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Grupo planeja trocar a chefe de Polícia Civil do Espírito Santo

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Existe um movimento dentro da Polícia Civil, com participação de integrantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social – sem contar, necessariamente, com o envolvimento e ou engajamento do secretário André Garcia –, para a troca de comando na Polícia Civil. A ideia do grupo é trocar a atual chefe da instituição, delegada Gracimeri Soeiro Gaviorno, pelo titular da Divisão de Repressão a Crimes contra o Patrimônio, delegado Guilherme Daré.

Apesar de desde os primeiros momentos de janeiro de 2015 estar administrando crise – devido aos cortes orçamentários em função da crise financeira que atravessam o Estado e o País –, Gracimeri Gaviorno tem tido uma atuação  digna de elogios. Tem sido leal ao secretário André Garcia, mesmo enfrentando boicote por parte de alguns setores da Polícia Civil.

Na última segunda-feira (07/11), ela acompanhou toda a sessão da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, ao lado do secretário André Garcia, em que o titular da Sesp foi questionado pelos parlamentares sobre a cessão de policiais militares a outros órgãos do Executivo e do sistema de Justiça. Gracimeri Gaviorno, inclusive, chegou a ser sabatinada  por conta do fechamento da Delegacia de Plantão de Alegre, no Sul do Estado.

Vários delegados de Polícia também acompanharam a sessão para dar apoio a André Garcia. Dentre eles, o atual subsecretário de Estado de Inteligência, José Monteiro Júnior;  o antecessor de Gracimeri na Chefia de Polícia, Joel Lyrio Júnior; além de João Batista Calmon e o próprio Guilherme Daré.

Antes da sessão, esses delegados – com exceção de Gracimeri Gaviorno – visitaram o gabinete dos deputados Euclério Sampaio, presidente da Comissão de Segurança, e de Josias Da Vitória. Este fato foi, inclusive, abordado por outro integrante da Comissão de Segurança, o delegado de Polícia licenciado e deputado Gilsinho Lopes:

“Apesar deles (delegados) não terem ido ao meu gabinete, quero registrar daqui a presença desses colegas na reunião do nosso Colegiado”, pontuou Gilsinho.

A possível troca de comando na Polícia Civil vem sendo comentada justamente no momento em que a Divisão de Repressão a Crimes contra o Patrimônio tem tido sua atuação questionada, já que tem demonstrado uma certa incapacidade para dar resposta aos altos índices de latrocínio (roubo com morte), roubos, furtos e, principalmente, assaltos a ônibus na Grande Vitória.

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), neste ano mais de 20 mil pessoas foram vítimas de assaltos na Grande Vitória. De 1º de janeiro deste ano até o dia 15 de outubro, foram registradas 20.129 ocorrências de crimes contra o patrimônio, entre os quais furto e roubo a pessoa em via pública, e em residências, conforme reportagem do jornal A Tribuna.

No mesmo período do ano passado foram 18.649. Se comparar os dois anos, houve um aumento de 7,94% na Região Metropolitana. Vila Velha liderou o número de crimes, com um aumento de 17,43%, seguido da Serra, de Viana, Guarapari e Cariacica. Só a capital apresentou queda (- 5,76%).

O delegado Guilherme Daré, o nome apontado para chefiar a Polícia Civil, é justamente o responsável por liderar os profissionais que deveriam, em tese, estar prendendo os assaltantes.

Há até alguns anos atrás, delegados que atuavam na Divisão de Patrimônio, mesmo sem contar com a avançada tecnologia de hoje, combatiam crimes contra o patrimônio de maneira manual, com ajuda dos álbuns de fotografais – e, diga-se de passagem, com muito mais eficiência e celeridade dos tempos atuais.

Sempre que havia um roubo – sobretudo assaltos a ônibus –, eles identificavam os criminosos, qualificavam os suspeitos e iam à Justiça pedir a prisão. De posso do mandado de prisão, realizavam – sim, naquela época, a Divisão de Patrimônio realizava diversas operações pela Grande Vitória para evitar, sobretudo, assaltos a ônibus – operações e colocavam os bandidos na cadeia. Teve ocasião que a Polícia Civil conseguiu reduzir a zero os assaltos a ônibus.

Hoje, apesar da realidade ser favorável ao trabalho de Inteligência da Polícia Civil, o que se vê é a bandidagem desafiar delegados e investigadores cada vez mais. E, neste momento, o que deveria contar para a escolha de um chefe de Polícia Civil é a meritocracia.


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