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SINDIPOL E DEMAIS SINDICATOS CONVIDAM OPERADORES DA SEGURANÇA PARA MANIFESTAÇÃO EM BRASÍLIA: Policiais capixabas têm até quarta-feira para se inscrever para caravana contra a Reforma da Previdência

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O Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES), que faz parte da União dos Policiais do Brasil (UPB/ES), convoca todos os policiais civis capixabas, seus amigos e familiares para uma grande manifestação em Brasília contra a Proposta de Emenda Constitucional da Reforma previdenciária (PEC 287/2016). A manifestação será no próximo dia 18 de abril.


O Sindipol/ES e os Sindicatos dos Inspetores Penitenciários (Sindaspes), dos Servidores do Sistema Socioeducativo (Sinases), Policiais Federais (Sinpef/ES) e o dos Policiais Rodoviários Federais (Sinprf/ES) irão disponibilizar ônibus para os profissionais da segurança pública capixaba, ativos e inativos, para participarem desse manifesto.

“É importante a participação de todos na manifestação em Brasília. Não podemos deixar a Câmara dos Deputados aprovar a Reforma da Previdência do jeito que quer o governo, retirando direitos de todos os policiais brasileiros”, disse o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal. “Precisamos da união de todos nesse momento tão importante e delicado para o trabalhador brasileiro”, completou.

O ônibus partirá da Praça dos Namorados (em frente ao Bob`s), na Praia do Canto, na segunda-feira (17), às 8 horas. As entidades sindicais irão arcar com as despesas dos profissionais de segurança pública no evento em Brasília.
Para garantir vaga no ônibus, os profissionais da segurança pública do Estado devem entrar em contato com o seu sindicato e se inscrever até a próxima quarta-feira (12/04). O movimento contra a Reforma da Previdência será nacional. Mais de 10 mil pessoas são esperadas na manifestação nacional em Brasília, “nessa luta necessária pelos direitos dos profissionais de segurança pública de todo o Brasil”.

Saiba Mais:                  

CARAVANA CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

ONDE: BRASÍLIA

QUANDO: 18 de abril

ÔNIBUS: Saída – segunda-feira (17/04), 08 horas, Praça dos Namorados (Bob`s), Vitória. Retorno – 18/04/2017 após o término da manifestação contra a Reforma da Previdência;

INSCRIÇÕES: Até a próxima quarta-feira (12/04).


Falta de estrutura leva Ministério Público a pedir a desocupação integral da DP Regional e do ‘Cadeião’ de São Mateus

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O Ministério Público Estadual ajuizou Ação Civil Pública em que pede, liminarmente, que o prédio da 18ª Delegacia Regional de Polícia Civil e o “Cadeião”, em São Mateus, sejam desocupados integralmente. A ação, de número 0002746-02.2017.8.08.0047, foi protocolada no dia 6 deste mês e já está tramitando na 1ª Vara Cível de São Mateus.

Em março de 2015, o MPES iniciou o  procedimento investigativo que foi concluído  sem que o Estado tomasse providências para melhorar as condições da delegacia. A delegacia fica na avenida Arlindo Sodré, 162, edifico Santa Rita. Leia Aqui a íntegra da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público.

No dia 3º de março deste ano, o Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) realizou nova vistoria na Regional de São Mateus. Na ocasião, foram discutidas as providências a serem tomadas quanto às condições estruturais das unidades policiais civis do município.

O presidente do Sindipol/ES e vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jorge Emílio Leal, falou sobre as medidas já adotadas e apresentou a categoria um especialista em Segurança no Trabalho que está preparando um laudo a ser encaminhado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Ministério Público Estadual.  O responsável já adiantou que o local vai de encontro às normas de segurança.

De acordo com o Ministério Público, o prédio onde funciona a Delegacia Regional de São Mateus não passa por uma reforma há quase sete anos e apresenta vários problemas na parte estrutural, como risco de descargas elétricas por conta de vazamentos nas paredes e tetos.

O MPES diz que “o local apresenta infiltrações, fiação exposta, está fora das regras de acessibilidade e sem equipamentos de emergência e de prevenção contra pânico e incêndio”. Além dos problemas estruturais, o Parquet também constatou deficiências quanto à salubridade e segurança das pessoas que trabalham ou frequentam o local. O Ministério Público também disse que a delegacia não oferece segurança para guardar armas e drogas provisoriamente.

Para o MPES, o espaço onde os presos sob custódia ficam detidos à espera de transferência para unidades prisionais também necessita ser fechado pelos mesmos problemas. O “Cadeião”, como é chamado, funciona na antiga sede da Delegacia Regional, em frente ao atual prédio.

O MPES pede ao governo estadual a transferência urgente no prazo de 30 dias da unidade policial para um espaço que tenha condições mínimas de acessibilidade, salubridade e segurança. Caso não cumpra, o Governo poderá ser multado em R$ 20 mil por dia.

O presidente do Sindipol acredita que a justiça vai atender o pedido do Ministério Público: “O MPES só confirmou o que nós do Sindipol/ES denunciamos há muito tempo.  O policial capixaba não possui condições mínimas de trabalho e ainda corre risco de morte em várias delegacias do estado. Por isso, acreditamos que a justiça vai acatar o pedido do MPES para que a Regional de São Mateus seja transferida imediatamente”, explicou Jorge Emílio.

A denúncia que apontava as condições precárias do prédio da 18ª DP Regional partiu do Sindipol/ES, que levou ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho (MPT) a situação da Regional de São Mateus e de várias outras delegacias capixabas.

“Esse pode ser apenas o primeiro passo. Levamos ao conhecimento do MPT a precariedade nas delegacias do Espírito Santo. Algumas delegacias estão em condições tão graves ou até piores que a de São Mateus”, finalizou Jorge Emílio Leal.

Situação da Delegacia de São Mateus é de abandono total

De acordo com o Sindipol, o Estado tem como uma das propostas a transferência da Regional de São Mateus para o prédio onde hoje funciona a Polícia Ambiental. No entanto, as condições do local também não são boas e, antes de qualquer mudança, o espaço precisa de uma grande reforma estrutural nas instalações físicas, rede de esgoto, rede de cabeamento de internet e rede elétrica, além da adequação de um local para a custódia provisória de presos que aguardam os trâmites administrativos da polícia judiciária.

Atualmente, o prédio da 18ª Regional abriga quatro delegacias: Infrações Penais e Outras (Dipo); Delegacia Patrimonial; Delegacia de Atendimento a Mulher (DEAM); Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV); além do plantão e do administrativo.

A Regional de São Mateus é responsável pelo gerenciamento de justiça criminal em uma circunscrição composta por quatro municípios, sendo eles: Jaguaré, Pedro Canário, Conceição da Barra e São Mateus. Totalizando uma população de aproximadamente 213.276 habitantes.

Todavia, à noite, feriados e finais de semana, a Depol atende também a circunscrição da delegacia de Nova Venécia, num montante de aproximadamente 10 cidades. O município de Nova Venécia possui uma população de 50.647 habitantes.

A 18º Regional conta hoje com um efetivo policial defasado. São seis policiais na DIPO, cinco na DEAM, quatro na Patrimonial e oito na DCCV, além de 16 no plantão, que conta com quatro equipes de quatro policiais civis.

Logo na entrada é possível identificar os riscos que correm os policiais. A unidade é protegida somente por um portão que está enferrujado e não funciona direito. Acessibilidade? Inexistente. A delegacia não possui rampas, só escadas, impossibilitando o acesso aos deficientes físicos. Por falar nas escadas, o corrimão está quebrado o que coloca em risco a integridade física de todos. A cozinha não apresenta boa estrutura e muito menos ventilação. Não tem janelas.

Na sala do plantão, é possível identificar fiações expostas e mofo. É nesta parte do prédio que fica um alojamento improvisado que não tem se quer porta. Os policiais tiveram que improvisar um armário como divisória. O alojamento é extremamente pequeno sendo o mesmo para homens e mulheres. O espaço tem somente um banheiro e uma bicama.

Na sala da DEAM, os pisos foram quebrados com as infiltrações e até hoje não foram restaurados pelo Governo. A janela também está quebrada e um isopor foi utilizado para tapar o buraco. Em virtude da chuva, o mofo também está presente no local.

No cartório da 18º, os policiais sofrem com o forte cheiro causado pela presença dos pombos e tiveram que fazer uma “vaquinha” para comprar remédios e amenizar a forte presença desses animais. Quando chove, a situação fica ainda pior. Com as infiltrações, os inquéritos ficam expostos e os policiais têm que se “virar nos 30” para salvar os documentos. Na divisão de Homicídios também podem ser identificados os mesmos problemas.

Em frente ao local onde atualmente está a Regional de São Mateus funciona a antiga unidade. No local ficam os presos e os veículos apreendidos. O problema são as condições desumanas. O espaço está em uma situação de total degradação. Além disso, o local é escuro e sem segurança. Dessa forma, os policiais correm sérios riscos ao levarem os detentos.

 “Os policiais civis de São Mateus estão passando por situações que ferem o princípio da dignidade da pessoa humana, sem condições dignas e salubres. Vamos tomar todas as medidas legais cabíveis. Já encaminhamos ofício à chefia de polícia, ao MPT, Governo do Estado, todos os órgãos competentes, informando sobre a precariedade e o caos instalado na regional de São Mateus, que prejudica os trabalhos de polícia judiciária e o atendimento à sociedade. Hoje trouxemos um especialista na área que vai preparar um laudo informando as condições, como solicitado pelo Ministério Público, e vamos continuar lutando para resolver toda essa situação e trazer para os policiais civis condições dignas de trabalho” disse Jorge Emílio Leal.


Polícia Federal apresenta novas carteiras funcionais

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A Polícia Federal lança o novo conjunto de identificação funcional, que traz uma série de importantes elementos de segurança. O modelo lançado já está em processo de confecção e permitirá uma identificação mais rápida e precisa.

O novo modelo será composto do Cartão de Identidade Funcional, com todos os dados do servidor – como nome, filiação, matrícula além de garantir porte de arma aos servidores policiais federais.

A nova carteira trará ainda elementos de segurança, como tinta de variação óptica, com luminescência à luz ultravioleta na cor dourada, fundo geométrico duplo, fotografia fantasma do titular, QR-Code, que retornará os dados biográficos do portador, imagem escondida, fundo invisível fluorescente com brasão da PF, entre outros.

Modernos e mais seguros, os cerca de 20.000 documentos – de servidores policiais e ocupantes do plano especial de cargos – serão trocados no prazo de um ano, data de validade estabelecida para os documentos atuais.


Alvará comprova que Justiça bloqueou mais de 170 mil do Sindipol e repassou para a Assinpol como forma de pagamento de indenização por dano moral causado à entidade presidida por Júnior Fialho

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Cumprindo ordem judicial, o Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol) repassou R$ 170.995,59 para a conta corrente que a Associação dos Investigadores do Estado do Espírito Santo possui no Banestes (Agência Serra/Sede). O Sindipol também repassou mais R$ 20 mil para o advogado da Assinpol, como honorários advocatícios, totalizando, assim, mais de R$ 190 mil.

Desta forma, o Sindipol cumpriu ordem da juíza Trícia Navarro Xavier Cabral, que emitiu Alvará de Execução nº 063/2016, dentro de uma ação que Antônio Fialho Garcia Júnior, na condição de presidente da  Assinpol, moveu contra o Sindicato dos Policiais Civis. A ação é de nº 00029035920088080024 e já transitou em julgado. O Alvará determinou o bloqueio dos R$ 170.995,59 da conta do Sindipol e o imediato repasse para a conta da Assinpol. O alvará determinou o bloqueio dos bens do Sindipol.

A história desse enredo começou em abril de 2003, quando o Sindipol era presidido por José Rodrigues Camargo. Ele lançou um jornal, chamado Informativo Sindipol, em que, na página 03, cometia o crime de injúria racial contra o já naquela época presidente da Assinpol, Júnior Fialho.

