O empresário Anderson Ghidetti está disputando a eleição para prefeito de Aracruz pelo PTB/DEM. Foi vereador por dois mandatos e, atualmente, ocupa o cargo de vice-prefeito. O prefeito é Marcelo Coelho, com o quem Ghidetti está rompido politicamente. Desgastado politicamente, Marcelo Coelho preferiu não disputar a reeleição.
Ghidetti escolheu como marca de sua campanha o slogan “Mãos Limpas”, pois, segundo o candidato, a sua vida é limpa e, no passado recente da política aracruzense, a sua honestidade foi provada e comprovada, tendo sido o único vereador que saiu ileso da operação policial que culminou com a prisão dos demais vereadores da Câmara daquele município na legislatura passada.
Chama a atenção no programa de governo de Ghidetti, registrado na Justiça Eleitoral, a sua plataforma para o que ele vem chamando de eixo da ordem pública e da segurança integrada.
Entre os candidatos a prefeito, ele é o único que trata da questão da segurança pública como uma responsabilidade direta do prefeito. Ghidetti faz s seguintes pontações em sua entrevista ao Blog do Elimar Côrtes:
“Como prefeito de Aracruz não deixarei de contribuir diretamente com o Governo do Estado e com as polícias no combate a criminalidade. Esta causa também deve estar entre as prioridades de um prefeito que conhece os anseios e as necessidades da sociedade. A insegurança é um grave problema que precisa ser resolvido a muitas mãos, principalmente com a participação da sociedade”.
Blog do Elimar Côrtes – O senhor já declarou que, se eleito, pretente criar uma Guarda Municipal em Aracruz. Como o senhor enxerga a participação do município na área de segurança pública?
Anderson Ghidetti– Segurança, ou melhor, a insegurança pública afeta a todos nós. O município não pode mais fugir deste debate público. O prefeito terá que encarar esta questão como um gravíssimo problema e ajudar a resolvê-la. Não é mais possível dizer que o problema é do Estado (Executivo Estadual).
Com a Lei que criou o Estatuto Nacional das Guardas Municipais ficou mais fácil e adequada à atuação do município para agir em parceria com as polícias Civil e Militar. A nossa Guarda Municipal não será uma nova Polícia, mas atuará armada no patrulhamento ostensivo e preventivo de nossas escolas, ruas e praças, conforme autoriza a Lei. Ela não será uma Guarda de prédios, mas de pessoas, de famílias e do comércio.
Vamos proteger a vida dos aracruzenses e também introduzir o videopatrulhamento entre as atividades da futura Guarda Municipal. Outro ponto que ressalto é o modelo de parceria decisória que vamos implantar para a participação da sociedade civil no enfrentamento comunitário da insegurança, da violência e das drogas.
– Como será o trabalho da Guarda Municipal em seu governo?
– Teremos uma Guarda que protegerá as pessoas e as famílias aracruzenses.O foco dela será a prevenção para garantir a vida.Ela será armada, mas para isto receberá o melhor treinamento. Vou buscar o apoio dos Órgãos competentes neste treinamento de tiro.A arma é necessária para demonstrar a autoridade e proteger a população de modo eficaz e legal, completamente sem excessos e riscos.
– O senhor também já declarou que, se eleito, aplicará na gestão a chamada “Democracia Integral”. Explique esse termo, e como isso se aplicará na política em Aracruz.
– Esse termo é de um promotor de Justiça capixaba que é professor da Ufes. Quando falamos de democracia integral estamos afirmando que iremos para o debate organizado com a sociedade, nos bairros e nas associações da cidade. Vamos garantir os direitos fundamentais trazidos pela Constituição.
É preciso ser transparente e ouvir os anseios, as necessidades e as expectativas da população. É claro que não faremos populismo, mas de fato organizaremos a população para um debate mais real, do que a forma tradicional de fazer da velha politica.
Nossa agenda será com os pés nos chãos dentro das comunidades. Vamos convidar para conosco estarem os vereadores do município. A credibilidade está nas respostas que damos, e não apenas nas promessas que são feitas ao povo durante as campanhas políticas. Estamos preparados para governar Aracruz sem arrogância e nem inverdades.
