social, com menos atribuições. O Pro-Pas ficou em vigor durante o governo de José Ignácio Ferreira.

Com o fim do Estado Presente, o que se viu foi o aumento da criminalidade em todo o Espírito Santo, a ponto de o jornal A Gazeta, em seu editorial desta quarta-feira (29/11), escrever que “o ano que caminha para o fim será marcado como um dos mais desafiadores para a segurança pública no Estado”.

Sob o título “INSEGURANÇA CONFIRMADA”, o jornal cita números estarrecedores. Diz que “somente até setembro de 2017m foram registrados 61.957 ocorrências de roubos ou furtos no Estado. Nos 12 meses de 2015 e 2016, foram 67.129 e 74.890 casos, respectivamente. Se continuar nesse ritmo, 2017 pode superar o ano passado", alerta A Gazeta.

A semente plantada pelo Estado Presente deu frutos para a atual gestão do Executivo Estadual. Na terça-feira (28/11), em Brasília, o Plenário do Senado autorizou o Estado do Espírito Santo contratar a operação de crédito externo no valor de US$ 56 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O dinheiro será destinado ao financiamento parcial do Projeto Estado Presente, que tem como objetivo contribuir para a redução dos índices de crimes violentos em municípios capixabas.

O empréstimo (MSF 70/2017), que conta com a garantia da União, foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O relator da matéria na comissão, senador Dalírio Beber (PSDB-SC), ressaltou que o Estado possui capacidade de endividamento e que está adimplente com a União.

Em entrevista ao jornal A Tribuna desta quarta-feira (29/11), o secretário Estadual de Direitos Humanos do Espírito Santo, Júlio Pompeu, fala sobre a aprovação do financiamento. Diz que o dinheiro será utilizado para a melhoria da segurança pública, como já estava previsto anteriormente pelo governo Casagrande. Afirma também que houve alterações no projeto inicial, elaborado em 2014.

Apesar de ter alterado alguns componentes do projeto de 2014, o governo Hartung manteve os documentos enviados ao Senado o nome do programa lançado por Renato Casagrande: Estado Presente.

Tanto que ao informar em seu Portal a aprovação da autorização para o Espírito Santo contratar o financiamento, o Senado Federal diz que o “Projeto Estado Presente tem como ações o aumento da efetividade da Polícia Civil e da Polícia Militar no controle e investigação de crimes violentos; das oportunidades de inclusão social dos jovens de 15 a 24 anos sujeitos à violência; e a redução da reincidência da população jovem em conflito com a lei”.

Informa ainda que, “no início de 2017, o Espírito Santo viveu sua pior crise de segurança pública. Em fevereiro, os policiais militares entraram em greve, pedindo reajuste salarial e pagamento de benefícios como auxílio-alimentação e adicional de periculosidade. Foram 21 dias de paralisação até que o governo federal enviasse as Forças Armadas para fazer a segurança do Estado. Neste período, ocorreram mais de 200 homicídios no Estado”.

Vale registrar que os gestores da extinta Secretaria Estadual Extraordinária de Ações Estratégicas, que gerenciava o Estado Presente, passaram dois anos construindo o projeto aprovado pelo BID. Receberam  varias missões do BID para avaliar as questões. Um dos marcos do projeto é a reestruturação da Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, que contará com uma estrutura única. De acordo com o projeto aprovado pelo BID, a Polícia  Técnica terá um prédio moderno que comporte todas as atividades.

Promotora de Justiça alerta para desvio de recursos na saúde pelas organizações do 3º setor e do risco das escolhas políticas na direção do controle interno do Poder Executivo

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Em palestra proferida na Escola Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo (ESMP), a promotora de Justiça capixaba Maria Clara Mendonça Perim falou sobre a repressão aos desvios de recursos na saúde pública pelas organizações do terceiro setor. A palestra dela ocorreu na manhã de sábado (25/11), no último dia do IV Congresso do Patrimônio Público e Social do Ministério Público de São Paulo – 25 anos da Lei de Improbidade Administrativa.

Dois dias depois – segunda,  27 –, Maria Clara Perim teve artigo publicado no caderno ‘Direito e Cidadania’ do jornal Correio Braziliense, em que abordou a necessidade dos Executivos Federal, Estaduais e Municipais em optarem por escolhas técnicas, em vez das políticas, para a direção dos órgãos de controle interno.

O evento na capital paulista teve início na noite da quinta-feira (23/11) o IV Congresso do Patrimônio Público e Social do Ministério Público do Estado de São Paulo. Nesta edição, o congresso teve como temas os 25 anos da Lei de Improbidade Administrativa, o combate à corrupção na atualidade e o papel do Ministério Público.

A abertura ocorreu na sede do Ministério Público do Estado de São Paulo e dela participaram cerca de 90 pessoas, entre procuradores e promotores de Justiça de São Paulo e de outros Estados.

O evento foi uma realização do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional/Escola Superior do Ministério Público (CEAF/ESMP), da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, do Centro de Apoio Operacional de Patrimônio Público e Social e da Unidade Nacional de Capacitação do Ministério Público (UNCMP/CNMP), e contou com o apoio da Associação Paulista do Ministério Público (APMP).

A palestra de abertura “O combate à corrupção como instrumento de defesa do Estado Democrático de Direito” foi ministrada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal. Moraes expôs a ideia de que a falha no combate à corrupção no Brasil, em todas as instituições, é a prevenção a esse tipo de crime. Também apontou que “a questão da criminalidade organizada ganhou leis mais modernas na parte penal, que deveriam ser aplicadas também em causas de improbidade, mas que acabam sendo adaptadas sem um foco específico”.

Entretanto, o ministro ainda ressaltou que “nós temos que comemorar, porque corrupção sempre existiu. Agora, tomando como exemplo o Estado do Rio de Janeiro: quando é que todos os governadores desde 1998 e o presidente da Assembleia Legislativa foram presos? Dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, seis foram presos. Ou seja, é um avanço que se deu pela institucionalização dos órgãos de combate à corrupção”.

A promotora de Justiça Maria Clara Mendonça Perim, do Ministério Público d Estado do Espírito Santo, proferiu sua palestra no sábado. Ela falou no Painel V – Combate à improbidade administrativa frente à macrocriminalidade moderna. O outro palestrante no mesmo painel foi o procurador do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo e ex-Procurador-Geral do MPC/SP, Celso Augusto Matuck Feres Júnior, que abordou o tema “Investigação Financeira e Patrimonial – aspectos práticos”.

Ao descrever o tema “Repressão aos desvios de recursos na saúde pública pelas organizações do terceiro setor”, Maria Clara Perim destacou que, atualmente, no Brasil, o terceiro setor ocupa espaço preponderante na prestação de serviços de saúde, notadamente na rede hospitalar. Segundo ela, a prestação desses serviços pelas Organizações Sociais (OS) vem se expandindo e foi reconhecida constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade 1923.

Na ocasião, ressalta a promotora de Justiça, ficou definido que é dispensada a licitação para contratar Organizações Sociais e que tampouco é preciso licitar e realizar concurso  público para a contratação de pessoal e serviços por tais entidades, mesmo que com recursos públicos.

“Não obstante, o STF e o TCU (Tribunal de Contas da União) reafirmam a imprescindibilidade de adoção de procedimentos impessoais e objetivos na gestão dos recursos, além da necessidade de aprimoramento da apuração dos custos e da vantajosidade de transferência de tais serviços ao terceiro setor”, disse Maria Clara Perim.

No entanto, frisa a promotora de Justiça Maria Clara Perim, é preciso aprimorar-se fiscalização e controle sobre esses serviços para evitar a prática de crimes:

“A tipologia aberta e a flexibilização da aplicação do regime jurídico de direito público nos serviços de saúde transferidos ao terceiro setor acabam por configurar uma ambiência favorável à ocorrência de violações ao interesse público e aos princípios da livre concorrência e da estabilidade de preços, em função das dificuldades de  tipificação de ilícitos civis e criminais, do vulto dos recursos e da qualidade dos atores envolvidos, o que sugere a necessidade de aprimoramento das atividades de fiscalização e controle”, ponderou Maria Clara Perim.

O artigo escolhido pela promotora de Justiça Maria Clara Perim para o jornal Correio Braziliense teve o título “Escolhas políticas no controle interno do Poder Executivo: um fardo de impotência”. Para ela, “toda democracia deve agasalhar o político e o jurídico: o indispensável equilíbrio entre a vontade da maioria, reverberada nas escolhas eleitorais e nas manifestações de opinião pública, e o império da Constituição e dos direitos fundamentais.” 

Ela ressalta, todavia, que o direito a uma Administração Pública íntegra, eficiente e visível “goza de fundamentalidade, porque a própria efetividade das políticas públicas garantidoras de direitos humanos depende da boa administração”. Nesse sentido, pondera, “o tema do Controle Interno e sua localização de importância na agenda governamental merecem destaque”.

Maria Clara Perim encerra o artigo com um alerta: “Assim como a ação, a omissão no exercício de qualquer poder carrega consigo severas consequências. Os resultados do não agir vilipendiam direitos. A conclusão é inequívoca: a mitigação do jurídico é sinônimo de asfixia quando o assunto é controle interno. É oposição explícita, portanto, à pauta da integridade”.


“EU PODIA FAZER ALGUMA COISA NAQUELE JULGAMENTO? NÃO. NÃO PODIA, PORQUE FOI UMA COISA PESSOAL”, DIZ A OFICIAL QUATRO ANOS DEPOIS: Major revela em vídeo como foi feita fraude dentro da Corregedoria da PM para expulsão de soldado absolvido pela Justiça

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Um vídeo com áudio obtido com exclusividade pelo Blog do Elimar Côrtes comprova o quanto podem ser autoritários, viciados e até carregados de fraudes alguns processos administrativos da Polícia Militar do Espírito Santo. Uma das vítimas é Jorge Barbosa Filho, expulso da PM em abril de 2013 com base em provas forjadas dentro de um Conselho Disciplinar. O vídeo, em que a história vem à tona, mostra Barbosa  conversando com uma major, na porta do Hospital Meridional, em Alto Laje, Cariacica, no dia 5 de março deste ano.

Na gravação, a oficial revela que Barbosa foi vítima de um complô montado dentro da Corregedoria Geral da PM  por um dos oficiais – na época um capitão – responsáveis por seu Processo Administrativo Disciplina (PAD). A major era a presidente do Conselho de Disciplina (CD); e o capitão, era o interrogante-relator. Havia ainda um escrivão, que nada tem a ver com a farsa.

A farsa montada pelo capitão, com a omissão da major, tinha o objetivo de atingir o coronel Edmilson dos Santos, ex-comandante-geral da PM e que havia transferido esse mesmo capitão da Diretoria de Inteligência (Dint) para outro setor. O soldado Barbosa era amigo do coronel Edmilson. Portanto, prejudicando o soldado, o capitão  acreditava estar atingindo Edmilson dos Santos.

Outro personagem da história, embora não tenha sido o responsável direto pela farsa, foi o ex-comandante-geral e hoje empresário do ramo de segurança privada, o coronel RR Ronalt William. A entrada dele na história se deu porque  Barbosa havia sido designado para atuar em Missão Especial no Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc), da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Nuroc).

O coronel William acreditava que Barbosa teria participado de uma investigação contra ele (William). O coronel William havia sido flagrado pelo Nuroc em conversas telefônicos negociando venda de munição da PM para um ex-soldado, expulso da PM por ligação com o tráfico de drogas. Ronalt William foi denunciado pelo Ministério Público e absolvido pela Justiça.

Assim que assumiu o cargo de comandante-geral da PM, o coronel William trocou a formação do Conselho de Disciplina que já havia sido instaurado em desfavor de Barbosa, colocando lá dois oficiais (a major, inclusive, e o capitão-relator do CD) que ele poderia influenciar. Foi o então comandante William quem assinou a exclusão do soldado Jorge Barbosa.

MESMO ABSOLVIDO PELA JUSTIÇA, BARBOSA FOI EXCLUÍDO PELA PM

O drama de Barbosa e sua família começou em outubro de 2008, quando ele e um grupo de pessoas acusadas de tráfico – incluindo outros militares – foram alvo da Operação Êxodo, realizada pelo Ministério Público Estadual em parceria com a Corregedoria da Polícia Militar. A Corregedoria da PM pediu a prisão de Barbosa, mas a Justiça negou por falta de provas. Posteriormente, o próprio Ministério Público reconheceu a inocência do então soldado Barbosa e pediu a sua absolvição.