Em 16 de junho de 2003, Júnior Fialho entrou com uma ação na Justiça em nome da Assinpol contra o Sindipol. Fialho alegou que a reportagem veiculada no informativo do Sindipol ofendeu a sua honra, “de forma virulenta, sensacionalista, irresponsável e capciosa, truncando poucos fatos e muitas versões, atingiu a honorabilidade” da Assinpol e de seu presidente. Tudo que Júnior Fialho queria era o direito de resposta. Tentou obtê-lo por meios administrativos, mas o então presidente do Sindipol, José Camargo, negou esse direito.

O caso passou a ser analisado pelo então juiz titular da 6ª Vara Criminal de Vitória, o hoje desembargador Willian Silva. Ele julgou o fato com base na Lei nº 5.250/67, que tratava, na época (já em 2004), dos crimes de imprensa.

“O requerente (Júnior Fialho) buscou solução administrativa para seu direito, pleiteando diretamente com o requerido (José Camargo) a publicação do texto criado em virtude do direito de resposta. O requerido (José Camargo) expressamente confessa que realmente se negou a publicar o texto, esposando suas razões”, comentou Willian Silva na sentença.

Em sentença, a Justiça concedeu à Assinpol e ao seu presidente Júnior Fialho o direito de resposta, que deveria ser publicado por José Camargo em informativo do Sindipol. Na hipótese de descumprimento da ordem, a Justiça fixou multa diária de R$ 3 mil.

José Camargo, que presidiu o Sindipol entre 2003 a 2009, não cumpriu a ordem da Justiça. O direito de resposta deveria ter sido publicado em maio de 2004, quando sairia nova edição do Informativo do Sindipol.

Inconformado, Júnior Fialho foi de novo à Justiça. Em 16 de janeiro de 2008 – quando o Sindipol ainda era presidido por Camargo –, Fialho protocolou na Justiça Cível de Vitória uma ação denominada de Execução de Título, em que ele pediu, em nome da entidade, indenização de R$ 5.288.400,00. Na ação, Fialho explicava que até aquele momento, Camargo insistia em descumprir a ordem da Justiça em lhe dar direito de resposta.

Júnior Fialho e a Assinpol conseguiram o direito de resposta, a partir de 2009, quando Camargo, enfim, deixou a Presidência do Sindipol e foi substituído por Willians Bermudes Nunes, o Bigu. O Sindipol publicou o direito de resposta. No entanto, Fialho insistiu em receber indenização, por conta da multa já estipulada pela Justiça, de R$ 3 mil por dia pelo descumprimento da ordem por parte de José Camargo – de alguma forma, a multa tinha que ser paga.

No dia 18 de dezembro de 2015, a juíza Trícia Navarro Xavier Cabral, da 1ª Vara Cível de Vitória, reduziu o valor pleiteado por Júnior Fialho.

“No presente caso, a multa decorre de demora da parte executada em cumprir o disposto na sentença criminal, que determinou a concessão de direito de resposta, sob pena de aplicação de multa diária, no valor de R$ 3 mil. A referida multa cominatória, atualmente executada, já alcançaria a importância de R$ 7.618.575,93. Ocorre que, a subsistir o valor integral da multa cominatória a parte executada acabaria por receber quantia extremamente vultosa em relação ao valor inicialmente previsto, o que representaria um enriquecimento sem causa, considerando a desproporcionalidade da obrigação de fazer imposta e da cifra cominatória instrumental”.

Por isso, Trícia Navarra Cabral decidiu que, “para se evitar tal efeito indesejado pelo Direito, deve sofrer a multa redução, tal como averbado pelo Superior Tribunal de Justiça” em outros julgados.

“Abalizando-me, dessa forma, num juízo de razoabilidade e proporcionalidade, reduzo o valor da multa cominatória para R$ 150 mil, considerando a média de arrecadação da parte executada (Sindipol), bem como os fins sociais a que se destina, de modo a evitar a configuração de enriquecimento ilícito da parte.”

O valor, portanto, já foi pago e depositado na conta corrente da Assinpol.

Casagrande afirma que repasse da Odebrecht foi de acordo com a Legislação Eleitoral

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O ex-governador Renato Casagrande (PSB) esclareceu na manhã desta quarta-feira (12/04) que em 2010 e em 2014 as coordenações das campanhas eleitorais de sua coligação e o PSB receberam recursos financeiros da Odebrecht. Entretanto, os repasses foram efetuados de acordo com a Legislação Eleitoral que, à época, previa arrecadação de empresas privadas aos candidatos.

“Na minha gestão, de 2010 a 2014, a Odebrecht não participou de nenhuma obra contratada pelo governo do Estado do Espírito Santo. A construtora não teve sequer nenhum contrato assinado com o Estado do Espírito Santo”, afirmou Casagrande.

Em 2010, Casagrande foi candidato e venceu a eleição para o governo do Estado, sucedendo a Paulo Hartung (PMDB). Em 2014, Casagrande se candidatou a reeleição e perdeu para Hartung.

“A lista divulgada com os nomes que foram citados pelos delatores da Odebrechet contém o meu como tendo recebido recursos da empresa para as campanhas nas eleições de 2010, 2012 e 2014. Em 2010 e 2014 as coordenações das campanhas e o PSB receberam sim recursos da empresa, de acordo com a Legislação Eleitoral que previa arrecadação de empresas privadas. Nas eleições de 2012 a direção nacional do PSB repassou aos municípios, através da direção estadual, recursos arrecadados das empresas para colaborar com as campanhas de prefeitos”, explicou Casagrande, que acrescentou:

“Faço os esclarecimentos, pois a divulgação na imprensa, em muitos casos, não faz essa diferença do uso dos recursos”. Além do mais, frisou o ex-governador Renato Casagrande, nos seus quatros anos de governo, a Odebrecht não teve nenhum contrato assinado com o Estado do Espírito Santo.

Para Casagrande, as investigações – no seu caso, vão ocorrer no âmbito do Ministério Público Federal do Espírito Santo, já que não possui prerrogativas de foro –, “vão poder provar” que os recursos destinados a sua campanha foram com dinheiro “limpo”. Ou seja, não oriundo de corrupção – desvio de recursos da Petrobras.

Também nesta quarta-feira, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung,  falou com exclusividade à TV Gazeta e garantiu que as acusações são mentirosas, delirantes e não se mantêm de pé. O peemedebista já fez contato com seu advogado, que deve representá-lo em Brasília. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda precisa decidir se o caso envolvendo o nome de Hartung será investigado.

Na terça-feira à noite, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acolheu o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que os depoimentos – bem como os documentos juntados na delação – que citam o governador capixaba sejam remetidos ao STJ. No acordo de delação homologado pelo STF, o ex-presidente da Construtora Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva revela que Paulo Hartung teria recebido R$ 1.080.000,00 da empreiteira durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2012. Segundo o delator, os “pagamentos indevidos” foram realizados em parcelas nos meses de setembro de 2010 e setembro de 2012. O ministro Edson Fachin quebrou o sigilo dos depoimentos do delator, incluindo o que faz referência aos políticos capixabas.

Na entrevista ao Bom Dia, da TV Gazeta, Hartung disse que "a delação é um disparate". Ele conta que, nem em 2010 e nem em 2012, períodos em que foi acusado de receber os mais de R$ 1 milhão, participou das eleições. "Estou indignado. Essa delação em relação à minha pessoa não é uma delação, é um delírio. Não tem outra forma de caracterizar", exclama.

"Os capixabas sabem onde eu estava em 2010, e a citação é de 2010 e 2012. Em 2010 eu estava terminando um governo, o governo mais bem avaliado desse País. Eu não fiz essa organização de campanha eleitoral", pondera Hartung. "Quando chega em 2012, eu já estou na iniciativa privada, não fui candidato a nada", explica.

Hartung foi questionado pelo apresentador do Bom Dia ES, Mário Bonella, quanto à quantia de R$ 1.080.000,00. "Eu te dou uma procuração agora para que vocês olhem as minhas contas. Olhem as minhas contas em todos os tempos para acharem esses valores lá, e não vão achar. Eu já estou falando", afirmou o governador.

"É uma delação de alguém que foi pego cometendo erros que trazem elementos que não ficam de pé. Infelizmente estou tendo que te falar isso", pontua. Para Hartung, toda a situação é um absurdo e descabida. "Dói muito a alma da gente um trem desse", finaliza.

(Com informações também do Gazeta Online)


EX-GOVERNADOR AFIRMA QUE REUNIÕES COM EMPRESAS SEMPRE ABORDARAM ASSUNTOS INSTITUCIONAIS E DE INTERESSE DO ESTADO: “Honrei e continuarei a honrar o povo capixaba”, diz Casagrande

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O ex-governador Renato Casagrande (PSB) reagiu, na tarde desta quinta-feira (13/04), às informações de que teria tratado sobre repasse de dinheiro para campanhas eleitorais com a Construtora Odebrecht ou com qualquer outra empresa no Palácio Anchieta, durante o período em que governou o Estado, entre 2011 e 2014. Segundo ele, "as reuniões relatadas pelos delatores” à Procuradoria Geral da República sempre abordaram assuntos institucionais e de interesse do Estado. “Honrei e continuarei a honrar o povo capixaba e trabalho arduamente para que a legislação eleitoral deixe as regras mais claras a fim de legitimar a representação no Brasil”, garante Casagrande.

Em delação premiada, cujo teor foi liberado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-superintendente da Odebrecht em Minas Gerais e Espírito Santo, Sérgio Neves, revelou que fez contribuições de R$ 1,8 milhão ao ex-governador Casagrande nas eleições de 2010, 2012 e 2014.

Ele relatou que uma das reuniões para fechar o valor dos repasses aconteceu no Palácio Anchieta, em 2012, em um encontro entre Renato Casagrande, o próprio Neves, o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior (o BJ), e Paulo Brusqui, assessor do então governador e responsável por receber o dinheiro.

Em depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR), Sérgio Neves, que é ligado ao senador Aécio Neves (PSDB), disse que o primeiro pagamento a Casagrande ocorreu em 2010, em uma reunião no escritório da Odebrecht na Praia de Botafogo, no Rio.

Diante dos últimos fatos divulgados pela imprensa com relação à delação dos ex-executivos da Odebrecht envolvendo o seu nome, Renato Casagrande faz o seguinte esclarecimento:

“1) Nunca tratei de assuntos referentes à campanha eleitoral na sede do Palácio Anchieta com a Odebrecht, nem com nenhuma outra empresa; as reuniões relatadas pelos delatores sempre abordaram assuntos institucionais e de interesse do Estado;

2) Em 2010, fui ao Rio de Janeiro a uma reunião com o Superintendente da empresa, Benedito Júnior, para solicitar recursos para a campanha de governador, porém, não explicitei valor específico, como relatado pelo delator, muito menos que fosse por via ilegal;

3) Em 2012, não solicitei recursos para as campanhas do PSB ou aliados diretamente no Espírito Santo. Isso foi feito pela direção nacional do Partido, que arrecadou e repassou aos Estados.

4) Em nenhum momento houve, de minha parte ou da equipe, qualquer negociação referente a obras ou serviços no Estado, prova disso é que a empresa não fez nenhum contrato no meu período de governo.

5) Já solicitei o levantamento de toda documentação referente às prestações de contas das minhas campanhas e providenciarei  as informações sobre a forma como foram efetivadas, até porque as delações misturam doações oficiais com outras supostamente não oficiais.

6) Esclareço que a administração financeira da campanha era realizada por equipe especialmente indicada para esse trabalho, que era responsável pela arrecadação, aplicação e prestação de contas dos recursos junto à justiça eleitoral.

7) Permaneço à disposição para novos esclarecimentos.”

