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TRAFICANTES QUE EXPULSAM MORADORES DE SUAS CASAS TAMBÉM SÃO ALVO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA: CPI da Grilagem vai investigar organizações criminosas que promovem apropriação de terrenos públicos e particulares no Espírito Santo

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Com o objetivo de investigar e descobrir as organizações criminosas envolvidas com invasão de terras, fraudes em cartórios, crimes contra administração pública, crime de estelionato, venda de terrenos sem registro em cartório, existência de irregularidades na comercialização de terrenos, imóveis e áreas públicas nos municípios capixabas e apropriação de terrenos públicos e particulares, a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo instalou, na sessão de terça-feira (06/12), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Grilagem de Terras.

Durante a reunião ficou decidido que o presidente da CPI será o deputado Euclério Sampaio (PDT), o vice Marcelo Santos (PMDB) e o relator Bruno Lamas (PSB). Os outros membros efetivos são Gilsinho Lopes (PR) e Hudson Leal (PTN). Os suplentes Da Vitória (PDT), Guerino Zanon (PMDB) e Freitas (PSB).

Os parlamentares ainda decidiram que dois procuradores da Assembleia Legislativa deverão acompanhar os trabalhos do colegiado, pedir à Defensoria Pública Estadual (DPES) para enviar representantes para as reuniões da CPI e oficiar o Tribunal de Justiça (TJES) com pedido de informações sobre processos de grilagem de terras no Estado.

As reuniões da CPI da Grilagem acontecerão todas as quartas-feiras, a partir das 12 horas, no plenário Rui Barbosa. A primeira reunião ordinária do novo colegiado ocorre nesta quinta-feira (08/12) e terá cobertura da TV e Web Ales.

“O Ato nº 3.657/2016 da Mesa Diretora da Ales que criou a CPI da Grilagem nos permitirá desvendar as quadrilhas que estão por trás dessas irregularidades em todo o Estado. Vamos mexer numa casa de marimbondos, mas é preciso agir. Milhares de pessoas inocentes são alvo dessas organizações criminosas sem que o Poder Público tome providências. Vejam o caso dos traficantes, que expulsam moradores de suas casas e tomam os imóveis. Cadê o Poder Público para evitar e punir esse tipo de situação? Vamos também investigar essas ações criminosas na periferia da Grande Vitória”, garantiu o deputado Euclério Sampaio.

Delegado da Lava Jato faz palestra em Vitória no Dia Internacional de Combate à Corrupção

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Um dos coordenadores da Operação Lava Jato, o delegado de Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo estará em Vitória na sexta-feira (09/12) para participar do Seminário ‘Compliance’ e o combate à Corrupção, promovido pela Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont) e pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC/ES). O seminário acontecerá na sede do CRC, em Bento Ferreira, a partir das 8h30.

Um dos responsáveis pela investigação que deu origem à Operação Lava Jato, o delegado Márcio Anselmo lançou recentemente um livro em que aborda o uso da colaboração premiada nas investigações criminais. O livro se chama “Colaboração Premiada – o novo paradigma do processo penal brasileiro” e tem prefácio do juiz federal Sérgio Moro, que preside os processos da Lava Jato em primeira instância, em Curitiba. Ele é responsável por boa parte das mais de 30 operações deflagradas pela Lava Jato, desde março de 2014.

Em sua palestra sexta-feira, Márcio Anselmo vai falar de sua experiência na repressão a crimes contra o Sistema Financeiro Lavagem de Dinheiro e relatará como tem sido sua atuação na Lava Jato. Ele foi convidado para participar do seminário pelo secretário Estadual de Controle e Transparência, Eugênio Ricas, que também é delegado de Polícia Federal.

O seminário faz parte das atividades da Secont para marcar o Dia Internacional de Combate à Corrupção, que é sempre em 9 de dezembro. O objetivo do evento é reunir servidores públicos, contadores e demais profissionais, além de empresários, autoridades políticas e estudantes para refletir e discutir sobre as ações de combate e prevenção à corrupção.

Além do delegado federal Márcio Anselmo, o seminário terá palestra também de Paulo Henrique Wanick Mattos, mestre em Administração de Empresas pelo College of Business da Ohio University/USA e Especialista em Finanças Empresarias pela FGV.  Após cada palestra, será iniciada uma mesa-redonda para debater o tema.

Os palestrantes

Márcio Adriano Anselmoé Doutor em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Mestre em Direito Internacional Econômico pela Universidade Católica de Brasília e especialista em Ciência Policial e Investigação Criminal pela Coordenação de Altos Estudos em Segurança Pública - CAESP/ANP. Atualmente é Delegado de Polícia Federal - Departamento de Polícia Federal, com atuação na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e líder do grupo de pesquisa O crime organizado e atividade financeira ilícita transnacional na Escola Superior de Polícia. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Penal, Processo Penal e Internacional, atuando principalmente nos seguintes temas: segurança internacional, cooperação jurídica internacional, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.

Paulo Wanick é Graduado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis, pós-graduado em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas/RJ e com mestrado - MBA pelo College of Business da Ohio University/USA. Atualmente é CFO e Head de Riscos & Compliance da ArcelorMittal Brasil, no segmento de Aços Planos. Presidente da FUNSSEST - Fundação de Seguridade Social da ArcelorMittal Brasil. Diretor Financeiro voluntário e membro do Conselho Diretor da ONG Instituto Terra, atuante na área de sustentabilidade no Vale do Rio Doce. Ex-Diretor de Controladoria da Associação Nacional dos Executivos e Finanças, Administração e Contabilidade – ANEFAC e Diretor Técnico do Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros – IBEF/ES.

Dia de Combate à Corrupção

O dia 09 de dezembro foi escolhido pelas Nações Unidas como o Dia Internacional de Combate à Corrupção. Em 2003, nesta data, 101 países, incluindo o Brasil, assinaram a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, após o Encontro que discutiu o tema na cidade mexicana de Mérida. No Espírito Santo, a data também é celebrada desde 2005, quando entrou em vigor a Lei nº 8.070, sancionada pelo governador Paulo Hartung em seu primeiro mandato, que instituiu 09 de dezembro como o Dia Estadual Contra a Corrupção.

(Com informações também do Portal da Secont)


Novo superintendente Regional da Polícia Federal anuncia os três eixos principais para combater corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos no Espírito Santo

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O novo superintendente Regional da Polícia Federal no Espírito Santo, o delegado gaúcho Ildo Gasparetto, anunciou em entrevista ao Blog do Elimar Côrtes os três eixos com que pretende marcar sua gestão em solo capixaba: Integração, Inteligência e Corregedoria forte. Além dos três eixos, ele quer também abrir as portas da Polícia Federal para a sociedade capixaba, aumentando a interação entre a instituição e o povo.

Com 54 anos de idades, 20 dedicados à Polícia Federal, o colorado Gasparetto tem uma larga experiência, sobretudo, no combate às organizações criminosas e à lavagem de dinheiro (crimes financeiros). É esta experiência operacional que ele está trazendo para o Espírito Santo.

Embora tenha tomado posse há menos de três meses – foi no dia 21 de setembro –, Gasparetto conhece todos os setores e detalhes da sede da SRPF no Estado, localizada no bairro São Torquato – na antiga Estrada Velha da Vale, ainda do lado de Vila Velha. Nesse período, já se reuniu com todas as equipes e também com membros do Ministério Público Federal, com quem traçou estratégia de combate ao crime organizado. Nessas reuniões, tem deixado claro sua linha de atuação:

“Nossa meta é a integração comtodos os demaisórgãos de segurança e do sistema de Justiça. Esse é um dos eixos da gestão. Outro eixo é trabalhar ainda mais com os setores de Inteligência da própria Polícia Federal e das demais instituições, como a Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Ministérios Públicos Federal e Estadual e todo o Judiciário. É preciso estarmos sempre trocando informações com os demais órgãos. O terceiroeixo é termos uma Corregedoria Geral da Polícia Federal cada vez mais forte e atuante. Penso que o pior bandido é aquele que usa arma e distintivo para praticar crimes”, disse Ildo Gasparetto.

Sobre este último tópico, ele explica: “Não há nenhuma suspeita sobre nossos policiais. O que estou querendo dizer é que devemos fechar o cerco ao crime organizado, que se utiliza da desorganização das instituiçõese de todo um sistema para praticar seus crimes. Por outro lado, temos que ficar de olhos abertos para evitar contaminação. Por isso defendo integração tambémmaior e mais forte comoutras agências, buscando a troca de informações e a confiança mútua”.

Segundo Gasparetto, é importante reconhecer que todos os órgãos públicos têm suas deficiências, que, no entanto, podem ser vencidas com trabalho em conjunto. Neste ponto, ele apresenta um dos motivos para ter ao seu lado, como delegado-executivo na Superintendência, Luciano Flores de Lima, que até julho deste ano integrava a Força Tarefa responsável pela Operação Lava Jato, que investiga os escândalos do Petrolão.

Luciano Flores foi o delegado federal responsável por interrogar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o cumprimento do mandado de condução coercitiva, no dia 4 de março deste ano,  no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Foi a Operação Aletheia, a 24ª fase da Lava-Jato.

“O doutor Luciano Flores tem muita experiência nas investigações de crimes relativos à lavagem de dinheiro, corrupção, desvio de recursos públicos. Teve uma atuação muito importante na Lava Jato,assim como todos os colegas”, afirmou Gasparetto.

No contexto de fortalecer todos os setores da Superintendência Regional, o novo chefe manterá o delegado Álvaro Rogério Duboc Fajardo como corregedor-geral da Polícia Federal no Estado. “O doutor Álvaro é um profissional que conhece tudo na Polícia Federal. Com seu trabalho,ele vai apontar às equipes as prioridades nas investigações,sem abandonar as informações trazidas pela sociedade”.

Ao manter o delegado Álvaro Duboc à frente da Corregedoria, o delegado Ildo Gasparetto salienta que um dos objetivos é proporcionar um trabalho emconjunto com o Núcleo de Inteligência da Polícia Federal no Estado:

“Umdos papéis da Corregedoriaé acompanhar as investigações para surtir resultados práticos e positivos para a sociedade. A Corregedoria tem a missão de fazer o controle interno e de ajudar na melhoria da gestão da atividade dePolíciaJudiciária.”

Sendo assim, prossegue o delegado Ildo Gasparetto, “isso significa que a Corregedoria daráatenção aquelas investigações que são mais importantes para a sociedade, sem deixar de lado o que é trazido pela população”.

O novo superintendente Regional da Polícia Federal acredita também que, num Inquérito Policial, a descapitalização das organizações criminosas é fundamental para impedir o avanço das práticas delituosas. “Para o Estado, é importante recuperar aquilo (dinheiro) que foi desviado e ou roubado”.

Ildo Gasrapetto frisa que, mesmo diante da crise financeira que o País atravessa, a União manteve intacto o orçamento do Departamento Geral de Polícia Federal para 2017. Com os recursos financeiros e materiais que possui, a PF no Estado tem condições de eleger suas prioridades:

“Já estamos priorizando o combate aos crimes de lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, corrupção. Estamos combatendo tudo aquilo que traz prejuízo para a sociedade e para a União.”

Para Gasparetto, o sucesso das grandes operações da Polícia Federal – e, em especial a Lava Jato –, se deve a todos os servidores da instituição: “As equipes são formadas por diversos profissionais, e não apenas delegados. O sucesso se deve, portanto, também aos agentes, escrivães,peritos papiloscópicos e criminais. A participação dos peritos contábeis nas investigações é fundamental. A Lava Jato, por exemplo, conta com a presença, em Curitiba, de diversos profissionais de outras regiões do Brasil, inclusive daqui do Espírito Santo”, revela Gasparetto.

Ele quer ainda fazer com que a Polícia Federal no Espírito Santo passe a interagir com a população. Para isso, conta com o apoio do Setor de Comunicação da PF, para agendamento de reuniões e encontros com lideranças comunitárias e todos os seguimentos da sociedade civil organizada.

“Temos que ouvir sempre os anseios da população. Mesmo que uma notícia de fato não resulte em abertura de inquérito, precisamos dar retorno e satisfação às demandas que nos são apresentadas”, explicou Ildo Gasparetto.

Dez anos depois, delegado federal revela bastidores da operação policial que evitou roubo milionário a bancos no Rio Grande do Sul

Uma das mais importantesações que o delegado Ildo Gasparetto participou foi a Operação Facção Toupeira, realizada em 2006, em Porto Alegre. As histórias em torno da operação têm cenas idênticas a de filmes hollywoodianos.

Gasparetto chefiou a “Operação Toupeira”, em que a PF prendeu mais de 40 pessoas acusadas de planejar roubar dinheiro de cofres de dois bancos na capital gaúcha, depois de escavar um túnel de 180 metros. O mesmo grupo havia participado do roubo milionário à sede do Banco Central, em Fortaleza, e planejava repetir a ousadia criminosa em outras regiões do Brasil.

Dez anos depois, Gasparetto recorda de diversos detalhes das investigações e da conclusão da operação que evitou o furto ao Banrisul e a Caixa Econômica. O furto na capital gaúcha seria realizado no início de setembro de 2006. Esse mesmo bando, um ano antes, invadiu os cofres do Banco Central, na capital cearense, e roubou mais de R$ 164 milhões.

Ildo Gasparetto relata que foi alertado por um colega, durante Curso Especial de Polícia, em Brasília, que havia suspeita de que integrantes da gangue que agiu em Fortaleza estariam se deslocando para o Sul do País a fim de planejar outra ação criminosa.

Nesta época, em 2006, Gasparetto era o chefe da Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DRCOR) da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul. Ele montou uma equipe começou a investigar o grupo.

“A vigilância feita pela PF no Rio Grande do Sul foi bastante minuciosa. Nossa Inteligência descobriu que a quadrilha comprou por R$ 1,2 milhão um prédio desativado do INSS, na esquina da Rua Caldas Júnior com a Avenida Mauá. A compra foi feita com dinheiro do roubo em Fortaleza. Da estrutura de oito andares desse prédio, eles fizeram um túnel de cerca de 180 metros, que sairia na agência central do Banrisul, com uma ramificação para a Caixa Econômica Federal, ambas localizadas a menos de 100 metros da base do bando”, recorda o novo chefe da PF no Espírito Santo.

“O curioso é que, à medida que as pessoas chegavam, elas só entravam no prédio; nunca saíam. Somente pela manhã saía um homem, que ia à padaria e voltava logo em seguida com embrulhos com mais de 100 pães. Rotina que ele mantinha todos os dias bem cedo. As refeições eram feitas em outra residência e levadas de carro até a porta do prédio”, completa o delegado Gasparetto.

Segundo ele, sem que os bandidos percebessem, a Polícia Federal instalou uma espécie de quartel general na mesma rua do prédio até então desativado, onde montou uma forte estrutura de Inteligência que, com autorização judicial, pôde fotografar, filmar e gravar os passos dos membros da quadrilha em Porto Alegre e em outros estados brasileiros.

A investigação durou três meses, até que no dia 1º de setembro de 2006 a Federal deu o bote na gangue. Enquanto escavam o túnel, os criminosos tentaram passar a imagem de que no prédio estava ocorrendo uma reforma. Tanto que eles contavam com uniformes compostos por macacões azuis e capacetes amarelos.

De acordo com o delegado federal Ildo Gasparetto, em 15 de agosto de 2006, a PF apresentou à Justiça Federal o pedido de prisão preventiva de 56 pessoas listadas em uma representação que reunia 70 páginas de provas. A ação contra o Banco Central havia gerado ramificações em outros 10 estados e outros crimes estavam prestes a ocorrer, segundo sustentavam os policiais.

Com o aval da Justiça concedido, a PF poderia não só prender os ladrões, como sequestrar bens e quebrar o sigilo bancário de parte dos investigados, requisições essas também aprovadas pelo judiciário. Faltava então decidir uma data para a ação, que deveria ser simultânea em todos os pontos.