– Outra nova expressão que o senhor usou em recente discurso foi “Choque de Ordem”. Como esse termo se aplicará na gestão administrativa em Aracruz?
– Vamos aplicar um choque de ordem em grande escala na contenção dos gastos supérfluos da municipalidade. Cortando o que for supérfluo sobrará para o que é necessário para melhorar a qualidade de vida da população aracruzense.
Vou auditar tudo para saber a real condição em que encontrararei a prefeitura, caso seja eleito, e para começar do zero, passando a limpo as contas da cidade e mostrando isto à sociedade de modo transparente.
Meu primeiro decreto será o Decreto da Transparência, pois hoje, segundo o Ministério Público Federal, Aracruz está na posição de número 1.858 no ranking da transparência pública entre os demais municípios brasileiros. As redes sociais serão um instrumento importante para dar a cidade a transparência que a sociedade quer ver na administração pública.
– Fazer esse choque de ordem implicará em demissões, perda de direitos dos servidores públicos, diminuição na qualidade dos serviços prestados aos cidadãos?
– Não. Como tenho dito, eliminaremos o que for supérfluo para garantir o que é necessário.Os direitos adquiridos não serão violados. A reorganização da administração municipal permitirá a melhoria da aplicação dos recursos públicos disponíveis, mesmo em tempos de queda de arrecadação. Vamos racionalizar e controlar as despesas como fazemos em nossa vida pessoal.
– Candidato, segundo divulgou a imprensa, Aracruz é um dos municípios mais atingidos pela queda da arrecadação dos royalties (26% em 2015), e também de ICMS. Diante disso, como pensar em realizar tantos projetos, como a criação de uma Guarda Municipal, por exemplo, diante da grave queda na arrecadação municipal? De onde virão os recursos necessários?
– Honestidade e austeridade serão palavras de ordem em nossa administração, isso se reflete em zelo com o gasto do dinheiro do povo, aumentando a sua eficiência ao gastar com o que é necessário e vital a todos os cidadãos.
Não podemos perder de vista que governar para o povo é entender que não há mais espaço para privilégios de pequenos grupos em detrimento do coletivo social. Olharemos de perto estas questões para que ela se reflita em uma administração pública eficiente e eficaz para atender o cidadão.
– Denúncias de corrupção no poder público em geral se tornam a cada dia mais frequentes na mídia nacional. Alguns analistas dizem que o Brasil vive uma crise ética sem precedentes em sua história. Como o senhor analisa esse quadro?
– Chega de escândalos e corrupção! O dinheiro público não pode ser usado para o enriquecimento ilícito de políticos sem caráter. Nossa gestão vai fechar as torneiras e ser rigorosa com os recursos arrecadados.
– De forma objetiva, quais os seus planos, se eleito, para prevenir e combater a corrupção na gestão municipal?
– Informatização geral de todos os setores, tornando a administração municipal transparente e fiscalizada em tempo real. Faremos prestações públicas de contas dentro das comunidades de Aracruz, de modo organizado e permanente. Governarei com os pés no chão e com uma consciência do respeito ao que é público tal qual fiz no exercício de meus mandatos até agora.
– Nesse mesmo tema, o senhor também se referiu a questão da transparência em recente discurso. Mas, na prática, como serão criados os mecanismos para que a gestão seja transparente, preste contas e possa ser melhor fiscalizada pelo Poder Legislativo, Ministério Público e, sobretudo, pelo povo?
– Faremos como as melhores administrações públicas municipais do mundo fazem. Adotaremos o princípio da cultura de agir de acordo com a lei de forma definitiva e transparente.
– Candidato, voltando a questão da segurança pública, como o senhor enxerga o papel no município diante dos problemas provocados pelas drogas? Afinal, esse assunto não é exclusivo das Polícias.
– Só as Polícias não resolverão este problema. A insegurança que amedronta a sociedade é um problema que o prefeito terá que tratar sem preconceitos e medos. Fazendo algo inovador e sem mesmices. O município precisa organizar e ter o seu próprio plano para combater a insegurança e o medo que assustam a população.