“O que importa é o capixaba saber que o recurso recebido foi aplicado na campanha e as empresas que colaboraram não tiveram nenhum privilégio através da minha função como governador”, diz Casagrande

Mais cedo, em sua página no Facebook, o ex-governador Casagrande disse ainda que a lista do ministro Edson Fachin e a inclusão de nomes de capixabas estão sendo intensamente debatidas nesta semana. Casagrande ponderou mais:

“É bom que lembremos que até eleição de 2014 era a doação de empresas que financiava as campanhas eleitorais. A proibição desse formato só foi aprovada para a eleição de 2016 e agora o Congresso discute como será a regra para 2018. Já confirmei que o comitê eleitoral e o partido (PSB) receberam recursos da Odebrecht para as campanhas de 2010 e 2014 e que via Direção Nacional, a Direção Estadual, recebeu ajuda para as campanhas nos municípios em 2012”.

Casagrande afirmou ainda que o dinheiro recebido pelo seu partido, o PSB, foi devidamente legal e usado na campanha eleitoral, conforme estabelecia a legislação à época:

“Se essa era a regra (permissão de doação de recursos privados), o que importa neste momento é o capixaba saber que o recurso recebido foi aplicado na campanha e as empresas que colaboraram não tiveram nenhum privilégio através da minha função como governador. Honrei e continuarei a honrar o povo capixaba e trabalho arduamente para que a legislação eleitoral deixe as regras mais claras a fim de legitimar a representação no Brasil. Continuo inteiramente à disposição”, afirmou Renato Casagrande.

EXCLUSIVO: Comandante-geral da PM recua e ‘anistia’ 280 policiais acusados de fazer aquartelamento no Espírito Santo

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Em plena Semana Santa, em que os cristãos lembram a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, culminando com o Domingo de Páscoa, o comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, decidiu perdoar pelo menos 280 policiais militares que estavam respondendo a Conselho de Disciplina pela acusação de participar do aquartelamento na PM durante o mês de fevereiro deste ano.

Os 280 policiais respondiam a PADs demissionários (Conselho de Disciplina e de Rito Ordinário), mas, com a decisão do comandante, os procedimentos foram convertidos em Rito Sumário (PAD-RS). Antes, os militares corriam o risco de exclusão da corporação; agora, caso sejam considerados culpados, podem pegar, no máximo, pena de detenção de até 30 dias. Com a conversão do procedimento, os 280 policiais podem voltar às atividades normais (eles estavam afastados).

A “anista” concedida pelo comandante-geral está publicada no Boletim Geral da PM (BGPM) nº 019, de  quarta-feira (12/04). Normalmente, o BGPM é publicado na quinta-feira, mas como se tratou de ponto facultativo – devido ao feriado da Semana Santa –, o coronel Nylton Rodrigues antecipou a publicação.

A maioria dos militares anistiados integrava a extinta Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam). Ao final do motim dos militares, o governador Paulo Hartung e o comandante-geral da PM, coronel Nylton, anunciaram a extinção da Rotam e a transformação do Batalhão de Missões Especiais em uma Companhia Independente, como forma de punir os militares das duas Tropas de Elite da PM, pela adesão ao movimento grevista.

A publicação da “anistia” se chama “Ato Administrativo de Conversão”. Ao todo, foram publicadas 53 portarias. Em cada portaria, o comandante-geral Nylton informa os nomes dos militares “anistiados”, descreve a conduta que foi investigada e justifica o que a PM chama de “Convolar o Conselho de Disciplina”. Convolar é um termo jurídico que significa "mudar de opinião".

Na abertura de cada portaria, vem a seguinte informação: “Visando julgar as condutas dos militares estaduais...todos da ROTAM, todos acusados de não prestarem serviço durante a crise na segurança pública no mês de fevereiro de 2017”. Os nomes estão sendo omitidos por este blog para evitar expor os policiais.

Na justificativa de todas as 53 portarias, o comandante Nylton informa que “considerando, ainda, que o enquadramento da conduta de tais militares foi realizado somente com base na documentação da qual se dispunha até então e que fatos novos aportaram ao Comando Geral, permitindo individualizar a conduta de lideranças, bem como, permitindo também, apontar militares que participaram diretamente da paralisação”.

“Considerando, enfim, a instauração de novos processos administrativos de cunho demissionário, visando apurar a conduta dos policiais que lideraram o movimento ou que participaram ativamente da paralisação e a possibilidade de abertura de novos processos, assim que ocorrer o término das diversas apurações em curso”.

“Ante ao exposto e em conformidade com entendimento dos Tribunais Superiores, no sentido de que a Administração Pública pode rever de ofício os seus próprios atos, adequando-os aos parâmetros legais, este Comando: Resolve: 1) Convolar o Conselho de Disciplina instaurado por intermédio da Portaria 001/2017, datada de 16 de fevereiro de 2017, em Processo Administrativo de Rito Sumário (PAD-RS), porquanto, ante as novas circunstâncias supramencionadas, ficou afastada a presença dos requisitos listados no o art. 2º, inciso I, alíneas “a”, “b” e “c” da lei 3.206 de 29.05.1978; 2) Suspender os efeitos da Portaria 001/2017, possibilitando o retorno imediato dos militares acusados às suas atividades funcionais e o recebimento de escalas extras e demais gratificações”.

Tecnicamente, o Comando-Geral da PM pode suspender os efeitos de uma portaria aberta para investigar a conduta de policiais militares. Resta saber se o governador Paulo Hartung (PMDB) e o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, vão concordar. Afinal, os dois falaram que a crise instalada na segurança pública capixaba, devido ao aquartelamento dos policiais, "não deixaria pedra sobre pedra" e que todos os envolvidos seriam punidos.

Se por um lado “anistia” 280 militares na Semana Santa, por outro o Comando Geral da PM publica 10 portarias em que são instaurados Procedimentos Administrativos  Disciplinares – Rito Sumário, para julgar 40 policiais por causa do motim de fevereiro.

Se considerados culpados, poderão ser expulsos da PMES. Em sequência da instauração dos PADs, os policiais acusados ficam afastados de suas funções, à disposição do Conselho de Disciplina até a decisão final. Perder, inclusive, gratificação de motorista, se for o caso.

(Crédito da foto: Secom/ES)

Presidente do Clube dos Oficiais elogia decisão do comandante-geral da PM que livra 272 praças de expulsão no Espírito Santo

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O presidente da Associação dos Oficiais Militares do Estado do Espírito Santo (Assomes/Clube dos Oficiais), tenente-coronel PM Rogério Fernandes Lima, considerou acertada a atitude do comando-geral da PM em converter os procedimentos instaurados contra um grupo de policiais militares, que corriam o risco de expulsão por conta do aquartelamento ocorrido em fevereiro deste ano.

Conforme o Blog do Elimar Côrtes informou em primeira mão, na manhã dede sexta-feira (14/04), o comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, decidiu perdoar pelo menos 272 – este é o número atualizado – policiais militares (todos praças) que estavam respondendo a Conselho de Disciplina pela acusação de participar do motim.

Os policiais respondiam a Conselho de Disciplina e de Rito Ordinário – corriam o risco de serem expulsos –, porém, com a decisão do comandante, os procedimentos foram convertidos em Rito Sumário (PAD-RS) e a pena máxima, caso sejam considerados culpados, pode chegar a 30 dias de detenção.

"Eu vejo essa decisão do comandante como muito importante, pois demonstra que não há nenhum tipo de retaliação, de ressentimento quanto ao momento que se passou. E também não vamos perder aquela grande massa de policiais que poderiam ser excluídos. Com a conversão dos procedimentos, os policiais voltam a ficar a disposição de seus comandantes e podem retornar às atividades de policiamento ostensivo”, comentou o tenente-coronel Rogério.

Ele frisou ainda que, respondendo ao novo PAD, os militares poderão cumprir e receber suas escalas especiais, sem sofrer prejuízos financeiros. O presidente do Clube dos Oficiais sustenta que a população também será beneficiada com a volta dos militares às ruas.

"Havia um contingente de muitos policiais afastados dos serviços. Acho que a intenção é que esses policiais, tendo vista a iniciativa do Comando-Geral, retornem com mais vontade aos trabalhos", acredita o tenente-coronel Rogério:

"Isso demonstra que nem todos estavam envolvidos no movimento, realmente alguns foram contagiados emocionalmente, outros impedidos de trabalhar. Ao serem impedidos se ficava numa situação um pouco constrangedora", disse.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar, sargento PM Renato Martins Conceição, também aprovou a mudança no procedimento, pois acredita que esta seja uma forma de dar mais condições de defesa para os militares.


Em artigo, delegados de Polícia Federal afirmam que as peculiaridades da segurança pública devem ser consideradas na Reforma da Previdência

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Em artigo enviado ao Blog do Elimar Côrtes, a diretora Regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal em São Paulo (ADPF-SP),  Tania Fernanda Prado Pereira, o vice-diretor Regional da ADPF (SP), Edson Fábio Garutti Moreira, e o Assessor Especial da Diretoria Regional da ADPF (SP), Fabrício de Souza Costa, fazem uma análise da  Proposta de Emenda Constitucional da Reforma Previdenciária (PEC 287/2016).

No artigo, os três delegados de Polícia Federal lembram que, no Brasil, policiais são proibidos de fazer greve, porém, no texto atual da Reforma da Previdência, “a função policial deixa de ser considerada uma atividade de risco”, contrariando recomendações da ONU.

“Caso aprovada a Reforma da Previdência nos moldes propostos pelo governo, um policial somente poderá se aposentar aos 65 anos de idade se estiver contribuindo para a Previdência desde os seus 16 anos, isto é, a maioria continuará em atividade até seus 75 anos, cientes de que poucos alcançarão essa idade, afinal a expectativa de vida do policial brasileiro é de 60 anos, enquanto que a da população em geral é de 75,5 anos”, ressaltam os autores do artigo.

As peculiaridades da segurança pública devem ser consideradas na Reforma da Previdência

Policiais são proibidos de fazer greve. No texto atual da Reforma da Previdência a função policial deixa de ser considerada uma atividade de risco. Enquanto isso, organismos ligados à ONU reconhecem a importância das forças de segurança pública para a sociedade e para a democracia e lembram que a profissão policial é a mais estressante do mundo. No Brasil o debate sobre a segurança pública não tem alcançado a profundidade necessária e a sociedade deixa de ser informada sobre as consequências de uma polícia desvalorizada e enfraquecida.

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, documento histórico da Revolução Francesa, em seu artigo 12, consagra a força pública de segurança como garantia dos direitos do cidadão, regrada por valores deontológicos:  “La garantie des droits de l'Homme et du citoyen nécessite une force publique; cette force est donc instituée pour l'avantage de tous, et non pour l'utilité particulière de ceux auxquels elle est confiée. (A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos e não para uso particular daqueles a quem é confiada).”

Nesta linha de pensamento e ressaltando que a atividade policial é essencial à manutenção da segurança e da paz social, o Supremo Tribunal Federal decidiu por 7 votos a 3 que aqueles que atuam diretamente na área da segurança pública não podem exercer o direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade. Esta decisão alcança todas as forças policiais – civis, federais, militares e rodoviárias federais –, o Corpo de Bombeiros, os guardas municipais e os agentes penitenciários.

Este cerceamento ao direito de reivindicação baseou-se no argumento de que, mesmo quando colocados sob péssimas condições de trabalho, os policiais devem continuar servindo ao valor jurídico superior da Segurança Pública. Concluiu a Corte ser obrigatória a participação do “Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria”.