Em 12 de dezembro de 2012, o juiz Pedro Benedito Alves Sant’Ana, da 4ª Vara Criminal de Vitória, proferiu a sentença nos autos de número 0017144-67.2010.8.08.0024, confirmando a absolvição de Barbosa nas três acusações imputadas, inicialmente, a ele pela Corregedoria da PM: Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no CPB; Realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei; e por formação de quadrilha. Não havia, portanto, no processo nenhuma prova contra o soldado Barbosa.

Mesmo diante da absolvição na Justiça Criminal, a Corregedoria da PM prosseguiu com o Processo Administrativo Disciplina (PAD) contra o soldado Barbosa e, em abril de 2013, publicou a solução do caso, opinando por sua exclusão da PMES. O ato da exclusão foi publicado no Boletim Geral da PM de nº 013, em 27 de março de 2013 e homologado pelo então comandante-geral da corporação, coronel Ronalt Willian.

EX-SOLDADO E SUA ALGOZ SE REENCONTRAM NA PORTA DE HOSPITAL

No dia 5 de março de 2017, o destino colocou de novo o soldado Barbosa diante de um de seus carrascos: a agora major, que presidiu o Conselho de Disciplina (CD) que determinou a sua expulsão. Na época, a major era capitã, assim como o outro oficial, responsável pela relatoria do CD.

A major, atualmente, está lotada no Regimento de Polícia Montada; e seu parceiro, que continua ainda capitão, voltou para a Corregedoria Geral da PM. Os dois são da turma de 1996. Já deveriam estar no posto de tenente-coronel: deixaram de ser promovidos porque respondem a processos na Justiça.

TRECHOS DO VÍDEO

O vídeo mostra Barbosa perguntando à major o motivo pelo qual ela o prejudicou no Processo Disciplinar. Ela, então, responde que “tenho certeza que não te prejudique, apenas  presidi o processo”.

Barbosa diz que na época do processo a então capitã comentou que não havia problema algum contra ele, pois o problema era com um outro soldado, também expulso e condenado por conta da mesma Operação Êxodo.

A major responde que, de fato, falou que não havia nada contra Barbosa, que, por sua, completou: “A senhora se lembra quando havia dito para o coronel Edmilson que não existia nada contra mim?”. Diante da indagação do ex-soldado, a oficial desconversa.

A major começa, então, a confessar a armação: “Barbosa, você tem noção de quem juntou provas contra você? Quem pegou documentação no Nuroc contra você? Quem pegou autorização no Ministério Público contra você?”.

Ele responde: “Que provas? Até hoje não vi nenhuma prova contra mim. Tanto que fui absolvido a pedido do próprio Ministério Público”.

Barbosa insiste: “Major, me fala uma prova que foi apresentada contra mim”. Ela responde: “Não sou obrigada a ficar discutindo processo com você na frente de hospital, e também não sou obrigada a ficar ouvindo você me acusando”. Barbosa retruca: “Não estou lhe acusando, major; só estou perguntando”.

Mais adiante, a major diz que não deve satisfação ao ex-soldado e ele pondera: “Claro que não, só estou tirando uma conclusão do que a senhora fez comigo”.

MAJOR FALA EM CONSTRANGIMENTO NA PORTA DE HOSPITAL  E RECEBE RESPOSTA INDIGNADA DO EX-SOLDADO

Em outro momento do vídeo, a major diz para o ex-soldado que está passando por constrangimento por estar sendo questionada por ele na porta de um hospital. Barbosa responde:

“Constrangimento? Constrangimento é o que eu estou passando há cinco anos, quando a senhora me colocou pra fora da polícia e jogou nas minhas costas uma fama de traficante  por uma coisa que nunca fui e nunca fiz. Isso que é constrangimento, major! Isso é constrangimento, pois eu vivi pra polícia e nunca me misturei com vagabundo, nunca me misturei com traficante e nunca fui traficante. A senhora me colocou pra fora da polícia com essa sina, a senhora acabou com a minha carreira militar, acabou com minha saúde...Eu não estou constrangendo a senhora, nem estou sendo abusado com a senhora. Nada disso, não! Só estou expondo isso. A senhora disse dentro da Corregedoria que o problema não era eu”.

Neste ponto, a major abre o jogo e cita o capitão que fez de tudo para incriminar Barbosa, inclusive juntando provas falsas para induzir o Ministério Público e a Justiça ao erro:

“Barbosa, eu disse e confirmei até o final. É  por isso  que eu fico chateada com você. Jorge Barbosa, tinha um capitão que trabalhava comigo (na Corregedoria) que fez e juntou  tudo... Pois é...Sabe do capitão que trabalhava comigo?”

Após esse trecho do vídeo, a major chama Barbosa para conversar com ele em outro ponto do hospital, longe de mais pessoas. Barbosa concorda e diz: “Eu gostaria ate que a senhora entendesse a minha indignação. Eu  não tenho mais saúde.. Eu dediquei a minha vida à Polícia Militar”.

A major diz: Você lembra que ate o final do processo a gente conversou muito, muito?...Só que você (Barbosa) tem que entender o seguinte: vou passar uma situação pra você, que eu gostaria profundamente que você tivesse muita maturidade pra ouvir isso. Quanto à sua questão, é extremamente pessoalista em relação aos ex-comandantes Willian e Edmilson, pois eles eram inimigos declarados”.

Barbosa diz para a major: “Eu não sabia, chefe!. Por que porque isso aconteceu?”.

CAPITÃO TERIA INSERIDO PROVAS FALSAS EM PROCEDIMENTO DO NUROC

A major diz: “Pois é, tem muita coisa. Quando você fala comigo ali e eu fico ouvindo, o menino (capitão) que trabalhava comigo é filho de um coronel que foi da Dint. Quando o capitão percebeu sua ligação com o coronel Edmilson , ele passou a ter sede de você. No final do processo, quando eu falei com você: ‘Jorge, não tem nada’. Eu tinha comentado, no máximo, te dar uma cadeia...E eu fazia de tudo pra não conversar com o coronel Edmilson. Porque? Pra não parecer que eu estava tendo algum tipo de benefício no caso. O que que o capitão faz? Ele conseguiu, com autorização judicial, pegar uma operação que estava tendo no Nuroc”.

Segundo a major, o capitão, então, obteve documentos junto ao Nuroc e anexou “provas falsas” dentro da documentação contra o soldado Barbosa: “Se pegar o processo eu te mostro tudinho. Do jeito que ele (capitão)  enfiou as provas lá. Não tinha mais como eu falar...Aquilo ali aconteceu. Então eu quero que você entenda o seguinte: ‘Eu podia fazer alguma coisa naquele julgamento? Não. Não podia, porque foi uma coisa pessoal...”

“CHEGOU UMA HORA QUE AS COISAS FUGIRAM DO MEU CONTROLE”, DIZ MAJOR

De acordo com a major, o capitão tinha problemas pessoais com o coronel Edmilson que, em 2013, antes de assumir o Comando-Geral da PM em substituição ao coronel Ronalt Willian, era diretor de Inteligência da PM (Dint). Edmilson havia dispensado esse capitão e outros oficiais da Dint por “completa preguiça para o trabalho”.

Daí, surgiu o “ódio” do capitão que armou em desfavor do soldado Barbosa contra o coronel Edmilson. Prejudicando Barbosa, que sempre trabalhou na Dint com o coronel Edmilson, o capitão acreditava estar atingindo o coronel também.

A major diz mais: “Eu sempre tive uma consideração, amizade por ele (Edmilson) muito grande. Então, assim...Chegou uma hora que as coisas fugiram do meu controle. Por que ? Por que eu era voto vencido. A questão aí eram três oficiais que julgaram o processo.

A major completa: “Eu falo pra você de coração: Eu sinto muito e gostaria que você entendesse que não foi uma decisão minha. Não foi. O cara (capitão) gastava o tempo dele de folga, Barbosa, para conseguir alguma coisa contra você. A questão dele era extremamente pessoal”.

A major acrescenta: “Mas Jorge, você estava liso no processo. Eu  falei isso de início ao final pra você...Pode pegar o processo e olhar a data, o final, foi no final do processo que ele fez . E ele (capitão) fez um documento, quando ele fez o documento que a gente assinou no cartório ele já tinha conseguido as provas...”.

Ela prossegue: “Eu estudei o processo todo, todo. Eu li tudo e eu falava: ‘Sabe qual foi o meu maior erro? Sabe aonde que eu prejudiquei o Barbosa? Que todas as vezes eu falava assim: ‘Com o Jorge (Barbosa) não tem nada não e isso fazia o outro (capitão) ficar... Tinha sede de pegar você. Só que eu só percebi a sede quando ele fez efetivamente o que ele fez”.

A major ainda dá um conselho ao ex-soldado Barbosa: “Você precisa cuidar da sua saúde. Você precisa ver uma situação que pode não ser reversível e sua vida segue, sua família precisa de você , você precisa de se cuidar entendeu? As pessoas que você ama precisam de você...”

Barbosa reage: “O que faz com que você não se acabe, não esqueça é o fato de você não ser o que a pessoa foi pintada, né? Se puxar meu histórico desde quando era garoto , eu nunca me envolvi com droga. Nunca me envolvi com nada disso. Poxa, eu fui excluído na excepcional conduta, eu trabalhei pra caramba...”

IRÔNICA, MAJOR DIZ QUE EX-SOLDADO É UM “PRIVILEGIADO” E SE COLOCA À DISPOSIÇÃO PARA AJUDÁ-LO

A major fala de outro personagem dessa história de cinema americano: “Quem era o comandante-geral na época da sua exclusão?” Barbosa responde: “Foi o Willian (coronel Ronalt William, hoje na Reserva Remunerada”).

A major emenda: “Ele era muito ligado ao coronel (pai do capitão). Tanto é que quando eu fui apresentar o processo ao coronel William, ele já tinha uma ideia fixa já, de exclusão”.

Indignado, Barbosa diz: “Eu perco meu sono e fico pensando: gente, porque estou passando por isso? Eu não mereço passar por isso. Quando você acha que as coisas vão andar...”

A major que ajudou na armação e na fraude processual para acabar com a carreira do soldado Barbosa ainda encontra motivo para dar um conselho ao ex-PM:

“Eu acho assim, que você tem que ter duas vias de frente: lutar, continuar lutando, não deixar de levar sua vida, não deixar de batalhar. Agradecer a Deus que você tem uma esposa que tá te dando todo apoio. Agradecer porque muitas vezes as pessoas passam por situações assim e não têm a quem se agarrar, tenha como reagir. Você é um privilegiado e eu me coloco a disposição do que eu puder fazer para te ajudar”.


Mais de 240 policiais civis são homenageados pela Câmara Municipal de Vitória

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Pelo menos 240 policiais civis foram homenageados na noite de quinta-feira (30/11) durante sessão solene da Câmara Municipal de Vitória. A homenagem foi proposta pelo vereador Denninho Silva em parceria com o Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES). Integrante da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Euclério Sampaio participou da sessão solene e integrou a mesa de autoridades.

A sessão solene aconteceu no auditório do Palácio Municipal (sede administrativa da Prefeitura da Capital), que fica ao lado da Câmara de Vereadores, na Beira-Mar. A noite foi marcada por muita emoção. Foi um momento para valorizar e reconhecer a importância de todos os policiais civis do Espírito Santo, guerreiros que defendem a sociedade capixaba, muitas vezes, sem condições dignas de trabalho. Durante a sessão, todos os homenageados foram contemplados com certificados de mérito por relevantes serviços prestados à população capixaba.


O evento foi marcado pela presença de várias autoridades. A mesa foi composta pelo presidente do Sindipol/ES, Jorge Emílio Leal, o vice-presidente Humberto Mileip, o vereador Denninho Silva, a escrivã de Polícia aposentada Maria de Fátima Coelho, o deputado estadual Euclério Sampaio, o chefe de Polícia, delegado Guilherme Daré, a corregedora de Polícia, delegada Fabiana Maioral, e o subsecretário de Estado de Inteligência da Segurança Pública e Defesa Social, delegado José Monteiro Júnior.

O Sindicato dos Policiais Civis agradece aos vereadores, a Câmara de Vitória e, em especial, ao vereador Denninho Silva que tem sido um dos principais defensores dos profissionais da segurança pública na capital. Recentemente, o vereador Denninho propôs um projeto de lei que declarou o Sindipol/ES como de utilidade pública. O PL foi aprovado no último dia 14.