Essa será uma grande ação já em nosso primeiro ano de governo. Vou apresentar um plano inovador na contenção da criminalidade que será colocado em prática em parceria com a sociedade civil. A ideia é agir com a prevenção. Agir antes de acontecer!
As escolas municipais entrarão neste debate necessário. Capacitaremos diretores, professores e grêmios escolares para agirem de modo convergente na busca da tranquilidade e da segurança. Teremos educação para a ordem pública.
– Dentro desse aspecto da ordem pública, vê que o senhor entende que uma cidade mais bem cuidada é também uma cidade mais segura? Mas, de forma concreta, como explicar isso aos eleitores?
– A ordem pública se forma também pela salubridade dos espaços públicos. Não é mais possível deixar que a cidade seja tomada por pessoas que enfrentam a lei, enquanto o município se cala. A nossa proposta é unir os esforços dos demais órgãos públicos incumbidos da aplicação da Lei e somar forças para vencer os problemas do cotidiano.
– O município de Aracruz, se comparado as demais cidades do Espírito Santo, possui uma das maiores rendas per capita, perdendo apenas para Vitória e outras poucas cidades. Mesmo assim, possui apenas um hospital, que vive recorrentes crises e falta de leitos para o atendimento da população. Como o senhor pretente enfrentar o caos na saúde?
– Buscaremos mais parcerias governamentais e atuaremos na medicina preventiva e no aumento das equipes do Programa de Saúde Familiar, de modo progressivo, atingindo aos que mais precisam e não possuem recursos. Daremos atenção especial aos portadores de diabetes com a criação de um serviço especial para esse grupo, entre outras ações que implantaremos.
– Em dez anos, entre os censos 2000 e 2010, a população aracruzense cresceu 25,1%, de 64.637 para 80.864. enquanto isso, no mesmo espaço de tempo, a população capixaba cresceu 9,5%. O efeito desse crescimento fora da curva já impacta no trânsito complicado, nas unidades de saúde lotadas, nas escolas sem espaços para mais crianças, na criminalidade crescente e na favelização, aliando-se a isso a queda na arrecadação. Mesmo assim o senhor tem um discurso otimista para a cidade, por quê?
– O município tem um enorme potencial de crescimento econômico. Vamos buscar fomentar essa característica própria de Aracruz. Nesses tempos de crise somente a honestidade e a transparência no uso dos recursos públicos e a boa aplicação dos mesmos nos dará uma condição de fazermos o que é preciso.
Nosso dever de casa no primeiro ano de governo é colocar a casa em ordem para poder ter condições de responder efetivamente aos anseios da sociedade aracruzense.
– Aracruz passa por uma das maiores crises hídricas de sua história. Se eleito, quais os planos para impedir que falte água nas casas dos moradores?
– Vamos agir com muita intensidade na educação e na preservação ambiental.Temos que ter a compreensão de que esse é um problema maior e apenas de nosso município. Vamos liderar um trabalho intermunicipal de restauração das bacias hidrográficas, unindo os esforços com os novos prefeitos dos municípios vizinhos à Aracruz.
Nossa ideia é construir também pequenas estações de reuso de água, visando destinar esses recursos reaproveitados para a lavagem de carros, para aguar jardins, etc.
O primeiro e mais importante passo objetivo vai ser negociar uma linha de canalização da água que hoje abastece a Fíbria, vinda da outorga do Rio Doce. Hoje a Fíbria só utiliza 30% dessa outorga, enquanto falta água em Aracruz. Esse assunto é vital para o crescimento da cidade e para a sociedade como um todo em seu cotidiano. É uma questão de prioridade e ação política afirmativa.
– Em recente discurso o senhor também se referiu ao fomento ao empreenderismo como um dos principais projetos em sua gestão. Diante desse cenário de crise, quais os planos para ajudar as pessoas a gerar outras fontes de renda?