O trabalho da quadrilha no prédio foi tão articulado e planejado que quem estava dentro dera proibido de deixar o imóvel. No entanto, durante vigília feita pela Polícia Federal, verificou-se que, numa determinada noite, um dos criminosos saiu do prédio para dar uma namorada:

“Esse sujeito desceu através de uma teresa (corda feita de lençol). Ganhou às ruas e foi seguido por nossos agentes da Inteligência. Ele foi parar numa casa de prostituição, onde se divertiu, e pela manhã,antes do sol clarear, retornou ao prédio: subiu até o seu andar pela mesma teresa”, recorda Ildo Gasparetto.

A deflagração da Operação Facção Toupeira aconteceu no dia 1.º de setembro. Logo cedo, um caminhão transportou agentes do Comando de Operações Táticas (COT) da PF e parou em frente ao prédio, aguardando o sinal do delegado Gasparetto. Os criminosos não perceberam que dentro do veículo estavam escondidos os agentes, prontos para entrar em ação.

“Neste intervalo, o homem saiu do prédio para novamente ir à padaria e comprar os pães.Só que ele não voltou – posteriormente, ele foi preso também. Percebendo que o cúmplice não voltaria, o bando mandou outro bandido ir à padaria. Quando este voltou com os embrulhos de pães, nós demos o bote, invadimos o prédio e surpreendemos os criminosos. No imóvel havia armas, mas eles não tiveram como reagir. Nossa ação foi toda filmada e transmitida em tempo real para o gabinete do Diretor-Geral da Polícia Federal, que acompanhou todo o trabalho em Brasília”, orgulha-se o superintendente Ildo Gasparetto.

Um colorado que não teme a cor azul

Nascido na cidade gaúcha de Tuparendi, que fica na divisa com a Argentina e a 406 quilômetros de Porto Alegre, o delegado Ildo Gasparetto entrou na Polícia Federal em 1996. Sua primeira localização foi a Delegacia da PF de Santa Maria. De lá, subiupara a capital gaúcha, onde foi chefe da DRCOR (Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado) e ainda quebrou um paradigma: foi o primeiro delegado a tornar-se superintendente Regional no mesmo Estado em que nasceu: Rio Grande do Sul.

Até então, a Direção Geral da PF mantinha como política interna não permitir que o superintendente fosse do mesmo Estado onde seria o chefe maior da Federal. “Fiquei no cargo por quatro anos. Depois, atuei na Embaixada do Brasil em Buenos Aires, como adido-policial”, diz Gasparetto.

Na Argentina, ele ficou dois anos. Antes de assumir o cargo de chefe da PF no Espírito Santo, Ildo Gasparetto era o superintendente Regional da Polícia Federal no Estado do Pará, onde ficou dois anos e seis meses.

Ildo Gasparetto é torcedor fanático do Internacional. Não só ele, mas a esposa e os filhos. Um dos filhos, formado em Publicidade, trabalha no Departamento de Marketing do colorado gaúcho. Gasparetto foi membro do Conselho Deliberativo do Inter.

O futebol é algo tão forte para os gaúchos que o delegado Ildo Gasparetto, quando nomeado superintendente Regional da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, tomou posse no Centro de Eventos Beira-Rio, pertencente ao Internacional. Nesta foto, Gasparetto está ao lado do  então secretário de Segurança Pública d o Rio Grande do Sul, José Francisco Mallmann.

Só tem um detalhe: no dia em que concedeu esta entrevista – quarta-feira (07/12) – pela manhã, Ildo Gasparetto tomava, como de costume, seu chimarron e vestia uma camisa social azul, justamente a cor do Grêmio, que, no mesmo dia, se consagrou pentacampeão da Copa do Brasil ao empatar em 1 a 1 com o Atlético Mineiro, em Porto Alegre.

“A camisa quem escolhe é a esposa”, diz o novo chefe da Polícia Federal no Espírito Santo. “Mas o azul é uma cor bonita...”

Em casa, são elas que mandam...

Depois de mais um escândalo, Hartung deve nomear o delegado Fabiano Contarato para assumir a Secretária de Estado da Saúde para fazer uma limpeza na Pasta

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O delegado de Polícia Civil Fabiano Contarato, atual corregedor-geral do Estado do Espírito Santo, deverá ser anunciado nos próximos dias como novo secretário de Estado da Saúde.  Conhecido como “Xerife do Trânsito”, devido a sua intransigência com quem desobedece as normas do Código Nacional de Trânsito, Contarato é o nome preparado pelo governador  Paulo Hartung para dar um choque de ordem na Sesa, que mais uma vez se envolve em irregularidades na contratação de serviços.

Fabiano Contrato foi, por vários anos, titular da Delegacia Especializada de Trânsito onde teve seu trabalho reconhecido nacionalmente. No início deste terceiro mandato do governo Hartung, em 2015, ele assumiu a direção-geral do Detram. Deixou a órgão logo depois por motivo de saúde. Em abril deste ano, Fabiano Contarato foi designado para chefiar a Corregedoria Geral do Espírito Santo, que está vinculada à Secretaria Estadual de Controle e Transparência (Secont).

E é justamente a Secont que, segundo informa o jornal A Gazeta deste sábado (10/12), descobriu a existência de mais uma suspeita de corrupção na Secretaria de Saúde. Conforma o jornal, uma auditoria concluída pela Secont em 27 de julho deste ano, e classificada como sigilosa até julho de 2017, revela como funcionava um esquema irregular entre a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) e a empresa Alterna Telecomunicações.

O documento obtido com exclusividade pela Rede Gazeta mostra, segundo o jornal, “que a Sesa contratou um serviço de internet 150 vezes além do que realmente precisava.” A conclusão da auditoria motivou a Sesa a refazer o contrato em questão, em setembro deste ano, reduzindo seu valor de R$ R$ 4.834.345,32 para R$ 1.658.160,00 ao ano.

A ideia do governador Paulo Hartung é manter o atual secretário de Saúde, Ricardo de Oliveira, no governo. Considerado por Hartung um técnico competente, “mas sem experiência no controle para se evitar irregularidades na Sesa”, conforme uma fonte do Palácio Anchieta disse ao Blog do Elimar Côrtes, Ricardo de Oliveira poderá ser deslocado para o IPAJM. O problema é que o atual prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, também postula a presidência do IPAJM.

Indo para a Sesa, Fabiano Contarato continuaria contando com o apoio da estrutura da Secont, que é dirigida pelo delegado de Polícia Federal Eugênio Coutinho Ricas. Contarato teria liberdade para realizar uma verdadeira limpeza na Secretaria de Saúde, demitindo, inclusive, afilhados de políticos que são ligados ao governador Paulo Hartung.

De acordo com outra fonte, a situação na Sesa é tão crítica – há suspeitas de mais irregularidades – que um deputado estadual, ligado à área da Saúde, possui um dossiê completo com todas as irregularidades em contratos firmados pela Pasta nos últimos anos. Confrontado por colegas na Assembleia Legislativa, o deputado diz que “na hora certa eu solto todos os documentos.”

Militares estaduais de todo o Brasil vão a Brasília protestar contra perda de seus direitos com a reforma da Previdência

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Militares estaduais de todo o Brasil começam a chegar a Brasília nesta terça-feira (13/12) com a finalidade de se manifestar e acompanhar na Câmara dos Deputados a discussão em torno do Projeto de Lei da Reforma da Previdência. De Vitória, sairá um ônibus para levar praças e oficiais ao Distrito Federal. O ônibus vai sair às 7 horas de terça-feira, do portão central do Hospital da Polícia Militar (HPM), em Bento Ferreira.

Na tarde da última sexta-feira  (09/12), dirigentes da Associação dos Oficiais Militares do Estado do Espírito Santo (Assomes/Clube dos Oficiais) e das demais entidades representativas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (ASSES, ACS, ABMES e ASPOMIRES) se reuniram com os Comandos das Corporações para discutir sobre a reforma da Previdência e suas repercussões na carreira do militar estadual.

Os comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel BM Carlos Marcelo D’Isep Costa, e o comandante-geral em exercício da PM, coronel Ilton Borges, ouviram com atenção e falaram que provocarão o estudo e debate do tema. No entanto, os comandantes das duas maiores forças policiais do País, os coronéis  Marco Antônio Badaró Bianchini (PM de Minas) e Ricardo Gambaroni (PM de São Paulo), gravaram vídeo em que já se manifestaram totalmente contrários a mudanças que por venturam venham retirar direitos dos militares estaduais.

“A reforma da Previdência foi encaminhada ao Congresso Nacional e após ação do Conselho Nacional dos Comandantes Gerais (CNCG) e da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (FENEME) houve recuo na inclusão da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Não é o momento de relaxarmos, pois podem surgir emendas no texto principal que incluam os militares estaduais. Por isso haverá uma grande mobilização das entidades representativas em Brasília no dia 14 deste mês”, disse o presidente do Clube dos Oficiais/ES, major Rogério Fernandes Lima, que, nesta postagem, reproduz carta enviada à Rede Gazeta em que se manifesta a respeito de reportagem publicada recentemente pelo jornal a respeito dos militares e a reforma da Previdência

A entidade, segundo ele, está disponibilizando vagas para os oficiais que queiram participar da mobilização. “Devemos manter o foco e ficar vigilantes para não sermos surpreendidos, quer seja na esfera federal, quer seja na esfera estadual”, completou o major Rogério.

Na quarta-feira passada (07/12), o presidente do Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares (CNCG), coronel PMMG Bianchini, se reuniu com presidentes das entidades dos militares estaduais para tratar sobre Previdência. A reunião foi na sede do CNCG, em Brasília. Na ocasião o presidente do CNCG recebeu o apoio integral de todos em relação às posturas adotadas até o momento em defesa dos direitos dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Brasil.

Também foram definidas prioridades e estratégias para enfrentamento dos riscos que rondam os militares estaduais do Brasil, em especial, os decorrentes da proposta de reforma da Previdência.

À Rede Gazeta e a Editoria de Economia

"Inicialmente, apresento meu respeito e admiração pelo trabalho dessa Empresa, e nesse caso especificamente pelos editoriais do Jornal A Gazeta.

Reconhecemos que a fala do jornalista reflete a voz de vários capixabas, mas queremos exercer nosso DIREITO DE RESPOSTA acerca da manifestação deste veículo de comunicação na matéria e na opinião veiculada nas páginas de números 23 e 24 do jornal de hoje (03/12/16).

Sua manifestação "pode" gerar o convencimento da opinião pública sem o devido contraditório, e em respeito aos seus leitores é necessária uma retratação urgente e na mesma medida.

Passado o período eleitoral ganhou força as pautas da PEC dos Gastos e a da reforma previdenciária e agora com pressão total dos governadores de Estado que já escolheram o seu público alvo – Policiais Militares e os professores.

O argumento ensaiado já virou clichê, porque alegação do déficit da previdência não se sustentará sem a apresentação de dados concretos e a explicação correta acerca do destino dado a contribuição do Fundo Financeiro.

Os governos têm reformado a Constituição no tocante a previdência desde sempre, vide as EC 20, 41 e 47, e em terra capixaba já houve reforma e os Policiais militares já contribuem 35 anos para irem para reserva remunerada, enquanto nos outros Estados são 30 anos.

Nesse sentido, o analista Paulo Tafner se equivoca ao comentar sobre a previdência capixaba, pois aqui já contribuímos com 35 anos.

No Espírito Santo, o sistema previdenciário, após a segregação de massas, instituiu dois fundos – financeiro e previdenciário.

Para aqueles que entraram no serviço público até 2004 estão dentro do chamado Fundo Financeiro, no qual o servidor contribui com 11% e o Estado complementa com 22%, contudo, é relevante dizer que este fundo não existia antes de 2004, por isso que no fundo financeiro é onde o Estado deve fazer o aporte para pagar os aposentados, já que, para quem ingressou após 2004, existe o Fundo Previdenciário, onde os servidores contribuem com 11% e o Estado com 22% e esses recursos são geridos de forma a capitalizar para garantir o pagamento das aposentadorias, por fim para aqueles que entraram após 2014, além do fundo previdenciário existe a possibilidade do servidor optar pelo previdência complementar.

Creditar aos policiais e bombeiros militares – Oficiais e Praças, o maior gravame da previdência é querer punir aqueles que se dedicam ao serviço público desde muito cedo com 18 ou 19 anos e que contribuirão por 35 anos, aqueles que não tem direito a sindicalização ou a greve, aqueles que trabalham diuturnamente – faça sol ou chuva, frio ou calor, numa profissão extremamente estressante tendo que lidar com os variados problemas sociais que demandam decisão de urgência, aqueles que juraram defender a sociedade mesmo com o sacrifício da própria vida.

No particular gostaria de falar sobre a previdência dos policiais e bombeiros militares, pois ao contrário do restante do país, aqui os militares estaduais se aposentam com 35 anos de contribuição (a regra nacional são 30 anos). Por aqui, também, constituiu-se a previdência complementar para os servidores públicos, em que pese a questionável constitucionalidade e aplicabilidade para os militares estaduais.

No tocante a redução e no controle de gastos públicos, no país já existe legislação excelente, Lei Complementar número 101 com suas alterações, legislação inclusive que importamos de países onde a austeridade e o accountability são levados a sério.

Ao falarmos de reforma previdenciária para o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e analisando-se a segregação de massas em Fundo Financeiro e Fundo Previdenciário, deve-se perguntar, primeiro, o que foi feito com os recursos do Fundo Financeiro e porque, aqueles que contribuíram de acordo com a lei devem pagar pela ineficiência dos governantes que fizeram mal uso dos recursos, aliás, desviaram a finalidade dos recursos, colocando em risco todos aqueles servidores que contribuíram e agora ameaçam sua aposentação.

No Espírito Santo houve a segregação de massas e a criação dos Fundos Financeiro e Previdenciário, onde este último é superavitário e o primeiro deficitário.

O Fundo Previdenciário é constituído pelas contribuições dos segurados que ingressaram no serviço público a partir de 2004 e não há grande número de aposentados ou pensionistas nessa massa, por outro lado, o ‘natimorto’ Fundo Financeiro é deficitário porque herdou toda a massa – aposentados, pensionistas e servidores que ingressaram no serviço público até 2004, por óbvio que a conta não fecha.

E tem mais, qual foi o aporte inicial que o governo fez no Fundo Financeiro? Pelo que sabemos, nenhum.

Assim, acredito que a titulação de deficitário não soa razoável para o Fundo Financeiro, pois o aporte que o Estado faz não se trata de ajuda ou auxílio, mas sim de compensação financeira por aquilo que não fez quando de sua constituição ou pior, de recursos que foram utilizados para outros fins, vertidos para a sociedade, contudo houve claro desvio de finalidade porque esse recurso não é do Tesouro, mas sim é o lastro legal para garantir a aposentadoria dos segurados.

Dessa forma, outro ponto a ser esclarecido é que, atualmente, no Fundo Financeiro existem 36.000 aposentados e pensionistas que contribuem com 11% do que excede ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e existem mais 20.000 que são servidores ativos. Já no Fundo Previdenciário são aproximadamente 19.000; ou seja, é correto falar que temos 39.000 no sistema previdenciário, mas não é correto falarmos que temos 39.000 no Fundo Financeiro, pois houve a dita segregação das massas.

A imprensa em nosso país é livre. E deve ser livre. E disto não há dúvida.

Enquanto cidadão, oficial da Polícia Militar e membro eleito do Conselho Fiscal do instituto de previdência estadual (ES-PREVIDÊNCIA) entendo que a imprensa não deve sofrer qualquer ingerência de órgãos estatais, quiçá privados, entrementes, no Estado Constitucional, a imprensa, por seu relevante papel social deve ser responsável, haja vista que vivemos no Estado de Direito, e a informação deve ser a mais correta para o ouvinte.

Assim, o jornalista, profissão abraçada por vossa senhoria, desenvolve papel peculiar em nossa sociedade e quando se manifesta em veículos de alta audiência – como os meios citados e, no particular o jornal A Gazeta, é aconselhável uma rigorosa apuração dos fatos, evitando a generalização, pois do contrário o risco é colocar em xeque a informação passada ao leitor.

Com essa atitude preambular, corre-se o risco de um pré-julgamento equivocado, trazendo prejuízo de toda ordem aos servidores públicos e em particular ao policial militar e aos seus familiares, e a retratação – pura e simples, não é capaz de recompor o dano sofrido pelo militar estadual enquanto pessoa e à Polícia Militar enquanto Instituição.

