O que seria motivo de festa e orgulho para o comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, e seus principais assessores, tornou-se, na manhã desta quinta-feira (20/07), motivo de estresse e tensão na área do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Pública (ISP), antigo Centro de Formação e Aperfeiçoamento da PM, no bairro Santana, em Cariacica. Foi durante solenidade para a entrega do Manual de Intervenções em Distúrbios para Equipes da Força Tática da Polícia Militar.
Em demonstração de insatisfação, os policiais militares que estavam em forma para receber o Manual teriam deixado de bater palmas após os discursos. Aplausos só de quem estava no palanque das autoridades. A solenidade foi para a entrega do Manual de Intervenções em Distúrbios para Equipes da Força Tática da Polícia Militar, criada pelo coronel Nylton Rodrigues logo depois da maior crise vivida pela PM capixaba, em fevereiro deste ano, com o aquartelamento da tropa por 22 dias.
Como um dos castigos pelo motim, o governador Paulo Hartung extinguiu o Batalhão de Missões Especiais. A Força Tática, então, passou a ser a menina dos olhos do Comando Geral da PMES. O objetivo do manual é servir como referência doutrinária para padronização das instruções e operações policiais relativas às intervenções em distúrbios com a participação das equipes da Força Tática.
A solenidade teve até chamada de turma da Força Tática que atua na Grande Vitória. Surgiu informação, publicada neste blog inicialmente, de que os policias teriam ficado em silêncio na hora da execução do Hino da Polícia Militar. No entanto, a informação foi prontamente rechaçada pelo comandante Nylton Rodrigues. “O Hino da PM foi entoado em alto e bom som. A nossa tropa é ordeira e jamais faria isso com o nosso hino”, garantiu o coronel Nylton.
Em alguns momentos, houve constrangimento e o comandante de Polícia Ostensiva Metropolitano (CPOM), coronel Alexandre Ofranti Ramalho, deu uma bronca dos militares.
A cerimônia realizada no antigo CFA contou ainda com a participação do subcomandante geral da PM, coronel Rogério Maciel Barcellos, do chefe do Estado-Maior Geral, coronel Márcio Celante Weoffel, além de outros comandantes de unidade.
Os comentários dão conta de que Nylton Rodrigues seria candidato a deputado estadual, com forte apoio do prefeito da Serra, Audifax Barcelos, de quem ele foi um excelente secretário de Defesa Social.
“Eu não sou candidato a nada, a não ser candidato a um bom comandante-geral da PM”, afirmou o coronel Nylton. Mais calmo do que o coronel Ramalho no discurso – coube a Ramalho dá bronca na tropa –, o comandante Nylton disse que “os problemas plantados dentro da PM e o fomento das divisões são de quem tem pretensão políticas”.
E repetiu: “Nunca foi candidato a nada e nunca serei. Só os idiotas falam que serei candidato”.
Nos últimos dias, tornaram-se fortes os rumores de que o governador Paulo Hartung estaria estudando trocar de novo o comando geral da PM. No lugar de Nylton Rodrigues, entraria o coronel Ramalho. O motivo da irritação de Hartung foi a recusa dos policiais militares do 1º Batalhão (Vitória) em gravar, voluntariamente, propaganda para o governo em que demonstrariam que todos estão contentes com a reestruturação na PM.
Além desse clima de mal estar, o comandante-geral, coronel Nylton, teve que recuar, na quarta-feira, e suspendeu a convocação de comparecimento de centenas de militares ao Palácio Anchieta, nesta quinta-feira (20/07), em que os PMs seriam promovidos. Foi mais um motivo para irritar o governador, que havia sido surpreendido, inclusive, com a convocação dos militares para irem ao Palácio Anchieta.
Na manhã desta quinta-feira, todavia, durante a solenidade no antigo CFA, o coronel Ramalho garantiu lealdade ao seu comandante-geral, afastando, assim, atritos entre os três oficiais mais fortes hoje na Polícia Militar do Espírito Santo – o outro é o coronel Ferrari, chefe da Casa Militar. Ramalho também garantiu que não será candidato em 2018:
“Não somos políticos. Defendemos a nossa instituição. Eu tenho meu comandante, que é o coronel Nylton, a quem dou a minha total lealdade. A briga interna não levará nossa instituição a lugar algum. Ninguém assumiu o comando da Polícia Militar num momento tão difícil como o coronel Nylton”, pontuou o coronel Ramalho.
Informa ainda que todas as ações previstas no Manual “são baseadas na atuação profissional alicerçada nos preceitos dos Direitos Humanos e no uso diferenciado da força, respaldando assim a conduta dos encarregados pela aplicação da lei envolvidos no evento crítico”.
Os responsáveis pela elaboração do manual foram os capitães Rafael Fernando de Carvalho, Rafael Sant’Ana Reis e Fabrício Borlot Soares. Durante a solenidade, eles foram agraciados com o diploma do Mérito Literário, que vislumbra reconhecer os esforços de produção de obras que possuam relevância social e institucional.