– Se deixarmos de gastar com a burocracia e focarmos no fim do supérfluo não faltarão recursos para investirmos em cursos de qualificação profissional, capacitando nossos jovens e adultos para o competitivo mercado de trabalho, a partir da inserção das Faculdades hoje sediadas em Aracruz podemos dar um passo importante ao fomento do emprego, através de uma capacitação onde a Prefeitura é estimuladora desse ciclo produtivo e de qualificação de mão de obra especializada. É preciso sair da mesmice e fazer diferente!
– Rompimentos entre aliados políticos não são novidade na política brasileira. Por exemplo, o senhor é o atual vice-prefeito, mas se declara rompido com o prefeito de Aracruz. Mesmo assim, o senhor faz planos de fazer “uma política diferente em Aracruz”. Na prática, como se dará esse novo movimento na relação com a Câmara de Vereadores, e com os demais atores políticos da cidade?
– Meu rompimento político com o atual prefeito (Marcelo Coelho) se deu em virtude da ausência de diálogo e transparência na administração municipal. Como vice-prefeito continuo trabalhando para deixar uma marca de amor e respeito pela cidade, sem, contudo, ter envolvimento com a Gestão atual.
Quero governar com transparência e honestidade, sem arrogância e inverdades.
– Se eleito, como será a sua relação com o Governo do Estado?
– Caminhei pelas ruas de Aracruz com o então candidato a governador, Paulo Hartung. Respeito e sei da competência e responsabilidade do governador para com o povo aracruzense. Portanto, terei todas as condições de acessar ao Governo Estadual, visto a minha relação de respeito e de apoio ao governador.
– Candidato, de forma direta, por que o senhor quer ser prefeito de Aracruz?
– Não sou político de carreira, mas um cidadão que ainda pode prestar serviços relevantes à socieade aracruzense. Aracruz tem mais de 100 anos de existência como município, mas vive no anonimato, apesar de ser uma cidade que tem expressão para ser conhecida nacional e internacionalmente. Vamos trabalhar para tirar Aracruz do anonimato em que se encontra.
Vou dar a Aracruz e ao seu povo o retorno, com trabalho honesto e preserverante, a tudo o que eles me têm confiado. Quero ser prefeito para ajudar as famílias, a indústria e ao comércio a fazer uma Aracruz com melhores condições e com ótima qualidade de vida.
Preparei-me muito para receber essa delegação do povo de minha terra natal. Estou certo de que juntos podemos fazer muito pela Cidade.
Ghidetti escolheu como marca de sua campanha o slogan “Mãos Limpas”, pois, segundo o candidato, a sua vida é limpa e, no passado recente da política aracruzense, a sua honestidade foi provada e comprovada, tendo sido o único vereador que saiu ileso da operação policial que culminou com a prisão dos demais vereadores da Câmara daquele município na legislatura passada.
Chama a atenção no programa de governo de Ghidetti, registrado na Justiça Eleitoral, a sua plataforma para o que ele vem chamando de eixo da ordem pública e da segurança integrada.
Entre os candidatos a prefeito, ele é o único que trata da questão da segurança pública como uma responsabilidade direta do prefeito. Ghidetti faz s seguintes pontações em sua entrevista ao Blog do Elimar Côrtes:
“Como prefeito de Aracruz não deixarei de contribuir diretamente com o Governo do Estado e com as polícias no combate a criminalidade. Esta causa também deve estar entre as prioridades de um prefeito que conhece os anseios e as necessidades da sociedade. A insegurança é um grave problema que precisa ser resolvido a muitas mãos, principalmente com a participação da sociedade”.
Blog do Elimar Côrtes – O senhor já declarou que, se eleito, pretente criar uma Guarda Municipal em Aracruz. Como o senhor enxerga a participação do município na área de segurança pública?
Anderson Ghidetti– Segurança, ou melhor, a insegurança pública afeta a todos nós. O município não pode mais fugir deste debate público. O prefeito terá que encarar esta questão como um gravíssimo problema e ajudar a resolvê-la. Não é mais possível dizer que o problema é do Estado (Executivo Estadual).
Com a Lei que criou o Estatuto Nacional das Guardas Municipais ficou mais fácil e adequada à atuação do município para agir em parceria com as polícias Civil e Militar. A nossa Guarda Municipal não será uma nova Polícia, mas atuará armada no patrulhamento ostensivo e preventivo de nossas escolas, ruas e praças, conforme autoriza a Lei. Ela não será uma Guarda de prédios, mas de pessoas, de famílias e do comércio.