Desta feita é mister que seja feita a devida a complementação da informação.

De qualquer forma, os policiais e bombeiros militares não se furtam a debater o tema com os setores competentes. Basta nos chamar que participarem com muita satisfação, pois sempre fomos e seremos parceiros da sociedade capixaba”.

Rogério Fernandes Lima – Major PM
Conselheiro Fiscal do IPAJM (ES-PREVIDÊNCIA)
Presidente da Associação de Oficiais Militares Estaduais/ Clube dos Oficiais 





DOUTOR ZENALDO FALA DA PAIXÃO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO E PRESTA HOMENAGEM AO IRMÃO, O PROCURADOR DE JUSTIÇA ELIEZER SIQUEIRA DE SOUSA: “Ele me fez apaixonar pela carreira jurídica”

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Ele une natureza com o esporte, tendo ao lado sempre a velha máquina fotográfica. Trata-se do promotor de Justiça Zenaldo Baptista de Sousa, que há 24 anos é membro do Ministério Público do Estado do Espírito Santo. Nesta entrevista, ele fala do dia-a-dia de sua função como 2º Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça de Castelo e reverencia seu irmão, o procurador de Justiça Eliezer Siqueira de Sousa, em quem se espelhou para entrar no mundo das leis.

– Quando foi sua posse como Promotor de Justiça?
Zenaldo Baptista de Sousa– A minha posse foi no dia 23 de junho de 1992 quando recebi a designação para responder pela Promotoria de Justiça da Comarca de Iúna.

– Antes de atuar como membro do MPES, qual era a sua atividade profissional?
– Antes eu exercia a advocacia com atuação mais na área Criminal.

– Quais as Promotorias por onde passou?
– Eu tive a oportunidade de exercer o meu “múnus” nas seguintes Comarcas: Iúna, Ibatiba, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Afonso Claudio, Conceição do Castelo, Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Marechal Floriano, Viana, Cariacica, Pedro Canário, Ibiraçu e Itarana.

– Como é a atividade do senhor em Castelo?
– Atualmente sou o 2º. Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça de Castelo, com atribuições em matéria Criminal, Infância e Juventude e Órfãos e Sucessões. Também designado para exercer as funções de Promotor Eleitoral da 3ª  Zona Eleitoral (Castelo/ES).

– Em Castelo, o senhor responde pela Promotoria de Justiça Criminal. Portanto, desenvolve ações em várias áreas. Pode falar um pouco sobre essas atividades que desenvolve nas esferas da Infância, Eleitoral,  Criminal, Órfãos e Sucessão, etc...
– Na esfera Criminal, além das audiências, julgamentos pelo Tribunal do Júri e manifestações nos feitos judiciais e extrajudiciais, também tenho que fazer atendimento ao público sobre diversas demandas, principalmente na área da Infância e Juventude que consome muito tempo e exige paciência redobrada.

Tendo sido este ano de eleição municipal, a legislação exige prioridade nos feitos da Justiça Eleitoral, aumentando ainda mais as demandas sobre minha responsabilidade, que consiste desde antes do pleito com a realização de reuniões com os partidos políticos, Polícias Militar e Civil,  palestras nas escolas sobre a importância do exercício do voto, impugnações aos registros de candidaturas e fiscalização no dia da eleição.

Já na área referente a Órfãos e Sucessões as manifestações em processos de inventários, alvarás, interdição de incapaz e outras demandas.

– Em municípios do interior, como Castelo, o respeito às leis por parte dos cidadãos e instituições é mais comum, doutor Zenaldo?
– Em um passado não muito distante esse respeito às leis era mais presente nas cidades do interior. Dados estatísticos apontam que o cidadão brasileiro, sempre que possível, opta pelo “jeitinho” em vez de obedecer à lei. Nós vivemos em uma sociedade em que as pessoas se agridem por motivo nenhum. Uma pessoa olha diferente e você já tira satisfações. Dentro do ônibus, na fila do banco, na beira da praia: todo local serve de ringue para agressões desmedidas. Uma triste realidade!

– Quais são as maiores e ou principais demandas na Promotoria de Justiça Criminal de Castelo?
– Sem dúvida são os processos criminais. Os casos mais frequentes são os de tráfico de drogas, crimes de trânsito, furtos, roubos e os crimes de violência doméstica. Na área da Infância e Juventude os atos infracionais mais comuns são os de roubo e furto. São encaminhados também muitos casos pelo Conselho Tutelar em que é necessário propor uma medida protetiva. A atuação nessa área infanto-juvenil é muito árdua devido aos inúmeros casos de pais envolvidos com o uso de álcool e drogas.

– O senhor tem sempre ajudado a comunidade de Castelo com a realização de palestras. Como são essas palestras e para que público o senhor se dirige?
– É muito bom falar para a sociedade que é o nosso maior cliente. Por isso, sempre que tenho disponibilidade de tempo procuro dar minha contribuição com palestras nas escolas do município de Castelo objetivando o despertar nos jovens no cumprimento do dever de obediência aos pais, professores e às autoridades constituídas.

– A família do senhor (Sousa) tem a alma e o coração dentro do sistema de Justiça...Quando, com quem e como nasceu essa paixão pelo mundo do Direito?
– É verdade! Tenho irmãos, sobrinhos e também o meu filho Guilherme Vargas Rigo de Sousa, que está cursando o 4º período de Direito na FDV. E aqui reverencio o nome do meu irmão Eliezer Siqueira de Sousa, Procurador de Justiça do Estado do Espírito Santo, com uma folha de relevantes serviços prestados ao “Parquet” capixaba, com quem comecei a dar os meus primeiros passos na carreira jurídica. Eu, ainda muito jovem, trabalhei em seu escritório de advocacia como office-boy. Nas horas vagas debruçava sobre as diversas obras jurídicas de sua modesta biblioteca. De repente, acordei com a notícia de minha aprovação no vestibular da Fadic (Faculdade de Direito de Colatina), hoje UNESC.

Sem dúvida ele (Eliezer Siqueira) me fez apaixonar pela carreira jurídica. No decorrer do curso de Direito sempre trabalhei em escritório de advocacia e, no primeiro ano de faculdade, fiz o meu primeiro julgamento pelo Tribunal Popular do Júri. Após concluir os estudos, participei do concurso público para ingresso na carreira do Ministério Público e fui aprovado. Hoje, há mais de duas décadas na Instituição, renovo o compromisso de continuar fazendo o que sempre fiz que é trabalhar em favor daqueles a quem a Constituição nos delegou a defesa.

– O senhor é um homem apaixonado pela natureza e pelas práticas esportivas. Pode falar sobre essas duas paixões?
– Sim, são duas paixões que estão interligadas na minha vida. A atividade física é um aliado importante no combate do estresse, melhora o humor, aumenta minha autoestima e da sensação de bem-estar. E geralmente essa atividade física fica bem melhor quando se tem a possibilidade de contato com a natureza, caminhando ou pedalando. Tudo registrado na minha câmera fotográfica, uma outra paixão da minha vida!

– O senhor conquistou ao longo da carreira diversos títulos honoríficos, não é mesmo?
–Ao longo de mais de duas décadas no exercício de minhas funções fui agraciado com títulos honoríficos dos seguintes municípios: Iúna, Conceição do Castelo, Muniz Freire, Cariacica, Viana, Vila Velha, Afonso Cláudio, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim.

Em Castelo fui agraciado com a Comenda Dr. Humberto Fitipaldi. Fui homenageado pela Assembleia Legislativa do Estado com a Comenda Domingos Martins. Também tive a honra de ser Diretor Financeiro da AESMP. Sempre tive o apoio de minha família em todos os momentos.

Integrei o GETEP (Grupo Especial de Trabalho na Execução Penal), integrei lista tríplice para escolha do Procurador Geral de Justiça e fiz parte da lista sêxtupla para escolha de Desembargador pelo quinto constitucional.

(Fonte: Portal da AESMP)

Assessoria Militar do Tribunal de Justiça do Espírito Santo encaminha 2.707 armas e 15.525 munições apreendidas com bandidos para destruição no Exército

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O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) encaminhou para destruição mais de 2.707 armas no período de 28 de setembro a 29 de novembro deste ano. Também foram destinados para destruição 15.525 munições, além de chumbos, facas, pólvora e equipamentos de caça em geral. Todo esse material foi recolhido pela Assessoria Militar do TJES e entregue ao Exército Brasileiro, em Vila Velha, para a devida destruição.

As armas, munições e demais materiais recolhidos e levados para destruição no Quartel do 38º Batalhão de Infantaria do Exército estavam anexados a processos espalhados pelas diversas Varas Criminais das Comarcas do Estado. Eram materiais apreendidos com criminosos e ou que foram utilizados no cometimento de delitos como assaltos, homicídios, tráfico de drogas e outros crimes.

O assessor militar do TJES, tenente-coronel Jocarly Martins de Aguiar Júnior, elogiou o empenho, responsabilidade, seriedade e profissionalismo da equipe envolvida na atividade. Ele  destacou que a Assessoria Militar continuará cumprindo a determinação em 2017, com o objetivo de trazer mais tranquilidade à atividade jurisdicional de todas as Comarcas do Estado.

“Esperamos ter correspondido às expectativas do Poder Judiciário do Espírito Santo, nesse curto período de tempo, em que foi possível retirar dos Cartórios o maior número de armas e munições”, ressaltou o tenente-coronel Aguiar.

O encaminhamento das armas e munições, vinculados a processos encerrados, ao Ministério do Exército é realizado pela Assessoria Militar do TJES por determinação do Provimento 10/2016, da Corregedoria Geral da Justiça o Espírito Santo (CGJ-ES).

A destinação das armas está prevista no Código de Normas da CGJ-ES, em seu artigo 420, que diz que “As armas de fogo, acessórios e munições apreendidas, que não mais interessarem à persecução penal, deverão ser encaminhadas ao Comando do Exército, por intermédio da Assessoria Militar do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, para fins de destruição ou doação, nos termos do art. 25 da Lei n° 10.826/2003, após a elaboração do respectivo laudo pericial”.

(Com informações do Portal do TJES)

Lula tinha “controle supremo” da corrupção na Petrobras, diz Ministério Público Federal

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Em denúncia oferecida nesta quarta-feira (14/12),  pela força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é acusado de praticar os crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, desta vez em razão de contratos firmados entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht S/A.

A exemplo da acusação feita na Ação Penal nº 5046512-94.2016.4.04.7000, Luiz Inácio Lula da Silva é apontado como o responsável por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal.

A denúncia aponta que esse esquema ocorreu nas mais importantes diretorias da Petrobras, mediante a nomeação de Paulo Roberto Costa e Renato Duque para as diretorias de Abastecimento e Serviços da estatal. Por meio do esquema, estes diretores geravam recursos que eram repassados para enriquecimento ilícito do ex-presidente, de agentes políticos e das próprias agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos, bem como para campanhas eleitorais movidas por dinheiro criminoso.

Na denúncia, os procuradores do Ministério Público Federal afirmam que o ex-presidente tinha “controle supremo” do esquema de corrupção e “dominava toda a empreiteira criminosa, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias”.

Também foram denunciados o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro.

Nesta denúncia, a propina, equivalente a percentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht S/A, totaliza R$ 75.434.399,44. Este valor foi repassado a partidos e políticos que davam sustentação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Progressista (PP) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), bem como aos agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro.

Parte do valor das propinas pagas pela Construtora Norberto Odebrecht S/A foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula.

O acerto do pagamento da propina destinada ao ex-presidente foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo ex-presidente.

A compra desse imóvel foi realizada em nome da DAG Construtora Ltda., mas com recursos comprovadamente originados da Construtora Norberto Odebrecht, em transação que também contou com a interposição de Glaucos da Costamarques, parente de José Carlos Costa Marques Bumlai, sob a orientação de Roberto Teixeira, que atuou como operador da lavagem de dinheiro.

O valor total de vantagens ilícitas empregadas na compra e manutenção do imóvel, até setembro de 2012, chegou a R$ 12.422.000,00, como demonstraram anotações feitas por Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas na sede da DAG Construtora Ltda. e dados obtidos em quebra de sigilo bancário, entre outros elementos.

Além disso, parte das propinas destinadas a Glaucos da Costamarques por sua atuação na compra do terreno para o Instituto Lula foi repassada para o ex-presidente na forma da aquisição da cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo (SP). De fato, R$ 504.000,00 foram usados para comprar o apartamento vizinho à cobertura do ex-presidente.

A nova cobertura, que foi utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida no nome de Glaucos da Costamarques, que atuou como testa de ferro de Luiz Inácio Lula da Silva, em transação que também foi concebida por Roberto Teixeira, em nova operação de lavagem de dinheiro.

Na tentativa de dissimular a real propriedade do apartamento, Marisa Letícia Lula da Silva chegou a assinar contrato fictício de locação com Glaucos da Costamarques, datado de fevereiro de 2011, mas as investigações concluíram que nunca houve o pagamento do aluguel até pelo menos novembro de 2015.

A denúncia foi elaborada com base em depoimentos, documentos apreendidos, dados bancários e fiscais bem como outras informações colhidas ao longo da investigação, todas disponíveis nos anexos juntados aos autos.

Esta denúncia reafirma o compromisso do Ministério Público Federal com o cumprimento de suas atribuições constitucionais e legais, independentemente das tentativas de intimidação dos acusados e de seus defensores, dos abusos do direito de defesa em desrespeito ao Poder Judiciário e do abuso do poder de legislar utilizado em franca vingança contra as Instituições.

(Com informações do Portal do MPF)



OFICIAL FOI ACUSADO POR POLICIAIS MILITARES DO TRÂNSITO DE “DIRIGIR EMBRIAGADO”: Justiça Comum acolhe parecer do Ministério Público e absolve tenente-coronel Dirceu por falta de provas

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O tenente-coronel José Dirceu Pereira foi absolvido da acusação de dirigir embriagado. A decisão é da juíza Dilcylene Pereira Meyrelles Oaskes, da 8ª Vara Criminal de Vitória, e foi tomada no dia 25 de novembro nos autos do processo número 0049351-17.2013.8.08.0024. O oficial havia sido denunciado pela suposta prática do crime previsto no artigo 306, do Código de Trânsito Brasileiro. Esse episódio ganhou a mídia nacional como “coronel é acusado de dar carteirada em blitz da Lei Seca”.

De acordo com os autos, no dia 13 de outubro de 2013, por volta das 5 horas, na Av. Nossa Senhora da Penha (Reta da Penha), em Vitória, o tenente-coronel Dirceu conduzia seu veículo “com a capacidade psicomotora alterada, em razão da influência de álcool.” Pelo menos esse foi o relato dos policiais militares do Batalhão de trânsito da PM.

Ainda segundo os autos, os PMs realizavam operação de fiscalização no local e solicitaram a parada do  oficial, que saia de uma boate conduzindo seu veículo. Ao abordarem o tenente-coronel, os PMs alegam que ele “apresentava sinais de embriaguez.” Entretanto, não foi realizado o Teste de Alcoolemia ou Teste por Etilômetro (bafômetro).

Nas alegações finais, o Ministério Público Estadual, após análise das provas, requereu a absolvição do tenente-coronel Dirceu por entender que “não há provas suficientes nos autos que dê suporte a um decreto condenatório, nos termos do artigo 386, VII, do CPP.”

Na sentença, a juíza Dilcylene Pereira Meyrelles Oaskes ressalta que nos autos não foram realizados os exames de que trata a legislação. Ela observa ainda que “sequer houve declaração expressa da autoridade de trânsito acerca de eventual alteração da capacidade psicomotora, na medida em que não restaram observados os sinais obrigatórios descritos no item VI, do Anexo II, da Resolução nº. 432/13.”

Somado a isso, “conforme muito bem ressaltado pelo Ministério Público em suas alegações finais”, as testemunhas ouvidas em Juízo foram unânimes em declarar que não fora possível aferir acerca dos sinais indicativos quanto à alteração da capacidade psicomotora, muito embora os depoimentos em Juízo afirmassem certo nervosismo por parte do Denunciado (tenente-coronel Dirceu) no momento da abordagem. “Entretanto, essa agressividade percebida não é capaz de ensejar a afirmação de que ela decorreu em virtude da ingestão de bebida alcoólica”, pondera a magistrada.