O Sindicato reforça que todos os policiais civis capixabas são dignos e merecem homenagens.

“Os condecorados aqui representam todos os policiais civis do Estado, pois todos são dignos de homenagens. São anos trabalhando pelo cidadão e para a sociedade sem políticas públicas que valorize e respeite a profissão. Como dizia o grande Aristóteles, ‘a grandeza do homem não está em receber honras, mas sim em merecê-las’, e os policiais civis capixabas, mesmo com todas as dificuldades, baixos salários e péssimas condições de trabalho, merecem e muito pelo comprometimento e responsabilidade com a defesa social. Gostaria de agradecer o vereador Denninho por essa homenagem a toda categoria”, disse Jorge Emílio Leal, presidente do Sindipol/ES.

Investigador de Polícia aposentado, o deputado Euclério Sampaio ficou feliz com a sessão solene e a homenagem aos seus colegas. “Foram mais de 300 pessoas, entre policiais e seus familiares, presentes na Câmara Municipal de Vitória. Encontramos um ambiente saudável, numa demonstração de respeito do Legislativo Municipal para com os profissionais da segurança pública”, disse Euclério Sampaio, que também foi dos homenageados, tendo recebido o diploma das mãos do vereador Denninho .

O vereador Denninho também comentou a homenagem: Tive a honra de realizar a maior homenagem da história da Câmara de Vitória à nossa Polícia Civil! Agradeço a Deus pela oportunidade de prestar essa homenagem aqueles que arriscam a vida para protegerem as nossas famílias e são motivo de orgulho para nossa sociedade!”.

(Com informações também do Portal do Sindipol/ES)

PLANO É ANTECIPAR EM UM ANO A PROMOÇÃO DE DELEGADOS ESPECIAIS: Governo pode criar trenzinho da alegria na Polícia Civil do Espírito Santo

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O governo do Estado está sendo instigado a estudar alteração na  Lei Complementar nº 657 de 19 de dezembro de 2012, que dispõe sobre a Promoção dos Policiais Civis do Estado do Espírito Santo e institui a Indenização para Aquisição de Uniforme. A alteração, que deverá ser encaminhada à Assembleia Legislativa, visa antecipar em um ano a promoção de um grupo de delegados de Polícia. Os delegados passariam da 1ª Categoria para a Categoria Especial. Há chance de a alteração beneficiar também outras categorias na instituição.

Pela lei atual, a promoção aconteceria somente em dezembro de 2018. Se aprovada pela Ales e, posteriormente,  sancionada pelo governador Paulo Hartung (PMDB), a alteração na lei poderá criar mais um trenzinho da alegria na Polícia Civil. A alteração beneficiaria um grupo de delegados de Polícia – a maioria da turma de 2007 – e outros profissionais.

A proposta para alterar a lei vem sendo negociada pelo presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Assemblei Legislativa, deputado Gilsinho Lopes, que é delegado de Polícia Civil licenciado, diretamente com a Secretaria da Casa Civil do Palácio Anchieta, de acordo com fontes do governo do Estado.

Gilsinho Lopes não pode apresentar ele mesmo alteração na Lei Complementar porque a mudança vai gerar custos  aos cofres públicos. Projetos de Lei que provocam repercussão financeira somente podem ser propostos pelo Executivo, caso contrário, tornam-se inconstitucionais

Por isso, Gilsinho Lopes vem conversando com o governo. O próprio chefe de Polícia Civil, delegado Guilherme Daré, apoia a alteração, de acordo com outros delegados que integram o Conselho de Polícia ouvidos pelo Blog do Elimar Côrtes.

Existe uma expectativa de que a alteração legislativa possa beneficiar também outras carreiras dentro da Polícia Civil que já estejam na 1ª Categoria, com a promoção antecipada acontecendo agora em dezembro. Seriam os casos de profissionais como investigadores, peritos, agentes de Polícia, escrivães, médicos-legistas e outros.

Os maiores beneficiados, no entanto, seriam os delegados da turma de 2007, que passariam a galgar postos chaves dentro da cúpula da  instituição, podendo, inclusive, chegar à Chefia de Polícia Civil, mesmo estando ainda com apenas 10 anos de atividade.

Os delegados poderiam ainda exercer cargos de superintendentes e chefes de Divisão, o que significa um aumento salarial importante, pois o cargo de comando na Polícia Civil representa, em média, um acréscimo de até R$ 3 mil nos vencimentos mensais.

De acordo com a legislação que rege a Polícia Civil capixaba, somente podem integrar o Conselho de Polícia e ocupar postos na Administração Superior, como a Corregedoria e superintendências, delegados da Categoria Especial. E somente os delegados dessa Categoria podem se tornar chefes da instituição.

Os delegados de Polícia, assim como todos os servidores públicos do Espírito Santo, receberam último reajuste salarial, com base nas perdas da inflação, em 2014. A partir de janeiro de 2015, quando assumiu o governo pela terceira vez, Paulo Hartung suspendeu reajuste para todo o funcionalismo estadual.

De acordo com a tabela salarial de 2015, o delegado da 1ª Categoria, referência um, recebe R$ 12.311,68, sem contar as escalas especiais. Na última referência dessa Categoria, a de número 17, o salário mensal é de R$ 16.245,00.

Com a alteração estudada pelo governo, os delegados que terão sua promoção da 1ª Categoria para a Categoria Especial antecipada em um ano, passarão a receber, na referência um, R$ 13.542,84. Na referência 17, o salário é de R$ 17.869,50.  Existem ainda as segunda a terceiras Categorias de delegados. Os delegados de Polícia Civil do Espírito Santo em início de carreira têm, atualmente, o pior salário do País: R$ 9.579,58.

Os delegados que se encontram hoje na 1º Categoria, o penúltimo estágio do ápice da carreira, entraram na instituição em 2007, em sua grande maioria. Em menos de 10 anos, portanto, podem chegar ao posto máximo da categoria, que é a Especial. A promoção é automática, de acordo com o que reza a Lei Complementar nº 657 de 19 de dezembro de 2012.

Na Polícia Militar, um oficial leva quase 35 anos para chegar ao posto de coronel – e, mesmo assim, precisa da palavra final do governador Paulo Hartung. Hoje, a promoção de oficiais na PM capixaba leva em consideração uma série de critérios subjetivos.


ENTIDADES DE CLASSE DA MAGISTRATURA E DO MINISTÉRIO PÚBLICO AFIRMAM QUE EMENDA NÃO RECUPERA CONTAS PÚBLICAS NEM PROTEGE DIREITOS FUNDAMENTAIS: Frente dos Servidores Federais aumenta a pressão contra a Reforma da Previdência no Espírito Santo

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A Frente dos Servidores Federais do Espírito Santo, que reúne diversas categorias de servidores públicos, iniciou, na sexta-feira (01/12), a colocação de dezenas de outdoors por todo o Estado para sensibilizarem os parlamentares capixabas a enterrarem a Reforma da Previdência. Os Sindicatos dos Policiais Rodoviários Federais e dos Policiais Federais fazem parte da Frente dedos Servidores.

O recado dado aos políticos do Estado é muito claro, de acordo com os dirigentes de classe: o povo capixaba não aceita pagar a conta da corrupção e da má gestão, abrindo mão da sua aposentadoria. Os parlamentares que insistirem em votar pela Reforma da Previdência, “serão expulsos, nas urnas, nas próximas eleições!”

As entidades que compõem a Frente dos Servidores prometem intensificar ainda mais o movimento e mobilizar toda a população para que os nomes de deputados que apoiarem a reforma “não sejam esquecidos nas eleições de 2018”.

Simultaneamente, o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Espírito Santo (SinPRF-ES) realizou na manhã do dia 27de novembro, em conjunto com a Frente de Servidores Federais, um ato público contra a Reforma da Previdência e a MP 805, no Aeroporto de Vitória.

Os parlamentares que embarcavam para Brasília foram abordados e receberam o recado da sociedade brasileira: quem votar a favor da PEC 287 e da MP 805 não será reeleito em 2018. O delegado representante do Sindicato, Itler Oliveira, esteve presente e destacou: "Vamos continuar acompanhando de perto as movimentações e os passos dos parlamentares que votarem contra os trabalhadores".

Os dirigentes sindicais da Polícia Rodoviária Federal aproveitaram a Assembleia Geral Extraordinária para buscarem apoio dos parlamentares a fim de evitar a precarização do serviço público. Juntamente com a Frente de Servidores Federais do Brasil (FSFB), houve a entrega formal de uma carta, que expõe a necessidade da manutenção de um serviço público de qualidade.

Na carta, há também o demonstrativo contra os discursos do Governo de que existe o excesso de servidores e privilégios, além da real necessidade da manutenção constitucional da estabilidade, que foi motivada pelos constituintes originários em 1988. O deputado federal Helder Salomão (PT/ES) recebeu a carta de um dos dirigentes do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais.

E mais: está mantida mobilização nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal para a próxima terça-feira (05/12), mesmo com o recuo das centrais sindicais que decidiram suspender a greve nacional convocada para o próximo dia 5.

A mobilização do dia 5 de dezembro convocada pelo Sindireceita é contra a Reforma da Previdência Social. O Sindireceita mantém a convocação para a mobilização e conclama a categoria para participar ativamente dos atos, assembleias, plenárias e demonstrar nossa indignação com a perda dos direitos representada pela PEC 287, que propõe a reforma da Previdência.

Frente dos Servidores Federais do Espírito Santo:

SINPRF-ES – Sindicato Policiais Rodoviários Federais do ES

SINPEF-ES - Sindicato dos Policiais Federais do ES

SINDIRECEITA -  Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal DS/ES

ANFFA SINDICAL Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários DS-ES

ATEFFA-ES - Associação dos Técnicos de Fiscalização Federal Agropecuária do Estado do Espírito Santo                                                                                                                               

SINAIT - Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho

Previdência: entidades afirmam que emenda não recupera contas públicas nem protege direitos fundamentais

Entidades associativas representativas de cerca de 220 mil agentes públicos de todo o Brasil, tendo em conta a elaboração, pelo deputado Arthur Maia, de emenda aglutinativa alternativa ao seu primeiro relatório para a PEC 287/2016 ("Reforma da Previdência”), vem a público esclarecer e externar o seguinte:

1 - Apesar da ampla campanha publicitária deflagrada a respeito, o novo texto não traz quaisquer novidades positivas, para a sociedade ou para o Estado brasileiro, se comparado ao texto antecedente. Explicite-se.

2 - Em grave atentado ao princípio da isonomia, o novo texto pretende agora exigir de todos os agentes públicos vinculados a Regimes Próprios de Previdência Social um tempo mínimo que se eleva de 15 para 25 anos de contribuição. O argumento público para tal retrocesso, infame e acintoso, é o de que servidores públicos - os mesmos que garantem o funcionamento de todas as instâncias e estratos da Administração Pública, em todos os poderes e níveis federativos, e que também financiam, com seus tributos, a difamatória propaganda oficial do Governo - "ganham muito" e "trabalham pouco".

3 – Por outro lado, o princípio da segurança jurídica é severamente agredido na fixação das regras de transição para os servidores admitidos até 2003, pois o texto ora proposto acena com uma abrupta mudança nos critérios até então estabelecidos – e já três vezes modificados (Emendas Constitucionais nºs 20/1998, 41/2003 e 47/2005) -, em que pese a vontade e/ou a palavra empenhada pelos legisladores que engendraram as reformas anteriores. Nesse passo, o texto da emenda aglutinativa retira a integralidade dos proventos iguais à última remuneração ou subsídio do cargo, instituindo cálculo por média para servidores, inclusive os que entraram antes da EC n. 41/2003, caso não aguardem as idades de 65/62 anos (h/m). Contraria-se, com isso, o princípio da proteção da confiança legítima, ao estabelecer um ponto de corte (e não uma regra de transição) que atinge duramente aqueles que estão mais próximos da aposentadoria, em uma lógica irrazoável, pois exige maiores ônus daqueles que estão mais perto de preencher os requisitos até então vigentes.