Vamos proteger a vida dos aracruzenses e também introduzir o videopatrulhamento entre as atividades da futura Guarda Municipal. Outro ponto que ressalto é o modelo de parceria decisória que vamos implantar para a participação da sociedade civil no enfrentamento comunitário da insegurança, da violência e das drogas.
– Como será o trabalho da Guarda Municipal em seu governo?
– Teremos uma Guarda que protegerá as pessoas e as famílias aracruzenses.O foco dela será a prevenção para garantir a vida.Ela será armada, mas para isto receberá o melhor treinamento. Vou buscar o apoio dos Órgãos competentes neste treinamento de tiro.A arma é necessária para demonstrar a autoridade e proteger a população de modo eficaz e legal, completamente sem excessos e riscos.
– O senhor também já declarou que, se eleito, aplicará na gestão a chamada “Democracia Integral”. Explique esse termo, e como isso se aplicará na política em Aracruz.
– Esse termo é de um promotor de Justiça capixaba que é professor da Ufes. Quando falamos de democracia integral estamos afirmando que iremos para o debate organizado com a sociedade, nos bairros e nas associações da cidade. Vamos garantir os direitos fundamentais trazidos pela Constituição.
É preciso ser transparente e ouvir os anseios, as necessidades e as expectativas da população. É claro que não faremos populismo, mas de fato organizaremos a população para um debate mais real, do que a forma tradicional de fazer da velha politica.
Nossa agenda será com os pés nos chãos dentro das comunidades. Vamos convidar para conosco estarem os vereadores do município. A credibilidade está nas respostas que damos, e não apenas nas promessas que são feitas ao povo durante as campanhas políticas. Estamos preparados para governar Aracruz sem arrogância e nem inverdades.
– Outra nova expressão que o senhor usou em recente discurso foi “Choque de Ordem”. Como esse termo se aplicará na gestão administrativa em Aracruz?
– Vamos aplicar um choque de ordem em grande escala na contenção dos gastos supérfluos da municipalidade. Cortando o que for supérfluo sobrará para o que é necessário para melhorar a qualidade de vida da população aracruzense.
Vou auditar tudo para saber a real condição em que encontrararei a prefeitura, caso seja eleito, e para começar do zero, passando a limpo as contas da cidade e mostrando isto à sociedade de modo transparente.
Meu primeiro decreto será o Decreto da Transparência, pois hoje, segundo o Ministério Público Federal, Aracruz está na posição de número 1.858 no ranking da transparência pública entre os demais municípios brasileiros. As redes sociais serão um instrumento importante para dar a cidade a transparência que a sociedade quer ver na administração pública.
– Fazer esse choque de ordem implicará em demissões, perda de direitos dos servidores públicos, diminuição na qualidade dos serviços prestados aos cidadãos?
– Não. Como tenho dito, eliminaremos o que for supérfluo para garantir o que é necessário.Os direitos adquiridos não serão violados. A reorganização da administração municipal permitirá a melhoria da aplicação dos recursos públicos disponíveis, mesmo em tempos de queda de arrecadação. Vamos racionalizar e controlar as despesas como fazemos em nossa vida pessoal.
– Candidato, segundo divulgou a imprensa, Aracruz é um dos municípios mais atingidos pela queda da arrecadação dos royalties (26% em 2015), e também de ICMS. Diante disso, como pensar em realizar tantos projetos, como a criação de uma Guarda Municipal, por exemplo, diante da grave queda na arrecadação municipal? De onde virão os recursos necessários?
– Honestidade e austeridade serão palavras de ordem em nossa administração, isso se reflete em zelo com o gasto do dinheiro do povo, aumentando a sua eficiência ao gastar com o que é necessário e vital a todos os cidadãos.
Não podemos perder de vista que governar para o povo é entender que não há mais espaço para privilégios de pequenos grupos em detrimento do coletivo social. Olharemos de perto estas questões para que ela se reflita em uma administração pública eficiente e eficaz para atender o cidadão.
