O comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, coronel Wolney Dias Ferreira, defendeu na quarta-feira (19/07) penas mais severas para assassinos de policiais no Brasil. “Quem atenta contra a vida de um policial atenta contra o Estado. Isso é um ato de terrorismo e eu defendo penas muito severas. Sinceramente, acho que para esse tipo de crime deveria ser prisão perpétua”, disse o comandante.
O soldado Thiago Marzula de Abreu, 30 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça na noite de segunda-feira (17/07) durante patrulhamento na Favela da Tida, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Este ano, 89 policiais militares já foram mortos no Rio, 11 a mais do que em todo o ano de 2016. O soldado deixou esposa e um filho de apenas 2 meses.
O coronel Wolney Dias é um comandante que está sempre em defesa de sua tropa. Nunca condena o comportamento de seus subordinados antes de um devido processo legal e sofre quando um de seus militares tomba:
“Acho que a nossa legislação tem que ser revista. Tem que ser dado um peso muito maior a quem pratica crimes contra um policial, contra quem tira vida de alguém. Imagine se for um menor de idade. Não vai ficar nem preso. E é isso o que a sociedade quer? Nós estamos terminando o nosso sangue diariamente, atingindo o solo desse estado em defesa da sociedade, que precisa saber que também é responsabilidade dela”, frisou comandante da PM.
Bastante emocionado, o comandante acompanhou o sepultamento do corpo do soldado Thiago Marzula, no cemitério Parque Nicteroy, em São Gonçalo, onde o PM trabalhava. Ao lado de aproximadamente 300 pessoas, entre PMs, parentes e amigos inconsoláveis, o coronel Wolney Dias disse que já não suporta ter que enterrar policiais.
“Eu me sinto muito mal. É como se eu perdesse um filho cada vez que morre um comandado. É muito duro porque vai junto com esse filho uma parte minha. Esse é o meu pior pesadelo. A sociedade tem que entender que a polícia é a última linha entre a ordem e o caos. Nós somos os defensores da liberdade que permite a nossa sociedade viver e ter o seus direitos. Isso não pode ser aceito como uma coisa normal”, afirmou.
O comandante da PM também lamentou a falta de recursos para repor o quadro de evasão de policiais militares. Segundo ele, nos últimos dois anos cerca de 2 mil policiais militares deixaram a corporação no Estado do Rio. E 4 mil estão à espera de serem incorporados.
“Temos uma perda anual de 1.200 a 1.300 militares. Nos últimos dois anos foram 2 mil PMs. Seja por falecimento, passagem para a inatividade ou incapacidade física. E hoje eu não tenho reposição. Em razão da crise eu não posso incorporar policiais militares”, lamentou o comandante Wolney Dias.
Durante o velório, o pai do policial Thiago Marzula ficou emocionado: “Levanta, Thiago, acorda, meu filho”, gritou, momentos antes do sepultamento. O soldado Thiago foi o 89º PM a morrer este ano. Ele deixou um filho com apenas dois meses de idade.
Pelo Twitter, a Polícia Militar do Rio divulgou uma recompensa de R$ 5 mil para quem tiver informações sobre a morte de policiais. “Colabore com informações que levem à prisão de assassinos de policiais.#ValorizeQuemTeProtege #ApoieaPolicia @DDalertaRio #Parceria", diz o texto. Segundo a PM, as informações podem ser repassadas para o Disque-Denúncia, pelo telefone (21) 2253-1177, com anonimato garantido.
No começo da tarde de quarta-feira (19/07), policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira prenderam um homem suspeito de participação no ataque a policiais da UPP do Telégrafo no início da semana, que resultou na morte do cabo Bruno dos Santos Leonardo, de 29 anos, com um tiro de fuzil na cabeça e um tiro na perna.
O criminoso, de 22 anos, foi encontrado em uma casa na região conhecida como Buraco Quente após uma denúncia anônima e encaminhado à Divisão de Homicídios da Capital, que está investigando o caso. Segundo o comando da UPP, o homem foi reconhecido pela equipe que patrulhava a comunidade no dia da morte do cabo Bruno Leonardo. Na PM há seis anos, o cabo estava em seu primeiro dia de trabalho na Base Avançada do Telégrafo, que faz parte do Complexo da Mangueira.