4 – Releva destacar, outrossim, que os multicitados problemas com o “caixa” de regimes próprios não derivam de condutas impróprias dos agentes públicos - que, como os demais trabalhadores, devem ser por eles protegidos contra as vicissitudes da vida, e, para mais, sempre recolheram contribuições sociais incidentes sobre a totalidade de suas remunerações (inclusive quando aposentados, desde a EC n. 41/2003) -, mas, ao revés, pelos desvios institucionais e pela própria malversação de recursos públicos que sangram o Erário, com efeitos nefastos não só sobre a Previdência pública, como também sobre a Saúde, a Educação e a Segurança. Enquanto o custo das renúncias de receita aumentou de 3,4% do PIB em 2006 para 4,3% do PIB em 2016, as despesas com pessoal da União caíram de 4,4% do PIB para 4,1% do PIB no mesmo período. Neste sentido, imputar a agentes públicos a pecha de “privilegiados” é um desrespeitoso ardil para convencer a população, injurioso e lesivo a todos os servidores públicos brasileiros.

5 - Para mais, a nova proposta mantém os prejuízos ao modelo de proteção para pessoas vitimadas por invalidez e que venham a se aposentar por este motivo, achatando ainda mais os respectivos benefícios, ao estabelecer uma “aposentadoria proporcional” em caso de invalidez que não se comprove ter sido causada por fatores ligados à atividade prestada no serviço público. Da mesma forma, mantém-se a proposta de vedação do recebimento conjunto de aposentadoria e pensão decorrente de viuvez, salvo até o reduzido limite de dois salários mínimos – menos de 2.000 reais.

6 – A "nova" reforma da Previdência, nos moldes propostos, não mira outra estratégia que não a redução do alcance da proteção social, deixando de lado medidas fundamentais para a recuperação das contas públicas, como fartamente apontado no relatório da CPI da Previdência, recentemente consumada no âmbito do Senado Federal. Assim é que, no aspecto do custeio, impende aprovar a supressão da margem de Desvinculação das Receitas da União (DRU) quanto às contribuições sociais, fomentar o combate à informalidade e à sonegação e implementar a efetiva cobrança da dívida ativa da União (de cerca de R$340 bilhões), como ainda rediscutir os excessos de isenções, desonerações e parcelamentos que grassam na prática legislativa. Já no campo das prestações, a realização de programas para redução de doenças e acidentes ligados ao trabalho (no Brasil, são 700 mil ocorrências/ano), à violência urbana e às mortes e mutilações no trânsito – tudo isso imbricado ao sistema de previdência, pelo impacto direto nos benefícios a serem concedidos - e, de outra parte, o estímulo à filiação e à inclusão previdenciárias, a educação previdenciária e o combate às fraudes seriam providências decerto mais efetivas para o ajuste dos atuais gargalos previdenciários do que o mero corte de benefícios.

7 - Por fim, as alterações propostas na emenda "enxuta" - que, a rigor, mantém o texto anterior ou mesmo o piora - sequer atendem à declarada finalidade fiscal que a justificaria. Segundo dados da Folha de S. Paulo de 24.11.2017, "[a] expectativa de economia com a reforma da Previdência mais enxuta desconsidera o regime de servidores, apesar de o governo ter adotado o discurso de que é a mudança em regras para funcionários públicos que acabam com privilégios"; e, mais, "[...] a nova economia será de 60% do valor original, de R$ 793 bilhões em dez anos. Fazendo as contas, isso resulta em R$ 476 bilhões", basicamente no Regime Geral de Previdência Social (sendo certo que o Governo não revela os dados discriminados por setor). Tais dados revelam que o discurso do "fim dos privilégios"é irreal é ilusório; a grande economia buscada pela Reforma da Previdência segue mirando o regime geral. Em suma, vinho velho em odres velhos.

As entidades

Associação da Auditoria de Controle Externo do TCU (AUDTCU)
Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT)
Associação dos Advogados Públicos Federais (ANAFE)
Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB)
Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE)
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)
Associação dos Magistrados do Distrito Federal e Territórios (AMAGIS DF)
Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM)
Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC)
Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receia Federal do Brasil (ANFIP)
Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP)
Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP)
Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)
Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP)
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANAMATRA)
Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP)
Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência (AOFI)
Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF)
Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR)
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (ASSECOR)
Associação Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras (ANER)
Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (FEBRAFITE)
Federação Nacional do Fisco Estadual (FENAFISCO)
Federação Nacional dos Auditores (FENAFIM)
Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (FENAJUFE)
Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (FONACATE)
Sindicato dos servidores do Poder Legislativo Federal e do TCU (SINDILEGIS)
Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (UNACONSINDICAL)
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional)
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT)
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA SINDICAL)
Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (SINDIFISCO)
Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL)
Sindicato Nacional dos Peritos SINDIPFA
Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (SINPROFAZ)
Sindicato Nacional dos Servidores da CVM (SINDCVM)
Sindicato Nacional dos Servidores do IPEA (AFIPEA-SINDICAL)
Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Superintendência de Seguros Privados (SINDSUSEP)
União dos Auditores Federais de Controle Externo (AUDITAR)



Entidades de classe voltam a se reunir para discutir melhorias para a Segurança Pública em 2018 no Espírito Santo

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Dando continuidade à reunião ocorrida no dia 13 deste mês, entre Associações e Sindicatos ligados às Polícias Civil e Militar do Espírito Santo, os dirigentes das entidades se reuniram de novo na segunda-feira (27/11), na sede da ASPOMIRES, a fim de se delinear propostas com o objetivo de elaborar projetos voltados para a área de Segurança Pública do Estado.

A reunião teve consequência da identificação com as propostas apresentadas na reunião realizada anteriormente, que teve como pauta principal a união e integração das forças de segurança na luta por uma política de Estado estruturante, visando alcançar a eficiência dos serviços prestados à sociedade, política esta abandonada nos últimos anos.

Outras entidades de classe, tanto da Polícia Civil e Militar, assim como outros ramos do seguimento de segurança, estiveram presentes com o objetivo de auxiliar na elaboração de projetos que irão valorizar o profissional de segurança em todos os tipos de atividades exercidas, como também otimizar os serviços em prol do cidadão capixaba, que hoje se vê a mercê da violência.

O ex-comandante-geral da Polícia Militar, o coronel PM RR Edmilson dos Santos, representando a ASPOMIRES, observou que é muito bom ver as Associações e Sindicatos se unindo em prol de uma política de segurança elaborada por aqueles que conhecem não só a realidade do profissional de segurança, “mas também conhece as necessidades daquele que, no dia a dia, solicita os nossos serviços e pelo qual é nossa razão de existirmos, que é o cidadão”.

"Estamos estabelecendo contato com outras associações e sindicatos, que já se mostraram interessados a participarem do projeto. Teremos, como próximos passos, o planejamento de Seminário voltado para nossos profissionais e a todos aqueles que quiserem nos apoiar na construção de uma política real e duradoura no que se refere à Segurança Pública, identificando nossas necessidades, traçando caminhos inovadores e eficientes para bem servir a população capixaba, deixada em segundo plano nos três últimos anos, no que se refere às Políticas Sociais de nosso Estado e, em especial, a Segurança Pública”, afirmam os dirigentes das entidades.

Participaram da reunião diretores do SINDIPOL/ES, SINDINAPI, SINASES, SINGUAPOR ( Sindicato dos Guardas Portuários), ASSES (Associação dos Subtenentes e Sargentos ), ACS (Associação dos Cabos e Soldados), ABMES (Associação dos Bombeiros Militares),  SINFAIS e F.F.H. (Fraternidade Força e Honra), além de representantes de associações de moradores.

Para o presidente do SINDIPOL/ES, Jorge Emílio Leal, “somente com a união das forças de segurança os profissionais traçarão novos rumos com estratégias e ações que permitirão o reconhecimento devido, face a importância desta atividade essencial para a sociedade, com a merecida valorização.”



TRIBUNAL DE JUSTIÇA DECLARA QUE GOVERNADOR DESCUMPRE A CONSTITUIÇÃO AO DEIXAR DE CONCEDER REAJUSTES SALARIAIS POR PERDA INFLACIONÁRIA: Vitória obtida pelo Sindipol vai beneficiar mais de 82 mil servidores públicos capixabas

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À unanimidade, o Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo acolheu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão contra o governador Paulo Hartung (PMDB), por não conceder a reposição da inflação aos servidores públicos  capixabas. Ao acolher o pedido, feito pelo Sindicato dos Servidores Policiais Civis (Sindipol), o Tribunal de Justiça declarou mora do Estado “devido ao não reajuste salarial com base nas perdas inflacionárias desde 2015”. Para todos os desembargadores, o governador Hartung está descumprindo as Constituições Federal e Estadual.

A decisão abre brechas para que todos os servidores públicos capixabas – civis e militares – acionem o Estado na Justiça, por meio dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, a fim de pleitear indenização por estarem há três anos sem a reposição inflacionário em seus salários. O Executivo possui cerca de  82 mil servidores, entre civis e militares: são 52 mil na ativa, e 30 mil inativos.

Ao mesmo tempo, o Tribunal Pleno, ao seguir à unanimidade o voto do relator da ADI número 0016538-67.2017.8.08.0000, desembargador Carlos Simões Fonseca, indica que o descumprimento pode caracterizar Crime de Responsabilidade e de Improbidade Administrativa.

O Pleno do Tribunal de Justiça reconheceu e declarou “a mora do Poder Público, consistente na ausência de efetivação da revisão geral anual dos vencimentos, proventos e subsídios dos servidores públicos vinculados ao Estado do Espírito Santo, congregando todas as carreiras da administração, ativos e inativos (beneficiários da cláusula de paridade de reajuste), relativa aos exercícios de 2015, 2016 e 2017, a partir de 1ª de abril de 2015, 2016 e 2017”.

No dia 27 de junho deste ano, a Federação dos Servidores Públicos Federais, Estaduais e Municipais do Espírito Santo (FESPUFEMES) protocolou no Tribunal de Justiça uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão contra o governador do Estado, Paulo Hartung, por não conceder sequer a reposição da inflação aos policiais civis capixabas.

A FESPUFEMES atendeu, assim, a um pleito do Sindipol/ES. No ano passado, o Sindipol havia impetrado Mandado de Injunção e Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão contra o Estado. Os dois pedidos, porém, foram negados pelo Tribunal de Justiça.

Paulo Hartung assumiu o governo em janeiro de 2015 e não conferiu um único reajuste ao funcionalismo público nestes três anos de governo. Por causa desse  quadro, o Sindipol/ES ingressou com Mandado de Injunção, com o objetivo de que o direito fosse reconstituído.

Só que a ação não foi acolhida pelo Tribunal de Justiça, sendo alegado que não seria a medida judicial pertinente e sim a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão.

“Não entendendo desta forma, o Sindipol/ES interpôs o pertinente Recurso Extraordinário, o qual se encontra suspenso com Repercussão Geral no Supremo Tribunal Federal”, relembra o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal, que é também diretor da FESPUFEMES.

Diante da negativa do Tribunal de Justiça, foi interposta a ADIO, sendo que nesta ação ingressou como terceiro interessado a FESPUFEMES. Novamente a ação foi negada, agora sob dois argumentos: o primeiro de que o Sindipol/ES não representa todos os servidores públicos estaduais e, sim, somente os servidores policiais civis; e, o segundo, de que ainda que a FESPUFEMES esteja no polo ativo da demanda, não é pertinente a intervenção de terceiros em demandas desta natureza.

Diante de mais uma negativa do Tribunal de Justiça, porém, a FESPUFEMS ajuizou ADI por Omissão, onde pleiteou, em nome próprio, a revisão da remuneração dos servidores públicos.

“Pedido de indenização agora ficará bem mais sustentado”, afirma advogado

“Esta foi apenas a primeira vitória dentro de uma guerra que ainda não acabou. O desejo do Sindipol é que dois comandos constitucionais sejam cumpridos pelo governo do Estado. As Constituições Federal e do Estado do Espírito Santo  asseguram a revisão salarial com base, pelo menos, nas perdas inflacionárias. Todas as tentativas de outros sindicatos para  fazer o governo estadual cumprir as Constituições não deram resultado na Justiça.  Por isso, o Sindipol, por meio da Federação, entrou com outro remédio jurídico, que foi a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão”, comentou o advogado do Sindipol, Edwar Barbosa Felix.

Para ele, a partir da publicação do acórdão relativo à decisão do Pleno – tomada na sessão do dia 30 de novembro de 2017 –, todos os servidores públicos do Estado podem ajuizar  ação em desfavor do governo estadual, para pleitear indenização pela falta de reajuste salarial:

“O pedido de indenização agora ficará bem mais sustentado, mais fundamentado com a decisão do Pleno do Tribunal de Justiça. Os servidores interessados podem, inclusive,  aguardar a publicação do acórdão para inserir a decisão do desembargador Carlos Simões Fonseca  no seu pedido junto aos Juizados Especiais da Fazenda Pública”, orienta o advogado Edwar Barbosa Felix.

