O soldado Nero Walker da Silva Soares, que foi incorporado à Polícia Militar do Espírito Santo em 19/03/2014, foi preso na manhã desta sexta-feira (16/06), em sua residência, localizada na rua Santa Luzia, no bairro Amarelos, em Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Espírito Santo. Foi preso por ordem da Vara da Auditoria da Justiça Militar. Nero, que é acusado de infringir o artigo 166 do Código Penal Militar – publicar ofensas a superiores e até contra o governador do Estado, Paulo Hartung –,filmou a própria prisão.
O soldado Nero Walker tentou resistir a ordem de prisão e levou sete minutos para abrir a porta para os militares que foram à sua residência cumprir mandado de busca e apreensão. Mesmo na situação de preso, o soldado Nero postou a filmagem, incluindo a sonora, da prisão em sua página no facebook. Com o título "Acho que vão tentar me prender", o soldado Nero transmitiu ao vivo, pelo facebook, a sua prisão e o seu destempero diante os colegas de farda, incluindo oficiais da PMES. Na PMES, o nome de guerra dele é soldado Soares,mas nas redes sociais o militar usa Nero Walker e Nero Walker Soares.
O cumprimento da prisão e o mandado de busca e apreensão foram acompanhados pessoalmente pelo comandante do O Comando de Polícia Ostensiva da Região Sul (CPO SUL), coronel Alessandro Marin, que teve toda paciência mesmo com o soldado Nero.
Os atos judiciais foram determinados pelo juiz-auditor da Vara da Justiça Militar, Getúlio Marcos Pereira Neves, que acolheu manifestação do Ministério Público Estadual Militar, com base em Inquérito Policial Militar feito pela Corregedoria-Geral da PMES.
Passavam das 6 horas quando os militares, comandados pelo coronel Marin, chegaram à casa de Nero. Do lado de fora, os PMs o chamaram pelo nome. Ao perceber a chegada da PM, o soldado Nero ligou seu aparelho celular, por meio do qual começou a gravar e a transmitir ao vivo toda a cena. Primeiro, mostrou a si mesmo dentro de um banheiro. Gritou, dizendo para os policiais esperarem porque estava no banheiro.
Depois, foi para o portão. Pediu para que o coronel Marin ou outro oficial, que estava também no cumprimento da ordem judicial, lhe apresentasse o mandado de prisão. A ordem de prisão foi lida. Não satisfeito, o soldado Nero perguntou sobre o outro mandado e questionou o coronel Marin:
“Por que vocês não leram os dois mandatos? O senhor agiu de má-fé, coronel?”, disse o soldado Nero para seu superior. O coronel entregou o mandado de busca e apreensão nas mãos do próprio Nero, que fez questão de ler em voz alta.
A todo momento, o soldado Nero questionou seus superiores sobre o motivo de não ter entregue a ele os dois mandados. O coronel Marin respondeu: “Você demorou sete minutos para abrir a porta”.
No mandado de busca e apreensão, a Justiça Militar determinou o recolhimento de aparelhos celulares, computador, notebook, pen-drive e outros aparelhos supostamente usados pelo militar para armazenar textos em que critica e ofende superiores da corporação. Nero está afastado da PM desde 2016 por problemas psiquiátricos.
Em um dos trechos da gravação da prisão, que o soldado Nero transmitiu ao vivo pelo facebook, o coronel Marin é obrigado a segurar um dos braços do policial, que questiona: "Por que o senhor está me agredindo? Eu tô colaborando com o senhor. Quero ler o mandado primeiro", disse Nero.
Na verdade, o soldado Nero não estava sendo agredido e nem foi agredido em momento algum. O coronel Marin segurou o braço do militar na tentativa de obrigá-lo a abrir a porta da residência, já que havia sido comunicado da prisão e pelo fato de PM necessitar cumprir o mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Militar.
“Estamos aqui há sete minutos esperando você abrir a porta. Por favor, deixe-nos entrar”, ponderou o coronel Marin, que, se quisesse, poderia invadir a casa a qualquer momento.