Ela prossegue: “Não fora realizado o Teste de Alcoolemia ou Teste por Etilômetro (bafômetro), não restando comprovado, portanto, a materialidade do crime em comento. Em suma, não há, nos autos, prova pericial, laboratorial ou por etilômetro, sendo certo que as testemunhas, isoladamente, não transmitiram a esta magistrada a certeza de que o Denunciado estava ‘com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool".

Desse modo, conclui a juíza Dilcylene Pereira Meyrelles Oaskes, “há uma presunção iuris tantum quanto ao estado de inocência de todo cidadão, ou seja, cabe prova em contrário, e essa prova deverá ser produzida pela acusação, já que milita em favor do acusado aquela presunção. Isto posto, não é fator suficiente para ensejar uma condenação o simples fato do Réu apresentar-se nervoso ou exaltado no momento da abordagem.”

Mais adiante, a magistrada expressa crítica à atuação dos policiais – nota do blogueiro: na ocasião, esses policiais demonstraram mais interesse em prejudicar a imagem de um oficial do que, na verdade, realizar seu trabalho –, pois, “forçoso mencionar, também, que a pressa e ansiedade levam a serviços mal realizados. Talvez, o Denunciado (tenente-coronel Dirceu) tenha realmente ingerido bebida alcoólica. Talvez, os policiais militares tenham razão em suspeitar do Réu, que saíra de uma boate a qual costuma frequentar, inclusive, fazendo uso de álcool (vide extratos de conta constante dos autos – fls. 60/66 e 159/173). Entretanto, são meras possibilidades e ilações que não são suficientes para sustentar um édito condenatório.”

E diz mais: “Diga-se, ainda, que, diante do conjunto probatório, sequer pairou dúvida acerca da alteração da capacidade psicomotora do Denunciado, razão pela qual não há que se falar no princípio do in dubio pro reo. Por fim, ressalto que a conduta do Denunciado não fora a mais apropriada à ocasião, na medida em que se exaltou diante da ocorrência da blitz, evadindo-se dela, diga-se, comportamento este (que fora devidamente apurado na Justiça Militar) que não se espera de uma autoridade militar, o qual deveria, aliás, incentivar e apoiar seus comandados a combaterem, com veemência, a ingestão de bebida alcoólica na condução de veículo automotor. Todavia, cuido, nestes autos, tão somente do crime de embriaguez ao volante, previsto no artigo 306, do CTB, que não restou provado.”

Oficial foi absolvido também na Justiça Militar

Devido ao mesmo episódio – a abordagem no trânsito –, o tenente-coronel Dirceu já havia sido absolvido pelo Conselho Especial de Justiça da Vara de Auditoria da Justiça Militar do Estado do Espírito Santo da acusação de desobedecer a uma ordem legal da Autoridade Militar e por desacato a militar no exercício da atividade, em julgamento ocorrido em março deste ano.

Na ocasião, ele foi acusado de dar carteirada, fato que não se comprovou no decorrer da ação penal. Imagens do oficial conversando com os policiais que o abordaram correram o mundo e foram destaques até no Jornal Nacional da Rede Globo.



Policiais militares são obrigados a reformar Residência Oficial do Comando de Batalhão e até capinar terreno no Espírito Santo

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Pelo menos 18 policiais militares, entre homens e mulheres, foram deslocados na última terça-feira (13/12) para fazer trabalho de limpeza na área interna do Quartel do Comando do 2º Batalhão da Polícia Militar, em Nova Venécia. O desvio de função – os policiais deveriam estar atuando no policiamento operacional ou nos setores administrativos do BPM – teria sido determinado pelo próprio comandante da unidade, o tenente-coronel Sebastião Aleixo Santos Batista.

Fotos enviadas esta semana ao Blog do Elimar Côrtes por oficiais e praças do 2º BPM mostram os militares com enxadas nas mãos. Eles tiveram que capinar o terreno, além de cuidar dos jardins. Também realizaram serviços de manutenção em aparelhos de ar condicionado. Demonstrando toda sua dedicação, os militares permaneceram trabalhando – capinando e varrendo o terreno – mesmo debaixo de chuva torrencial que caía na cidade.

Dos 18 policiais, seis já vêm realizando serviços que nada têm a ver com a finalidade de um militar: eles trabalham como pedreiros na Residência Oficial do Comando do 2º Batalhão, que fica anexo ao quartel da unidade, na avenida Guanabara, número 40, bairro Iolanda, na sede de Nova Venécia.

Atualmente, a Residência Oficial do Comando está passando por uma ampla reforma, que é feita justamente por policiais militares. A residência foi  instituída e construída há vários anos como forma do Estado reduzir custos com a transferência de um tenente-coronel de Vitória para trabalhar em Nova Venécia.

Nela, o oficial pode residir com sua família enquanto estiver no comando do 2º BPM, que é responsável também pela segurança pública dos municípios de Boa Esperança, Montanha, Mucurici, Pinheiros, Ponto Belo, São Gabriel da Palha, Vila Pavão, Vila Valério, “no firme propósito de defender os valores da sociedade norte-capixaba.”

A ordem para a execução dos serviços alheios à missão institucional dos militares é dada sempre de forma verbal. O tenente-coronel Aleixo passa a ordem para os chefes de Seções e estes informam a seus auxiliares para que às 7 horas do dia seguinte se apresentem para a tarefa nada convencional.                      

Os 18 militares que trabalharam na limpeza de terça-feira são da Administração do Batalhão.  Seis deles trabalham exclusivamente na obra da Residência Oficial do Comando do Batalhão. Os demais trabalham em áreas burocráticas, na P2 (Polícia Reservada) e tem até um tenente, comandante do GAO (Grupo de Apoio Operacional) de Nova Venécia.

De acordo com fontes do Comando Geral da Polícia Militar em Vitória, o policial militar tem de trabalhar na Operacionalidade ou na Administração. No Espírito Santo, para faxina e obras o Batalhão, já existem funcionários civis contratados pelo Estado ou emprestados pelo município, prática normal nos demais Batalhões da PM capixaba.

Quando é contratado pelo Estado, por meio de concurso público, para trabalhar como policial militar, o cidadão sabe quais são as suas atribuições para cada patente que exercer. O problema é que, ao ser designado para uma função que não existe na lei – como capinar terreno, sem que o fato esteja ligado a uma operação policial –, o militar corre risco de sofrer um acidente, como, por exemplo, sofrer um corte na mão e nas pernas. Fica a indagação: quem vai assumir a responsabilidade pelo acidente? Quem vai indenizar o profissional pelo dano causado? O Estado, com certeza, não vai assumir esse ônus e nem quem deu a ordem.

E como fica a sociedade, que paga impostos para ver os policiais na atividade-fim, que é, no caso da PM, o policiamento ostensivo e preventivo? Enquanto os militares ficam capinando terreno e trabalhando na reforma da Residência Oficial do Comando do 2º Batalhão, as ruas e a própria Administração da Unidade não estariam desguarnecidas?

DESVIO DE FUNÇÃO, DOAÇÃO DE GRANITOS, CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE DENTRO DO PRÓPRIO QUARTEL: IPM vai investigar denúncias de irregularidades no 2º Batalhão

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 A 2ª Promotoria de Justiça Junto à Auditoria Militar do Estado do Espírito Santo requisitou ao Comando Geral da PM a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar supostas irregularidades que estariam sendo cometidas no âmbito do 2º Batalhão da PM (Nova Venécia). Uma delas tem como base reportagem postada neste blog no último sábado (17/12), que mostra policiais militares trabalhando em desvio de função – capinando e limpando terreno e reformando a Residência Oficial do Comando da unidade.

Outras irregularidades, consideradas ainda até mais graves e que chegaram ao conhecimento do Ministério Público Militar, dão conta de que a reforma da residência estaria sendo realizada com materiais doados por empresários da Região Noroeste do Espírito Santo. A Residência Oficial do Comando do 2º BPM ganhou um espaço gourmet, que levou vários meses para ser construído. A construção do espaço foi feita por equipes de seis a oito policiais militares.

De acordo com informações que estão de posse do Comando Geral da PM e da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Assembleia Legislativa, donos de empresas da Região Noroestes estariam doando “grande quantidade de granito” para a Residência Oficial do Comando do 2º BPM, que fica anexo ao Quartel da unidade.

Também vai ser investigada a derrubada de árvores localizadas dentro do terreno onde está o quartel do 2º BPM. As árvores,  pertencentes a uma reserva da Fazenda Pública Estadual, foram derrubadas sem qualquer autorização de órgãos públicos do meio ambiente. Teriam sido derrubadas por ordem do comandante do 2º BPM, tenente-coronel Sebastião Aleixo Santos Batista, para a construção de uma rua no local. De acordo com informações, a área verde desbastada fica atrás do antigo canil do Batalhão.

O planejamento do Comando Geral é de que a partir desta segunda-feira (19/12) uma equipe da Corregedoria Geral da PM viaje para Nova Venécia a fim de iniciar as investigações, como a coleta de depoimentos de praças e oficiais, empresários, políticos e do comandante do 2º BPM, tenente-coronel Sebastião Aleixo Santos Batista. As investigações serão acompanhadas pela 2ª Promotoria de Justiça Junto à Auditoria Militar.

ASSOCIAÇÕES DE CLASSE DOS MILITARES ESTADUAIS SE ARTICULAM E GOVERNO ADMITE CORRIGIR DISTORÇÕES: Aprovada lei que submete Corregedorias das Polícias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros e Conselho formado por políticos

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A Assembleia Legislativa aprovou, em regime de urgência, o Projeto de Lei Complementar 28/2016, que “Institui o Sistema de Correição do Poder Executivo do Estado do Espírito Santo”. No entanto, uma articulação política muito bem desencadeada pela Associação dos Oficiais Militares do Estado do Espírito Santo (Clube dos Oficiais/Assomes) e demais entidades de classe dos policiais e dos bombeiros militares, com a ajuda do deputado estadual Josias Da Vitória (PDT), recebeu a garantia de que, antes da sanção do governador Paulo Hartung (PMDB), autor do PLC, o governo vai analisar a possibilidade das Polícias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros da proposta.

Do jeito que foi aprovado, sem discussão pelos parlamentares, o PLC 28 submete as Corregedorias da PM, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil a um controle político, o que é danoso para as instituições e, consequentemente, para a sociedade. A proposta cria o Conselho Estadual de Correição do Poder Executivo, formado por civis, que passará a analisar resultados de Processos Administrativos Disciplinares e Conselho de Justificação da PM e do Corpo de Bombeiros. Esse mesmo conselho decidiria também sobre resultado de PADs da Polícia Civil.

No que tange às instituições policiais, o PL 28/2016 é totalmente inconstitucional, inconsistente e descabido. A decisão de um PAD, no âmbito das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros, somente pode ser discutida e reavaliada por meio de um recurso administrativo ou judicial.

No caso da PM e do Corpo de Bombeiros, o PLC submete também a decisão dos Conselhos de Justificação ao Conselho Estadual de Correição do Poder Executivo, o que afronta a Constituição Federal. Somente o Governador do Estado pode homologar  ou não o resultado de um julgamento do Conselho de Justificação. Mesmo assim, a decisão do Governador do Estado é levada ao Pleno do Tribunal de Justiça, a quem caberá julgar se o ato de expulsão de um oficial foi legal ou não. Portanto, no caso do Conselho de Justificação, nem mesmo a decisão do Governador é soberana.

O PLC 28/2916 foi protocolado na Assembleia Legislativa no dia 12 deste mês. Em menos de uma semana, porém, tramitou por todas as comissões e foi levado a Plenário, onde foi votado e aprovado. Por isso, desde antes das 7 horas de segunda-feira (19/12) as associações (Clube dos Oficiais, Aspomires, Asses, ACS/ES e ABMES) se reuniram para analisar os efeitos do PLC 28.

Uma reunião no início da tarde com o secretário-chefe da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Júnior, o governo sinalizou para atender aos anseios das Instituições (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros) e das associações de classe dos militares estaduais.

“Ficou acertado que será feita uma análise para a retirada das Polícias e do Corpo de Bombeiros do projeto (PLC 28), com o apoio dos deputados estaduais, em especial do deputado Da Vitória, e do secretário da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Júnior”, sintetizou o presidente do Clube dos Oficiais, major Rogério Fernandes Lima.

Foi, segundo ele, uma vitória alcançada graças ao apoio dos oficiais e praças que lotaram a galeria da Assembleia Legislativa, na tarde de segunda-feira (19/12), em defesa dos interesses dos militares.

Embora o PLC 28/2016  prejudique também a Polícia Civil, somente integrantes da PM e do Corpo de Bombeiros – inclusive coronéis do Alto Comando das duas instituições – se movimentaram e promoveram articulações para a retirada das corregedorias das duas corporações da proposta governamental.

Nas reuniões de segunda-feira, as entidades de classe discutiram também a Proposta de Decreto Legislativo que trata da suspensão do Regulamento Disciplinar dos Militares Estaduais (RDME). Após análise técnica, as associações entenderam que a suspensão do RDME sem a apresentação de um novo regulamento que atenda aos princípios constitucionais  traria mais prejuízo para os militares.

“A suspensão da forma que estava sendo proposta traria mais prejuízos aos militares estaduais, tais como: sem RDME haveria a utilização do Código Penal Militar para questões mais simples; haveria lavratura de APFD (Auto de Prisão em  Flagrante Disciplinar) ao invés do Flagrante Disciplinar, por exemplo”, explicou o deputado Da Vitória. “O PDL do RDME será amplamente discutido pelas associações com a participação das corporações e da Assembleia Legislativa”, completou o parlamentar, que é cabo da Reserva Remunerada da PM.

Projeto de Lei Complementar cria Sistema de Correição do Poder Executivo do Estado do Espírito Santo

Ao encaminhar o PLC 28/2016 para a Assembleia Legislativa, o governador Paulo Hartung ressalta que a finalidade é a criação do Sistema de Correição do Poder Executivo do Estado do Espírito Santo (SISCORES), que tem por referência o Sistema instituído pela União, em razão das competências da Controladoria-Geral da União (CGU), tendo em vista a similaridade com o modelo instituído pelo Estado, com as competências da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (SECONT), absorvendo as funções de Corregedoria-Geral do Estado (COGES).

“O objetivo principal consiste em organizar a gestão das informações e aprimorar os procedimentos operacionais relacionadas correição. Em essência, não modifica a sistemática de atuação atual das Corregedorias instituídas, seja no âmbito da Administração Direta, quanto na Administração Indireta. Apenas estabelece a atuação sistêmica, com a coordenação normativa e técnica do órgão central, visando a harmonização de entendimentos, organização de informações, eficiência na operacionalização, etc..”, explica o governador.

A proposta cria o Conselho Estadual de Correição do Poder Executivo (CONSECOR), “como última instância de recursos administrativos, tendo por referência a Lei Federal nº  9.784/1999, que regula o Processo Administrativo no âmbito federal.” Esse Conselho será vinculado à estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Controle e Transparência, e passa a se “constituir instância colegiada de natureza normativa, consultiva, recursal e deliberativa, com o objetivo de fomentar a integração e uniformizar entendimentos dos órgãos e unidades que integram o SISCORES.”

O  CONSECOR é composto pelos seguintes membros: Secretário de Estado do Controle e da Transparência, que exercerá a função de presidente; Procurador-Geral do Estado; Secretário de Estado de Gestão e Recursos Humanos; Secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social; e Corregedor-Geral do Estado.

A proposta ressalva que “nas Corregedorias Setoriais dos órgãos de regime especial – Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil - a apuração de irregularidades observará as normas internas específicas, conforme legislação em vigor.”

Entretanto, o artigo 8o, em seus incisos III e IV, diz que  Compete ao CONSECOR, dentre outras atribuições correlatas e complementares na sua área de atuação, “julgar, em última instância, os recursos administrativos interpostos pelos servidores públicos civis e militares; decidir sobre o resultado do julgamento dos processos provenientes dos Conselhos de Justificação da PM/ES e do CBM/ES.”