Na sustentação oral, o advogado Edwar Felix ressaltou que o governo, por meio da Procuradoria Geral do Estado, confessou que não apresentou nenhum projeto de lei tendente a promover a revisão geral anual dos servidores públicos vinculados ao Estado do Espírito Santo, nos anos de 2015, 2016 e 2017.

“Somente tratou, em sua defesa, da escassez de recursos públicos, o que não é motivo para deixar de cumprir o comando constitucional imposto ao mesmo e previsto no artigo 37, X da Constituição Federal de 1988 e no artigo  32, XVI da Constituição Estadual”.

Segundo Edwar  Felix, a última revisão geral anual ocorreu em 1 de abril de 2014, por meio da Lei 10.185/2014, que concedeu revisão de 4,5%. Ele ressalta que o governo alegou na defesa que caso houvesse concedido reajuste salarial aos servidores estaduais em 2015, as despesas com pessoal ultrapassariam o limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Ocorre que o alerta enviado pelo Tribunal de Consta do Estado não é considerado um indício de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os alertas enviados pelo TCE são apenas um aviso, que é efetivado por determinação legal, a fim de cientificar o Administrador Público da evolução de suas despesas com pessoal”, ponderou o advogado do Sindipol.

De acordo com Edwar Felix, “mesmo que se efetivasse simulação de concessão de reajustes em setembro de 2015 nos índices de 4,5% e de 8,98% a todos os servidores estaduais, revelar-se-ia que o limite prudencial de 46,55% (não ilegal) não seria excedido com a concessão de reajuste de 4,5% e que o limite legal de 49% também não seria excedido com a concessão de um reajuste de 8,98%”.

Registre-se, prosseguiu o advogado,  que qualquer simulação não permitiria a inclusão das despesas com pessoal inativo para fins de verificação do limite de despesas com pessoal está em confronto com o disposto no inciso VI do §1º do artigo 19 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Ademais, mesmo que os gastos com pessoal tivessem excedido 95% do limite legal, ainda assim a LRF excepciona a possibilidade de o Administrador promover a revisão geral anual prevista no inciso X do artigo 37 da Constituição Federal”, ensina Ewar Felix.

“Portanto, a revisão geral anual é preservada pela LRF até quando os gastos com pessoal excederem 95% do limite legal, o que sequer é o caso do Estado do Espírito Santo, que nos últimos 12 meses atingiram apenas 89,42% deste limite”, concluiu o advogado.

Sindipol agradece apoio da FESPUFEMES

O presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal, e o chefe do Departamento Jurídico da entidade, o advogado Rodrigo Santos Nascimento, comemoraram a decisão do TJES: “A decisão do Egrégio Tribunal de Justiça é clara: o governador do Estado deveria ter enviado à Assembleia Legislativa proposição para revisão salarial anual”, disse Rodrigo Nascimento.

“Mais uma vez, o Sindipol/ES, como única, legítima e legalmente constituída organização sindical representativa de todos os cargos da Polícia Civil, está indo às últimas consequências para fazer valer os direitos não só de seus associados, mas bem como de todos os policiais civis capixabas, como delegados, escrivães, agentes de Polícia, médicos-legistas, investigadores, peritos criminais e papiloscopistas, auxiliar de perícia e outros servidores da instituição. E mais: o Sindipol, com a decisão unânime do Pleno do Tribunal de Justiça, está beneficiando também todos os mais de 70 mil servidores públicos do Executivo Estadual”, salientou Jorge Emílio.

Ele também agradeceu o apoio recebido pelo presidente da FESPUFEMES, Juvenal Barbosa, que ouviu o pleito do Sindipol, e propôs a ação contra o governo do Estado, onde reivindica a recomposição salarial inerente aos últimos três anos para todos os servidores públicos estaduais ativos e aposentados.

“Somos muito gratos à Diretoria da FESPUFEMES , na pessoa de seu presidente, o Juvenal Barbosa, que encampou a luta do Sindipol”, frisou Jorge Emílio.

Sargento é condenado a 17 anos pela acusação de matar o namorado no Espírito Santo

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O Tribunal do Júri de Vargem Alta, município localizado na Região Serrana do Espírito Santo, condenou a 17 anos e três meses reclusão e mais seis meses de detenção, o sargento da Polícia Militar Almir Pellanda, pela acusação de matar seu namorado, o adolescente Alexander Malanquini Cristo, que à época do crime – 9 de novembro de 2012 – tinha 16 anos de idade. O assassinato ocorreu na localidade de Posto Dantas. Almir foi condenado a cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado.

 Almir Pellanda foi condenado nas iras do artigo 121, §2º, incisos I e IV, c/c artigo 347, todos do Código Penal – homicídio por motivo torpe e à traição. O militar foi condenado também pela acusação de cometer fraude processual, porque, na ocasião, o sargento Almir simulou um suicídio.

No entanto, graças ao trabalho de investigação do delegado José Rafael Machado e de sua equipe, a Polícia Civil desmontou “a farsa”, concluiu o Inquérito Policial e indiciou o militar, que, posteriormente foi denunciado pelo Ministério Público Estadual.

O julgamento do sargento Almir Pellanda aconteceu no dia 7 de novembro de 2017. Logo após a leitura da sentença, feita pelo juiz José Pedro de Souza Netto, da Vara Única da Comarca de Vargem Alta, a defesa recorreu. O recurso já foi encaminhado para o Tribunal de Justiça.

De acordo com o processo nº 0000424-06.2013.8.08.0061, por volta das 18h20 do dia 9 de novembro de 2012, na Rodovia Cachoeiro X Vargem Alta, na localidade de Poço Dantas, zona rural, o adolescente Alexander Cristo foi encontrado morto com um tiro na cabeça, “tendo sido utilizada para tal fato ato uma pistola, marca Taurus, calibre 40, modelo PT840E, série SDM 16943”, pertencente a Almir Pellanda.

De acordo com os autos, Almir apresentou a versão de suicídio ao acionar a Polícia Militar, “asseverando que a vítima segurava uma arma na mão direita ao ser por ele encontrado já sem vida”. À polícia, o sargento esclareceu que a arma pertencia à PM e era acautelada a ele em razão de seu próprio serviço e que Alexander apanhado a pistola e atentado contra a própria vida.

Ocorre que com o aprofundamento das investigações e, especialmente, com a conclusão do Laudo Pericial nº 0674/13, solicitado pelo sempre diligente delegado José Rafael Machado, da Delegacia de Vargem Alta, o Inquérito Policial apontou outras hipóteses, como a de "homicídio com tentativa de simulação de suicídio", bem como a juntada do laudo de exame cadavérico da vítima, que atestou, além da lesão produzida por projétil de arma de fogo, uma lesão contusa com 0,5 centímetros com vestígios de sangue,  típicas de lesões produzidas em vida.

Os exames, portanto, conforme o processo,  constataram a ocorrência de homicídio, confirmado após a reprodução simulada dos fatos, com a conclusão do perito criminal, “que trata-se de uma morte violenta, na espécie de homicídio perpetrado pelo uso de arma de fogo, em local de crime alterado no intuito de similar uma auto eliminação”.

De acordo com a sentença, “extrai-se ainda dos autos que a vítima (Alexander) e o denunciado (Almir Pellanda)  mantinham relacionamento homoafetivo, e a vítima (Alexander) estava morando com o denunciado há aproximadamente dois anos”.

No dia do crime, “por volta das 13:00 horas, a vítima telefonou para sua genitora, utilizando o telefone fixo da residência do denunciado, informando que voltaria a residir com a mesma e que seu relacionamento com denunciado teria acabado, após uma briga entre o casal, parecendo estar muito abalado com a situação”, prossegue o juiz José Pedro de Souza Netto, na sentença.

De acordo com as investigações, o sargento Almir, “aproveitando das condições favoráveis, por se tratar de região isolada e de difícil acesso, não aceitando a decisão da vítima de se separar devido ao desentendimento anterior, utilizando-se de sua arma, deu uma coronhada na cabeça da vítima (Alexander), causando a lesão”, efetuando “em seguida um disparo na região auricular da mesma e mais outros dois disparos a ermo, colocando em seguida a pistola na mão direita da vítima, alterando a cena do crime, com a clara intenção de simular um suicídio”.

Na sentença, o juiz José Pedro de Souza Netto salienta que o crime “foi cometido por motivo torpe, eis que o denunciado não aceitava a separação da vítima, sendo certo que esta, naquele mesmo dia, regressaria para a casa materna, conforme contato mantido com a genitora e o irmão momentos antes do crime”.

O magistrado assevera: “Deflui da prova pericial que o crime foi cometido por motivo que impossibilitou a defesa da vítima, eis que além da coronhada causando ferimento na cabeça da vítima, ainda em vida, o disparo de arma de fogo, na região auricular, foi dado a curta distância e após o ferimento na cabeça, o que à evidência tornou impossível a defesa da vítima (...)".


Governador estuda trocar o comandante-geral da Polícia Militar para tentar melhorar a relação com a PM e devolver ânimo a tropa

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O jornal A Gazeta traz em sua edição desta quarta-feira (06/12) uma triste constatação: após sete anos de quedas sucessivas, o número de homicídios no Espírito Santo voltou a crescer. Informa o jornal que, até o dia 30 de novembro, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp)  já havia registrado 1.296 assassinatos, “o que equivale a pelo menos três pessoas mortas por dia”. No ano passado, diz A Gazeta, até o mesmo período, foram 1.076 homicídios. “Ou seja: em 2017, 220 pessoas a mais perderam suas vidas”.

Para o jornal, “o cenário foi influenciado” pelo aquartelamento “dos policiais militares, de 4 a 22 de fevereiro deste ano, quando 219 pessoas morreram. Um mês que fechou com 228 mortes. Foi o período com o maior número de assassinatos, cujos reflexos se fizeram sentir nos meses seguintes”.

Prossegue o texto da jornalista Vilmara Fernandes, autora da reportagem de duas páginas: “São as próprias estatísticas que revelam o quanto a retomada dos trabalhos da PM e a repressão à criminalidade têm sido difíceis. Algo que a população sente no dia a dia nas ruas. Ao se comparar os nove meses que se seguiram à greve, com os mesmos meses de 2016, o que se verifica é que em sete deles houve um número maior de homicídios. O contrário só aconteceu em maio e em setembro”.

Na sequência do mesmo texto, o secretário de Estado da Segurança Pública, André Garcia, aponta  dedo para a ferida. Diz que “a relação com a Polícia Militar precisa evoluir”. E mais: “Precisamos de uma tropa motivada e estamos trabalhando para isso”, disse André Garcia, acrescentando, segundo A Gazeta,  que “aposta ainda na experiência acumulada nos últimos sete anos de quedas sucessivas para retomar a redução dos assassinatos”.

A fala do secretário André Garcia reflete o pensamento do governador Paulo Hartung. No início do aquartelamento dos policiais, o governo trocou o comandante-geral da PM: exonerou o coronel Laércio Oliveira e colocou em seu lugar Nylton Rodrigues Ribeiro Filho. Passados nove meses, Hartung tem demonstrado impaciência com o comando do coronel Nylton Rodrigues e poderá fazer uma nova troca a qualquer momento.

Paulo Hartung tem sido informado que o clima está tenso em todas as unidades. Maior ainda no Quartel do Comando Geral da PM, onde coronéis do Alto Comando sequer encontram espaço para receber autoridades ou lideranças políticas e comunitárias para reuniões. O comandante Nylton tem se cercado, geralmente, com três coronéis, no máximo. Os demais se isolam ou são isolados em seus gabinetes. O clima de cordialidade, urbanidade e harmonia, que sempre marcou o QCG, não existe mais. A relação do Comando Geral com os praças, então, praticamente é inexistente.

É aí que entra a fala do secretário André Garcia ao jornal a Gazeta desta quarta-feira: “A relação com a Polícia Militar precisa evoluir...Precisamos de uma tropa motivada e estamos trabalhando para isso”.

Sabedor dos problemas – em que pese os esforços técnicos do comandante Nylton em buscar parcerias para melhorar o combate à criminalidade nas ruas –, o governador Paulo Hartung já tem um nome que considera mais viável para por em prática o que o secretário André Garcia chama de “a relação com a Polícia Militar”. E Hartung já tem um nome, que poderá ser anunciado em breve.