A greve é um instrumento de pressão coletiva, limitado, agora, apenas às outras categorias de servidores públicos e trabalhadores. Embora esta decisão do Supremo retire dos policiais o direito de greve, isto é feito em razão da importância das atividades dos profissionais da segurança pública, as quais são completamente diferenciadas das de outros profissionais, dada a sua imprescindibilidade para o funcionamento do Estado, cuja paralisação gera enormes transtornos à sociedade e levaria a situação anárquica. Reflexamente a decisão valoriza o trabalho do policial, por colocá-lo em outra posição.

Assim, inquestionavelmente os profissionais de segurança pública se encontram em situação análoga à dos servidores das carreiras militares e, por isso, resta cristalino que devem receber o mesmo tratamento dessa categoria no tocante ao contexto da reforma do sistema previdenciário. A grande questão é que a Proposta de Emenda Constitucional 287/2016, apresentada pelo Governo Federal, elimina do texto constitucional a previsão da aposentadoria por risco, que agasalhava os policiais, ignorando-se as particularidades dessas carreiras, dentre as quais expectativa menor de vida, além dos riscos inerentes à profissão.

Caso aprovada a Reforma da Previdência nos moldes propostos pelo governo, um policial somente poderá se aposentar aos 65 anos de idade se estiver contribuindo para a Previdência desde os seus 16 anos, isto é, a maioria continuará em atividade até seus 75 anos, cientes de que poucos alcançarão essa idade, afinal a expectativa de vida do policial brasileiro é de 60 anos, enquanto que a da população em geral é de 75,5 anos.

Nos países desenvolvidos, em que a expectativa de vida é maior para a população em geral e as condições de trabalho na área da segurança pública são certamente melhores do que as condições enfrentadas pelos policiais brasileiros, com menores índices de violência e maiores investimentos em treinamento e equipamentos, o profissional da segurança pública se aposenta em média com 25 anos de serviço. Portanto, sem exageros, o Brasil será o pior País do mundo para se trabalhar na área da segurança pública, um verdadeiro retrocesso, já que a garantia dos direitos do cidadão estará a cargo de policiais na terceira idade, sem saúde e sem condições físicas e psicológicas para enfrentar os desafios desgastantes da profissão.

É necessário lembrar que o policial pode ser acionado a qualquer hora do dia e da noite, sem receber nenhuma compensação para tanto, o que por si só já é um fator grave de estresse. Assim, não existe uma rotina de trabalho e o policial é alijado do convívio com sua família diuturnamente, pois tem que estar sempre pronto para ser acionado para plantões, sobreavisos e operações policiais ou mesmo para concluir diligências em andamento que simplesmente não podem ser interrompidas como se houvesse um turno de serviço.

A título de exemplo, na tão admirada instituição Polícia Federal, os policiais são acionados várias vezes na semana para integrarem equipes dessas operações que os brasileiros tanto admiram, mas a maioria das pessoas não tem ideia do quanto a vida pessoal desse policial é impactada, com elevado desgaste físico e psicológico, obviamente muito maior do que em outra profissão que não seja relacionada à segurança pública. Não por acaso, a Organização Internacional do Trabalho reconhece a atividade policial como a profissão mais estressante do mundo.

O policial presta o juramento de proteger a vida, integridade física e patrimônio de todos, inclusive com o sacrifício da própria vida, se necessário.  Além disso, mesmo em seu horário de descanso, principalmente nos grandes centros urbanos, o policial está submetido a um risco muito maior de investidas de criminosos pelo simples fato de ser policial, com o dever de agir durante as vinte e quatro horas do dia, quando se vê diante de uma ocorrência, e, para tanto, sob constante estado de alerta, investido do poder estatal do uso da força. Suas decisões muitas vezes devem ser tomadas em segundos, sob análise dos princípios da legalidade, da necessidade, da proporcionalidade e da conveniência, cujas consequências afetarão não só sua vida profissional e pessoal como também a vida e liberdade de outras pessoas.

Infelizmente os investimentos governamentais em segurança pública não estão sendo suficientes para municiar estes profissionais com os recursos e equipamentos necessários, nem com treinamento contínuo. Além disso, não estão sendo abertos concursos públicos para preenchimento dos cargos vagos, o que gera sobrecarga de trabalho àqueles que estão em atividade e cuja demanda é crescente, num país com elevados e alarmantes índices de criminalidade e de violência.

Somente em 2014, 26 anos após a promulgação da Constituição Federal, as mulheres policiais obtiveram o reconhecimento justo da redução no tempo de contribuição para aposentadoria policial, em extensão dos direitos femininos garantidos às demais trabalhadoras e servidoras, na devida proporção. Foram mais de 10 anos de discussão e defesa no Parlamento para que esse direito fosse reconhecido, mobilizando policiais de todo o país, direito que não está sendo respeitado pela reforma da previdência.

Não bastassem todas as dificuldades graves que circundam o cotidiano dos policiais e demais integrantes da segurança pública, a categoria se encontra mobilizada em estado de alerta no aguardo da apresentação e leitura do parecer do relator da PEC 287/2016 na Comissão Especial da Câmara, a cargo do Deputado Federal Arthur Maia, prevista para o dia 18 de abril (terça-feira), que deverá ser votada na sequência. Tem-se conhecimento da existência de cerca de uma quinzena de emendas apresentadas pelos Deputados na referida comissão, que tratam da manutenção no texto constitucional do tratamento devido da atividade de risco desses profissionais, o que revela a preocupação dos representantes do povo com aqueles que colocam sua vida em risco para proteção da sociedade e cumprimento dos deveres do Estado em garantia aos direitos dos cidadãos.

Por fim, o reconhecimento da natureza sui generis das carreiras de segurança pública pelo próprio Supremo Tribunal Federal confirma o que vem sendo reivindicado pela categoria no sentido da manutenção do regime de risco e tratamento adequado do regramento da #aposentadoriapolicial.  Foi justamente por conta do caráter peculiar da atividade policial que o Supremo Tribunal Federal entendeu ser impossível compatibilizar o exercício do direito de greve por parte do braço armado do Estado com a garantia da segurança, da ordem pública e da paz social.

Assim, resta patente a diferenciação entre as atividades dos profissionais da segurança pública e as dos demais profissionais contemplados na Reforma da Previdência, notadamente em razão do risco inerente à profissão, da incompatibilidade entre a idade avançada e o enfrentamento diário da criminalidade e da vedação absoluta do direito de greve, justificando-se plenamente o tratamento diferenciado a ser dispensado a esses profissionais no âmbito dessa reforma.

Os autores:

Tania Fernanda Prado Pereira. Delegada de Polícia Federal em São Paulo. Mestre em Segurança Pública na Universidade Jean Moulin, em Lyon, na França. Graduada em Direito pela Universidade de São Paulo. Diretora Regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal Regional em São Paulo (ADPF-SP), que compõe a União dos Policiais do Brasil.

Fabrício de Souza Costa. Delegado de Polícia Federal em São Paulo. Mestre em Direito da Sociedade da Informação pela FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas. Especialista em Direito Constitucional e Político pela FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas. Graduado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Assessor Especial da Diretoria Regional da ADPF-SP.

Edson Fábio Garutti Moreira. Delegado de Polícia Federal. Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo. Graduado em Comunicação Social pela Universidade de Mogi das Cruzes. Vice-Diretor Regional da ADPF-SP.




TRAGÉDIA DA SAMARCO EM MARIANA: Águas subterrâneas do Rio Doce no Espírito Santo também estão contaminadas, diz estudo da UFRJ

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Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o Greenpeace, revela que, além do Rio Doce, a água subterrânea também está contaminada por altos níveis de metais pesados, que prejudicam o desenvolvimento das plantações e entram na cadeia alimentar, oferecendo riscos à saúde no longo prazo. A contaminação atinge Minas Gerais e o Espírito Santo.

As águas do Rio Doce foram contaminadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, no município mineiro de Mariana, em 5 de novembro de 2015. A tragédia devastou a vegetação nativa e poluiu toda a bacia do Rio Doce, atingindo outros municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo. Dezenove pessoas morreram e diversas comunidades foram destruídas. O episódio é considerado a maior tragédia ambiental do Planeta.

O estudo"Contaminação por metais pesados na água utilizada por agricultores familiares na Região do Rio Doce", coordenado pelo professor João Paulo Machado Torres, do Instituto de Biofísica da UFRJ, é fruto da parceria entre o projeto Rio de Gente e o Greenpeace. O objetivo, segundo o Portal do Greenpeace e o jornal Estado de Minas, foi avaliar se os agricultores ainda têm condições de plantar com água limpa.

As margens de rios em Minas Gerais e Espírito Santo sempre foram usadas para a agricultura, onde os produtores coletam a água diretamente do rio. Em casos de desastres como o do Rio Doce, a procura imediata são pelos poços artesianos para manter as plantações. A pesquisa, portanto, é também de segurança alimentar.

De acordo com os estudos, as amostras coletadas pela equipe da UFRJ apresentaram altos níveis de ferro e manganês, que prejudicam o desenvolvimento das plantações e oferecem riscos à saúde, no longo prazo, segundo os pesquisadores.

De acordo com o Estado de Minas, pesquisadores analisaram a presença de metais pesados na água em 48 amostras coletadas de três regiões diferentes da bacia do Rio Doce: Belo Oriente (MG), Governador Valadares (MG), e Colatina (ES). As amostras foram coletadas em poços, em pontos do rio e na água tratada fornecida pela prefeitura ou pela Samarco.

A cidade de Belo Oriente apresentou cinco pontos de coleta com níveis de ferro e manganês acima do estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão do Ministério do Meio Ambiente. Em Governador Valadares foram identificados 12 pontos e, em Colatina, dez pontos com os valores acima do permitido.

Segundo o estudo, a água desses locais não é adequada para consumo humano e, em alguns casos, também não é recomendado o uso para irrigação de plantas – situação de alguns pontos de Governador Valadares e Colatina. A contaminação do Rio Doce se deu pelos rejeitos que vazaram com o rompimento da barragem.

“No entanto, os pesquisadores disseram não poder afirmar que os poços sofreram a contaminação por conta da lama vinda da barragem, por falta de estudos prévios na região. Contudo, podemos afirmar que a escavação dos poços e sua posterior utilização se deu por conta do derramamento da lama na água do rio, que porventura, a inutilizou”, diz o relatório.

No longo prazo, para a saúde, a exposição ao manganês pode causar problemas neurológicos, semelhantes ao mal de Parkinson, enquanto o ferro, em quantidades acimas das permitidas, pode danificar rins, fígado e o sistema digestivo.

“A contaminação por metais pesados pode ter consequências futuras graves para as populações do entorno, que necessitam de suporte e apoio pós-desastre. Isso deve ser arcado pela Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, e monitorado de perto pelo governo brasileiro”, defendeu Fabiana Alves, da Campanha de Água do Greenpeace, segundo o jornal Estado de Minas.

O estudo buscou pequenos produtores locais para analisar como seus modos de vida foram atingidos pela lama. Muitos dos que não abandonaram suas terras enfrentaram dificuldades financeiras por não conseguir mais produzir com o solo e a água que têm. De acordo com o relatório, 88% dos entrevistados afirmaram ter alterado o tipo de cultivo e/ou criação realizada pela família após o incidente. A produção de cabras foi bastante afetada pelo desastre e as atividades de pesca e criação de peixes praticamente desapareceram na bacia.

Dados apresentados pelos pesquisadores após entrevistas com os agricultores demonstraram também que, antes do desastre, 98% dos entrevistados utilizavam água do Rio Doce para atividade econômica do dia a dia. Após a tragédia, somente 36% continuaram usando a mesma água. Destes, 87% utilizam a água para irrigação. Cerca de 60% dos entrevistados considera a água imprópria para uso, o que demonstra a insegurança no uso desse recurso fundamental para as populações que vivem à beira do rio.