– Denúncias de corrupção no poder público em geral se tornam a cada dia mais frequentes na mídia nacional. Alguns analistas dizem que o Brasil vive uma crise ética sem precedentes em sua história. Como o senhor analisa esse quadro?
– Chega de escândalos e corrupção! O dinheiro público não pode ser usado para o enriquecimento ilícito de políticos sem caráter. Nossa gestão vai fechar as torneiras e ser rigorosa com os recursos arrecadados.
– De forma objetiva, quais os seus planos, se eleito, para prevenir e combater a corrupção na gestão municipal?
– Informatização geral de todos os setores, tornando a administração municipal transparente e fiscalizada em tempo real. Faremos prestações públicas de contas dentro das comunidades de Aracruz, de modo organizado e permanente. Governarei com os pés no chão e com uma consciência do respeito ao que é público tal qual fiz no exercício de meus mandatos até agora.
– Nesse mesmo tema, o senhor também se referiu a questão da transparência em recente discurso. Mas, na prática, como serão criados os mecanismos para que a gestão seja transparente, preste contas e possa ser melhor fiscalizada pelo Poder Legislativo, Ministério Público e, sobretudo, pelo povo?
– Faremos como as melhores administrações públicas municipais do mundo fazem. Adotaremos o princípio da cultura de agir de acordo com a lei de forma definitiva e transparente.
– Candidato, voltando a questão da segurança pública, como o senhor enxerga o papel no município diante dos problemas provocados pelas drogas? Afinal, esse assunto não é exclusivo das Polícias.
– Só as Polícias não resolverão este problema. A insegurança que amedronta a sociedade é um problema que o prefeito terá que tratar sem preconceitos e medos. Fazendo algo inovador e sem mesmices. O município precisa organizar e ter o seu próprio plano para combater a insegurança e o medo que assustam a população.
Essa será uma grande ação já em nosso primeiro ano de governo. Vou apresentar um plano inovador na contenção da criminalidade que será colocado em prática em parceria com a sociedade civil. A ideia é agir com a prevenção. Agir antes de acontecer!
As escolas municipais entrarão neste debate necessário. Capacitaremos diretores, professores e grêmios escolares para agirem de modo convergente na busca da tranquilidade e da segurança. Teremos educação para a ordem pública.
– Dentro desse aspecto da ordem pública, vê que o senhor entende que uma cidade mais bem cuidada é também uma cidade mais segura? Mas, de forma concreta, como explicar isso aos eleitores?
– A ordem pública se forma também pela salubridade dos espaços públicos. Não é mais possível deixar que a cidade seja tomada por pessoas que enfrentam a lei, enquanto o município se cala. A nossa proposta é unir os esforços dos demais órgãos públicos incumbidos da aplicação da Lei e somar forças para vencer os problemas do cotidiano.
– O município de Aracruz, se comparado as demais cidades do Espírito Santo, possui uma das maiores rendas per capita, perdendo apenas para Vitória e outras poucas cidades. Mesmo assim, possui apenas um hospital, que vive recorrentes crises e falta de leitos para o atendimento da população. Como o senhor pretente enfrentar o caos na saúde?
– Buscaremos mais parcerias governamentais e atuaremos na medicina preventiva e no aumento das equipes do Programa de Saúde Familiar, de modo progressivo, atingindo aos que mais precisam e não possuem recursos. Daremos atenção especial aos portadores de diabetes com a criação de um serviço especial para esse grupo, entre outras ações que implantaremos.
– Em dez anos, entre os censos 2000 e 2010, a população aracruzense cresceu 25,1%, de 64.637 para 80.864. enquanto isso, no mesmo espaço de tempo, a população capixaba cresceu 9,5%. O efeito desse crescimento fora da curva já impacta no trânsito complicado, nas unidades de saúde lotadas, nas escolas sem espaços para mais crianças, na criminalidade crescente e na favelização, aliando-se a isso a queda na arrecadação. Mesmo assim o senhor tem um discurso otimista para a cidade, por quê?