Trata-se de um coronel que tem mais ligação com a tropa do que o coronel Nylton. Este oficial é diferente de Nylton Rodrigues, que passou boa parte da carreira em missão especial na Sesp, como coordenador do Ciodes – foram mais de 10 anos –, e depois secretário de Defesa Municipal da Serra.

Este futuro comandante tem comandamento perante a tropa e poderia ser o oficial para tentar levar de novo o estímulo – e não somente as punições – que a tropa precisa.

De acordo com fontes do Palácio Anchieta, o governador Paulo Hartung estuda as mudanças para acontecer ainda este mês. Ele está preocupado que o desânimo da tropa reflita negativamente ainda mais às vésperas do Natal e a chegada do verão, onde a população flutuante da Grande Vitória e dos municípios do litoral aumenta ainda mais com a presença de turistas e veranistas.

Deputado foi alvo de deselegância do comandante-geral

O coronel Nylton teria protagonizado, recentemente, um episódio deselegante com um deputado estadual. O parlamentar foi ao QCG tentar uma reunião com Nylton Rodrigues, a fim de interceder em favor de um pedido de um capitão. O comandante não só deixou de receber o deputado em seu gabinete, como ainda representou em desfavor do capitão, “numa forma”, de acordo com outros coronéis, “de tentar demonstrar autoridade”.

O deputado saiu indignado do QCG, até porque sempre trata todas as pessoas com respeito e elegância. O parlamentar reclamou da situação com o secretário André Garcia, que agora disse, em A Gazeta, que “a relação com a Polícia Militar precisa evoluir”.


Secont realiza seminário de controle interno e gestão de riscos em parceria com Banco Mundial e Conaci

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Buscando fortalecer as ações de controle no Poder Executivo Estadual e disseminar boas práticas na gestão pública, a Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont) realiza, na sexta-feira (08/12), o Seminário “Controle Interno e Gestão de Riscos como Instrumentos de Governança”. O evento, em parceria com o Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) e o Banco Mundial, será a partir das 8h30, no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES), na Enseada do Suá, em Vitória.

O seminário integra o processo de modernização que está sendo implementado no Espírito Santo, com base na Lei Complementar n° 856/2017 – que reorganiza todo o sistema de controle interno estadual –, visando contribuir com o aperfeiçoamento da administração pública, para uma gestão mais eficaz e eficiente.

O público-alvo do evento são secretários de Estado, subsecretários, dirigentes das Autarquias Estaduais, Auditores do Estado, coordenadores de Unidades Executoras de Controle Interno (UECIs) e membros de UECIs. Também participarão  representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCEES), Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público Estadual (MPE-ES), controladores municipais e integrantes de outros órgãos. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail secretario@secont.es.gov.br.

Uma das palestras, com o tema “O Controle Interno como Instrumento Alavancador de Resultado - Uma Visão do Banco Mundial”, será apresentada pela especialista em Gerenciamento Financeiro do Banco Mundial Susana Philomeno Amaral. Na sequência, Marcelo de Sousa Monteiro, da Controladoria-Geral do Ceará (CGC/CE), vai falar sobre  “A importância da Gestão de Riscos para a Melhoria da Governança”.

O tema “Impactos Estratégicos da Auditoria Interna para a Gestão” será apresentado por Liane Vasconcelos de Araújo Angoti, da Controladoria-Geral do Distrito Federal (CG/DF). O evento será encerrado com uma apresentação do auditor do Estado e coordenador de Harmonização do Controle Interno, Denis Prates, que vai falar sobre o tema “Estabelecendo as Bases para a Implantação dos Controles Internos – A Experiência do Espírito Santo”.

No período da tarde, das 14h às 17h30, haverá também uma programação técnica voltada para os Auditores do Estado e as UECIs. Participam da mesa de abertura a secretária de Estado de Governo, Angela Silvares, e o presidente do TCEES, Sérgio Aboudib, além da secretária interina de Controle e Transparência, Zilma Peterli.

SERVIÇO

Seminário “Controle Interno e Gestão de Riscos como Instrumentos de Governança”

Data: 08/12/2017

Horário: 8h30 às 12h e das 14h às 17h30

Local: Rua José Alexandre Buaiz, n° 157, Enseada do Suá – Vitória.

Inscrições: confirmar presença por meio do e-mail secretario@secont.es.gov.br ou pelo telefone (27) 3636-5352. Vagas limitadas.

PROGRAMAÇÃO

8h30 às 9h – Credenciamento

9h às 9h30 – Mesa de Abertura: Angela Soares Silvares - Secretária de Estado de Governo; Sérgio Aboudib Ferreira Pinto - Presidente TCEES; Zilma Peterli - Secretária interina de Estado de Controle e Transparência

9h30 às 10h – “O Controle Interno como Instrumento Alavancador de Resultado - Uma Visão do Banco Mundial” – Susana Philomeno Amaral, especialista em Gerenciamento Financeiro do Banco Mundial

10h às 10h30 – “A importância da Gestão de Riscos para a Melhoria da Governança” – Marcelo de Sousa Monteiro, da Controladoria-Geral do Ceará (CGC/CE)

10h30 às 11h – “Impactos Estratégicos da Auditoria Interna para a Gestão” – Liane Vasconcelos de Araújo Angoti, da Controladoria-Geral do Distrito Federal (CG/DF)

11h às 11h30 – “Estabelecendo as Bases para a Implantação dos Controles Internos – A Experiência do Espírito Santo” – Denis Penedo Prates, da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont)

11h30 às 12h – Dúvidas e encerramento

PROGRAMAÇÃO TÉCNICA (Auditores do Estado e UECIs)

14h às 15h – “A 3ª Linha de Defesa do Controle Interno - Auditoria Interna Baseada em Riscos” – Marcelo de Sousa Monteiro (CGE/CE)

15h às 16h – “Internal Audit Capability Model - IA-CM” – Liane Vasconcelos de Araújo Angoti (CG/DF)

16h às 17h30 – Dúvidas e encerramento

(Fonte: Secont)

Liminar da Justiça Federal suspende norma do Exército que autoriza o porte de trânsito de arma de fogo municiada para desportistas em todo o Brasil

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A juíza  Federal Substituta da 3ª Vara da Justiça Federal de Porto Alegre, Thais Helena Della Giustina, concedeu liminar a um advogado do Rio Grande do Sul para suspender os efeitos do artigo 135 da Portaria nº 28 (COLOG), do Exército Brasileiro, que autoriza “o transporte de uma arma de porte, do acervo de tiro desportivo, municiada, nos deslocamentos do local de guarda do acervo para os locais de competição e/ou treinamento." A liminar foi concedida na última segunda-feira (04/12) e tem validade em todo o território nacional.

Em síntese, o referido artigo atendia a uma demanda dos atiradores no sentido de autorizar o transporte de uma arma de porte, municiada, entre o seu local de guarda e o local de treinamento ou competição e vice-e-versa. Observa-se que se trata de uma arma do próprio acervo de tiro, qualquer que seja ela. Tal autorização é limitada aos atiradores desportivos, em virtude de prescrições contidas no Decreto 5.123, que impede esse transporte municiado pelos caçadores e colecionadores.

A juíza Federal Substituta Thais Helena Della Giustina diz na decisão que se trata de ação popular (número 5054633-68.2017.4.04.7100) ajuizada pelo advogado gaúcho Rafael Severino Gama contra a União, objetivando seja deferida Medida Liminar/Tutela de Urgência para suspender os efeitos do artigo 135-A da Portaria 28 – COLOG, 2017, “ante a sua flagrante ilegalidade e inconstitucionalidade, ordenando que a ré (União) dê publicidade desta medida, em especial a todos os clubes de tiros do território nacional”.

Na ação, o advogado informa que, em 14 de março de 2017, o Exército Brasileiro editou a Portaria nº. 28 - COLOG (Comando Logístico do Exército), a qual alterou a Portaria nº. 51- COLOG, de 08/09/2015, “exorbitando do poder regulamentar conferido pela Lei 10.826/2003, ao liberar, para os atiradores desportivos, o transporte de arma de fogo municiada, do local de guarda ao local competição e/ou treinamento”.

O gaúcho Rafael Severino Gama afirmou que,  até este ano, vigorava o entendimento de que as armas deveriam ser transportadas descarregadas e desmuniciadas, conforme estabelecido na Portaria nº. 4/2001 - COLOG. Sustentou que o disposto na Portaria nº. 28 (COLOG) “cria enorme insegurança, uma vez que possibilita o porte de armas municiadas por civis, e cria zona gris de enquadramento do porte ilegal, já que múltiplas são as rotas possíveis a serem percorridas entre a residência e o local de tiro”.

Para o advogado, “o pano de fundo da criação da portaria atacada é um movimento concatenado formado por organizações civis em busca de uma forma abreviada para o registro de posse de arma de fogo para o cidadão comum, e por clubes de tiros, que, com o porte municiado, viram seus números de inscritos crescerem”.

Rafael Severino Gama invocou o disposto no art. 6º, inciso IX, da Lei nº. 10.826/2003, e os arts. 30 e 31 do Decreto nº. 5.123/2004, “asseverando que  em momento algum ter sido deferido o porte de arma municiada para os praticantes do tiro desportivo”. Alegou que a mens legis foi de facultar ao colecionadores, atiradores e caçadores o porte não municiado de arma de fogo, o que até então era respeitado pelas portarias do Comando Logístico do Exército. Sustentou que o ato atacado seria lesivo ao patrimônio público, por ofender o princípio da moralidade.

Intimada, a União se manifestou, arguindo duas preliminares que foram indeferidas pela juíza Thais Helena Della Giustina. No mérito, a União alegou que, segundo os artigos  6, 9 e 24 do Estatuto do Desarmamento, é assegurado ao colecionador, atirador e caçador transitar com arma de fogo, amparado por um porte de trânsito, bem como é de competência do Exército realizar o registro das armas dessas categorias e conceder-lhes o porte de trânsito.

Afirmou, ainda, que o artigo 6º, inciso IX, inclui, dentre as exceções à proibição ao porte de arma de fogo, os atiradores desportivos. Asseverou que o legislador primário não estabeleceu qualquer limite que vinculasse o Poder Executivo na regulamentação da lei, tendo consignado apenas que a competência para o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores é do Comando do Exército.

A União salientou não haver, na portaria impugnada, qualquer afronta às disposições do Estatuto do Desarmamento, assim como do Decreto nº. 5.123/2004, que o regulamentou. Defendeu que a intenção do legislador foi permitir o transporte de arma municiada pelo atirador, uma vez que não há, no Decreto nº. 5.123/2004, vedação expressa a tanto, como no caso dos caçadores e colecionadores.

Aduziu que o disposto no art. 31, §2º, do Decreto n.º 5.123/2004 deve ser interpretado de forma teleológica, de modo a ser aplicado no âmbito das grandes competições internacionais que o Brasil sediou e eventualmente sediará. Ressaltou, por fim, que o ato normativo atacado, ao contrário do que quer fazer crer o autor da ação, observou o princípio da impessoalidade, tendo como objetivo primordial o interesse público consubstanciado na necessidade de o atirador desportivo garantir a segurança das armas transportadas, evitando que caiam nas mãos de criminosos.

O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul opinou pelo deferimento do pedido liminar, sem prejuízo de novo exame a ser realizado após a instrução do processo. No julgamento do mérito, a juíza Federal Substituta Thais Helena Della Giustina afirma que, “diante da inexistência de previsão normativa de que os atiradores possam transportar suas armas municiadas, tem-se que o Comando do Exército acabou por afrontar o princípio da legalidade ao editar o art. 135-A da Portaria nº. 28/2017 – COLOG”.

Segundo a magistrada, “há que se considerar que o Estatuto do Desarmamento proibiu, de forma geral, o porte de arma de fogo, excepcionando o caso dos atiradores desportivos, de acordo com o regulamento”. Nesse passo, prossegue Thais Helena Della Giustina, uma vez que, do decreto regulamentar, a que se refere expressamente a lei, não é possível extrair autorização para o transporte de arma municiada pelo referido grupo, já que tal norma nada dispôs nesse sentido, consoante artigos alhures colacionado, há de prevalecer a regra geral, que veda o porte de arma.