Ainda segundo o Portal da PMES, em seu discurso de apresentação do manual, o capitão Rafael Fernando de Carvalho destacou a necessidade cada vez maior do empenho da Força Tática em distúrbios civis:
“São comuns ações de perturbação da ordem de menores proporções desencadeadas por grupos reduzidos de pessoas, que eclodem de maneira repentina e exigem uma resposta imediata do policial. Espero que a técnica seja empregada para o desempenho de um serviço de qualidade, que preserve a integridade da equipe”, destacou o capitão.
Segundo o Portal da PMES, o comandante do CPOM, coronel Ramalho, salientou que este é um passo importante para a Polícia Militar. “Devemos ter como referência a instrução, a técnica e o aprimoramento daqueles que compõe a tropa formada para atuação em distúrbios. Eles devem ser doutrinados para preservar os princípios basilares que nos norteiam, que são a hierarquia e a disciplina. Defender a Instituição é sinônimo de lealdade, e é isso que se espera de nossos policiais”, pontuou.
O comandante-geral da PMES, coronel Nylton, discursou sobre a importância do manual para a tropa especializada. “A qualidade da obra produzida retrata fielmente a postura que se espera dos componentes das equipes da Força Tática, demonstrando competência e profissionalismo. Este manual visa perpetuar e padronizar a base doutrinária das ações pelas quais estão sujeitas as equipes da Força Tática, com a finalidade de proporcionar as intervenções de forma técnica, proporcional e legal”, disse o comandante.
O coronel Nylton Rodrigues também prestou uma homenagem especial ao presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Espírito Santo (Sincor-ES), José Rômulo da Silva, que, “de forma altruísta”, segundo o Portal da Polícia Militar, ajudou a custear o manual. “Esse manual é a elevação da nossa responsabilidade, um pacto que guia os princípios, defendendo o certo sem de medo errar”, destacou o empresário.
Durante o discurso de apresentação do manual, o coronel Nylton anunciou ainda a aprovação da ata de registro de preço para compra de 182 fuzis Colt M4. Esta aquisição apresenta o pioneirismo da PMES na aquisição deste tipo de armamento.
Após a solenidade, todos receberam uma cópia do manual. O início dos treinamentos dentro da padronização proposta para a tropa formada para atuação em distúrbios já deve começar na próxima semana.
Em demonstração de insatisfação, os policiais militares que estavam em forma para receber o Manual teriam deixado de bater palmas após os discursos. Aplausos só de quem estava no palanque das autoridades. A solenidade foi para a entrega do Manual de Intervenções em Distúrbios para Equipes da Força Tática da Polícia Militar, criada pelo coronel Nylton Rodrigues logo depois da maior crise vivida pela PM capixaba, em fevereiro deste ano, com o aquartelamento da tropa por 22 dias.
Como um dos castigos pelo motim, o governador Paulo Hartung extinguiu o Batalhão de Missões Especiais. A Força Tática, então, passou a ser a menina dos olhos do Comando Geral da PMES. O objetivo do manual é servir como referência doutrinária para padronização das instruções e operações policiais relativas às intervenções em distúrbios com a participação das equipes da Força Tática.
A solenidade teve até chamada de turma da Força Tática que atua na Grande Vitória. Surgiu informação, publicada neste blog inicialmente, de que os policias teriam ficado em silêncio na hora da execução do Hino da Polícia Militar. No entanto, a informação foi prontamente rechaçada pelo comandante Nylton Rodrigues. “O Hino da PM foi entoado em alto e bom som. A nossa tropa é ordeira e jamais faria isso com o nosso hino”, garantiu o coronel Nylton.
A cerimônia realizada no antigo CFA contou ainda com a participação do subcomandante geral da PM, coronel Rogério Maciel Barcellos, do chefe do Estado-Maior Geral, coronel Márcio Celante Weoffel, além de outros comandantes de unidade.
Comandante-geral afirma que não será candidato em 2018
Em discurso, o comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues, criticou as pessoas que o atacam pelas redes sociais por acreditarem que ele esteja se promovendo a fim de disputar eleições em 2018.Os comentários dão conta de que Nylton Rodrigues seria candidato a deputado estadual, com forte apoio do prefeito da Serra, Audifax Barcelos, de quem ele foi um excelente secretário de Defesa Social.
“Eu não sou candidato a nada, a não ser candidato a um bom comandante-geral da PM”, afirmou o coronel Nylton. Mais calmo do que o coronel Ramalho no discurso – coube a Ramalho dá bronca na tropa –, o comandante Nylton disse que “os problemas plantados dentro da PM e o fomento das divisões são de quem tem pretensão políticas”.
E repetiu: “Nunca foi candidato a nada e nunca serei. Só os idiotas falam que serei candidato”.
