O ex-governador Renato Casagrande (PSB) fez esta semana um alerta para o que chamou de “retrocesso” na área de segurança pública do Estado com a divulgação do 11º Anuário de Segurança Pública. Na segunda-feira (30/10), o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostrou que, graças à política implantada na era Casagrande – o Estado Presente –, o Espírito Santo continuou, até 2016, reduzindo os números de homicídios.
Entretanto, com o desmantelamento do programa em 2015, quando o governador Paulo Hartung (PMDB) assumiu pela terceira vez a direção do Estado, outros crimes cresceram. Sem falar que, em 2017, a violência estourou de vez em virtude da “greve” dos policiais militares durante 22 dias no mês de fevereiro.
Segundo o FBSP, o Espírito Santo diminuiu a taxa de homicídios de 1.384 para 1.180, entre 2015 e o ano passado. Isso representa uma redução de 14%, o que levou o Estado a pular da 10ª para 16ª colocação no ranking nacional entre os mais violentos.
Já a capital capixaba, Vitória, reduziu em 31,8% os casos de homicídios dolosos e passou da 22º para penúltima colocação, perdendo apenas para São Paulo. Em 2015, Vitória teve 74 assassinatos, contra 53 em 2016.
Pelos dados nacionais, o Brasil registrou 61.619 mortes violentas em 2016, o maior número de homicídios da história, de acordo com o FBSP. Significa que sete pessoas foram assassinadas por hora no ano passado, aumento de 3,8% em relação a 2015. A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes ficou em 29,9 no País.
“Os mais de 61,5 mil assassinatos cometidos em 2016 no Brasil equivalem, em números, às mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear que dizimou a cidade de Nagasaki, no Japão, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial”, registrou o Portal de Notícias G1.
O Estado de Sergipe registrou a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes: 64, seguido de Rio Grande do Norte, com 56,9, e Alagoas, com 55,9 --todos estados do Nordeste.
É aí que entra o Espírito Santo, que registrou taxa 32,6 de mortes violentas por cada 100 mil habitantes. Para o ex-governador Renato Casagrande, a redução ainda é reflexo da política adotada por seu governo, que foi o Programa Estado Presente:
“Pelos dados do 11º Anuário de Segurança Pública, divulgados nesta segunda-feira, o Espírito Santo segue na contramão desse cenário (nacional) de aumento, graças ao movimento iniciado em 2011 com a implantação do Programa Estado Presente”, disse Casagrande, que, no entanto, está preocupado porque outros crimes aumentaram, como o latrocínio (roubo com morte), que em 2015 foi de 37 casos e no seguinte subiu para 54:
“Mas, infelizmente, o Estado registrou aumento significativo do número de latrocínio. E esse é um dado que serve de alerta e indica a necessidade urgente de ajustes na política de segurança pública. Entregamos o Estado organizado nesta área. Redefinimos o conceito de segurança pública para incluir a agenda de proteção social. A sociedade precisa estar vigilante para que não haja retrocesso. Por se tratar de vidas humanas, o preço pode ser impagável!”
E mais: para o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) o fechamento e a mudança de endereço de algumas Delegacias de Polícia Civil estão dificultando o acesso da população e, por isso, muitos crimes deixaram de ser comunicados à Polícia Civil, “mascarando os índices de violência em alguns municípios”.
O Espírito Santo registrou 1.080 assassinatos de janeiro a setembro de 2017. Um aumento de 19% em relação ao ano passado, quando foram registradas 905 mortes no mesmo período. Os dados da Secretaria de Segurança estadual mostram que só em setembro, foram 50 homicídios na Grande Vitória; 17 na Serra, 13 em Cariacica, 10 em Vila Velha; seis em Vitória; dois em Guarapari; um em Fundão; e um em Viana.
Na Região Metropolitana fica o município onde mais se mata em todo Estado. Por décadas, a Serra lidera esse triste ranking. Foram 237 mortes nos primeiros nove meses deste ano. Para o Sindipol/ES, a Serra é um exemplo da política pública de segurança implantada no Estado, “de desmonte das instituições policiais”.
No município, as Delegacias da Serra-Sede, André Carloni e Novo Horizonte foram fechadas e, “provisoriamente”, realocadas nas unidades regionais de Jacaraípe e Laranjeiras. A Delegacia de Defesa da Mulher foi transferida de Laranjeiras para o bairro Jardim Carapina, em uma sala cedida pelo Detran.