“Vale dizer, a despeito da competência conferida ao Exército, pela lei e pelo decreto regulamentar, para a concessão do porte de trânsito de arma de fogo, não há fundamento a admitir a referida inovação no ordenamento jurídico. Ressalte-se que a existência de diferenças entre o porte de arma de fogo para defesa pessoal concedido pela Polícia Federal e o porte de trânsito previsto no art. 135 -A da Portaria nº. 28- COLOG, as quais restaram elencadas pela Administração na manifestação que acompanhou a contestação (INF2, Evento 10), não altera, notadamente, tal conclusão”.

No entender da juíza Thais Helena Della Giustina, “o perigo de dano está configurado, porquanto presumível o risco à segurança pública decorrente da permissão de transporte de arma de fogo municiada pelos atiradores desportivos”. Ao conceder a liminar, a magistrada determina a União a dar publicidade da medida aos clubes de tiros do território nacional.


Diretoria do Sindipol/ES vai a Brasília lutar contra a Reforma da Previdência e defender interesses de todos os policiais civis capixabas

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Os últimos dias foram  de intensa atividades para a Diretoria do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES) que, ao lado de centenas de operadores da segurança  pública de todo o Brasil, vem pressionando os deputados federais a votarem contra a Reforma da Previdência.

“Do jeito que está, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que é a Reforma da Previdência, vai comprometer o futuro de milhões de brasileiros. Vai promover um efeito ainda mais nebuloso para os servidores da Segurança Pública brasileira”, sintetiza o presidente do Sindipol/ES, Jorge Emílio Leal, que esta semana esteve em Brasília ao lado do vice-presidente da entidade, Humberto Mileipe, e do diretor Financeiro, Aloísio Duboc Fajardo.

Em Brasília, a Diretoria do Sindipol e uniu aos dirigentes do SINPOL do Distrito Federal e do SINDPOL do Estado do Rio de Janeiro. Juntos, percorreram diversos gabinetes na Câmara dos Deputados, onde foram bem recebidos e com promessas de que a Reforma de Previdência não será aprovada:

“Diariamente, esses profissionais (operadores da Segurança Pública) têm a vida colocada em risco e lidam com os efeitos físicos e emocionais de uma atividade que os leva a uma expectativa de vida reduzida, em comparação com os demais brasileiros. Com a Reforma da Previdência, a idade média do policial também aumentará significativamente – comprometendo, então, o poder de proteção à sociedade das instituições de Segurança Pública”, afirma o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”.

Na sessão de quarta-feira (06/12), a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados registrou a presença de Jorge Emílio, Aloísio Fajardo e Humberto Mileipe em Plenário, destacando a importância do trabalho dos dirigentes de classe em prol da categoria de todos os policiais civis capixabas.

Na mesma ocasião, a Câmara dos Deputado registrou a presença presidente do SINDPOL do Rio e diretor de Interesses de Classe da COLPOL-RJ, Márcio Garcia, no Plenário da Casa. Eles conquistaram apoio. Para o deputado federal João Campos (PRB-GO), “no Brasil, servidor da Segurança Pública, servidor policial não corre risco de vida; é abatido em função disso”.

“Tivemos, no ano passado, quase 500 policiais assassinados no Brasil. Se a atividade tem esse tipo de consequência, como é que o governo e o regime previdenciário não vão levar isso em conta? Isso é injusto”, ressaltou o parlamentar.

O deputado Lincoln Portela (PRB-MG) também se colocou contrário à Reforma, pontuando que os operadores da Segurança Pública, sobretudo, são reiteradamente “golpeados” pelo governo federal. Otimista, Júlio Delgado (PSB-MG), por sua vez, afirmou que “a Reforma, do jeito que foi colocada e do jeito que está proposta não passará na Câmara dos Deputados”.

Para Rogério Rosso (PSD-DF), não se pode “sacrificar o servidor público em detrimento de outros problemas do Brasil que poderiam estar sendo enfrentados de uma forma mais direta, como o sistema tributário, a burocracia e a corrupção, entre outros problemas graves, que deveriam ser colocados como prioridade”.

Na segunda-feira (04/12), o deputado federal Givaldo Vieira (PT/ES) foi à sede do Sindipol/ES, em Vitória, e se reuniu com a Diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo. O parlamentar reforçou sua opinião contra a Reforma da Previdência e agendou uma reunião em Brasília com o Sindipol/ES e outras organizações sindicais.

Givaldo Vieira também é contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer. Ele resumiu as consequências da reforma previdenciária para o trabalhador brasileiro em apenas uma frase. “A Reforma é o Robin Hood ao contrário. Retira dos pobres para dar aos mais ricos”, disse Givaldo Vieira.

Na sede do Sindipol/ES, o deputado federal conversou com os diretores e agendou uma nova reunião em Brasília. Givaldo prometeu convocar outros parlamentares, e além do Sindipol/ES, os Sindicatos dos Policiais Civis de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina também devem participar do encontro. Todos são contra a Reforma da Previdência.

“Temos que unir forças e buscar apoio, principalmente dos parlamentares. Não podemos aceitar essa Reforma da Previdência. Ela vai acabar com direitos que os trabalhadores brasileiros conquistaram com muita dificuldade. É importante deixar claro que o rombo na Previdência foi causado pela corrupção e o trabalhador desse país não pode pagar essa conta. Não é justo”, acrescentou Jorge Emílio Leal, presidente do Sindipol/ES.

Seminário debate novo modelo de controle interno para melhorar a gestão pública

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Pensar o controle como uma responsabilidade de todos no serviço público, em suas rotinas diárias; a importância de se identificar os riscos, antecipando-se aos problemas; e as inovações do modelo europeu de três linhas de defesa, que está sendo implementado no Espírito Santo. Esses foram alguns dos temas abordados durante o Seminário “Controle Interno e Gestão de Riscos como Instrumentos de Governança”, realizado pela Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont), nesta sexta-feira (8). O Banco Mundial custeou as despesas de deslocamento dos palestrantes.

O seminário integra o processo de modernização, com base na Lei Complementar n° 856/2017 – que reorganiza todo o sistema de controle interno do Poder Executivo Estadual – visando contribuir com o aperfeiçoamento da administração pública, para uma gestão mais eficaz e eficiente. Participaram Secretários de Estado, Subsecretários, dirigentes das Autarquias Estaduais, Auditores do Estado, coordenadores de Unidades Executoras de Controle Interno (UECIs), membros de UECIs, representantes do TCEES, controladores municipais e gestores de outros órgãos.

Durante a abertura, a secretária interina de Estado de Controle e Transparência, Zilma Peterli, destacou a importância do envolvimento de todos e de se pensar no controle interno e na gestão de risco sob uma ótica cultural. “O controle deve estar nas rotinas diárias de todos os envolvidos com qualquer ato administrativo, dos mais simples aos mais complexos”, afirmou.

A secretária de Estado de Governo, Angela Silvares, que compôs a mesa de abertura, ressaltou os avanços na área. “O Espírito Santo foi escolhido pelo Banco Mundial para ser o piloto na implantação do modelo de controle interno europeu, por reunir todas as condições favoráveis, ser um Estado responsável, ter uma Secretaria de Controle estruturada e auditores competentes", destacou.

Representando o presidente do TCEES, o conselheiro Carlos Ranna elogiou o modelo que está sendo adotado no Estado. “Falar de controle interno é falar do nosso dia a dia, uma atividade apaixonante e muito necessária. Os controles é que garantem e permitem que as ações possam ser realizadas com economicidade, eficiência e eficácia. É possível mudar a realidade, fazer diferente e melhorar a situação da sociedade”, afirmou.

Especialista em Gerenciamento Financeiro do Banco Mundial, Susana Philomeno Amaral, abriu a manhã de palestras com o tema “O Controle Interno como Instrumento Alavancador de Resultado”.

“O novo modelo de governança pública envolve a participação de todos os agentes, com mais transparência, fortalecimento das instituições públicas, mais proximidade com a sociedade civil. O Espírito Santo já está nesse caminho, adotando várias práticas. Esse evento permite uma troca de experiências entre os estados. A ideia é disseminar práticas que buscam impacto com efetividade no bem-estar dos cidadãos”, afirmou Susana.

O Auditor da Controladoria-Geral do Ceará (CGE-CE) Marcelo de Sousa Monteiro apresentou o tema “A importância da Gestão de Riscos para a Melhoria da Governança”.

Ele falou sobre a importância da gestão de riscos para o alcance de objetivos e explicou como funciona a metodologia de três linhas de defesa. “Essa estrutura permite um acompanhamento mais próximo da administração pública. A primeira linha de defesa é quem está no dia a dia dos órgãos e entidades.

A segunda linha de defesa é mais uma atuação de supervisão, coordenação e aperfeiçoamento do modelo. A terceira, que é a atuação da auditoria interna, é um trabalho de revisão da atuação da primeira e segunda linhas, de reporte à alta administração. É importante que se tenha em mente essa atuação integrada. Que se consiga utilizar esse modelo para resultados sociais, melhoria dos serviços públicos e entregas mais efetivas à sociedade”, disse.

O tema “Impactos Estratégicos da Auditoria Interna para a Gestão” foi abordado pela Auditora Liane Vasconcelos de Araújo Angoti, da Controladoria-Geral do Distrito Federal (CG/DF). Ela destacou o papel da auditoria como uma aliada para a melhoria da gestão. “A auditoria vem para ajudar o gestor a atingir os objetivos, os resultados esperados das políticas públicas.

Ela tem abordagens diferentes, inclusive a de proteger e melhorar o valor da organização. Existe o trabalho de fiscalização, não menos importante. Porém, cada abordagem deve ser feita de acordo com o objetivo que se quer atender”, frisou Liane.

Encerrando a manhã de palestras, o Auditor do Estado Denis Prates, falou sobre o tema “Estabelecendo as Bases para a Implantação dos Controles Internos.

“O Espírito Santo já é referência nacional nas áreas de transparência e integridade, na prevenção e combate à corrupção. No Brasil, todos os sistemas de controle vêm sendo desenvolvidos, e o Espírito Santo está na vanguarda desse desenvolvimento. Vamos chegar, em pouco tempo, a um controle interno de ponta, que também seja referência no Brasil”, afirmou Denis.

No período da tarde, Marcelo e Liane também ministraram palestras voltadas aos Auditores do Estado e membros de UECIs, com os temas “A 3ª Linha de Defesa do Controle Interno - Auditoria Interna Baseada em Riscos” e “Internal Audit Capability Model - IA-CM”, respectivamente.

(Fonte: Portal da Secont/ES)



Exame antidrogas é necessário, mas comandante-geral da Polícia Militar expõe seus oficiais numa atitude desnecessária, deselegante e perigosa

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O fevereiro sangrento de 2017, em que, durante 22 dias, policiais militares promoveram uma “greve” no Espírito Santo, parece não ter fim. O governo, que se considera vitorioso no episódio, continua tripudiando sobre a tropa. O episódio deixou marcas profundas, sobretudo na população, a maior prejudicada até agora: foram mais de 200 homicídios no período de 22 dias, além de centenas de assaltos e outros crimes.

O aquartelamento aconteceu em protesto contra os  baixos salários. Desde 2015, os servidores públicos estaduais estão sem reajustes. Nem mesmo a reposição da inflação é concedida pelo governo Paulo Hartung. No final de novembro, o Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo considerou que o governador Hartung descumpre as Constituições Federal e Estadual ao se recusar conceder reajustes para os servidores civis e militares.

Na última sexta-feira (08/12), o comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, anunciou uma decisão importante e necessária: oficiais – e, posteriormente, os praças também –, para garantir pontuação para promoções, terão de se submeter a Exame Toxicológico/Antidoping, conforme estabelece o artigo 23, inciso III da Lei Complementar Estadual (LCE) nº 848/2017.

Com base na lei, o comandante Nylton convocou, por meio do Boletim Geral da Polícia Militar (BGPM), número 054, “Oficiais e Aspirantes a Oficial dos Quadros de Oficiais Combatentes, Médicos, Dentistas, Farmacêuticos-Bioquímicos e Enfermeiros para realizarem o fornecimento de material orgânico, objetivando a realização do exame toxicológico/antidoping, do tipo janela de larga detecção”. São, ao todo, 315 militares convocados.

Se a decisão para a realização do teste antidrogas é necessária – já existe esta obrigatoriedade para os quadros de acesso à PMES e é também uma realidade há décadas nas empresas privadas –, o remédio utilizado pelo coronel Nylton Rodrigues é totalmente nefasto.