De acordo com relatório, “para a saúde, o risco é de acumulação desses metais no organismo ao longo do tempo, considerando as altas doses a que as pessoas estão expostas”. O manganês pode causar problemas neurológicos, com sintomas da Síndrome de Parkinson. Já o ferro, em quantidades acima das permitidas, está relacionado a problemas enzimáticos que danificam rins, fígado e o sistema digestivo.

“Após o desastre, a lama se transformou numa poeira muito fina, que também pode ser inalada. A absorção pulmonar acaba sendo mais eficiente para o manganês”, diz o pesquisador André Pinheiro de Almeida.

“O quadro dessa tragédia deixa uma cicatriz. As questões de água e saneamento precisam ser levadas a sério. Será que essas pessoas não se envergonham do que fizeram?”, questiona o coordenador do estudo, João Paulo Machado Torres.

Com a palavra, as autoridades do Espírito Santo.

(Crédito de fotos: Greenpeace)


Alexandre Guimarães e Leonardo Barreto tomam posse na Ouvidoria-Geral do Ministério Público do Estado do Espírito Santo

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O procurador de Justiça Alexandre José Guimarães e o promotor de Justiça Leonardo Da Costa Barreto tomaram posse, respectivamente, como Ouvidor-Geral e Ouvidor-Substituto do Ministério Público do Estado do Espírito Santo. A posse aconteceu na manhã desta segunda-feira (17/04), durante sessão do Colégio de Procuradores de Justiça, na sede do MPES, no bairro Santa Helena, em Vitória.

Recentemente, Alexandre Guimarães e Leonardo colocaram seus nomes na disputa ao cargo de Ouvidor-Geral. O primeiro foi eleito com 11 votos, enquanto Leonardo Barreto conquistou seis votos. Como primeira providência assim que foi eleito, o procurador de Justiça Alexandre Guimarães convidou seu colega Leonardo Barreto para trabalharem juntos. O convite foi aceito:

"O doutor Leonardo protagonizou um marco histórico: pela primeira vez, um membro do primeiro grau do Ministério Público concorreu à vaga de Ouvidor-Geral. E, uma vez que ele aceitou o convite para trabalharmos juntos, é a primeira vez que um colega do primeiro grau vem para a Ouvidoria”, ressaltou o procurador de Justiça Alexandre Guimarães, que destacou mais:

"Vai ser fundamental a presença do doutor Leonardo Barreto comigo na Ouvidoria, porque um membro do Ministério Público que atua no primeiro grau tem uma visão diferente de quem atua no segundo grau, pois tem mais contato com a população em geral. A partir de agora, o canal de acesso ao MP passa a ter dois focos. Até porque, não existe diferença dentro do Ministério Público: somos um único corpo, atuando em favor da sociedade.”

Alexandre Guimarães – ele é o chefe da Procuradoria Recursal – disse que vai levar ao Colégio de Procuradores do MPES que transforme o cargo de Ouvidor-Substituto para Ouvidor-Adjunto, para que Leonardo Barreto possa trabalhar também no gabinete da Ouvidoria, sem prejuízo de suas funções na 11ª Promotoria de Justiça Cível de Cariacica (Fazenda Pública Municipal).

A posse dos dois ocorreu nesta segunda-feira: “Estimados amigos, tive a felicidade de tomar posse no cargo de Ouvidor do MPES, em companhia do valoroso, sério, combativo e culto colega Leonardo Da Costa Barreto, Ouvidor Substituto, e, em breve, com a permissão do Colégio de Procuradores de Justiça, Adjunto”, comentou o procurador de Justiça Alexandre Guimarães, que comemorou o marco histórico:

“Trata-se de um momento singular na história do Ministério Público, representativo da unidade institucional, em que primeiro e segundo graus atuarão irmanados na Ouvidoria com o propósito de entregar à sociedade capixaba um trabalho de excelência. É um prazer e uma honra ter ao meu lado na Ouvidoria um colega de escol e, sobretudo, uma oportunidade de servir, sem prejuízo de minhas outras funções, o Estado que tanto amo. Registro meu público agradecimento aos votos a mim confiados pelos membros do c. CPJ”, escreveu Alexandre Guimarães em sua página no Facebook.

Ele e Leonardo Barreto já vinham traçando planos de atuação antes mesmo da posse. Por sugestão de Leonardo Barreto, a Ouvidoria vai criar outros canais de comunicação com a sociedade, que poderá repassar demandas para o órgão por meio de WhatsApp. Hoje, a comunicação com a Ouvidoria pode ser feita por meio do telefone 127 e pelo email ouvidoria.mpes.mp.br

"É importante fazermos campanhas educativas, informando à sociedade o que é a Ouvidoria e o que é a Corregedoria do Ministério Público. Temos que tornar as informações mais acessíveis à população”, frisou Alexandre Guimarães.

O promotor de Justiça Leonardo Barreto ressalta que, quando foi dirigente do Centro de Apoio Operacional Eleitoral (CAEL), instituiu o 0800 no Ministério Público Estadual. "O  número  0800-283-9840  foi em homenagem a Lei 9.840/1999 que prevê a cassação de candidato que compra voto. Naquele momento começou de forma embrionária a nossa Ouvidoria, recebendo as denúncias relacionadas a crimes eleitorais, virando depois o Disque MPES, sendo aprimorada até chegar o formato de hoje”.

Os doutores Alexandre José Guimarães e Leonardo da Costa Barreto querem aperfeiçoar a estrutura telefônica da Ouvidoria para facilitar a comunicação com a população e, ao mesmo tempo, usar as redes sociais para mostrar a instituição ministerial.

"Vamos tentar junto à Administração Superior do Ministério Público a instalação de um terminal de computador, com internet, em todas as unidades do Ministério Público em todo o Estado para ser usado pelo cidadão. É uma forma de levarmos a Ouvidoria ao interior, permitindo que o povo  tenha acesso aos nossos canais de comunicação. O objetivo é democratizar o processo de acesso às unidades do MP”, explicou Alexandre Guimarães.

Para o promotor de Justiça Leonardo Barreto e o procurador de Justiça Alexandre Guimarães, o mais importante no trabalho em conjunto, que vão desenvolver, é a consolidação da unidade ministerial:

"O trabalho simultâneo e conjunto do primeiro com o segundo grau na Ouvidoria mostra que a atuação do Ministério Público é transparente. Não há diferença e nem hierarquia no MP”, explicou Alexandre Guimarães.

Os dois querem também facilitar o acesso dos cidadãos às ferramentas tecnológicas já inseridas no Portal do Ministério Público para acompanhamento das demandas levadas à Ouvidoria. O ouvidor Alexandre Guimarães lembra que as pessoas, ao registrarem a reclamação ou denúncia, recebem um número de protocolo. A queixa é encaminhada ao órgão competente (para investigação e obtenção de repostas), o que gera um relatório que, por sua vez, é encaminhado ao autor da queixa.

"Vamos sugerir à Administração Superior do MP que disponibilize um link no Portal do MP para que o cidadão possa acompanhar de modo mais fácil o andamento de sua reclamação. O acompanhamento pode ser através do Gampes (ferramenta oficial de registro, tramitação, acompanhamento e controle de documentos, autos judiciais e extrajudiciais do MP). Se ao final do procedimento o cidadão discordar, por exemplo, do arquivamento de sua demanda, ele poderá recorrer a outras instâncias”, pontua Alexandre Guimarães.

Saiba Mais

ALEXANDRE JOSÉ GUIMARÃESé procurador de Justiça do Ministério  Público do Estado do Espírito Santo, onde ingressou há 26 anos. É Bacharel em Direito, Especialista em Direito Empresarial, Civil, Processual Civil, Penal e Processual Penal; Mestre em Direito Constitucional e Doutor em Direitos de Terceira Dimensão pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ocupa atualmente a chefia da Procuradoria Recursal do MPES.

LEONARDO DA COSTA BARRETO: Formou-se pela Universidade Federal do Espírito Santo em 1990. Ingressou no Ministério Público Estadual em 23 de dezembro de 1992. Especialista em Direito Penal e Processo Penal  e Direitos coletivos. Foi dirigente do Centro de Apoio da Cidadania e Eleitoral. Instalou o O800 no MPES para receber denúncias eleitorais. Idealizou o projeto premiado pelo Inoves, cujo objetivo era o Ministério Público acompanhar os gastos dos municípios com royalties de petróleo. Foi membro fundador da Transparência Capixaba; integrante do GRCO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado), primeiro grupo de atuação para o enfrentamento do crime organizado e improbidade administrativa do MPES. Passou por diversas Comarcas, como Dores do Rio Preto, Santa Leopoldina, Cachoeiro de Itapemirim, Vitória, Mucurici, Conceição da Barra, dentre outras.

(Com informações também do Portal AESMP)

“TEREMOS FARRAPOS HUMANOS TRABALHANDO NA FASE IDOSA DA VIDA NA POLÍCIA FEDERAL E NOS DEMAIS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA”, LAMENTA DIRETORA DA ADPF: Policiais de todo o Brasil fazem manifestação em Brasília contra a Reforma da Previdência

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Policiais de todo país estão em Brasília onde participam do movimento contra a Reforma da Previdência. Policiais civis capixabas comparecem em massa no manifesto que teve início às 13 horas desta terça-feira (18/04). A manifestação, denominada de Dia da Luta pela Valorização do Profissional de Segurança Pública, acontece em frente ao Congresso Nacional, em Brasília.

A data foi marcada por conta da previsão de leitura do relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA) na Comissão Especial da Reforma da Previdência. Entretanto, o presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara, Carlos Marun (PMDB-MS), confirmou, na manhã desta terça-feira, o adiamento da leitura do parecer do texto esta quarta-feira (19/04), às 9 horas.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES), Jorge Emílio Leal, o dia de ficará marcado na história.

“Esse momento (manifestação contra a Reforma da Previdência) é de extrema importância. Profissionais da segurança de todo Brasil estão unidos na busca pela garantia dos direitos e prerrogativas. Não podemos deixar que essa reforma seja aprovada ”, disse Jorge Emílio.

O movimento contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287/2016) é organizado pela União dos Policiais do Brasil (UBP) e conta com policiais civis, federais, rodoviários federais, inspetores penitenciários e agentes socioeducativos de todo País. Na manhã de segunda-feira (17/04), dois ônibus saíram lotados do Espírito Santo em caravana com destino ao Distrito Federal.
A grande participação dos profissionais de segurança pública já surtiu efeito e o projeto de Reforma da Previdência que seria lido nesta terça-feira (18/04) foi adiado.

“Temos uma expectativa muito boa em relação a esse movimento. Já estamos causando impacto e o projeto que seria lido hoje não será mais. Mas o manifesto vai continuar e todos os operadores da segurança pública do país estão unidos para evitar que essa PEC da maldade passe”, afirmou Jorge Emílio.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) participa também do Dia da Luta pela Valorização do Profissional de Segurança Pública, ato de manifestação contra a Reforma da Previdência, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília.

A mobilização visa pressionar os deputados a rejeitarem pontos que prejudicam a categoria como a retirada da atividade de risco do texto constitucional, alteração do tempo de serviço sejam modificados no texto do relatório da PEC 287, que deve ser apresentado na manhã de hoje pelo relator, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), presidente da Comissão. Caso o governo insista em aprovar o texto atual da PEC 287, os policiais farão um ato simbólico de paralisação por meio da entrega de armas e coletes.

No dia 11 deste mês, a Fenapef convocou os presidentes dos 27 Sindicatos de Policiais Federais do País e seus sindicalizados a participarem do ato. A manifestação está sendo organizada pela União dos Policiais do Brasil (UPB), que congrega 32 entidades de classe dos profissionais de segurança pública do País, inclusive a Fenapef.