Num dia de boatos sobre troca do comandante-geral, coronel Ramalho jura lealdade ao comandante Nylton
Os coronéis Nylton Rodrigues e Ramalho abordaram em seus discurso outros assuntos que não entraram no Portal da Polícia Militar. Ramalho afirmou que, apesar da crise financeira que atinge o Estado e o País, a PMES vem cumprindo seu papel institucional de defender a sociedade capixaba.Nos últimos dias, tornaram-se fortes os rumores de que o governador Paulo Hartung estaria estudando trocar de novo o comando geral da PM. No lugar de Nylton Rodrigues, entraria o coronel Ramalho. O motivo da irritação de Hartung foi a recusa dos policiais militares do 1º Batalhão (Vitória) em gravar, voluntariamente, propaganda para o governo em que demonstrariam que todos estão contentes com a reestruturação na PM.
Além desse clima de mal estar, o comandante-geral, coronel Nylton, teve que recuar, na quarta-feira, e suspendeu a convocação de comparecimento de centenas de militares ao Palácio Anchieta, nesta quinta-feira (20/07), em que os PMs seriam promovidos. Foi mais um motivo para irritar o governador, que havia sido surpreendido, inclusive, com a convocação dos militares para irem ao Palácio Anchieta.
Na manhã desta quinta-feira, todavia, durante a solenidade no antigo CFA, o coronel Ramalho garantiu lealdade ao seu comandante-geral, afastando, assim, atritos entre os três oficiais mais fortes hoje na Polícia Militar do Espírito Santo – o outro é o coronel Ferrari, chefe da Casa Militar. Ramalho também garantiu que não será candidato em 2018:
“Não somos políticos. Defendemos a nossa instituição. Eu tenho meu comandante, que é o coronel Nylton, a quem dou a minha total lealdade. A briga interna não levará nossa instituição a lugar algum. Ninguém assumiu o comando da Polícia Militar num momento tão difícil como o coronel Nylton”, pontuou o coronel Ramalho.
PM destaca a importância do Manual de Intervenções em Distúrbios para Equipes da Força Tática
De acordo com o Portal da PMES, o Manual de Intervenções em Distúrbios para Equipes da Força Tática da Polícia Militar do Espírito Santo foi desenvolvido para nortear todo procedimento operacional a ser adotado pelas equipes da Força Tática, “uniformizando a atuação em intervenções contra distúrbios e perturbação da ordem que extrapolem a capacidade de resposta do policiamento ostensivo geral”.Informa ainda que todas as ações previstas no Manual “são baseadas na atuação profissional alicerçada nos preceitos dos Direitos Humanos e no uso diferenciado da força, respaldando assim a conduta dos encarregados pela aplicação da lei envolvidos no evento crítico”.
Os responsáveis pela elaboração do manual foram os capitães Rafael Fernando de Carvalho, Rafael Sant’Ana Reis e Fabrício Borlot Soares. Durante a solenidade, eles foram agraciados com o diploma do Mérito Literário, que vislumbra reconhecer os esforços de produção de obras que possuam relevância social e institucional.
Ainda segundo o Portal da PMES, em seu discurso de apresentação do manual, o capitão Rafael Fernando de Carvalho destacou a necessidade cada vez maior do empenho da Força Tática em distúrbios civis:
“São comuns ações de perturbação da ordem de menores proporções desencadeadas por grupos reduzidos de pessoas, que eclodem de maneira repentina e exigem uma resposta imediata do policial. Espero que a técnica seja empregada para o desempenho de um serviço de qualidade, que preserve a integridade da equipe”, destacou o capitão.
Segundo o Portal da PMES, o comandante do CPOM, coronel Ramalho, salientou que este é um passo importante para a Polícia Militar. “Devemos ter como referência a instrução, a técnica e o aprimoramento daqueles que compõe a tropa formada para atuação em distúrbios. Eles devem ser doutrinados para preservar os princípios basilares que nos norteiam, que são a hierarquia e a disciplina. Defender a Instituição é sinônimo de lealdade, e é isso que se espera de nossos policiais”, pontuou.
O comandante-geral da PMES, coronel Nylton, discursou sobre a importância do manual para a tropa especializada. “A qualidade da obra produzida retrata fielmente a postura que se espera dos componentes das equipes da Força Tática, demonstrando competência e profissionalismo. Este manual visa perpetuar e padronizar a base doutrinária das ações pelas quais estão sujeitas as equipes da Força Tática, com a finalidade de proporcionar as intervenções de forma técnica, proporcional e legal”, disse o comandante.
O coronel Nylton Rodrigues também prestou uma homenagem especial ao presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Espírito Santo (Sincor-ES), José Rômulo da Silva, que, “de forma altruísta”, segundo o Portal da Polícia Militar, ajudou a custear o manual. “Esse manual é a elevação da nossa responsabilidade, um pacto que guia os princípios, defendendo o certo sem de medo errar”, destacou o empresário.
Durante o discurso de apresentação do manual, o coronel Nylton anunciou ainda a aprovação da ata de registro de preço para compra de 182 fuzis Colt M4. Esta aquisição apresenta o pioneirismo da PMES na aquisição deste tipo de armamento.
Após a solenidade, todos receberam uma cópia do manual. O início dos treinamentos dentro da padronização proposta para a tropa formada para atuação em distúrbios já deve começar na próxima semana.