(Com informações do Extra e Agência Brasil)
O soldado Thiago Marzula de Abreu, 30 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça na noite de segunda-feira (17/07) durante patrulhamento na Favela da Tida, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Este ano, 89 policiais militares já foram mortos no Rio, 11 a mais do que em todo o ano de 2016. O soldado deixou esposa e um filho de apenas 2 meses.
O coronel Wolney Dias é um comandante que está sempre em defesa de sua tropa. Nunca condena o comportamento de seus subordinados antes de um devido processo legal e sofre quando um de seus militares tomba:
“Acho que a nossa legislação tem que ser revista. Tem que ser dado um peso muito maior a quem pratica crimes contra um policial, contra quem tira vida de alguém. Imagine se for um menor de idade. Não vai ficar nem preso. E é isso o que a sociedade quer? Nós estamos terminando o nosso sangue diariamente, atingindo o solo desse estado em defesa da sociedade, que precisa saber que também é responsabilidade dela”, frisou comandante da PM.
Bastante emocionado, o comandante acompanhou o sepultamento do corpo do soldado Thiago Marzula, no cemitério Parque Nicteroy, em São Gonçalo, onde o PM trabalhava. Ao lado de aproximadamente 300 pessoas, entre PMs, parentes e amigos inconsoláveis, o coronel Wolney Dias disse que já não suporta ter que enterrar policiais.
“Eu me sinto muito mal. É como se eu perdesse um filho cada vez que morre um comandado. É muito duro porque vai junto com esse filho uma parte minha. Esse é o meu pior pesadelo. A sociedade tem que entender que a polícia é a última linha entre a ordem e o caos. Nós somos os defensores da liberdade que permite a nossa sociedade viver e ter o seus direitos. Isso não pode ser aceito como uma coisa normal”, afirmou.
O comandante da PM também lamentou a falta de recursos para repor o quadro de evasão de policiais militares. Segundo ele, nos últimos dois anos cerca de 2 mil policiais militares deixaram a corporação no Estado do Rio. E 4 mil estão à espera de serem incorporados.
“Temos uma perda anual de 1.200 a 1.300 militares. Nos últimos dois anos foram 2 mil PMs. Seja por falecimento, passagem para a inatividade ou incapacidade física. E hoje eu não tenho reposição. Em razão da crise eu não posso incorporar policiais militares”, lamentou o comandante Wolney Dias.
Durante o velório, o pai do policial Thiago Marzula ficou emocionado: “Levanta, Thiago, acorda, meu filho”, gritou, momentos antes do sepultamento. O soldado Thiago foi o 89º PM a morrer este ano. Ele deixou um filho com apenas dois meses de idade.
Pelo Twitter, a Polícia Militar do Rio divulgou uma recompensa de R$ 5 mil para quem tiver informações sobre a morte de policiais. “Colabore com informações que levem à prisão de assassinos de policiais.#ValorizeQuemTeProtege #ApoieaPolicia @DDalertaRio #Parceria", diz o texto. Segundo a PM, as informações podem ser repassadas para o Disque-Denúncia, pelo telefone (21) 2253-1177, com anonimato garantido.
No começo da tarde de quarta-feira (19/07), policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira prenderam um homem suspeito de participação no ataque a policiais da UPP do Telégrafo no início da semana, que resultou na morte do cabo Bruno dos Santos Leonardo, de 29 anos, com um tiro de fuzil na cabeça e um tiro na perna.
O criminoso, de 22 anos, foi encontrado em uma casa na região conhecida como Buraco Quente após uma denúncia anônima e encaminhado à Divisão de Homicídios da Capital, que está investigando o caso. Segundo o comando da UPP, o homem foi reconhecido pela equipe que patrulhava a comunidade no dia da morte do cabo Bruno Leonardo. Na PM há seis anos, o cabo estava em seu primeiro dia de trabalho na Base Avançada do Telégrafo, que faz parte do Complexo da Mangueira.
(Com informações do Extra e Agência Brasil)