O soldado Nero Walker foi um dos militares que participaram do aquartelamento da PM capixaba em fevereiro, atuando, principalmente, nas redes sociais e na gravação de vídeos. O Departamento Jurídico da Associação de Cabos e Soldados da PM e do Corpo de Bombeiros (ACS/ES) já colocou um advogado à disposição de Nero, segundo informou o presidente da entidade, sargento Renato Martins Conceição.
O soldado Nero Walker tentou resistir a ordem de prisão e levou sete minutos para abrir a porta para os militares que foram à sua residência cumprir mandado de busca e apreensão. Mesmo na situação de preso, o soldado Nero postou a filmagem, incluindo a sonora, da prisão em sua página no facebook. Com o título "Acho que vão tentar me prender", o soldado Nero transmitiu ao vivo, pelo facebook, a sua prisão e o seu destempero diante os colegas de farda, incluindo oficiais da PMES. Na PMES, o nome de guerra dele é soldado Soares,mas nas redes sociais o militar usa Nero Walker e Nero Walker Soares.
O cumprimento da prisão e o mandado de busca e apreensão foram acompanhados pessoalmente pelo comandante do O Comando de Polícia Ostensiva da Região Sul (CPO SUL), coronel Alessandro Marin, que teve toda paciência mesmo com o soldado Nero.
Os atos judiciais foram determinados pelo juiz-auditor da Vara da Justiça Militar, Getúlio Marcos Pereira Neves, que acolheu manifestação do Ministério Público Estadual Militar, com base em Inquérito Policial Militar feito pela Corregedoria-Geral da PMES.
Passavam das 6 horas quando os militares, comandados pelo coronel Marin, chegaram à casa de Nero. Do lado de fora, os PMs o chamaram pelo nome. Ao perceber a chegada da PM, o soldado Nero ligou seu aparelho celular, por meio do qual começou a gravar e a transmitir ao vivo toda a cena. Primeiro, mostrou a si mesmo dentro de um banheiro. Gritou, dizendo para os policiais esperarem porque estava no banheiro.
Depois, foi para o portão. Pediu para que o coronel Marin ou outro oficial, que estava também no cumprimento da ordem judicial, lhe apresentasse o mandado de prisão. A ordem de prisão foi lida. Não satisfeito, o soldado Nero perguntou sobre o outro mandado e questionou o coronel Marin:
“Por que vocês não leram os dois mandatos? O senhor agiu de má-fé, coronel?”, disse o soldado Nero para seu superior. O coronel entregou o mandado de busca e apreensão nas mãos do próprio Nero, que fez questão de ler em voz alta.
A todo momento, o soldado Nero questionou seus superiores sobre o motivo de não ter entregue a ele os dois mandados. O coronel Marin respondeu: “Você demorou sete minutos para abrir a porta”.
No mandado de busca e apreensão, a Justiça Militar determinou o recolhimento de aparelhos celulares, computador, notebook, pen-drive e outros aparelhos supostamente usados pelo militar para armazenar textos em que critica e ofende superiores da corporação. Nero está afastado da PM desde 2016 por problemas psiquiátricos.
Em um dos trechos da gravação da prisão, que o soldado Nero transmitiu ao vivo pelo facebook, o coronel Marin é obrigado a segurar um dos braços do policial, que questiona: "Por que o senhor está me agredindo? Eu tô colaborando com o senhor. Quero ler o mandado primeiro", disse Nero.
Na verdade, o soldado Nero não estava sendo agredido e nem foi agredido em momento algum. O coronel Marin segurou o braço do militar na tentativa de obrigá-lo a abrir a porta da residência, já que havia sido comunicado da prisão e pelo fato de PM necessitar cumprir o mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Militar.
“Estamos aqui há sete minutos esperando você abrir a porta. Por favor, deixe-nos entrar”, ponderou o coronel Marin, que, se quisesse, poderia invadir a casa a qualquer momento.
O soldado Nero Walker foi um dos militares que participaram do aquartelamento da PM capixaba em fevereiro, atuando, principalmente, nas redes sociais e na gravação de vídeos. O Departamento Jurídico da Associação de Cabos e Soldados da PM e do Corpo de Bombeiros (ACS/ES) já colocou um advogado à disposição de Nero, segundo informou o presidente da entidade, sargento Renato Martins Conceição.