– O município tem um enorme potencial de crescimento econômico. Vamos buscar fomentar essa característica própria de Aracruz. Nesses tempos de crise somente a honestidade e a transparência no uso dos recursos públicos e a boa aplicação dos mesmos nos dará uma condição de fazermos o que é preciso.
Nosso dever de casa no primeiro ano de governo é colocar a casa em ordem para poder ter condições de responder efetivamente aos anseios da sociedade aracruzense.
– Aracruz passa por uma das maiores crises hídricas de sua história. Se eleito, quais os planos para impedir que falte água nas casas dos moradores?
– Vamos agir com muita intensidade na educação e na preservação ambiental.Temos que ter a compreensão de que esse é um problema maior e apenas de nosso município. Vamos liderar um trabalho intermunicipal de restauração das bacias hidrográficas, unindo os esforços com os novos prefeitos dos municípios vizinhos à Aracruz.
Nossa ideia é construir também pequenas estações de reuso de água, visando destinar esses recursos reaproveitados para a lavagem de carros, para aguar jardins, etc.
O primeiro e mais importante passo objetivo vai ser negociar uma linha de canalização da água que hoje abastece a Fíbria, vinda da outorga do Rio Doce. Hoje a Fíbria só utiliza 30% dessa outorga, enquanto falta água em Aracruz. Esse assunto é vital para o crescimento da cidade e para a sociedade como um todo em seu cotidiano. É uma questão de prioridade e ação política afirmativa.
– Em recente discurso o senhor também se referiu ao fomento ao empreenderismo como um dos principais projetos em sua gestão. Diante desse cenário de crise, quais os planos para ajudar as pessoas a gerar outras fontes de renda?
– Se deixarmos de gastar com a burocracia e focarmos no fim do supérfluo não faltarão recursos para investirmos em cursos de qualificação profissional, capacitando nossos jovens e adultos para o competitivo mercado de trabalho, a partir da inserção das Faculdades hoje sediadas em Aracruz podemos dar um passo importante ao fomento do emprego, através de uma capacitação onde a Prefeitura é estimuladora desse ciclo produtivo e de qualificação de mão de obra especializada. É preciso sair da mesmice e fazer diferente!
– Rompimentos entre aliados políticos não são novidade na política brasileira. Por exemplo, o senhor é o atual vice-prefeito, mas se declara rompido com o prefeito de Aracruz. Mesmo assim, o senhor faz planos de fazer “uma política diferente em Aracruz”. Na prática, como se dará esse novo movimento na relação com a Câmara de Vereadores, e com os demais atores políticos da cidade?
– Meu rompimento político com o atual prefeito (Marcelo Coelho) se deu em virtude da ausência de diálogo e transparência na administração municipal. Como vice-prefeito continuo trabalhando para deixar uma marca de amor e respeito pela cidade, sem, contudo, ter envolvimento com a Gestão atual.
Quero governar com transparência e honestidade, sem arrogância e inverdades.
– Se eleito, como será a sua relação com o Governo do Estado?
– Caminhei pelas ruas de Aracruz com o então candidato a governador, Paulo Hartung. Respeito e sei da competência e responsabilidade do governador para com o povo aracruzense. Portanto, terei todas as condições de acessar ao Governo Estadual, visto a minha relação de respeito e de apoio ao governador.
– Candidato, de forma direta, por que o senhor quer ser prefeito de Aracruz?
– Não sou político de carreira, mas um cidadão que ainda pode prestar serviços relevantes à socieade aracruzense. Aracruz tem mais de 100 anos de existência como município, mas vive no anonimato, apesar de ser uma cidade que tem expressão para ser conhecida nacional e internacionalmente. Vamos trabalhar para tirar Aracruz do anonimato em que se encontra.
Vou dar a Aracruz e ao seu povo o retorno, com trabalho honesto e preserverante, a tudo o que eles me têm confiado. Quero ser prefeito para ajudar as famílias, a indústria e ao comércio a fazer uma Aracruz com melhores condições e com ótima qualidade de vida.
Preparei-me muito para receber essa delegação do povo de minha terra natal. Estou certo de que juntos podemos fazer muito pela Cidade.