O presidente do Sindipol/ES, Jorge Emílio, já estava em Brasília desde segunda-feira (17/04), onde participou de uma reunião do Conselho de Entidades, da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e da União dos Policiais do Brasil (UPB). Os líderes sindicais deliberaram importantes ações a serem tomadas na luta contra a PEC 287:

“Não podemos aceitar que essa PEC da maldade seja aprovada. Desde o início contra essa PEC que prejudica todo trabalhador brasileiro, principalmente os operadores da segurança pública, com a retirada do risco de vida da previsão constitucional.  Caso esse projeto passe, o policial brasileiro será o último a se aposentar no mundo”, afirmou o dirigente.

Também em Porto Alegre, policiais federais, rodoviários federais e civis realizaram, na manhã desta terça-feira (18/04), um ato em protesto contra a proposta de Reforma da Previdência. O movimento reuniu servidores no saguão da Superintendência Regional da Polícia Federal, na avenida Ipiranga, na capital gaúcha. Logo após, o grupo saiu em caminhada pela avenida Ipiranga até o Palácio da Polícia. O ato organizado pelos sindicatos faz parte do dia nacional de luta pela valorização do profissional de segurança pública.

Mudanças propostas pelo relator desagradam categoria

O relator da Reforma da Previdência, deputado Arthur Maia, apresentou durante o dia um esboço de seu parecer sobre as mudanças nas regras previdenciárias. Para os professores e policiais, haverá uma idade mínima menor na regra geral de aposentadoria, de 60 anos de idade com 25 anos de contribuição. O valor do benefício será igual à regra dos trabalhadores do setor privado e público. Na proposta do governo, essas categorias perdiam as condições especiais para a aposentadoria.

Na regra de transição, a idade mínima exigida pela proposta de Maia também será menor: de 55 para homens e de 50 para mulheres, no caso dos regimes próprios (servidores públicos) e de 50 anos para homens e 48 anos para as mulheres do setor privado.

A regra prevê o aumento da idade mínima da regra de transição a cada dois anos, até atingir os 60 anos e exigência de 30 anos de contribuição (homens) e 25 anos (mulheres), além de 30% de pedágio (sobre o que falta para cumprir o tempo de contribuição)

No caso dos policiais, será pedido, de acordo com a apresentação de Arthur Maia, 60 anos de idade mínima na regra geral, com 25 anos de contribuição, e 20 anos em "atividade de risco na respectiva categoria". A regra de transição é a mesma dos professores, mas a regra do cálculo do benefício é a dos regimes próprios (integralidade e paridade aos que entraram antes da EC 41/2003, caso aposentem-se aos 60 anos).

Para a diretora Regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF/SP),  Tania Fernanda Prado Pereira, o substitutivo proposto pelo governo é também prejudicial para os policiais:

“Esse substitutivo sinalizado pelo governo está altamente prejudicial para a categoria policial.  Teremos farrapos humanos trabalhando na fase idosa da vida na Polícia Federal e nos demais órgãos de segurança pública. A expectativa de vida do policial é 60 anos de idade, portanto irá morrer trabalhando".

Para dirigentes de classe dos policiais,  a regra que o governo propõe para policiais é “inaplicável”, porque exige 60 anos de idade, 25 de contribuição e 20 de atividade policial. Para que a regra valha como especial, o trabalhador tem que entrar como policial com 40 anos de idade. “Ou seja, a lógica é completamente errada. E nunca será aplicada”.

Policiais invadem a Câmara dos Deputados contra Reforma da Previdência

Durante o ato de manifestação, um grupo de policiais tentou invadir a chapelaria do Congresso Nacional. Houve tumulto, e vidraças do prédio foram quebradas. A Polícia Legislativa teve de usar spray de pimenta e bombas para dispersar o conflito.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, havia cerca de 1 mil policiais no gramado em frente à sede do Legislativo, no momento da confusão. A União de Policiais do Brasil estima que um grupo de 100 a 150 policiais chegou a entrar na área privativa do Congresso.

O tumulto começou quando esse grupo de manifestantes desceu até a chapelaria – rota de acesso de visitantes e parlamentares. A Polícia Legislativa tentou bloquear a entrada, mas o grupo quebrou os vidros e invadiu pelos espaços abertos.

EXCLUSIVO: Capixaba investigado na Lava Jato comprou fazenda por R$ 2 milhões no Espírito Santo

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Um político capixaba, que virou alvo de investigação da Operação Lava Jato, adquiriu uma fazenda avaliada em R$ 2 milhões no distrito de Nossa Senhora de Fátima, em Jaguaré, município localizado no Norte do Espírito Santo. A fazenda, no entanto, está em nome de “laranjas” – um pequeno produtor rural, que já foi vereador em Nova Venécia, e uma mulher. Esse político, dono verdadeiro da fazenda, já foi prefeito no Estado.

A compra da fazenda virou alvo de investigação por parte da Polícia Federal. Existe suspeita que a propriedade foi comprada com dinheiro desviado da Petrobras. As investigações correm em sigilo. O nome do político não está sendo divulgado pelo Blog do Elimar Côrtes porque ele está sendo investigado e a fazenda encontra-se em nome de terceiros.

A fazenda está localizada numa área superior a 1,5 milhão de metros quadrados. Pertencia, até dezembro de 2015, quando foi vendida e registrada em nome dos “laranjas” do político, a uma tradicional família de Linhares. A fazenda possui piscinas e é banhada por um rio. No rio, há até uma ilha (foto). No instagram, a filha desse político posta fotos dela e da família tomando banho na piscina e passeando pela fazenda, inclusive com o cachorro de estimação.

O político dono da fazenda costuma ir à propriedade. Chega, geralmente, de helicóptero, que ele aluga em Vitória, onde reside. Numa dessas visitas, ano passado, o político foi assaltado. Numa manhã de sábado, ele chegou a fazenda, levando dinheiro em espécie para pagar os empregados da fazenda e os operários que trabalhavam na reforma de uma das casas localizada na propriedade.

Antes de efetuar o pagamento, entretanto, o político foi surpreendido por um grupo de assaltante. Os bandidos, armados de pistolas, anunciaram o assalto e levaram todo o dinheiro – cerca de R$ 100 mil.

Curiosamente, o político não prestou queixa do roubo, apesar de Jaguaré possuir uma Companhia da Polícia Militar e uma Delegacia de Polícia Civil. Mesmo assim, policiais militares e civis que atuam na região tomaram conhecimento da ação dos assaltantes. Tentaram investigar o assalto, mas desistiram diante da inércia e má vontade da própria vítima em contribuir com as autoridades.

O nome desse político, que possui a fazenda em Jaguaré, surgiu depois que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, liberou os depoimentos da delação premiada, feita por executivos da Odebrecht, em que aparecem dezenas de nomes de acusados que passarão a responder inquérito na Lava Jato.

SINDIPOL/ES E COBRAPOL PEDEM ABERTURA DE PROCESSO DE CASSAÇÃO DO RELATOR DA PEC DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA: Arthur Maia teria recebido doações de empresas que atuam no ramo da Previdência Privada

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O presidente do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES) e vice-presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jorge Emílio Leal, protocolou ofício na Câmara dos Deputados em que pede a abertura de Processo Disciplinar e Cassação do relator da Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência (PEC 287/2016), o deputado federal Arthur Maia (PPS/BA), pela acusação de quebra do decoro parlamentar.

Ao mesmo tempo, Jorge Emílio requer que a PEC 287/2016 seja imediatamente retirada de pauta e arquivada, para que a proposta da reforma seja amplamente discutida com a sociedade brasileira. O presidente da Cobrapol, Jânio Bosco Gandra, também protocolou  ofício no mesmo sentido. Leia o ofício assinado por Jorge Emílio.

Cópias dos ofícios de Gandra e de Jorge Emílio foram entregues ao presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM/Rio), e ao próprio Arthur Maia. Também foram entregues ao Ministério Público Federal e à Procuradoria Geral da República. Os documentos foram protocolados às 16h30 de quarta-feira (19/04). Deveriam ter sido entregues no dia anterior, mas os dirigentes sindicais foram impedidos de entrar nas dependências da Câmara dos Deputados pela Polícia Legislativa, o que, segundo Jorge Emílio, acabou provocando confusão.

Jorge Emílio informa que o relator da PEC 287/2016, Arthur Maia, teria recebido doações, durante a campanha eleitoral de 2014, de empresas privadas que têm interesse na Reforma da Previdência com o propósito de se beneficiar financeiramente.

De acordo com o presidente do Sindipol/ES, entre as empresas que financiaram a campanha de Arthur Maia estão instituições financeiras e companhias  que atuam no ramo da Previdência Privada:

“Ao consultarmos o Portal da TSE (Tribunal Superior Eleitoral), verificamos que o deputado Arthur Maia, na eleição de 2014, recebeu doações do Bradesco Capitalização, Bradesco Vida e Previdência, Amil Assistência Médica Internacional, Bancos Safra e Santander, além de empresas que atuam em outros ramos. Foram doações legais e devidamente  aprovadas pelo TSE, registra-se. Porém, as doações, em sua maioria, partiram de diversas empresas que trabalham no ramo da Previdência Privada. Logo, essas empresas visam lucro em cima dos trabalhadores e querem ver a Previdência Social cada vez mais fragilidade”, salientou Jorge Emílio.

Para justificar o pedido de abertura de Processo Disciplinar e Cassação em desfavor do deputado Arthur Maia, Jorge Emílio cita o artigo  5º (Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puníveis na forma deste Código), inciso VIII ( relatar matéria submetida à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse específico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha eleitoral), do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, de 2001.

“Cabe ressaltar que a tal PEC 287, relatada pelo deputado Arthur Maia, tem como principal chamamento a Reforma da Previdência, onde os principais interessados com as regras propostas são os bancos e seus fundos de pensão. Por isso, não estamos defendendo somente interesses classistas. Estamos, sim, defendendo interesses de todos os trabalhadores brasileiros. Toda a sociedade estará sendo prejudicada caso a PEC da Reforma da Previdência seja aprovada”, disse Jorge Emílio.

Policiais capixabas participam de manifestação em Brasília

Na última terça-feira (18/04), milhares de policiais civis, federais, rodoviários federais, guardas municipais, inspetores penitenciários e agentes sócio-educativos de todo o Brasil realizaram manifestações em Brasília contra a Reforma da Previdência. A caravana que saiu do Espírito Santo participou da mobilização e esteve na linha de frente.

O protesto em Brasília foi organizado pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e contou com 5 mil pessoas. O presidente do Sindipol/ES e vice-presidente da Cobrapol,Jorge Emílio Leal, acredita que a manifestação atingiu seu objetivo.

“Já causamos um impacto, só que o movimento vai continuar. Nós iremos mostrar que os operadores da segurança pública e todo o povo brasileiro estão insatisfeitos. Não concordamos e não aceitamos essa aberração que o Governo Federal está fazendo com o trabalhador do País”, pontuou Jorge Emílio.

A UPB no Espírito Santo disponibilizou dois ônibus e os profissionais capixabas saíram em caravana para Brasília. Eles participaram ativamente da manifestação que entrou para a história da segurança pública do País.

“Os policiais civis capixabas aposentados foram maioria na caravana que saiu de Vitória. Em Brasília, os aposentados mostraram ter consciência política e social. Entenderam que essa reforma é prejudicial para todos os policiais, ativos ou inativos e foram à luta. O Sindipol parabeniza os aposentados pela postura e disposição, mas lembra que outras batalhas estão por vir e toda categoria precisa se manifestar”, afirmou o presidente do Sindicato.

“Se nós ficarmos inertes e omissos seremos atropelados. É um massacre contra o trabalhador brasileiro essa proposta do Governo Federal”, alertou Jorge Emílio Leal.


Depois das “ameaças de morte” durante paralisação da Polícia Militar, secretário da Segurança do Espírito Santo aluga dois carros blindados

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O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, André de Albuquerque Garcia, acaba de alugar dois veículos blindados. Os veículos foram contratados junto à empresa Salute Locação e Empreendimentos Ltda, localizada na Ilha de Santa Maria, em Vitória.

