O jornal A Gazeta traz em sua edição desta quarta-feira (06/12) uma triste constatação: após sete anos de quedas sucessivas, o número de homicídios no Espírito Santo voltou a crescer. Informa o jornal que, até o dia 30 de novembro, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) já havia registrado 1.296 assassinatos, “o que equivale a pelo menos três pessoas mortas por dia”. No ano passado, diz A Gazeta, até o mesmo período, foram 1.076 homicídios. “Ou seja: em 2017, 220 pessoas a mais perderam suas vidas”.
Para o jornal, “o cenário foi influenciado” pelo aquartelamento “dos policiais militares, de 4 a 22 de fevereiro deste ano, quando 219 pessoas morreram. Um mês que fechou com 228 mortes. Foi o período com o maior número de assassinatos, cujos reflexos se fizeram sentir nos meses seguintes”.
Prossegue o texto da jornalista Vilmara Fernandes, autora da reportagem de duas páginas: “São as próprias estatísticas que revelam o quanto a retomada dos trabalhos da PM e a repressão à criminalidade têm sido difíceis. Algo que a população sente no dia a dia nas ruas. Ao se comparar os nove meses que se seguiram à greve, com os mesmos meses de 2016, o que se verifica é que em sete deles houve um número maior de homicídios. O contrário só aconteceu em maio e em setembro”.
Na sequência do mesmo texto, o secretário de Estado da Segurança Pública, André Garcia, aponta dedo para a ferida. Diz que “a relação com a Polícia Militar precisa evoluir”. E mais: “Precisamos de uma tropa motivada e estamos trabalhando para isso”, disse André Garcia, acrescentando, segundo A Gazeta, que “aposta ainda na experiência acumulada nos últimos sete anos de quedas sucessivas para retomar a redução dos assassinatos”.
A fala do secretário André Garcia reflete o pensamento do governador Paulo Hartung. No início do aquartelamento dos policiais, o governo trocou o comandante-geral da PM: exonerou o coronel Laércio Oliveira e colocou em seu lugar Nylton Rodrigues Ribeiro Filho. Passados nove meses, Hartung tem demonstrado impaciência com o comando do coronel Nylton Rodrigues e poderá fazer uma nova troca a qualquer momento.
Paulo Hartung tem sido informado que o clima está tenso em todas as unidades. Maior ainda no Quartel do Comando Geral da PM, onde coronéis do Alto Comando sequer encontram espaço para receber autoridades ou lideranças políticas e comunitárias para reuniões. O comandante Nylton tem se cercado, geralmente, com três coronéis, no máximo. Os demais se isolam ou são isolados em seus gabinetes. O clima de cordialidade, urbanidade e harmonia, que sempre marcou o QCG, não existe mais. A relação do Comando Geral com os praças, então, praticamente é inexistente.
É aí que entra a fala do secretário André Garcia ao jornal a Gazeta desta quarta-feira: “A relação com a Polícia Militar precisa evoluir...Precisamos de uma tropa motivada e estamos trabalhando para isso”.
Sabedor dos problemas – em que pese os esforços técnicos do comandante Nylton em buscar parcerias para melhorar o combate à criminalidade nas ruas –, o governador Paulo Hartung já tem um nome que considera mais viável para por em prática o que o secretário André Garcia chama de “a relação com a Polícia Militar”. E Hartung já tem um nome, que poderá ser anunciado em breve.
Trata-se de um coronel que tem mais ligação com a tropa do que o coronel Nylton. Este oficial é diferente de Nylton Rodrigues, que passou boa parte da carreira em missão especial na Sesp, como coordenador do Ciodes – foram mais de 10 anos –, e depois secretário de Defesa Municipal da Serra.
Este futuro comandante tem comandamento perante a tropa e poderia ser o oficial para tentar levar de novo o estímulo – e não somente as punições – que a tropa precisa.
De acordo com fontes do Palácio Anchieta, o governador Paulo Hartung estuda as mudanças para acontecer ainda este mês. Ele está preocupado que o desânimo da tropa reflita negativamente ainda mais às vésperas do Natal e a chegada do verão, onde a população flutuante da Grande Vitória e dos municípios do litoral aumenta ainda mais com a presença de turistas e veranistas.
O deputado saiu indignado do QCG, até porque sempre trata todas as pessoas com respeito e elegância. O parlamentar reclamou da situação com o secretário André Garcia, que agora disse, em A Gazeta, que “a relação com a Polícia Militar precisa evoluir”.