E mais: “Os autos do processo de julgamento do Conselho de Justificação, serão encaminhados, pelo Comandante Geral, ao Secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, e serão submetidos ao Conselho Estadual de Correição do Poder Executivo – CONSECOR, para apreciação e decisão, no prazo de até 60 (sessenta) dias, por meio de manifestação fundamentada acerca do resultado do julgamento, determinando.”


Polícia Civil do Espírito Santo pune com DOIS DIAS DE SUSPENSÃO a bela delegada que cedeu viatura policial para o namorado dirigir

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O Conselho da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo puniu com dois dias de suspensão a bela delegada  Millena Chaves Senhorinho pela acusação de praticar oito delitos no episódio em que ela foi julgada em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) pela acusação de ceder uma viatura policial para seu namorado, o  vendedor de anabolizantes Breno Coelho Freire Dias, dirigir pelas ruas da Grande Vitória.

Millena Chaves foi apontada, dentro da investigação da Corregedoria Geral da PC, de contrariar o Código de Ética da Polícia. Segundo as investigações da Corregedoria, Millena Chaves permitia o namorado se passar por policial civil.

Na época dos fatos – o rapaz foi preso em flagrante pela Polícia Civil no dia 23 de outubro de 2015 –, Millena Chaves atuava na Delegacia Distrital de Maruípe. Posteriormente, ela foi transferida para a 5ª Delegacia Regional, em Guarapari.

A sessão do Conselho da Polícia Civil que julgou o PAD em desfavor da delegada Millena Chaves aconteceu no dia 7 deste mês. O Diário Oficial do Estado traz, em sua edição desta quarta-feira (21/12), o resultado julgamento. Millena Chaves e Breno respondem a um processo na Justiça pelos fatos descritos nesta reportagem.

“O Conselho da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo, em conformidade com o Artigo 6º de seu Regimento Interno - Decreto 3993-R, publicado no Diário Oficial de 05.07.2016, e à vista da Decisão n.º 115/2016 do Conselho da Polícia Civil, proferida na 35ª Reunião Ordinária, de 07.12.2016, no Processo Administrativo Disciplinar 003/2016 (SEP 72642459), instaurado em desfavor da policial civil PC DP Millena Chaves Ssenhorinho, nº funcional 3364550, (Defensor: Dr. Gustavo Matta - OAB/BA 22.185), RESOLVE, por MAIORIA de votos: “APLICAR A PENA DE 02 DIAS DE SUSPENSÃO A PC DP MILLENA CHAVES SENHORINHO, EM RAZÃO DA PRÁTICA DAS TRANSGRESSÕES  D I S C I P L I N A R E S ADMINISTRATIVAS PREVISTAS NO ART. 192, INCISOS XI, XIII, XXVII, XXXVIII, LVIII, LXIII, LXXIV E LXXXI, C/C ART. 3º, INCISOS VII, XI E XIII DA LEI 3.400/81”.

O chefe de Polícia, delegado Guilherme Daré de Lima, que preside O CONSELHO DA POLÍCIA CIVIL, ainda acrescenta: “A penalidade acima imposta somente será executada após o julgamento de eventual pedido de reconsideração ou do decurso de seu prazo.”

A delegada Millena Chaves foi julgada pela prática dos seguintes delitos inseridos no artigo 192 do estatuto dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo:

XI - Negligenciar a utilização e guarda de objetos pertencentes à repartição policial e que, em decorrência da função ou para seu exercício, lhe hajam sido confiados, possibilitando que os danifiquem ou extraviem.

XIII - Deixar de exercer a autoridade compatível à sua classe, cargo ou função ou prevalecer-se, abusivamente da condição de funcionário policial.

XXVII - Valer-se do cargo em fim ostensivo ou velado de obter proveito para si ou terceiros.

XXXVIII - Deixar de cumprir na esfera de suas atribuições leis e regulamentos.

LVIII - Dar causa, intencionalmente, ao extravio ou danificação de objetos, livros e material de expedientes pertencentes a repartição policial e que estejam confiados à sua guarda ou não.

LXIII - Praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a instituição ou função policial.

LXXIV - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargos que lhe competirem ou a seus subordinados.

LXXXI - eximir-se, por displicência ou covardia, dos preceitos do código de Ética Policial.

Sindicato dos Policiais Civis repudia lei que submete Corregedorias das Polícias a Conselho formado por políticos

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O Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol) criticou, nesta quarta-feira (21/12), a aprovação por parte da Assembleia Legislativa do Projeto de Lei Complementar 028/2018, que implanta  Sistema de Correição do Poder Executivo do Estado do Espírito Santo (SISCORES) e obriga as Corregedorias da PC, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros a submeterem a um conselho formado por políticos as decisões tomadas no âmbito de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

“O Sindipol, como organização sindical representativa de todos os cargos da Polícia Civil no Estado do Espírito Santo, sempre primando pela defesa dos direitos, prerrogativas e interesses dos policiais civis, vem apresentar oposição a forma e aos termos da implantação do denominado SISCORES”, sintetiza o presidente da entidade, Jorge Emílio Leal, para quem o PLC 28/2016 vai proporcionar a ingerência política nas decisões das Corregedorias.

Ele enviou ofício ao Chefe de Polícia Civil, delegado Guilherme Daré de Lima, ao presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa deputado Euclério Sampaio, e ao secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, apresentando as manifestações do Sindipol contrárias ao PLC 28/2016. Jorge Emílio enviará cópia do ofício à procuradora-geral de Justiça, Elda Márcia Spedo, e ao procurador-geral do Estado, Rodrigo Rabello Vieira, para demonstrar a inconsticionalidade do PLC 28/2016.

O dirigente ressalta que a criação do Siscores não teria por objetivo modificar a sistemática das Corregedorias no âmbito da administração direta e indireta, “mas estabelecer forma de atuação sistêmica, com a coordenação normativa e técnica de um órgão central, com intuito de harmonização de entendimentos, organização de informações, eficiência na operacionalização, etc.”

Porém, salienta Jorge Emílio, “a lei implica em flagrante afronta as garantias e direitos existentes”.

O Sindipol enumera oito motivos para sua preocupação:

01 – A configuração do SISCORES e do CONSECOR é eminentemente política, sendo que o denominado CONSECOR será composto eminentemente por agentes políticos indicados pelo Governador do Estado;

02 – Não existiu qualquer tipo de discussão com as organizações sindicais representativas dos trabalhadores quanto à implantação e modelo do sistema SISCORES, tendo que em flagrante ofensa as Constituições Federal e Estadual, em seus artigos 10º e 32 §12º, respectivamente;

03 – A Polícia Civil já possui um sistema bicameral de julgamentos, composto por sua Corregedoria e pelo Egrégio Conselho de Polícia Civil;

04 - Além de ser resguardada toda a tramitação dos processos no âmbito interno da PC/ES, os processos relativos aos policiais civis ainda são submetidos ao controle externo do Ministério Público Estadual, bem como ainda da Procuradoria Geral do Estado;

05 – A lei confere poderes ao Governador do Estado o direito de determinar a instauração de Processos Administrativos Disciplinares, sendo certo que tal mecanismo lhe outorga o direito de representar contra qualquer servidor, inclusive aqueles que dentro das atribuições de funções que ocupem, tais como os dirigentes sindicais, enveredem ações que não sejam do agrado da administração;

06 – A lei não deve ser aplicada aos policiais civis, considerando que o texto constitucional (artigo 144), em função típica e essencial, devendo, portanto, ser observado o risco iminente nas competências da segurança pública, razões pelas quais o ordenamento trata as questões atinentes a esta área de forma singular e diferenciada, inclusive nas constituições (aposentadoria, carga horária de trabalho, etc.)

07 – A lei não traz em seu bojo a forma de tramitação dos processos que forem levados ao sistema SISCORES, especialmente quanto às garantias do contraditório e a ampla defesa, o que resulta em mitigação a segurança jurídica e ofensa os princípios que regem a administração pública;

08 – A lei permite que sejam avocadas sindicâncias, procedimentos e processos administrativos em tramitação, bem como que estes sejam requisitados, quando julgar necessário, mesmo sendo julgados, caso não tenha sido ultrapassado o prazo de cinco anos. Esta situação gera imensa insegurança jurídica, pois permite a retirada de processos que estejam em tramitação em seus órgãos competentes, bem como da margem a nova apreciação de processos que já tiveram sua tramitação finalizada, os quais extrapolam em muito até mesmo outros prazos administrativos e penais.

“Portanto, acreditamos que a forma com que o sistema foi implantado e as disposições que lhe compõem permitem a ocorrência de uma série de ingerências políticas, as quais não devem prosperar, pelo que o SINDIPOL/ES é contra a forma apresentada para o sistema SISCORES e órgãos que lhe compõem, pelo que empreenderá as medidas administrativas, politicas e judiciais para que sejam resguardados os direitos, prerrogativas e interesses dos policiais civis”, ponderou Jorge Emílio.

Em Carta Aberta à população, tenente-coronel Aleixo defende sua gestão no Comando do 2º Batalhão da PMES e explica porque policiais militares tiveram que capinar terreno do quartel

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Em carta aberta aos nove municípios de abrangência do 2º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, o comandante da unidade, tenente-coronel Sebastião Aleixo Santos Batista, faz uma defesa de seu comando e explica porque determinou que 18 policiais militares, entre homens e mulheres, fossem deslocados na última terça-feira (13/12) para fazer trabalho de limpeza na área interna do Quartel localizado em Nova Venécia.

Ele também enviou cópia da carta ao Blog do Elimar Côrtes, que informou, em primeira mão desde o último sábado (17/12), que os policiais estariam realizando serviço de capina e de limpeza na área interna do Quartel do 2º BPM. O tenente-coronel Aleixo ainda rebateu outras informações divulgadas aqui sobre supostas irregularidades que estariam ocorrendo no 2º BPM. Ele enumera ações positivas que vem realizando na unidade, sempre com a finalidade, conforme garantiu, de reduzir os índices de violência na região.


A Carta Aberta do Comandante do 2º Batalhão

 

Caros Senhores e Senhoras cidadãos destes nove municípios que compõem a área de comandamento do 2º BPM, aos quais, desde minha chegada ao comando desta Unidade, tenho o maior respeito e consideração. Não uma consideração fática e verborrágica, mas sim demonstrada com muito trabalho, que amiúde, extrapolam a carga horária e os muros do quartel; consideraçãoque se dá via ações de conhecimentos dos nove municípios e da imprensa, como, por incrível que pareça, do próprio blog do Senhor Elimar Côrtes, onde, por ser de nosso princípio a transparência e o respeito aos cidadãos, iniciamos o trabalho inédito nas agências policiais no Estado do Espírito Santo, o “accountabiility” (prestação de contas de todo serviço do Batalhão e resultadosalçados ao Ministério Público, à sociedade e seus representantes nas câmaras de vereança) que estaremos finalizando o último município ainda este ano. O accountabiility das agências policiais está previsto na Resolução 34/169, da Assembleia Geral da ONU, da qual o Brasil é signatário entre outras legislações, foi elogiado pelo Senhor “Elimar Côrtes” com o título da matéria “UM EXEMPLO A SER SEGUIDO: PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros dão demonstração de integração e prestam conta em conjunto de suas ações em Nova Venécia”.


Indo ao ponto, quanto à obrigatoriedade dos policiais militares em faxinar ou não, é importante ressaltar que somos militares e nosso regime é peculiar e não regidos pela CLT. Mesmo que não agrade a alguns, somos regidos por mandamentos e regras especiais, tanto o é, que este é o mote de estarmos fora da reforma da previdência neste momento. E se assim não fosse, teríamos principalmente as Forças Armadas em desvio constante de função.

Quanto à viabilidade da ação, afirmo categoricamente que, muito menos foi feito algo que prejudicasse o serviço operacional e a sociedade. Apesar de patrocinarmos os Direitos Humanos, a interação com a comunidade e a humanização da Polícia Militar, jamais nos descuidamos da operacionalidade e do policiamento ostensivo e repressivo, quando necessário. Aliás, todos os nossos municípios estão com redução total de 38% no índice de homicídios, por exemplo. Inclusive, tiramos o município de Pinheiros da 1º colocação no número de homicídios no Estado, para a 9º colocação. Tudo perpassando pelo viés da comunitarização, da inteligência e aproximação com os demais órgãos que compõem nosso sistema de segurança e justiça, inclusive com as Polícias Militares de Minas Gerais e Bahia (com quem o Batalhão “não conversava”), com as quais desbaratamos inúmeros crimes, evitamos muito outros e debelamos quatro grandes quadrilhas de crimes específicos, que há anos atuavam livremente na região fronteiriça. Assim, afirmo que não havia nenhum policial na faxina que fosse do serviço operacional, inclusive o citado tenente do GAO atua na administração.

No mês de dezembro, assim como no ano passado, o 2º BPM promoveu a Cantata de Natal para a comunidade e principalmente para os cidadãos da terceira idade e crianças de diversos projetos de ocupação social. O evento teve apresentação das crianças do projeto Batalhão Cultural - O Coral Leão do Norte, projeto da comunidade do bairro São Cristóvão – grupo musical “Som da Alma”, o projeto da igreja Batista – As crianças da “Geração Samuel” e “O Quarteto” da igreja Adventista do Sétimo Dia. Para receber a comunidade se faz necessário preparar o quartel. O trabalho então foi realizado pelos militares, funcionários da prefeitura de Nova Venécia, da empresa Prisma e cidadãos voluntários do bairro São Cristóvão, bairro onde acontece um dos projetos.

Militares fazendo serviço de pedreiro, eletricista, telefonia, pintura e oficina mecânica, é em certa medida necessário nos quartéis do Brasil, e estão previstas na legislação castrense. Pois nem tudo, pelas miudezas e peculiaridadescabe licitação ou pode esperar. A polícia atua 24 horas e a administração é o suporte para tal mister, que não pode parar devido a um telhado quebrado ou cano vazando. Ou seja, a ordem para uma manutenção geral no aquartelamento, limpeza ou faxina é sim uma função convencional, senão vejamos:

O Decreto no 88.777/1983, que aprovou o Regulamento para as policias militares e corpos de bombeiros militares (R-200), traz no art. 47 – 4 que as polícias militares são forças auxiliares, reserva do exército e subordinam-se aos preceitos gerais do Regulamento Interno e dos Serviços Gerais. Senão vejamos:

Art . 44 - Os Corpos de Bombeiros, à semelhança das Polícias Militares, para que passam ter a condição de "militar" e assim serem consideradosforças auxiliares, reserva do Exército, têm que satisfazer às seguintes condições:
(...)

4) possuírem uniformes e subordinarem-se aos preceitos gerais do Regulamento Interno e dos Serviços Gerais e do Regulamento Disciplinar, ambos do Exército, e da legislação específica sobre precedência entre militares das Forças Armadas e os integrantes das Forças Auxiliares;

A portaria nº816, de 19 de dezembro de 2003, que aprovou o RISG, Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (R-1), acima citado, prescreve em seu art. 1º: “O RISG prescreve tudo quanto se relaciona com a vida interna e com os  serviços  gerais  das  Unidades  consideradas  corpos  de tropa”,  estabelece inclusive:

Capítulo l

Seção l: Do Comandante

Art.23. Ao Cmt U, além de outros encargos relativos à instrução, à disciplina, à administração e às relações com outras OM, prescritos por outros regulamentos ou por ordens superiores, competem as seguintes atribuições:
...Vll – providenciar para que a unidade esteja sempre em condições de ser empregada;

Capítulo II: Nas Subunidades incorporadas

Seção I:Do Comandante de SU

Art. 113. Ao Cmt SU, além das ações de planejamento, coordenação, execução e avaliação e dos encargos que lhe são atribuídos em outros regulamentos, incumbe:
VII –empenhar-se para que sua SU apresente-se de maneira impecável em qualquer ato;

Na Seção II as regras de Instrução e das faxinas, mais precisamente no art. 183. Vejamos:

Seção II Da Instrução e das Faxinas
(...)
 Art. 183. Faxinas são todos os trabalhos de utilidade geral, executados no quartel ou fora dele,compreendendo limpeza, lavagem, capinação, arrumação, transporte, carga ou descarga de material e outros semelhantes regulados pelas NGA/U.
                           