O comandante, ao publicar a convocação de Oficiais no BGPM (boletim aberto), está expondo seus oficiais – de aspirantes a tenentes-coronéis. São homens e mulheres já com uma vasta ficha de excelentes serviços prestados ao povo capixaba; muitos deles já comandaram ou comandam Batalhões.

Ressalte-se que assuntos inerentes a oficiais, até mesmo os mais banais – inclusive quadros de acesso –, são publicados no Boletim Reservado. Todavia, o coronel Nylton Rodrigues  foi mais além na arte de humilhar e tripudiar sobre a tropa: permitiu a imprensa – notadamente a Rede Gazeta de Comunicação – a ter acesso à integra do Boletim Geral, para publicar todos os 315 nomes dos oficiais convocados para o teste antidrogas.

Por parte do veículo de comunicação e, sobretudo, por parte do próprio comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues, uma exposição desnecessária, deselegante e altamente perigosa.

Perigosa porque, uma vez divulgada, a lista permite que organizações criminosas conheçam grande parte do oficialato capixaba. São oficiais, inclusive, lotados nos Serviços de Inteligência que passaram, com a divulgação permitida pelo seu próprio comandante-geral, coronel Nylton Rodrigues, que narcotraficantes, chefões do crime organizado, líderes de facções criminosas que agem dentro das cadeias, tenham conhecimento de cada nome contido na listagem divulgada pela imprensa.

Claro, o comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues, não pensou nessa possibilidade. Colocou seus oficiais entregues às feras. O que a sociedade vai pensar quando souber que determinado oficial, da lista de 315, foi preterido na promoção? Mesmo que a não promoção se deu por outro motivo, as pessoas vão imaginar – com todo direito – que o oficial foi pego no exame antidoping, para usar uma linguagem bastante comum no mundo esportivo.

O coronel Nylton Rodrigues está levando ao pé da letra a ameaçadora frase dita pelo governador Paulo Hartung no auge da crise de fevereiro: “Não sobrará pedras sobre pedras”. Hartung citou a frase em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da Globo News, ao mesmo tempo em que anunciou, em plena “greve” dos militares, "uma profunda reestruturação na Polícia Militar", porque, "no que depender de mim, não sobrará pedra sobre pedra".

Numa guerra, os vencedores jamais devem humilhar e ou tripudiar sobre os perdedores. Parodiando o governador Paulo Hartung, “a mão peluda” do comandante Nylton Rodrigues está, a cada momento, acabando com o orgulho de seus comandados; acabando com o sonho de seus oficiais e praças, que é o de, um dia, reconquistar o orgulho de servir à briosa e à sociedade espírito-santense.

A cada canetada, Nylton Rodrigues corta um pedaço dessa que foi  – e ainda é – a instituição  de maior credibilidade do povo capixaba. A credibilidade alcançada, ao longo de quase 200 anos, se deve também ao próprio coronel  Nylton Rodrigues Ribeiro Filho. Mas, muito mais, se deve ao legado deixado por seus antecessores, que sempre colocaram, em primeiro lugar, a defesa intransigente da tropa.

EM OUTUBRO, SINDIPOL/ES DIVULGOU NOTA COBRANDO A CONCESSÃO DO ABONO: Governo capixaba paga 1 mil reais de abono para os servidores públicos

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O secretário de Estado da Fazenda do Espírito Santo, Bruno Funchal, anunciou na manhã desta sexta-feira (11/12) pagamento de abono para os mais de 90 mil servidores públicos do Executivo Estadual – ativos e inativos. Terão direito ao abono de R$ 1 mil policiais civis e militares, inspetores penitenciários e  todos os demais servidores públicos.

O pagamento, segundo Bruno Funchal, deverá entrar na conta bancária dos servidores civis e militares no dia 22 deste mês, quando estará sendo efetuado também o pagamento de dezembro. Em entrevista coletiva agorinha no Palácio Anchieta, o secretário da Fazenda explicou que o pagamento do abono está sendo possível porque o governo estava esperando o resultado da arrecadação de novembro. “Houve um crescimento de 14% na arrecadação de ICMS comparado com novembro do ano passado, o que possibilitou o pagamento do benefício”, disse Funchal.

O abono de Natal não era pago há três anos aos cerca de 90 mil servidores ativos e inativos do governo estadual. A última vez foi em 2014, na gestão do ex-governador Renato Casagrande (PSB). O valor do abono, na ocasião, foi de R$ 500,00.

Bruno Funchal disse ainda que o governo estará encaminhando ainda nesta segunda-feira à Assembleia Legislativa Projeto de Lei que cria o abono deste ano. Ele acredita que ainda esta semana o PL seja aprovado pelos deputados, pois deverá tramitar em regime de urgência.

“O pagamento do abono é uma forma de valorizar nossos servidores públicos, que têm sido vítimas da crise que abala todo o País”, disse o secretário Estadual da Fazenda.

Em outubro, Sindipol/ES divulgou nota cobrando a concessão do abono

No dia 16 de outubro deste ano, o Sindicato dos Servidores Policiais Civis (Sindipol/ES) divulgou nota em que dizia acreditar que o governo teria condições de conceder o abono em 2017. O Sindipol lembrou que os servidores estaduais do Espírito Santo não recebem abono desde 2014.

Para o Sindipol, o benefício pago pelo governo sempre no final do ano seria apenas um estímulo aos servidores públicos estaduais, “em especial para os policiais civis, que recebem um dos piores salários do Brasil, estão há anos sem revisão salarial, sobrecarregados de trabalho e ainda atuando em delegacias com condições precárias”.

No Espírito Santo, o governador Paulo Hartung foi a público dizer que o Estado é um dos poucos da Federação com as contas organizadas e em dia.

“Por isso, o Sindipol/ES acredita ser viável conceder o abono e vai reforçar o pedido para o pagamento esse ano. Além disso, vale ressaltar, que a concessão do abono é uma iniciativa que aqueceria a economia. O Sindipol/ES esclarece que os servidores capixabas estão há quatro anos sofrendo para pagar suas contas por causa da crise financeira causada pela corrupção institucionalizada no país, e um dos reflexos é o achatamento salarial dos trabalhadores. Além disso, a falta de investimentos na Polícia Civil só potencializou e agravou ainda mais a crise para os policiais civis capixabas que trabalham em total estado de abandono. Por isso, para o Sindicato dos Policiais Civis, o abono seria uma forma de valorizar os profissionais que já foram bastante afetados pela ausência de políticas públicas estruturantes”.

Sérgio Gama assume a Presidência do Tribunal de Justiça com o desafio de fortalecer a tutela jurisdicional

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O tomar posse na tarde de segunda-feira (11/12) como novo presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o desembargador Sérgio Luiz Teixeira Gama destacou que o maior desafio de sua gestão será fortalecer, qualificar e prestigiar a atividade-fim do Poder Judiciário, que é solucionar os conflitos, mediante a prestação de uma tutela jurisdicional justa e efetiva, observada a razoável duração do processo.

“Não descansarei um segundo sequer, enquanto houver providências e medidas administrativas que possam impulsionar a atividade jurisdicional no âmbito da Justiça Estadual do 1º e do 2º grau. Esse será o meu maior desafio como gestor do Poder Judiciário do Estado do Espírito Santo: estarei sempre em busca da paz social”, afirmou o novo presidente do TJES.

O desembargador Sérgio Gama também ressaltou que pretende aprimorar a conciliação, a mediação e corrigir possíveis deficiências da estrutura dos Juizados Especiais, assim como priorizar a ampliação do processo eletrônico, tanto judicial quanto administrativo.

“Irei trabalhar incessantemente para adotar medidas administrativas que possam aprimorar o funcionamento deste Poder Judiciário, dentre elas, a busca da celeridade e produtividade da prestação jurisdicional, a melhoria da gestão de pessoas e qualidade de vida, a adoção de soluções alternativas de conflito e, por fim, a priorização da Primeira Instância”, disse.

O novo presidente também afirmou não ignorar que magistrados e servidores estão exercendo suas atribuições funcionais com acentuado sacrifício, sobretudo em face do grande déficit nos quadros e, por outro lado, do excessivo volume de demandas judiciais.

“Atualmente, existe no Estado do Espírito Santo um acentuado déficit de servidores e magistrados, circunstâncias que infelizmente não permitem que o Poder Judiciário Estadual realize a prestação jurisdicional que desejaria em favor dos jurisdicionados, o que inclusive exigirá a ampliação dos estudos para a possível definição sobre o tamanho cabível e real de nosso Poder”, falou em seu discurso.

O desembargador Sérgio Gama também conclamou os magistrados a darem prioridade à instrução dos processos que apuram infrações que tipificam crimes contra a vida, de corrupção, improbidade administrativa e também os praticados em detrimento ao meio ambiente, do consumidor e dos crimes envolvendo violência doméstica, que infelizmente vem aumentado atualmente.

“Assim, não abrirei mão da união de todos – juízes e servidores – para o êxito de nossos propósitos. O respeito mútuo, a comunhão de esforços e a melhor prestação de serviços serão fundamentais para as respostas que a população espera de nós e por eles zelarei em todos os dias deste mandato que se inicia”, destacou o novo presidente.

E complementou: “Não medirei esforços para buscar experiências positivas já consolidadas em outros Tribunais, visando principalmente aprimorar a efetividade da tutela jurisdicional, com o escopo de agilizar os julgamentos de todos os processos que tramitam no Poder Judiciário Estadual, em ambos os graus de jurisdição.

Solenidade de posse

A nova mesa diretora, que conduzirá o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) no biênio 2018/2019, foi empossada em Sessão Solene, realizada na tarde de segunda-feira (11/12), no Salão do Tribunal Pleno do Palácio Renato de Mattos. O presidente, desembargador Sérgio Luiz Teixeira Gama; o vice-presidente, desembargador Ney Batista Coutinho; o corregedor-geral da Justiça, desembargador Samuel Meira Brasil Júnior; e o vice-corregedor, desembargador Carlos Simões Fonseca, conduzirão o órgão nos próximos dois anos.

Uma cerimônia militar, que marcou o início da solenidade, aconteceu na rua Desembargador Homero Mafra, em frente a sede do TJES. Seguindo o rito do protocolo, o desembargador Sérgio Gama passou em revista à tropa da Polícia Militar, acompanhando o governador do Estado, Paulo Hartung.

Em seguida, foi realizada a Sessão Solene de posse da nova mesa diretora, quando Sérgio Gama foi conduzido ao plenário pelos desembargadores Adalto Dias Tristão e Elisabeth Lordes, o mais antigo e a mais nova integrante da Corte. A solenidade, muito concorrida, contou com a presença de dezenas de autoridades, empresários, amigos e familiares.

Após a execução do Hino Nacional e do Hino do Estado do Espírito Santo pela Banda de Música da Polícia Militar, o desembargador Annibal de Rezende Lima fez seu discurso de despedida da Presidência do Tribunal de Justiça, quando lembrou de todas as dificuldades e conquistas alcançadas em sua gestão.

Com palavras de elogio ao novo dirigente, o desembargador Annibal de Rezende Lima transmitiu o cargo de presidente do Tribunal de Justiça para o desembargador Sérgio Luiz Teixeira Gama. “Desejo ao estimado e fraterno colega desembargador Sérgio Luiz Teixeira Gama seja ele muito feliz, pessoal e funcionalmente, à frente do Poder Judiciário Estadual e, ao concluir seu biênio, tenha a agradável sensação do dever exemplarmente cumprido”, ressaltou o desembargador Annibal, que, pela manhã, já havia assumido a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral..

A saudação aos novos dirigentes ficou sob a responsabilidade do desembargador Adalto Dias Tristão, que desejou aos novos membros da mesa diretora uma excelente gestão, eficiente, serena e profícua.

“Não formulo aos novos gestores votos de uma administração sem problemas, em céu de brigadeiro. Formulo sim sinceros desejos de que os desafios, os problemas que certamente surgirão sejam vencidos, sejam ultrapassados, com muito equilíbrio, bom senso e muita coragem”, disse o decano da Corte.

Os novos dirigentes desempenharão as mais diversas funções, nas mais variadas cidades, conhecendo a realidade das Comarcas, conhecem na teoria e na prática, vivenciaram as dificuldades que afligem magistrados, membros do Ministério Público, servidores e, principalmente, os jurisdicionados.

(Com informações do Portal da TJES)

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