Por mês, a locação sairá por  R$ 16.900,00. O valor global do contrato é de  R$ 202.800,00. A contratação dos veículos está dentro do Processo nº: 77026314/2017 e o contrato é de nº 006/2017-SESP, referente ao Pregão Eletrônico nº 007/2017, publicado no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (20/04).

Na publicação, o extrato de contrato informa que os veículos locados, “sem motorista”, possuem o nível de segurança III-A, previsto no Artigo 18 do Decreto 3.665, de 20 de novembro de 2000 (Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro). Por essas especificações, os veículos a serem utilizados pela Sesp suportam tiros de revólver, pistola e até submetralhadora.

No auge da crise da segurança pública, quando policiais militares capixabas ficaram aquartelados durante 22 dias no mês de fevereiro deste ano, o secretário André Garcia chegou a anunciar na imprensa que estaria sendo ameaçado de morte. As ameaças teriam se estendido a familiares do secretário.

No dia 19 de fevereiro, a Delegacia de Crimes Eletrônicos informou que iria investigar “as ameaças à integridade física sofridas pelo secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo, André Garcia, e seus familiares”. A investigação se daria por determinação do governador  Paulo Hartung (PMDB). Inclusive, Hartung comunicou as ameaças ao presidente da República, Michel Temer, por meio do ministro da Justiça, José Levi Mello do Amaral Júnior. O governador também solicitou o apoio da Polícia Federal nas investigações.

Na ocasião, a Sesp divulgou nota, informando que parentes do secretário André Garcia também estariam sendo ameaçadas através de redes sociais e telefone: “O Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, sociedade civil organizada e a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Espírito Santo foram informados da gravidade das ameaças e das tentativas de intimidação", dizia a nota.

Na mesma nota, a Sesp informou que “as ameaças têm ligação direta” com a paralisação dos policiais militares.” Mas até o momento a Polícia Civil não concluiu as investigações sobre as ameaças.

Nota do Blogueiro:

Todas as autoridades, sobretudo as que atuam no combate à criminalidade, precisam proteger a si e aos seus familiares – e, claro, à população em geral. O que pode ser questionado na opção do secretário André Garcia em locar dois veículos é o histórico do Espírito Santo no combate à violência.

Nos últimos sete anos o Espírito Santo registrou redução nos indicadores de violência letal, fruto de uma política de segurança pública implementada pelo ex-governador Renato Casagrande – que teve prosseguimento, em parte,  na gestão do governador Paulo Hartung –, que incluiu a valorização das agências policiais.

Após a crise da segurança pública, com o motim dos policiais militares, houve uma explosão de assassinatos no Estado – foram mais de 200 nos 22 dias do aquartelamento.

Ficam, então, algumas indagações: será que a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social também vai comprar carros blindados para transportar a população capixaba? Se a maior autoridade de segurança pública do Estado, que é o secretário André Garcia – responsável pelas políticas implementadas pelas Polícias Civil e Militar –, não confia nas suas próprias polícias, algo está errado.

O secretário André Garcia não é  a única vítima do desastroso processo de negociação entre o governo do Estado e os policiais militares. A população do Espírito Santo até hoje ainda não acordou do pesadelo,  porque, na verdade, pouca coisa mudou entre os 22 dias de aquartelamento e os dias atuais.



“NUNCA FUI TÃO HUMILHADO”, DIZ WESLEY MIRANDOLA BRISÃO: Policiais militares são acusados de agredir policial civil na Terceira Ponte por causa de 45 centavos

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Os policiais militares Tiago Gomes de Oliveira e Marcus Vinicius Cordeiro de Castro, lotados na da unidade do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) localizada na Praça do Pedágio da Terceira Ponte, no bairro Santa Helena, em Vitória, estão sendo acusados de agredir o agente de Polícia Civil Wesley Mirandola Brisão por  causa de 45 centavos.

Eram 8h30 de quinta-feira (20/04). Wesley havia saído de casa, em Itapoã, Vila Velha, para se deslocar à Chefatura de Polícia Civil, na Reta da Penha, em Vitória, onde trabalha. Quando chegou à Praça do Pedágio, já na capital capixaba, percebeu que havia saído de casa somente com a Carteira Funcional e a carteira comum, contendo documentos pessoais, cartões de crédito e talão de cheques. Estava sem dinheiro em espécie.

A atendente do caixa mandou Wesley entrar na contramão e retornar para Vila Velha, fazendo de novo todo o trajeto da pela Terceira Ponte, impedindo que o agente de Polícia passasse pela cancela.

Wesley ponderou, dizendo que, ao retornar para casa, no final do dia, pagaria o valor de 45 centavos. A funcionária da Rodosol não aceitou. A Rodosol, concessionária que administra a Terceira Ponte, não aceita pagamento feito por cartões de crédito e nem de débito – apenas dinheiro em espécie.

Foi aí que surgiram os dois policiais militares dizendo que, se Wesley Brisão entrasse na contramão, seria multado. Ao mesmo tempo, os soldados Tiago Gomes de Oliveira e Marcus Vinicius Cordeiro de Castro mandaram o policial civil Wesley passar pela cancela do pedágio sem pagar, em vez de retornar para Vila Velha, para que pudesse ficar caracterizado o crime de evasão, conforme o Código Nacional de Trânsito. Assim, Wesley seria multado por evasão – uma multa de R$ 80,00.

Wesley disse que iria telefonar para um amigo, o advogado Vinicyus Loss Dias da Silva, para saber o que fazer. Ao fazer a ligação de seu celular para o advogado, o agente de Polícia Civil foi surpreendido pelos policiais, que o jogaram ao chão.

Depois de pisarem  no rosto de  Wesley, jogando-o contra o chão, os policiais o algemaram. Mais tarde, o colocaram numa viatura e o levaram para a 1ª Delegacia Regional de Vitória, no bairro Horto.

O delegado-plantonista Guilherme Sodré Barbosa encaminhou o agente de Polícia Wesley para exame de corpo delito no Departamento Médico Legal. De acordo com laudo assinado pelo médico-legista Wanderson de Souza Lugão, os exames constataram que Wesley sofreu escoriações na região malar esquerda e escoriações na face posterior do punho direito, no dorso da mão direita e no punho esquerdo.

O Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol) e a Associação dos Agentes de Polícia Civil do Estado (Agenpol) acompanharam o drama de Wesley Brisão e lamentam a agressão sofrida pelo policial. Os Departamentos Jurídicos das duas entidades vão denunciar os dois policiais à Corregedoria Geral da Polícia Militar e vão entrar com ação indenizatória contra o Estado e contra os dois policiais.

“Esse tipo de abordagem abusiva deve ser combatida. Agindo dessa forma (agressiva), esses dois policiais não representam a PM. Maior do que a dor das agressões físicas, foi a humilhação que passei. Fui jogado ao chão, todo mundo que passava pelo pedágio da Terceira Ponte parava seus carros para me ver, olhava em minha cara, enquanto eu era agredido covardemente”, lamentou Wesley Brisão.

Ele disse que preferiu não se identificar como policial civil para os soldados Tiago Gomes de Oliveira e Marcus Vinicius Cordeiro de Castro porque queria resolver a situação como cidadão comum.

Soldados alegam em depoimento que jogaram policial civil no chão porque ele "resistiu"

Em depoimento ao delegado-plantonista Guilherme Sodré Barbosa, na Delegacia Regional de Vitória, os soldados Tiago Gomes de Oliveira e Marcus Vinicius Cordeiro de Castro deram a mesma versão. Disseram que o motociclista Wesley Mirandola Brisão em momento algum se identificou como policial civil e que falava ao celular “o tempo todo, ignorando nossa ordem”, que era a de entregar os documentos pessoas e da moto.

Os dois soldados alegaram que jogaram Wesley ao chão porque suspeitavam que ele estava armado. De fato, Wesley estava com uma pistola ponto 40, pertencente à Polícia Civil e que é uma de suas ferramentas de trabalho. Os dois soldados disseram que viram “um volume na cintura” de Wesley. Como o policial Wesley “resistiu”, foi jogado ao chão, algemado e preso.

Ao verificar os documentos de Wesley, os dois soldados disseram que ficaram surpresos, por  descobrir que se trava de “um policial civil.”

Sindipol lamenta agressões ao policial civil Wesley

Mesmo depois de descobrirem que Wesley é policial civil, os soldados Tiago Gomes de Oliveira e Marcus Vinicius Cordeiro de Castro o mantiveram algemados na sede da unidade do BPTran. Wesley ainda tentou ponderar, alegando que, já que sua identificação havia sido descoberta, não havia mais necessidade das algemas. Os policiais telefonaram para um superior e mantiveram as algemas, que somente foram retiradas com a chegada de um advogado amigo de Wesley.

O presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal, lamentou o episódio. Para ele, os operadores de segurança pública devem respeitar sempre os direitos de todas as pessoas, cumprindo, fielmente, o que diz a Constituição Federal:

“O cidadão Wesley foi agredido física e  verbalmente. Sofreu uma grande humilhação por parte de agentes do Estado. Não podemos aceitar agressões a nenhum cidadão. Acredito que deve ser preservado o respeito entre os operadores da segurança pública de todas as co-irmãs, assim como deve ser garantida a integridade física de qualquer cidadão nas abordagens policiais. Tudo que aconteceu com o Wesley é muito triste. O Sindipol não vai deixar por isso mesmo; vamos à Justiça contra essa agressão”, afirmou Jorge Emílio.

“Nunca fui tão humilhado”

“Parei no guichê para fazer o pagamento quando percebi que estava sem dinheiro. Avisei à funcionária da Rodosol que estava sem dinheiro. Ela pediu para esperar e chamou outro funcionário  que, em alguns minutos, chegou e pediu para que todos os motociclistas da fila do pedágio fossem para a fila do outro guichê. Quando a pista estava liberada, esse mesmo funcionário me pediu para retornar, pois, sem dinheiro, eu não podia passar, que era determinação da empresa. Eu disse para ele que retornar não tinha, porque eu precisava ir trabalhar e já estava atrasado. Esse mesmo funcionário passou um rádio dizendo que eu não retornaria e logo os PMs chegaram. Os PMs falaram para eu voltar ou evadir do pedágio. E disse que se eu evadisse, seria multado. Fiquei na dúvida de como proceder e liguei para o advogado Vinicyus (Loss Dias da Silva) para pedir um conselho. No momento em que estava no telefone com o advogado fui abordado com truculência e jogado ao chão. Os policiais me algemaram e piram no meu rosto. Nesse mesmo tempo informei que era policial e que tirassem a algemas. Eles continuaram com a agressão. Me levaram para a guarita da unidade de Trânsito  que fica próximo, me conduzindo como um bandido. Na guarita, eles confirmaram que realmente eu era um policial e mesmo assim me mantiveram algemado. O doutor Vinicyus, quando ao telefone, percebeu que algo havia acontecido e imaginou que eu estaria detido. Para minha surpresa  e a dos PMs, ele foi lá e me encontrou algemado. Foi quando ele pediu que retirassem as algemas e os policiais atenderam a sua solicitação. Ao todo foram 40 minutos algemados dentro da guarita, entrando e saindo gente a todo tempo. Nunca fui tão humilhado. O mais importante desse relato foi o fato de eu ter sido vítima de uma abordagem truculenta que não corresponde a uma abordagem policial. Foi o fato de me algemarem sem necessidade, e o fato de me manterem algemado por 40 minutos no guichê. E também o fato de eu simplesmente ter sido preso por não ter 45 centavos para pagar o pedágio. Isso aí foi o pior disso tudo.”(Depoimento do agente de Polícia Civil Wesley Mirandola Brisão, preso e agredido por policiais militares por causa de 45 centavos). 