Para o jornal, “o cenário foi influenciado” pelo aquartelamento “dos policiais militares, de 4 a 22 de fevereiro deste ano, quando 219 pessoas morreram. Um mês que fechou com 228 mortes. Foi o período com o maior número de assassinatos, cujos reflexos se fizeram sentir nos meses seguintes”.
Prossegue o texto da jornalista Vilmara Fernandes, autora da reportagem de duas páginas: “São as próprias estatísticas que revelam o quanto a retomada dos trabalhos da PM e a repressão à criminalidade têm sido difíceis. Algo que a população sente no dia a dia nas ruas. Ao se comparar os nove meses que se seguiram à greve, com os mesmos meses de 2016, o que se verifica é que em sete deles houve um número maior de homicídios. O contrário só aconteceu em maio e em setembro”.
Na sequência do mesmo texto, o secretário de Estado da Segurança Pública, André Garcia, aponta dedo para a ferida. Diz que “a relação com a Polícia Militar precisa evoluir”. E mais: “Precisamos de uma tropa motivada e estamos trabalhando para isso”, disse André Garcia, acrescentando, segundo A Gazeta, que “aposta ainda na experiência acumulada nos últimos sete anos de quedas sucessivas para retomar a redução dos assassinatos”.
A fala do secretário André Garcia reflete o pensamento do governador Paulo Hartung. No início do aquartelamento dos policiais, o governo trocou o comandante-geral da PM: exonerou o coronel Laércio Oliveira e colocou em seu lugar Nylton Rodrigues Ribeiro Filho. Passados nove meses, Hartung tem demonstrado impaciência com o comando do coronel Nylton Rodrigues e poderá fazer uma nova troca a qualquer momento.
Paulo Hartung tem sido informado que o clima está tenso em todas as unidades. Maior ainda no Quartel do Comando Geral da PM, onde coronéis do Alto Comando sequer encontram espaço para receber autoridades ou lideranças políticas e comunitárias para reuniões. O comandante Nylton tem se cercado, geralmente, com três coronéis, no máximo. Os demais se isolam ou são isolados em seus gabinetes. O clima de cordialidade, urbanidade e harmonia, que sempre marcou o QCG, não existe mais. A relação do Comando Geral com os praças, então, praticamente é inexistente.
É aí que entra a fala do secretário André Garcia ao jornal a Gazeta desta quarta-feira: “A relação com a Polícia Militar precisa evoluir...Precisamos de uma tropa motivada e estamos trabalhando para isso”.
Sabedor dos problemas – em que pese os esforços técnicos do comandante Nylton em buscar parcerias para melhorar o combate à criminalidade nas ruas –, o governador Paulo Hartung já tem um nome que considera mais viável para por em prática o que o secretário André Garcia chama de “a relação com a Polícia Militar”. E Hartung já tem um nome, que poderá ser anunciado em breve.
Trata-se de um coronel que tem mais ligação com a tropa do que o coronel Nylton. Este oficial é diferente de Nylton Rodrigues, que passou boa parte da carreira em missão especial na Sesp, como coordenador do Ciodes – foram mais de 10 anos –, e depois secretário de Defesa Municipal da Serra.
Este futuro comandante tem comandamento perante a tropa e poderia ser o oficial para tentar levar de novo o estímulo – e não somente as punições – que a tropa precisa.
De acordo com fontes do Palácio Anchieta, o governador Paulo Hartung estuda as mudanças para acontecer ainda este mês. Ele está preocupado que o desânimo da tropa reflita negativamente ainda mais às vésperas do Natal e a chegada do verão, onde a população flutuante da Grande Vitória e dos municípios do litoral aumenta ainda mais com a presença de turistas e veranistas.
Deputado foi alvo de deselegância do comandante-geral
O coronel Nylton teria protagonizado, recentemente, um episódio deselegante com um deputado estadual. O parlamentar foi ao QCG tentar uma reunião com Nylton Rodrigues, a fim de interceder em favor de um pedido de um capitão. O comandante não só deixou de receber o deputado em seu gabinete, como ainda representou em desfavor do capitão, “numa forma”, de acordo com outros coronéis, “de tentar demonstrar autoridade”.O deputado saiu indignado do QCG, até porque sempre trata todas as pessoas com respeito e elegância. O parlamentar reclamou da situação com o secretário André Garcia, que agora disse, em A Gazeta, que “a relação com a Polícia Militar precisa evoluir”.