Entretanto, com o desmantelamento do programa em 2015, quando o governador Paulo Hartung (PMDB) assumiu pela terceira vez a direção do Estado, outros crimes cresceram. Sem falar que, em 2017, a violência estourou de vez em virtude da “greve” dos policiais militares durante 22 dias no mês de fevereiro.
Segundo o FBSP, o Espírito Santo diminuiu a taxa de homicídios de 1.384 para 1.180, entre 2015 e o ano passado. Isso representa uma redução de 14%, o que levou o Estado a pular da 10ª para 16ª colocação no ranking nacional entre os mais violentos.
Já a capital capixaba, Vitória, reduziu em 31,8% os casos de homicídios dolosos e passou da 22º para penúltima colocação, perdendo apenas para São Paulo. Em 2015, Vitória teve 74 assassinatos, contra 53 em 2016.
Pelos dados nacionais, o Brasil registrou 61.619 mortes violentas em 2016, o maior número de homicídios da história, de acordo com o FBSP. Significa que sete pessoas foram assassinadas por hora no ano passado, aumento de 3,8% em relação a 2015. A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes ficou em 29,9 no País.
“Os mais de 61,5 mil assassinatos cometidos em 2016 no Brasil equivalem, em números, às mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear que dizimou a cidade de Nagasaki, no Japão, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial”, registrou o Portal de Notícias G1.
O Estado de Sergipe registrou a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes: 64, seguido de Rio Grande do Norte, com 56,9, e Alagoas, com 55,9 --todos estados do Nordeste.
É aí que entra o Espírito Santo, que registrou taxa 32,6 de mortes violentas por cada 100 mil habitantes. Para o ex-governador Renato Casagrande, a redução ainda é reflexo da política adotada por seu governo, que foi o Programa Estado Presente:
“Pelos dados do 11º Anuário de Segurança Pública, divulgados nesta segunda-feira, o Espírito Santo segue na contramão desse cenário (nacional) de aumento, graças ao movimento iniciado em 2011 com a implantação do Programa Estado Presente”, disse Casagrande, que, no entanto, está preocupado porque outros crimes aumentaram, como o latrocínio (roubo com morte), que em 2015 foi de 37 casos e no seguinte subiu para 54:
“Mas, infelizmente, o Estado registrou aumento significativo do número de latrocínio. E esse é um dado que serve de alerta e indica a necessidade urgente de ajustes na política de segurança pública. Entregamos o Estado organizado nesta área. Redefinimos o conceito de segurança pública para incluir a agenda de proteção social. A sociedade precisa estar vigilante para que não haja retrocesso. Por se tratar de vidas humanas, o preço pode ser impagável!”
Para Sindipol, delegacias fechadas podem esconder números reais
A preocupação do ex-governador tem fundamento. De acordo com o 11º Anuário de Segurança Pública, os capixabas também sofreram com roubos e furtos de veículos, que em 2016 aumentaram para 6.503 casos registrados, contra 6.031 do ano anterior. Até setembro deste ano, o Espírito Santo já registrou 1.080 homicídios.E mais: para o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) o fechamento e a mudança de endereço de algumas Delegacias de Polícia Civil estão dificultando o acesso da população e, por isso, muitos crimes deixaram de ser comunicados à Polícia Civil, “mascarando os índices de violência em alguns municípios”.
O Espírito Santo registrou 1.080 assassinatos de janeiro a setembro de 2017. Um aumento de 19% em relação ao ano passado, quando foram registradas 905 mortes no mesmo período. Os dados da Secretaria de Segurança estadual mostram que só em setembro, foram 50 homicídios na Grande Vitória; 17 na Serra, 13 em Cariacica, 10 em Vila Velha; seis em Vitória; dois em Guarapari; um em Fundão; e um em Viana.
Na Região Metropolitana fica o município onde mais se mata em todo Estado. Por décadas, a Serra lidera esse triste ranking. Foram 237 mortes nos primeiros nove meses deste ano. Para o Sindipol/ES, a Serra é um exemplo da política pública de segurança implantada no Estado, “de desmonte das instituições policiais”.
No município, as Delegacias da Serra-Sede, André Carloni e Novo Horizonte foram fechadas e, “provisoriamente”, realocadas nas unidades regionais de Jacaraípe e Laranjeiras. A Delegacia de Defesa da Mulher foi transferida de Laranjeiras para o bairro Jardim Carapina, em uma sala cedida pelo Detran.