As Polícias Militares utilizam subsidiariamente as legislações suso mencionadas, haja vista sermos - gostem alguns segmentos ou não, Força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro. O 2º Batalhão é uma Unidade. E ainda se assim não fosse, em nossos editais abertura de concursoesta previsto nas “ atribuições do cargo”  “cumprir os planos, normas e ordens emanadas do escalão superior”. Não havendoportanto, nenhuma irregularidade em que o policial militar auxilie ou realize faxinas no quartel. Estando este inclusive, caso se negue, sob as iras de nossa legislação peculiar. A despeito do tema a jurisprudência do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, tem posicionamento nesse sentido, conforme se extrai no Julgamento da Apelação n° 6.544/12, referente ao caso de um Soldado da PM que recebeu ordem direta do seu superior hierárquico para auxiliar na limpeza e recolhimento de galhos de árvores cortadas no quartel, recusou-se ao seu cumprimento, tendo o Egrégio Tribunal de Justiça Militar, mantido a decisão do Juiz de Piso, mantendo a condenação e negando provimento ao Recurso. Eis a ementa do acórdão adiante colacionado. Veja:

POLICIAL MILITAR – Recusa de obediência – Condenação em Primeira Instância – Apelo defensivo pleiteando a absolvição por atipicidade ou pelo reconhecimento apenas da prática de transgressão disciplinar – Prática do crime suficientemente comprovada – Ordem que não se revestia de manifesta ilegalidade
Eventual inconformismo diante de ordem recebida não manifestamente ilegal poderia ser apresentada de forma regulamentar mediante o disposto no art. 30 do RDPM – Preceitos de hierarquia e disciplina que não permitiam no caso o simples descumprimento da ordem recebida – Crime contra a autoridade e a disciplina militar
– Recurso que não comporta provimento (Processo APR 0065442012 – TJM/SP - 1ª Câmara, julgado em 18/03/2013 – Relator Fernando Pereira).

Ainda assim, destaco que a ação de mutirão para faxinas foi medida tomada após 06 Circulares Internas saídas do comando da Unidade informando as dimensões do quartel (mais de 100 mil metros quadrados e aproximadamente 6.800m² de área construída) e solicitando mais servidores civis para realizarem serviços de limpeza na Unidade. Ressalto que neste caso específico, no dia anterior, o comandante da Unidade solicitou ao Tenente PM Jésus, prefeito e responsável por todos os funcionários de limpeza da PMES, o deslocamento de funcionários para ajudarem na limpeza do 2º BPM, fato já acontecido em outras situações, não tendo sido possível nessa ocasião. Para sintetizar, informo aos desinformados que a medida do Alto-Comando da Instituição em terceirizar a limpeza das OME (Organizações Militares Estaduais) é política administrativa para melhorar a eficiência das Unidades, mas nossa investidura militar, esta é lei e permanece.

Quanto à falaciosa e engendrada urdidura envolvendo a residência oficial do comando, esta não fica anexa ao quartel, e sim dentro do quartel e a solicitação de sua reforma foi comunicada através de comunicação interna feitaao escalão superior. A reforma foi feita via laudo técnico do engenheiro Sr. Antônio Augusto Costa com fotos.

Além de anônima, é totalmente inverídica a informação do número de oito a seis policiais que estariam a serviço da casa do comandante, inclusive a reportagem dá uma conotação à sociedade de como se estivesse demorando tanto tempo por ser algo “grandioso e luxuoso”, no entanto, sua demora justamente se deu em virtude de que a reforma da casa do comando, feita em boa parte com material reciclado (entulhos e restos de obra dentro do quartel) não é, e não era prioridade e sim as demais dependências do 2º BPM, que, por exemplo, em seus dois últimos serviços foi o desmanche do telhado do prédio dos alojamentos que fora condenado por laudo do engenheiro civil Sr. Antônio Augusto Costa (gentilmente cedido) ocasionando risco de morte para os transeuntes do aquartelamento e o entupimento da rede de esgoto do corpo da guarda dada por raízes de árvoresna frente do quartel. É imprescindível destacar que até hoje este comandante utiliza um alojamento com quarto e sala no prédio da administração do quartel.
  
Quanto à atividade de obras executadas por policiais, destaco mais uma vez nossa investidura militar, sendo que, somente neste ano temos 08 (oito) Circulares Internas trocadas sobre o assuntoe previsão de material de construção em nosso sistema de compra digital. Então, não há que se falar em ilegalidade ou desvio de função.

Quanto às arvores que informaram terem sido derrubadas de forma ilegal, insta salientar que a citada “Reserva da Fazenda Pública Estadual” não se trata de reserva homologada por órgão público competente como maldosamente foi ventilado, e sim uma área de plantação de árvores, feita com muita boa vontade. Que a despeito desta informação anterior, goza de todo respeito e consideração deste comando, tanto o é, que a unidade é o único Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo que possui um Plano de Recuperação de Áreas Degrada (PRAD) projeto de engenharia doado ao 2ºBPM, pelo engenheiro agrônomo André Luiz Oliveira Cirqueira, Chefe do IDAF, Escritório Regional de Nova Venécia, o qual atende à região, por intermédio do Tenente Coronel Aleixo e está no quartel disponível para ser consultado, datado de maio de 2016.  Há ainda o Levantamento Topográfico Planimétrico e Planialtimétricodoado pela empresa GM TOPOGRAFIA – EIRELI – ME e também somos a única Unidade da PMES com um projeto “Batalhão Sustentável” em execução. O corte de árvore feito, se deu, após enxurradas ocorridas no ano de 2015 que, ao desbarrancá-las e levá-las ao chão, aí sim, foram desgalhadas até para desobstruir a passagem, (se encontram no mesmo lugar à disposição, inclusive um velho pé de oiti). Na ocasião desta enxurrada e raios, o batalhão teve queimados 08 computadores de uma só vez, tamanha a força do temporal, tudo documentado aos escalões superiores competentes, solicitando inclusive a instalação de sistema de para- raios, já que o atual é obsoleto para a dimensão do aquartelamento. Prova disso que, para conter o barranco, fora feita uma contenção com toras de coqueiros mortos e plantados bambus nas encostas, numa tentativa rústica de contenção e escoamento da água de chuva, também com a ação da mesma equipe, haja vista tal deslizamento ter provocado inclusive rachadura irreversível na estrutura do canil.

O local atrás do canil, sordidamente mencionado na denuncia anônima era mais um dos locais que funcionava como “lixão”, e obstruía a segunda principal via de acesso ao Batalhão e guardava grande quantidade de lixo (pneus velhos, eletrodomésticos, plásticos, etc) e madeira apreendida, foco de escorpiões e dengue apontado por profissionais da saúde pública. A madeira fora documentado ao judiciário que deu os encaminhamentos devidos, que tão logo feito foi limpa e desobstruída a via.

No último temporal ocorrido no dia 06/12/16, novamente um temporal causou prejuízo à duas árvores, uma ficando dependurada sobre o fio de alta tensão, causando queda de energia por mais de seis horas e risco de fogo e outra foi quebrada pela ventania, tendo que ocorrer a poda, feitamais uma vez pelo Corpo de Bombeiros, preservando a vida de quem transita pela Unidade.

Quanto à denúncia de doação de granito, destaco que são inverídicas, pois todas as medidas administrativas do comando sempre se pautaram dentro da mais límpida lisura, observando os princípios da administração pública e se encontramno quartel disponível para qualquer informação. Malgrado, mais uma vez este comando convida, como de estilo, a comunidade ou qualquer órgão ou entidade governamental a adentrar o quartel para verificar ou dirimir qualquer dúvida.

Como se vê, é clara a tentativa de desmoralizar o comando da Unidade, para satisfazer interesses escusos. Algo tão nítido faz com que se tente fazer “ouvidar” dos benefícios produzidos de forma inédita para a tropa do 2º BPM e consequentemente á sociedade, que já estão sendo replicadas para toda PMES, como a parceria com a faculdade Multivix de Nova Venécia, no Projeto Força Positiva (onde o Tenente Coronel Aleixo é o gestor) parar atendimento psicológico dos policiais militares, como forma de saúde mental preventiva e de torná-los mais capacitados e humanizados no atendimento ao público. Este projeto foi apresentado e extremamente aplaudido no 2º Congresso Nacional de Psicologia Positiva ocorrido em São Paulo em junho/julho do corrente ano e chegou à final do prêmio INOVES/2016, chegando entre os três primeiros projetos.

A parceria com a ESESP que até então só atendia policiais militares da Grande Vitória e na sede da própria ESESP e que, por iniciativa deste comando, passou a se deslocar e ministrar seus cursos de qualificação e palestras dentro do 2º BPM, que soou tão bem para a tropa, que também já se encontra sendo replicado em outros Batalhões do interior do Estado, levando nossos policiais ao aperfeiçoamento dos serviços prestados à sociedade.

A prestação de contas “Accoutability”, enaltecido como “exemplo a ser seguido” pelo próprio blog do Senhor Elimar Côrtes. Além da sessão de acoutability apresentada na câmara de vereadores aos cidadãos e entidades e ao Ministério Público, os resultados do planejamento da Unidade foi apresentado também à 15ª subseção da OAB em Nova Venécia.

Somente este ano o Ministério Público já realizou duas inspeções no aquartelamento do 2º BPM, a segunda inspeção ocorrida na última sexta-feira dia 16/12/2016 e nenhuma irregularidade foi apontada.

A Tríplice Divisa, sistema operacional e de inteligência mentalizado pelo Tenente Coronel Aleixo, que se concretizou no 1º Encontro de Gestores das Polícias Militares da Tríplice Divisa, ocorrido em novembro, onde o Tenente Coronel Aleixo, em honraria entregue pelo Comandante Geral da Polícia Militar da Bahia foi homenageado com o certificado “como um amigo na edificação da comunidade do Extremo Sul Baiano”, haja vista a arquitetura da tríplice Divisa e os relevantes serviços em operações dentro até mesmo do Estado da Bahia e Minas Gerais no desmantelamento de quadrilhas criminosas.

O projeto Batalhão Cultural, que já trouxe para dentro do quartel centenas de jovens e crianças. A Semana da Consciência Negra em parceria com a Facudade Multivix, UFES, Secretaria Municipal de Educação de Vitória, Secretaria de Direitos Humanos da Serra.

O desfile em comemoração ao dia da Independência, na data de sete de setembro, como contribuição á sociedade para o fortalecimento do espírito cívico e o patriotismo, após mais de 15 anos sem tê-lo.

Além de sermos o Único Batalhão e Companhia no Estado que possui todos os conselhos interativos de segurança em atividade, sendo objeto de elogios por mais esta façanha pela Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária diretamente em boletim interno da instituição.

Diante do adrede mencionado, fica claro que quem passou estas informações teve intuito de causar sensacionalismo e prejuízos ao projeto que vem sendo realizado, tentando distorcer a imagem do comandante junto aimprensa, a PMES e a comunidade.

Assim, por hora, deixamos à comunidade, bem como a todos os órgão e entidades pública e privadas, inclusive a imprensa, a discricionariedade em nos visitar e inquerir a qualquer momento que lhes aprouver. Lamentamos que mentes apequenadas, desonestas e covardes venham de modo sorrateiro e rasteiro tentar macular a imagem e o trabalho que estamos construindo juntos a duras penas, em tempos de terra tão sáfara no intuito de satisfazer a sanha do poder não para revertê-lo para o bem da coletividade, mas tão somente pérfidos confortos de um serviço público customizado ao bem estar próprio em detrimento ao da sociedade. Saiba a tropa que comando, saiba também todos nossos parceiros de jornada, e até aqueles cidadãos mais afastados, que não soçobraremos diante deste asqueroso e vil ataque a nossa honra e trabalho e continuaremos aqui trabalhando para os bons e fiéis policiais militares e para todos concidadãos destes nove municípios aos quais o Comando Geral da PMES me confiou a guarda e a vida.

Nosso serviço é acompanhado de perto pela comunidade que, guardadas as devidas proporções técnicas são tomadas em conjunto. Fica claro que as informações divulgadas no anonimato mostram a fragilidade total dessas denuncias. Que com toda certeza são oriundas de indivíduos que estão insatisfeitos por terem saído de suas zonas de conforto.

Lamento profundamente esta atitude desleal desses, que ao mirar nossa honra, visando o próprio conforto acabam prejudicando todo um projeto que vem sendo aplaudido nestes nove municípios e até mesmo na divisa de outros estados.




Polícias já podem usar fuzis e metralhadoras apreendidos com criminosos

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As forças de segurança pública já poderão, em defesa da sociedade, utilizar todos os fuzis e metralhadoras apreendidos. O anúncio foi feito ainda há pouco pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em sua página no Facebook. O anúncio foi feito por conta da edição do Decreto nº 8.938, de 21 de dezembro de 2016, publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (22/12).

“A partir de hoje, com a edição desse Decreto, as forças de segurança pública poderão, em defesa da sociedade, utilizar todos fuzis e metralhadoras apreendidos. Somente esse ano, são mais de 800 fuzis apreendidos no Brasil todo. Modernos, novos e operacionais, esses fuzis deixarão de ser destruídos e poderão ser aproveitados pelas Polícias (Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal) que os apreenderem. Bastará solicitação ao Ministério da Justiça e Cidadania”, informa o ministro da Justiça, que completou:

“Agradeço o apoio do Ministério da Defesa e do Comando do Exército nessa importante medida de fortalecimento das policiais e economia aos cofres públicos.”

A intenção do governo é garantir que fuzis e metralhadoras retirados da clandestinidade possam ser usados pelos órgãos de Segurança. Hoje, em virtude de regulamentação do Estatuto do Desarmamento, as armas irregulares são destruídas pelo Exército, mesmo que estejam em condições adequadas de funcionamento.

O jornal O Globo informou recentemente que, segundo análise de setores de Inteligência do governo, com o fim das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o Brasil deve se tornar o principal destino na América do Sul dos fuzis usados pela guerrilha urbana, o que elevará a apreensão desse tipo de material nos próximos anos. Além disso, o poder de fogo cada vez mais elevado das organizações criminosas é apontado como justificativa para armar a polícia também.

Ainda segundo o Globo, um aumento contínuo da apreensão de fuzis ocorre no Rio de Janeiro desde 2012, quando 246 armas desse tipo foram retiradas de circulação pelas polícias do estado. No ano passado, foram 344 — um acréscimo de 40% em quatro anos. Em 2016, até setembro, segundo dados oficiais do Instituto de Segurança Pública, ligado ao governo estadual, 234 fuzis já foram apreendidos.

Até o dia 6 deste mês, pelo menos 300 fuzis já tinham sido retirados das mãos de criminosos que atuam no Estado do Rio neste ano de 2016, segundo a Polícia Militar. Em 2015, o número de fuzis apreendidos foi de 296. Um levantamento feito pelo jornal O Globo com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados do Sudeste revelou que, em 2014, o Rio teve a maior quantidade de fuzis recuperados pela polícia: 279. Em São Paulo, a polícia apreendeu 142; em Minas Gerais, 26; e no Espírito Santo, 31.

Em todos os estados, o calibre mais comum de armas apreendidas é o 38, de revólveres. Como há uma grande apreensão de pistolas, os segundos e terceiros lugares são ocupados pelos calibres 9mm e o 380. A grande quantidade de fuzis apreendidos no Rio não pode ser atribuída à eficiência policial. Em termos de números absolutos, Minas e São Paulo foram os estados com maiores apreensões de armas em geral: 18.560 e 17.932, respectivamente.

Os pesquisadores também analisam os números relativos, ou seja, comparam a quantidade de armas apreendidas com a população. Nesse aspecto, Espírito Santo e Minas estão no topo do levantamento, com 108 armas e 89 armas para cada grupo de cem mil habitantes, respectivamente. O Rio ficou em terceiro, com a taxa de 52 armas por cem mil, e à frente de São Paulo, com 41.