Nota do Blogueiro:

O que não dá para entender é o seguinte: um delegado de Polícia Civil tem de acreditar no que lê em um Boletim de Ocorrência? Ele não pode colocar em dúvida o que está relatado por policiais?

Se o delegado plantonista Guilherme Sodré Barbosa fez o agente de Polícia Wesley assinar um Termo Circunstanciado, o que torna o policial já em réu perante o Juizado Especial Criminal, é sinal de que qualquer cidadão abordado na rua por policiais é potencial bandido. Um delegado-plantonista não tem instrumento de investigação ou não tem poder discricionário?

ENVOLVIDOS ASSINARAM TERMO DE DECLARAÇÃO E NÃO CIRCUNSTANCIADO: Delegado Guilherme Sodré Barbosa agiu corretamente na ocorrência envolvendo PMs e agente de Polícia Civil na Terceira Ponte

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Diferente do que o Blog do Elimar Côrtes informou na reportagem abaixo, que já está, inclusive, atualizada  (Policiais militares são acusados de agredir policial civil na Terceira Ponte por causa de 45 centavos), postada na noite de sexta-feira (21/2), o delegado-plantonista Guilherme Sodré Barbosa, da Delegacia Regional de Vitória, não produziu nenhum Termo Circunstanciado em desfavor do policial civil Wesley Mirandola Brisão. Na verdade, o delegado agiu corretamente com a ocorrência e determinou que todos os envolvidos assinassem um Termo de Declaração (Oitiva).

A partir de agora, cópias dos depoimentos colhidos nos autos dos Termos Declaração serão encaminhados às Corregedorias das Polícias Militar e Civil para a devida apuração dos fatos. A ocorrência envolveu também os soldados Tiago Gomes de Oliveira e Marcus Vinicius Cordeiro de Castro, lotados na da unidade do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) localizada na Praça do Pedágio da Terceira Ponte.

O delegado Guilherme Sodré Barbosa foi, inclusive, elegante e bastante profissional com todas as partes envolvidos na ocorrência.

"NÃO PODEMOS ABRIR MÃOS DOS 35 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO", DIZ TENENTE-CORONEL ROGÉRIO: Presidente do Clube dos Oficiais vai a Brasília lutar contra mudanças na Previdência

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O presidente da Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Espírito Santo (Assomes/Clube dos Oficiais), tenente-coronel Rogério Fernandes Lima, vai estar em Brasília esta semana para discutir com outras lideranças nacionais dos militares, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287/2016) relativa à Reforma da Previdência. De acordo com o tenente-coronel Rogério, os militares – que pelo menos neste primeiro momento não estão incluídos na reforma proposta pelo governo federal – lutam para não perder os direitos conquistados.

“Atualmente, os militares estaduais contribuem por 35 anos com a Previdência. Nossa intenção é ficar de fora da reforma previdenciária e lutarmos para a nossa aposentadoria permanecer com os mesmos 35 anos de contribuição. Não podemos abrir mãos dos 35 anos de contribuição”, afirmou o presidente do Clube dos Oficiais, para quem a luta em favor dos direitos conquistados não significa privilégios:

“Não queremos privilégios, mas um tratamento digno na aposentadoria, até por conta dos riscos da profissão. O fato é que se entra muito jovem na carreira militar e, com esse tempo de contribuição, o profissional acaba indo para a Reserva Remunerada mais cedo. Vale ressaltar que um militar, embora na reserva, pode voltar a qualquer momento à ativa, caso seja convocado pelo Governador do Estado”.

Desde que o governo enviou a PEC 287/2016 à Câmara dos Deputados, o presidente do Clube dos Oficiais tem ido a Brasília participar de reuniões com outras entidades de classe e com os parlamentares. O tenente-coronel Rogério tem mostrado a todos os riscos que a sociedade poderá enfrentar caso tenha um policial se aposentando com idade avançada, conforme quer o governo do presidente Michel Temer:

“É preciso entender que a sobrecarga emocional dos policiais durante o tempo de serviço é muito grande. Esse desgaste pode levar a uma fragilidade na saúde e ao desenvolvimento de diversas doenças”, alerta o tenente-coronel Rogério, que viaja terça-feira (25/04) para Brasília, junto com o vice-presidente do Clube dos Oficiais, tenente-coronel Roger de Oliveira Almeida.

O relator na Comissão Especial da PEC 287/2016, deputado Arthur Maia (PPS/BA), já fez algumas alterações no texto da Reforma da Previdência. No que se referente aos militares estaduais, foram acolhidas as emendas propostas e defendidas pela categoria. São emendas apresentadas pelos deputados Major Olímpio (SP) e Subtenente Gonzaga (MG). As emendas retiram qualquer remissão das novas regras aos militares no texto da PEC, bem como preserva a possibilidade de atualmente e no futuro haver unidade gestora nos entes federados (Estados, Distrito Federal e União) só para militares, como deve ser, ou seja,  distinto dos demais servidores públicos.

Nesta segunda-feira, o tenente-coronel Aquino estará em  Brasília participando de reunião com dirigentes da  Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), O texto da PEC, quanto aos militares, está de forma que distinguisse os militares de qualquer outro agente público no Brasil, retirando qualquer dúvida ou entendimento futuro quanto a condição diferenciada dos militares, com garantias próprias na passagem para a reserva ou reforma, bem como, quanto as pensões.

“Todos os militares estaduais e do Distrito Federal continuam vigilantes e mobilizados acompanhando para que não haja mudança, no sentido de defender a aprovação do texto da PEC como está (a respeito dos Militares) tanto na comissão que será votada nas próximas semanas (provavelmente a partir do dia 02 de maio), após no Plenário da Câmara dos Deputados e finalmente no Senado Federal”, disse o presidente da Feneme, coronel Marlon Jorge Teza.

Associação Nacional das Mulheres Policiais diz que governo usa a Reforma da Previdência para “aniquilar” as Forças de Investigação da Segurança Pública e está promovendo o “holocausto” das policias brasileiras

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A Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil (AMPOL), que integra representantes das policiais femininas da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civis, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, divulgou  Nota de Repúdio ao relatório da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 287/2016) da Reforma da Previdência, elaborado pelo deputado federal Arthur Maia (PPS/BA).

Na nota de Repúdio, assinada pela presidente da AMPOL e coordenadora Parlamentar da União dos Policiais do Brasil (UPB), Creusa Camelier, a entidade afirma que o relatório da PEC 287/2016, apresentado na Comissão Especial, “só confirma que o Governo (Federal) está usando a Reforma da Previdência Social para aniquilar as Forças de Investigação da Segurança Pública que combate os crimes de corrupção, garante a ordem pública, protege a sociedade das atrocidades das organizações criminosas e de todas as modalidades de crimes!”

Como se isso não bastasse, salienta a Nota, “o texto do Relatório da PEC 287 termina, também, por acabar com o futuro dos filhos dos nossos policiais quando esses policias têm suas vidas ceifadas, mesmo no cumprimento do dever! Tirando dos filhos qualquer possibilidade de uma vida digna e respeitada, empurrando-os para a miséria, com apenas 10% do salário do provedor falecido, destinando tal futuro, de igual modo, a todos as crianças órfãs do Brasil!”

De acordo com a presidente da AMPOL, Creusa Camelier, o relator da PEC 287/2016, deputado Arthur Maia, apresentou a sua proposta “sem o zelo constitucional que a matéria previdenciária requer, sendo que este texto irá modificar o modo de vida do cidadão. As mulheres policiais tiveram o tempo de serviço policial abruptamente majorado em 10 anos e imposição de requisito de idade, e sem direito a regras de transição, sendo que a regra atual é de 25 anos com exigência de 15 anos estritamente policial. Todas as categorias de trabalhadores em todas as reformas previdenciárias concretizadas até hoje tiveram uma proporcionalidade na transição, e isto é condição absoluta para sua validade, nos termos exatos da jurisprudência e do direito.”

Ainda segundo a Nota de Repúdio, o relator da Reforma da Previdência ignora que as mulheres policiais lutaram 13 anos pela regulamentação de sua aposentadoria policial, desde 2001 até 2014, quando foi sancionada a LC 144/2014, “estritamente dentro dos moldes dos direitos trabalhistas, reconhecidos mundialmente pela Organização Internacional do Trabalho – OIT”. Frisa que as policiais mulheres, “como o homem, submetem-se diuturnamente a situações de perigo iminente.”

Para as mulheres policiais brasileiras, o relatório aponta que o governo “está promovendo o holocausto das Forças da Segurança Pública do Brasil, está reduzindo os servidores policiais a meros burocratas da engrenagem  previdenciária”. E afirma: a reforma “arranca das mãos as armas, despindo de  seus corpos os coletes e os uniformes de operações policiais, ao retirar da Constituição a sua identidade profissional, que é o exercício de atividades de risco!”

Para a Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil, o relatório da PEC 287/2016  ignora que “não se pode dar segurança jurídica, segurança social, segurança econômica, se não tiver a segurança da ordem pública promovida pelas corporações policiais, resultando numa afronta ao Pacto de São José da Costa Rica que valora a dignidade da pessoa humana, subscrito pelo Brasil”.

E finaliza: “Portanto, nós, mulheres policiais de todo o Brasil, nos colocamos em estado de luto pela ameaça da perda dos nossos direitos constitucionais, ao tempo em que solicitamos e esperamos a compreensão e a reavaliação do relator, deputado Arthur Maia, dos líderes partidários da Câmara dos Deputados, para que não se concretize mais uma INJUSTIÇA a uma categoria tão sacrificada quanto à dos servidores policiais, não devendo constar no Relatório a ser lido e aprovado na Comissão Especial que ora analisa a PEC 287/2016, semelhante atentado ao Direito e à Justiça!”

FOCATE PUBLICA NOTA DE REPÚDIO ÀS DECLARAÇÕES DO PROFESSOR FLÁVIO: Vereador é acusado de tentar intimidar auditores fiscais no Espírito Santo

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O vereador Flavio Xavier Alberto (PRP), de Fundão, Região da Grande Vitória, está sendo acusado de intimidar Auditores Fiscais do Município. A informação é do Fórum das Carreiras Típicas de Estado do Espírito Santo (Focate), que, em nota, repudia declarações atribuídas ao vereador, que é conhecido como Professor Flávio.

Na nota, o Focate informa que, no dia 18 deste mês, quatro auditores fiscais de Fundão, “mais uma vez”, foram alvo de acusações feitas por meio da rede social Facebook pelo vereador Professor Flávio. Na postagem, que foi retirada do ar, Professor Flávio acusa os auditores fiscais de “extorsão”:

“...E para piorar (auditores fiscais) foram  a casa da minha mãe agora à noite, gritando com a mesma pedindo que ela assinasse alguma coisa em relação a uma associação chamada Amigos de Praia Grande. Além de extorquirem o município respaldados por uma Lei irresponsável, eles agora também gritam com idosos. Um grupo de amigos que se reúne e não mede esforços para fazer o dia das crianças do Bairro Direção, esse mesmo grupo também realiza um bloco de carnaval nesse mesmo bairro. Festas feitas com doações de populares e patrocinadas pela própria população através de compra de abadás. Quero informar a população do Bairro Direção que esses 4 servidores, através desse documento que quase obrigaram a  minha mãe assinar, querem acabar com o dia das crianças e com o bloco do Bairro. Eles querem autuar e multar os voluntários que realizam as festas e o time Amigos da Praia. Auditores de Fundão, uma vergonha!!!! E prepararem o bolso que a fome dos caras é grande.”

Para o Focate, as afirmações “inverídicas,  caluniosas e difamatórias” do vereador Flávio são em represália ao fato dos auditores fiscais estarem, cumprindo sua obrigação legal em notificar contribuintes, iniciando procedimento de fiscalização tributária para apuração de eventual sonegação fiscal.

Leia a Nota de Repúdio do Focate.

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