Polícia Civil fecha restaurante que atendia policiais com preço abaixo do mercado e causa demissão de trabalhadores no Espírito Santo

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Chegou ao fim, nesta quinta-feira (22/12), a Cantina que o Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES) mantinha há mais de 30 anos no pátio da Chefatura de Polícia, na Reta da Penha, em Vitória. Foi uma despedida emocionante que contou com a presença de dirigentes do Sindipol e dos funcionários da cantina, que agora passam a engrossar as fileiras dos desempregados no Estado.

A cantina funcionava há muitos anos sob a gerência do Sindipol, oferecendo uma alimentação de qualidade com um grupo de profissionais capacitados e praticando preços abaixo do mercado para todos os servidores policiais civis. O preço também era diferenciado para os sindicalizados.

Foi o próprio comando da Polícia Civil que, após vários questionamentos da cessão de uso para o Sindipol, deu início a um processo administrativo junto à Procuradoria Geral do Estado e ao Ministério Público Contas para a desativação da cantina.

A Polícia Civil alegou que a ocupação do imóvel pelo Sindicato era ilegal e, por isso, pediu a desocupação do prédio. A Administração da Polícia disse que o espaço localizado em um prédio público não pode ser ocupado por uma entidade particular sem licitação. Entretanto, a Polícia Civil irá abrir um processo licitatório para contratar uma empresa privada para administrar o local.

“Este argumento não convenceu o Sindicato e os policiais civis capixabas. Muitos policiais não gostaram e demonstraram indignação pelas redes sociais”, disse o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal.

“Esclarecemos que o Sindipol não foi responsável e lutou até os últimos dias para evitar o fechamento da cantina, entendendo que o seu funcionamento tem um caráter social e econômico que é interessante para os policiais. Porém, o Sindicato vai respeitar a determinação”, afirmou Jorge Emílio.

Segundo ele, o Sindipol lamenta que o espaço que sempre trouxe benefícios aos profissionais da Polícia Civil seja fechado sem justificativa plausível. Oito profissionais, entre atendentes, cozinheiros, nutricionista, ajudantes e caixas que trabalham na cantina ficarão desempregados em plena crise financeira, o que trará grandes prejuízos aos seus familiares. Alguns funcionários dependem exclusivamente desta fonte de renda.

“Não gostaríamos de encerrar o ano com essa notícia tão triste. É uma pena que a Administração da Polícia Civil tenha dado esse presente de grego de Natal para a categoria”, pontuou Jorge Emílio Leal. “Além dos oito funcionários que estão sendo demitidos, o comércio em geral também perde, pois os fornecedores que nos atendiam agora ficam sem um importante cliente”, completou o dirigente.

O atual chefe de Polícia Civil, delegado Guilherme Daré de Lima, também se despediu da cantina, almoçando no local na última quarta-feira (21/12). Nesta quinta-feira (2/12) outros delegados da cúpula da instituição, que sempre respeitaram e defenderam a existência da cantina, também almoçaram no espaço e se despediram dos funcionários, como o superintendente de Polícia Prisional (SPP), delegado Júlio César de Oliveria.

A responsabilidade pelo fechamento do espaço é da Administração anterior, quando a Polícia era comandada pela delegada Gracimeri Soeiro Gaviorno. Ela deu atenção aos seus assessores – como, por exemplo, o delegado Paulo César Ferreira – e nada fez para evitar o fechamento da cantina.

“Tivemos conquistas importantes este ano, mas o fechamento da cantina é uma perda muito grande. Vamos continuar brigando pelo espaço, nem que seja por meio de medida judicial”, disse Jorge Emílio. Segundo ele, o delegado Guilherme Daré se comprometeu estudar meios administrativos junto ao Governo do Estado para a reabertura da cantina, tendo como responsável o próprio Sindipol.

COMISSÁRIO DE POLÍCIA DANIEL GOMES FALA SOBRE COMO INVESTIGAR CRIMES COM A AJUDA DIVINA: Ele já desvendou mais de 200 casos no Rio de Janeiro sem disparar um tiro

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O Comissário de Polícia, professor e escritor Daniel Gomes de Lima Freire vai completar, em junho de 2017, 30 anos atuando como policial civil no Rio de Janeiro. Hoje, ele é também pastor da Igreja Assembleia de Deus em Bangu. Daniel Gomes é responsável pela elucidação de uma série de homicídios no Rio. Desvendou o assassinato do jornalista Tim Lopes, da Rede Globo, em janeiro de 2002.

No currículo do policial Daniel Gomes, há mais de 200 casos – crimes contra a vida e contra o patrimônio – desvendados sem dar sequer um tiro. Como isso é possível, justamente no Rio, onde a polícia tem fama de violenta:

“Ao longo dos anos da minha formação aprendi que quanto mais violento o policial, menos técnico ele é, pois o que falta em tecnologia e conhecimento  ele extrapola em violência”, ensina o professor Daniel, autor dos livros “Como Investigar Crimes Com Ajuda Divina" e “Manual de Homicídio” e da “Apostila de Metodologia em Crimes de Homicídios”.

“Meu primeiro livro, “Como Investigar Crimes Com Ajuda Divina", narra 40 crimes solucionados, sendo um grito do autor que demonstra que existe um interesse Divino, em que a Justiça se cumpra na terra (Romanos 13:1). E o instrumento dessa Justiça é o trabalho do policial, milagroso, principalmente, quando não existem no Brasil  programas sociais e criminais de preservação do local de crime; um programa governamental  de preservação à testemunha no Inquérito Policial; e a falta de Metodologia de Investigação Criminal, principalmente na área de crimes contra a vida”, pontua Daniel Gomes, que, no entanto, não se segura apenas na força Divina para elucidar assassinatos e outros crimes – os procedimentos adotados pela Polícia Civil do Rio têm contribuído em muito para esclarecimentos de homicídios:

“Nos locais de crimes, nossas equipes contam com a presença do GELC (Grupo Especial de Local de Crime), do GI (Grupo de Investigação), do perito legista, perito criminal e do perito papiloscopista, que motivam inicialmente  cinco relatórios investigativos”,  ensina o professor.

Daniel Gomes atingiu o ápice da carreira policial. Exerce hoje o cargo de Comissário de Polícia, que é o último grau do Inspetor de Polícia Civil no Estado do Rio, sendo o chefe dos Inspetores. Seu salário bruto, de R$ 19.974,33, é maior do que recebe, por exemplo, um delegado de Polícia em início de carreira no Estado do Rio: “É Deus na minha vida, pois até meu salário tem uma gratificação de 100% por crimes esclarecidos”, explica o Comissário de Polícia carioca.

Nesta entrevista ao Blog do Elimar Côrtes, ele faz questão de mencionar dois delegados de Polícia Civil do Espírito Santo, com quem trabalhou no Rio: Adroaldo Rodrigues Lopes e Altair Ferreira, que, na época, eram inspetores (investigadores) de Polícia fluminense. “São meus amigos e profissionais supercompetentes”, diz Daniel Gomes.

Blog do Elimar Côrtes – Quando o senhor entrou para a Polícia Civil do Estado do Rio?
Daniel Gomes de Lima Freire – Iniciei o Curso de Detetive de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, em 1986, tendo tomado posse no dia 09/06/1987.

– Por quais unidades o senhor passou?
– Trabalhei em quase todas as unidades de Polícia da capital e Baixada Fluminense,  mas dentre elas citaria como experiência profissional as chefias do Setor de Homicídios da 52ª Delegacia Policial de Nova Iguaçu, período 1994 a 1997, Setor de Roubos e Furtos de Carga da Delegacia de Roubos e Furtos do Rio (1997), Setor de Análises e Estatísticas da DP de Roubos e Furtos de Autos (1998), Setor de Homicídios da 37ª DP Policial (Ilha do Governador), em 1999, do Setor de Homicídios da 24ª DP (Piedade), em 2000, e chefe do Setor de Homicídios da 37ª DP em 2000, dentre outras. Também integrei o Grupo de Investigação da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense em 2015, e, atualmente, estou no Grupo de Investigação Complementar (GIC)  da Divisão de Homicídios da Capital.

– Quais livros o senhor já escreveu?
– “Como Investigar Crimes Com Ajuda Divina", Editora Usina de Letras-Vermelho Marinho- 2010, onde narro como consegui elucidar crimes dos mais violentos, com provas dificílimas que surgiram na investigação como que por verdadeiro milagre. Tem também o "Manual de Homicídio", Editora Usina de Letras-Vermelho Marinho-2016, que demonstra tecnicamente porque se morre no Brasil vítima de homicídio doloso; porque a sociedade está se matando; e como o homicídio deve ser investigado passo a passo.

– Fale um pouco de suas obras literárias e de sua importância para o Sistema de Justiça Criminal.
– O primeiro livro, “Como Investigar Crimes Com Ajuda Divina", narra 40 crimes solucionados, sendo um grito do autor que demonstra que existe um interesse Divino, em que a Justiça se cumpra na terra (Romanos 13:1). E o instrumento dessa Justiça é o trabalho do policial, milagroso, principalmente, quando não existem no Brasil  programas sociais e criminais de preservação do local de crime; um programa governamental  de preservação à testemunha no Inquérito Policial; e a falta de Metodologia de Investigação Criminal, principalmente na área de crimes contra a vida.

Já o segundo livro, "Manual de Homicídio", é uma obra técnica/científica, editada por um pedagogo/profissional de Polícia Judiciária, com base em experiências  reais que foram dissecadas ao longo de 30 anos de aprendizado na área de investigação e que demonstram que a caótica situação existente mostra que, independentemente da atividade exercida pela Polícia Judiciária, é necessário se investir na técnica profissional aliada a metodologia científica.

– Sobre o livro "Manual de Homicídio", porque se mata tanto no Brasil?
– Entendo que no início da minha função policial, quando chefiava  setor de Homicídio de Delegacia de bairro, os crimes de homicídios eram geralmente contra pobre, negro e ex-presidiários, fato que não motivava ao Estado a investir nessa área criminal. Com o passar do tempo ocorreram mudanças de comportamento nas mortes, pois a  sociedade brasileira   contemporânea, diante de uma contenda,  já não soluciona seus litígios mais pela via do diálogo ou jurídica e sim mata ou manda matar. O exemplo real é que a maioria dos criminosos e/ou mandantes são pessoas ligadas à vítima.

– Qual a importância desse livro para a sociedade e a polícia?
– O livro alerta a sociedade sobre as falhas comportamentais naturais que praticamos, como familiar; passional; sexual; profissional; religiosa; financeira; política e penal. Essas falhas se transformam em motivação criminosa, numa sociedade altamente desequilibrada ética, moral e espiritualmente, conforme exemplos concretos citados e apurados ao longo dos 30 anos e que estão no livro.

Quanto à Polícia Judiciária, pude verificar que ao longo de 30 anos de serviço, nunca estudei sobre o comportamento da sociedade e quanto à metodologia de investigação, fatos que me incentivaram a criar a princípio a Apostila de Metodologia de Investigação, em 2003,  e posteriormente em 2016, lançar o livro.

– De que forma a “Apostila de Metodologia em Crimes de Homicídios” tem ajudado investigadores de Polícia?
– Autor em 2003  da única Apostila de Metodologia em Crimes de Homicídios, registrada  nos direitos autorais do Rio, em 27 de maio de 2003, sob o n° 283.962, do livro 513, das folhas 62, tentei por 10  anos introduzi-la na Acadepol do Rio. Somente no ano de 2013, consegui mostrar  para a área pedagógica da Acadepol da PCERJ que o material era importantíssimo e único, pois o material existente até então se mostrava totalmente ultrapassado. Assim, a Apostila de Metodologia em Crimes de Homicídios passou a fazer parte da matéria pedagógica do Curso de Formação de Policiais Civis da Academia de Policia Civil Silvio Terra-RJ, a partir de 2013, estando atualmente fazendo parte da formação na área de Crimes Contra a Vida, onde eu atuo como professor também na área de Crimes Contra o Patrimônio. 

– Conte alguns casos resolvidos que o senhor atribuiu à ajuda Divina e como se deram essas elucidações?
– Teríamos vários crimes, mas exemplificaria com três casos que até me emocionam. O primeiro, no dia 22 de setembro de 1998, numa terça-feira, por volta das 9 horas,  um veículo importado era encontrado abandonado na Rodovia Presidente Dutra. No interior do veículo existia grande quantidade de sangue, uma Bíblia e um CD  evangélico de um pastor/cantor muito conhecido do povo cristão.

Horas depois seu corpo era encontrado em um local de pasto, localizado no município de Queimados. Através da quebra de sigilo telefônico, restou apurado que a vítima recebera três ligações telefônicas que teriam mudado seu destino. Localizado o telefone, tratava-se de um orelhão público. Resolvi comparecer ao local e efetuei ligação do meu telefone celular para aquele telefone público até que alguém o atendesse. Um rapaz atendeu a ligação e então o acompanhei até ao seu comércio e lá, em poucos minutos de conversa, mostrei-lhe a foto do pastor, momento em que ele o reconheceu como sendo um freguês que costumava jantar no local. E que, após o jantar, um jovem que era segurança do local, costumava acompanhar o pastor. Horas depois o crime estava esclarecido, pois, através da Criminalística, conseguimos as provas necessárias para indiciar o autor por homicídio, tento sido condenado a 18 anos de prisão (investigações indicaram que o pastor teria sido vítima de crime passional). 

O segundo, dia 28 de janeiro de 1999, quinta-feira, às 9:22 horas, o corpo de uma bonita jovem enforcada com fio paralelo elétrico era encontrado na Estrada de Tubiacanga, próximo ao Aeroporto Internacional do Galeão. A família desesperada e o noivo acreditavam que um ex-namorado era o suspeito do crime, porém dias depois, para surpresa policial, um inspetor de seguros comunicava existir uma apólice de seguros em nome da vítima no valor de R$ 340 mil, sendo o único beneficiário o atual desesperado noivo.

De posse de uma ordem judicial de prisão temporária e de mandado de busca e apreensão, foi efetuada revista no apartamento do suspeito, tendo sido encontrado embaixo da pia da cozinha um fio paralelo elétrico similar ao encontrado envolto no pescoço da vítima. A Criminalística comprovou que ambos os pedaços de fio foram seccionados um do outro, sendo o acusado indiciado e denunciado por homicídio. Foi condenado a 26 anos de prisão. Citaria que nesta investigação tive a companhia do Dr. Adroaldo Lopes e Dr. Altair Ferreira, Delegados de Polícia do Espírito Santo e a época Inspetores de Polícia na 37ª DP-Ilha do Governador (Rio).

O terceiro caso ocorreu no dia 19 de junho de 2000. Uma denuncia anônima, via telefone, irrompia o Setor de Homicídios daquela Distrital, narrando que um jovem morador da Ilha do Governador não estaria desaparecido e sim teria sido morto por sua esposa e sua empregada homossexual, sendo que o corpo foi amarrado no interior de um veículo e lançado ao mar. A imediata verificação da denuncia traria horas depois ambas às mulheres à delegacia, onde, após negarem veementemente o fato, caíram em contradições. Elas tiveram seus pertences revistados e três cartas de amor encontradas mostravam que o marido era a única interferência entre ambas.

Com auxílio do Corpo de Bombeiros vasculhamos o cais e, para surpresa, o veículo da vítima era içado confirmando o informe, pois seu corpo seminu, enrolado em um edredom do quarto do casal, jazia. Através da Criminalística outras provas do crime foram coletadas, sendo ambas indiciadas. Foram condenadas cada uma a 21 anos e seis meses de prisão.

– Como o senhor avalia a atual situação das Polícias Civis brasileiras?
– Estão falidas, vendendo o almoço para jantar. Costumo dizer que “viva a Polícia do Rio!”, pois, viajando pelo Brasil, tenho visto a existência de vários países Brasil dentro do Brasil, pois em cada Estado temos um quadro diferente, não há unificação de protocolos a serem seguidos, inclusive na área de investigação de homicídio. Ou seja, cada um faz como quer, da forma que é possível, com os meios que tem  e como lhe agrada. 

– Em seu currículo, o senhor informa já ter ajudado a solucionar mais de 200 crimes. O senhor se refere a crimes contra a vida ou outros tipos de delitos?
– Tenho na minha formação policial passagens por várias Delegacias Distritais e Especializadas, fato que contribuiu muito com a minha formação polivalente. Ou seja, 80% dos crimes solucionados foram na área de Crimes Contra a Vida e 20% na área de Crimes Contra o Patrimônio.

– Como foi solucionar tantos crimes sem dar um só tiro sequer?
– Ao longo dos anos da minha formação aprendi que quanto mais violento o policial, menos técnico ele é, pois o que falta em tecnologia e conhecimento  ele extrapola em violência.  Meu livro “Como Investigar Crimes Com Ajuda Divina” tem uma frase na capa do Dr. Zaqueu Teixeira, ex-chefe de Polícia do Rio, que disse: “É a inteligência que vence a violência”.

Sempre fui um policial cauteloso e técnico, com vários cursos e duas participações em cursos no exterior. Procuro sempre investigar e no  momento da prisão usar de toda a tecnologia existente para flagrar o criminoso em vulnerabilidade e desvantagem, fatos que até hoje têm surtido efeito com prisões de criminosos violentos. Como exemplo, cito a elucidação do assassinato do jornalista Tim Lopes, da Rede Globo, que culminou com a prisão e condenação de nove criminosos, dentre eles, o traficante Elias Maluco.

– Por que, em sua avaliação, os índices de solução de homicídios no Brasil é tão baixo?
– Conforme eu já ponderei, a existência de vários países Brasil dentro do Brasil, pois em cada Estado temos um quadro, não há unificação de protocolos a serem seguidos, inclusive na área de investigação, ou seja, cada um faz como quer; da forma que é possível ; com os meios que tem  e como lhe agrada. 

– Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) informam que os índices de solução não passam de 8% por ano.
– Sou um crítico da mídia e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, pois vejo vários grupos e instituições que vivem criticando a polícia, mas nunca recebi a visita de nenhum deles procurando saber sobre os bom resultados obtidos e principalmente da metodologia usada, que poderia ser divulgada à nível nacional. Exemplificaria, citando que no período de março a novembro de 2015, trabalhando no Grupo de Investigação da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, iniciamos uma varredura em 18 municípios sob a nossa  responsabilidade e conseguimos diminuir drasticamente o número de assassinatos. Obtivemos o índice de 26% de elucidação, fato que levou a toda a equipe a ser movimentada para a Divisão de Homicídios da Capital fluminense.

Atualmente, a Divisão de Homicídios da cidade do Rio, sob o comando investigativo  do Dr. Fábio Cardoso, conta no ano de 2016, até o dia 15 de dezembro, com 447  pessoas  presas pela acusação de homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte), com a média de 20% de elucidação, face ao aumento crescente de crimes no Estado do Rio de janeiro.

– O senhor já teve alguma atuação no Espírito Santo, mesmo que acadêmica? Já ajudou a polícia capixaba a elucidar algum crime?
– Na área policial, como  chefe do Setor de Investigação da Delegacia de  Roubos  e  Furtos de Cargas do Rio, entre 2012 e 2013, conseguimos mapear o crime de roubo de cargas no Rio de Janeiro e em várias operações desmantelamos grandes quadrilhas de roubo de cargas, com a prisão de quase 200 criminosos na  operação Colmeia, Operação Raposa e Operação Sem Fronteira. Nesta última tivemos a participação da Polícia do Espirito Santo.

Na época, com o grande trabalho realizado pela Delegacia de Cargas do Rio, sob o comando do delegado Fábio Cardoso, tivemos o prazer, na  área pedagógica, de  sermos convidados pela Transcares eAssociação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), através do coronel Paulo Roberto de Souza , para fazer palestrante no 5º Encontro de Segurança da Região Sudeste, realizado em Vitória.

– Fale mais da experiência de investigação de crimes contra a vida no Rio.
– Como bacharel em Direito, pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal, pós-graduado em Gestão de Organização de Segurança Pública, professor da Polícia Civil, da PM e do Exército Brasileiro, cheguei ao ápice da minha carreira policial no cargo de Comissário de Polícia, lotado no Setor de Investigação da Divisão de Homicídios do Município de Rio de Janeiro, local onde cumprimos todos os protocolos de investigação estabelecidos pelo nosso diretor-geral, Dr. Rivaldo Barbosa. Ele tem conseguido unificar a investigação de crime de homicídio e o latrocínio com grande êxito na  área da capital, da Baixada Fluminense e nos municípios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí,   fato que elevou o padrão de investigação  em todo o Estado do Rio de Janeiro.

Esse sucesso alcançado tem feito, inclusive, escola para as polícias de outros Estados, que nos procuram para copiar a nossa experiência. Nos locais de crimes, nossas equipes contam com a presença do GELC (Grupo Especial de Local de Crime), do GI (Grupo de Investigação), do perito legista, perito criminal e do perito papiloscopista, que motivam inicialmente  cinco relatórios investigativos.

O que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública deveria fazer é, em vez de somente criticar,  verificar essas boas práticas  e divulgar o excelente trabalho que inclusive é retratado integralmente no livro “Manual de Homicídio”.


Tropa de Elite da PM faz a alegria de crianças da Serra com doação de brinquedos no Dia de Natal

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Uma belíssima iniciativa do Batalhão de Missões Especiais (BME),a Tropa de Elite da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, foi dada neste domingo, 25 de dezembro, Dia de Natal. Sob o comando do tenente-coronel Robertson Wesley Monteiro Pires, policiais militares que integram o BME distribuíram presentes para crianças carentes de diversos bairros da Serra, como Jardim Carapina, Central Carapina, José de Anchieta e Jardim Tropical.

Os policiais militares do BME de serviço neste Natal, com a ajuda de amigos, compraram presentes e distribuíram para as crianças de bairros carentes. O tenente-coronel Pires salientou para seus comandados que o gesto foi muito importante, pois demonstra que o BME e a PMES num todo estão sempre de mãos dadas com a população capixaba.

Foi uma iniciativa do efetivo do Pelotão de Choque do BME que estava de serviço neste Natal. Os militares percorreram locais onde atuam diariamente no combate à criminalidade – são bairros que têm uma forte influência do tráfico de drogas –, mas neste domingo tiveram uma atuação de forma diferente.

Na última quinta-feira (22/12), policiais do 1º Batalhão (Vitória) visitaram as crianças internadas no Hospital Infantil de Vitória. Eles realizaram a doação de mais de 80 brinquedos para os pequeninos. Muitos deles, com situação de saúde crítica, iluminaram a ala de enfermaria com sorrisos largos ao ver os policiais fardados levando os presentes.

De acordo com a assistente social do hospital, Paula Campos Rocha, 31 anos, esse gesto mostra a face solidária e humana da Polícia Militar. “Nesse momento frágil, ver as crianças recebendo essa manifestação de carinho é muito gratificante”, opinou.

Uma das pacientes, Geisiele de Souza Graça, é mãe da pequena Rhana, de cinco meses, e faz aniversário neste Dia de Natal,se emocionou ao ver os militares e contou o seu sonho em exercer a profissão. “Ser policial é meu maior desejo. Eu já estudo leis, procuro saber sobre a profissão e vou me esforçar cada vez mais para alcançar meu objetivo”, afirmou Geisieli.

Cerca de 50 crianças foram agraciadas, muitas com quadro de saúde delicado, apresentando doenças como pneumonia, bronquite, anemia falciforme, entre outros. A equipe que arrecadou os brinquedos e realizou a doação faz parte da 5º Companhia do 1º Batalhão.

PROFESSOR DIZ QUE VAI INOVAR EM CAMARAGIBE (PE): “Vou implantar o modelo interativo e democrático ensinado pela nova Ordem Pública e Segurança Cidadã Integrada”

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O advogado e professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Daniel e Silva Meira vai tomar posse, em janeiro de 2017, como novo secretário de Justiça, Segurança Cidadã e Mobilidade Urbana de Camaragibe, município com mais de 200 mil habitantes localizado no Grande Recife.

Antes de tomar posse, Daniel Meira passou uma semana no Espírito Santo, onde fez um curso intensivo de Coaching em Ordem Pública e Segurança Cidadã Integrada. Daniel Meira veio a Vitória conhecer o projeto desenvolvido pela WIS Educação.

“Vim conhecer o projeto, mas acabei fazendo o curso, que vai ser muito importante para colocar em prática as ideias básicas em Camaragibe”, disse Daniel Meira.

Desde 1996, Daniel Meira trabalha com mediação. Ele preside a Câmara de Conciliação e Mediação e Arbitragem da Universidade Federal de Pernambuco, criada numa parceria com o Tribunal de Justiça do Estado Pernambucano. Ele escreveu uma tese que serviu de inspiração para o Congresso Nacional alterar a Lei do Divórcio. Através da Emenda Constitucional nº. 66/2010, o Congresso alterou a redação do § 6º do artigo 226 da Constituição Federal, suprimindo a separação judicial e os prazos para o divórcio.

“Com a promulgação da Emenda Constitucional 66/2010 o casamento civil passou a ser dissolvido pelo divórcio sem a necessidade de separação prévia ou da discussão de eventual culpa dos cônjuges. Além de não ser mais necessária a chamada separação judicial, a EC também extinguiu a necessidade de fluência de prazo para pedido de divórcio”, resume Daniel Meira.

Ele vai assumir uma secretaria que conta com 221 guardas municipais, que atuam na fiscalização do trânsito e na guarda e combate de crimes patrimoniais. Daniel Meira diz que pretende implantar no município pernambucano o mesmo modelo de interatividade que presenciou no Espírito Santo:

“Do dia 19 ao dia 23 deste mês, passei mais tempo estudando no curso do que descansando. Às vezes, eram mais de 12 horas diárias de aula. Aprendi que o modelo de interação com as comunidades é o caminho para uma segurança pública melhor e eficiente. Por isso, vamos adotar em Camaragibe o modelo interativo e democrático, nos moldes do que se aplica no Espírito Santo”, disse Daniel Meira.

Ele quer implantar também o projeto Célula Mater, que seria uma ampliação do modelo existente em Viana, município da Grande Vitória que Daniel Meira visitou recentemente. “A ideia é fazer um Projeto Sentinela, que há em Viana, mais amplo para monitorarmos conflitos familiares e entre vizinhos”, pontuou o futuro secretário de Camaragibe.

Em julho de 2016, a Prefeitura Municipal de Viana lançou uma ferramenta para contribuir com a segurança pública do município.  Foi o aplicativo ‘Sentinela’, que está disponível para uso em celulares e permite a interação da comunidade como agente de segurança pública. O sistema é ligado ao Centro Integrado de Videomonitoramento de Viana (CIM).

Segundo Daniel Meira, a ideia do projeto Célula Mater surgiu em Vitória, enquanto descansava no hotel para mais um dia de Coaching em Ordem Pública e Segurança Cidadã Integrada:

“A ideia do Célula Mater é criar habilidades para tratamento de informações repassadas à nossa Guarda Municipal. É preciso valorizar os olhos críticos das comunidades. Vamos utilizar técnica de inversão de papéis. Com as informações da população, a Guarda adotará o sistema de avaliação de dados para tomadas de decisões rápidas, eficientes e eficazes no tratamento do crime”, explicou Daniel Meira.

O plano vai mais além. Os bairros localizados na zona urbana de Camaragibe vão, a partir da implantação do Programa de Ordem Pública, ganhar um Núcleo da Guarda para ter contato direto e mais célere com os cidadãos. Cada bairro contará com dois guardas, que poderão ser acionados pelos moradores via WhatsApp, com wi-fi de graça:

“O prefeito eleito (Demóstenes Meira) nos deu carta branca para trabalhar. Mesmo diante da crise financeira que todo País atravessa, buscaremos meios de distribuir celulares para moradores que não possuem, como forma de facilitar a comunicação com a Guarda Municipal”, promete Daniel Meira.

Ele reconhece, entretanto, que sua missão à frente da Secretaria de Justiça, Segurança Cidadã e Mobilidade Urbana de Camaragibe não vai ser tarefa fácil, mas demonstra otimismo. Os indicadores apontam que a criminalidade no município assusta, “pois a insegurança” é evidente.

“Recentemente, ao chegar ao Aeroporto do Recife, fui abordado por uma atendente da Azul, que é moradora de Camaragibe. Ele falou que o que mais assusta na cidade são os assaltos e latrocínios (roubo com morte). Foi um diagnóstico importante, pois demonstra que a população está assustada. É isso que queremos ver no município: a participação do povo, transformando nossa Guarda Municipal em modelo, atuando sempre de forma compartilhada com a sociedade e demais órgãos de segurança”, espera Daniel Meira.

Ele vai mesmo precisar do apoio da população. O efetivo da Polícia Militar em Camaragibe “se resume a quatro policiais e duas viaturas”.  O baixo efetivo acaba obrigando o município a possuir uma Guarda Municipal qualificada:

“A população pode ter certeza que vamos implantar em Camaragibe uma nova ordem pública. Copiaremos o que vem sendo feito no Espírito Santo e o que se viu no nosso vizinho Jaboatão dos Guararapes, que está tendo uma experiência exitosa com a participação da sociedade civil, juntamente com a Guarda Municipal e as Polícias Civil e Militar”.

De acordo com Daniel Meira, o que mais chamou a atenção durante o Coaching em Ordem Pública e Segurança Cidadã Integrada, realizado em Vitória, foi a defesa da cultura de paz por parte dos professores do curso.

“A introdução da cultura de paz é significativa e mostra a democratização das discussões, sobretudo neste momento em que vivenciamos o empoderamento dos cidadãos, que vão se tornando aliados na prevenção ao trato criminoso”, frisa o advogado.

Ele entende que o atual modelo de segurança pública brasileiro é ultrapassado. Por isso, elogia cada vez mais o engajamento dos municípios na adoção de políticas públicas. “Visitei os modelos das Guardas Municipais de alguns municípios da Grande Vitória e gostei do que vi”.

Daniel Meira reconhece que a ordem pública se dá através dos eixos da salubridade, segurança e tranquilidade. Assegura que a futura administração de Camaragibe está ciente desse tripé e da responsabilidade de garantir esses conceitos na gestão.

“No eixo salubridade, sabemos que cuidar da cidade é fundamental. Vamos evitar áreas abandonadas; os donos de terrenos abandonados serão notificados a murar o imóvel para não serem ocupados, por exemplo, por usuários de drogas. É preciso melhorar as calçadas, deixar as ruas e avenidas de toda zona urbana bem iluminadas. O futuro prefeito (Demóstenes Meira) sabe que é necessário dar um novo tratamento às redes de esgoto, para evitar doenças. Instalaremos uma rede de vídeo-patrulhamento em toda cidade, colocando placas indicando que determinadas ruas contam com esse sistema. É preciso, enfim, garantir a presença do Poder Municipal em todas as áreas.”

Prefeito eleito de Camaragibe, Demóstenes Meira se elegeu com um discurso transformador, tendo prometido à sociedade atuar fortemente no controle da criminalidade. Em que pese à crise financeira, Daniel Meira acredita que será possível o cumprimento de metas. Segundo ele, o orçamento municipal é de R$ 25 milhões por mês e a vocação do município é a indústria e o comércio. Daniel Meira informa que uma das metas da futura gestão é a exploração do turismo.

Na semana que antecedeu o Natal, Daniel Meira fez uma visita ao ex-governador Renato Casagrande, presidente da Fundação João Mangabeira, ligada ao PSB.

“O Casagrande foi um governador austero e, ao mesmo tempo, promoveu uma gestão humanitária, com foco para o desenvolvimento social. O Programa Estado Presente, criado por ele, tem servido de modelo para outros estados do País”, sintetizou Daniel Meira.

Ele recebeu das mãos do ex-governador Renato Casagrande um exemplar do livro ‘Estado Presente – Em Defesa da Vida – Um Novo Modelo para a Segurança Pública’, que relata a trajetória do programa de segurança pública implantado no Espírito Santo a partir de 2011. O livro foi escrito por Casagrande em parceria com o delegado de Polícia Federal Álvaro Rogério  Duboc Fajardo, que foi seu secretário Extraordinária de Ações Estratégicas.


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