Quantcast
Channel: Blog do Elimar Côrtes
Viewing all articles
Browse latest Browse all 1576

Policiais civis driblam dificuldades e dão respostas rápidas nas investigações de latrocínio, assassinato e golpes neste início de ano no Espírito Santo

$
0
0
Os policiais civis do Espírito Santo começaram o ano dando respostas rápidas a diversos crimes. Elucidaram  de maneira célere um latrocínio em Guarapari, um assassinato covarde em Cariacica e ainda prenderam um cabeleireiro de luxo que veio do Rio Grande do Sul para dar golpes em terras capixabas. Teve ainda um investigador de Polícia que foi baleado ao salvar um amigo das garras de assaltantes.

Os policiais civis (delegados, agentes, investigadores, peritos e demais servidores)  demonstram, mais uma vez, seu compromisso com a qualidade e com a sociedade capixaba, apesar das dificuldades que enfrentam no dia a dia: falta de investimentos na instituição; sem reajuste ou recomposição salarial há mais de um ano; cortes de recursos financeiros promovidos pelo governo do Estado; falta de diária para viagem; ausência de sintonia com a Chefia de Polícia Civil, que parece menosprezar o trabalho de suas briosas equipes; dentre outros problemas.

O ano começou quente. No dia 1ª de janeiro, o sargento da Polícia Militar Neílton Santos, 50 anos, foi assassinado a tiros no bairro Novo Horizonte, em Cariacica. Ele seguia para mais um dia de trabalho e, ao passar em um bar, por volta das 6h30, para comprar um jornal, acabou rendido.

O sargento saiu do estabelecimento, mas foi perseguido por criminosos. Mesmo baleado, o policial correu por algumas ruas do bairro e acabou morto em um campinho da região: levou 10 tiros. Ele estava lotado na 11ª Companhia Independente da PM, em Viana.

O delegado Marcelo Cavalcanti (foto), da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Cariacica, e  sua equipe agiram rápido e prenderam os suspeitos de participação no assassinato do sargento Neílton. Primeiro, a polícia apreendeu um adolescentes de 17 anos, que confessou ter atirado no militar. O menor entregou os comparsas, que foram presos também. Com os criminosos, a polícia encontrou a escopeta calibre 12 utilizada para matar o policial. Ela estava com Tales Rodrigues Barbosa, 18 anos, e Alexandre Izidoro Pezzine, 26, que foram presos em Guarapari.

No dia 3, bandidos mataram o sargento da reserva da Polícia Militar de São Paulo Adailton Xavier de Menezes, 51 anos. Ele foi morto ao tentar evitar um assalto na praia de Setiba, em Guarapari. De acordo com a PM, Adailton Xavier ouviu gritos de “pega ladrão ”, avistou o criminoso correndo e foi atrás dele. O PM deu uma “gravata ” em seu pescoço, quando foi baleado três vezes e morreu. O militar paulista passava férias com a família no litoral capixaba.

Os assassinos foram presos menos de 24 horas depois pela equipe do delegado Daniel Belchior (foto), titular da Delegacia Patrimonial de Guarapari, feito que mereceu elogio público do presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Espírito Santo:

“A Diretoria do SINDEPES e da ADEPOL/ES vem manifestar seus sinceros elogios ao brilhante trabalho de investigação realizado pelo Delegado Dr. Daniel Belchior, titular da DEPATRI de Guarapari, e à equipe de policiais civis daquela unidade e da Regional de Guarapari, cujo êxito culminou na elucidação do covarde crime de latrocínio praticado contra o Sargento Reformado da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Adailton Xavier de Menezes, morto no dia 03/01/2016, na Praia de Setiba, município de Guarapari, em uma tentativa de roubo. A pronta resposta e o eficaz trabalho de repressão qualificada demonstrados pelo estimado colega e policiais civis lotados na Regional de Guarapari abrilhantam o nome e a imagem de nossa instituição, além demonstrar exemplar apuração que dignifica nossa carreira perante toda uma expectativa de elucidação e prisão dos responsáveis. Nossas congratulações pela elucidação deste covarde delito contra o policial vitimado por ações de sicários e facínoras criminosos, mesmo diante das notórias dificuldades estruturais.”.

O trabalho bem sucedido da Polícia Civil no início deste ano não para por aí. Na terça-feira, o chefe da 1ª Delegacia Regional (Vitória) e chefe interino da Superintendência de Polícia Metropolitana (SPM), delegado Lauro Coimbra, prendeu o cabeleireiro Cláudio Félix Tavares, 38 anos, conhecido como Pierri Castillo. O acusado foi preso dentro do salão de beleza dele, na Enseada do Suá, Vitória.

O delegado Lauro Coimbra e sua equipe descobriram que  Cláudio estava usando nome falso e tinha duas identidades no Espírito Santo. Uma era dele e a outra em nome de um morador de Cabo Frio, no Rio. A equipe verificou que havia um mandado de prisão em aberto da Justiça do Rio Grande do Sul, desde outubro de 2012, por ele ter descumprido prerrogativas do regime semiaberto. Cláudio foi condenado, em 2009, a dois anos e quatro meses de prisão em regime fechado pela Comarca da cidade gaúcha de Santana do Livramento.

A condenação foi por causa do furto de um secador de cabelos de uma amiga dele, além de outros equipamentos e cerca de R$ 700 do salão que era sócio.  Lauro Coimbra descobriu ainda que, em Vitória, de posse da Carteira de Identidade falsa, Cláudio obteve empréstimos junto ao Sicoob e ao Banco do Brasil. Também deu golpe em seu primeiro patrão, dono de um salão de luxo no Shopping Vitória.

Lauro Coimbra (foto) é um dos mais operacionais e eficientes delegados de Polícia capixaba. Já passou por importantes unidades, como a chefia da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio; chefe da  Superintendência de Polícia do Interior; atual chefe da 1ª Regional de Vitória; chefe da Divisão de Crimes Funcionais da Corregedoria; e chefe das Delegacias de Furtos e Roubos de Veículos e da  Defraudações e Falsificações.

Se a Polícia Civil está agindo rápido, os bandidos também não têm dado trégua. Antes mesmo do Ano Novo começar, um policial civil foi baleado por assaltantes, também em Guarapari, em seu momento de folga. Na manhã do dia 25 de dezembro, o policial foi baleado quando pedalava na Praia do Riacho, na Enseada Azul.

Ele estava junto com mais dois amigos quando o bandido chegou armado, exigindo o cordão de ouro de um amigo do policial. “O nosso colega, mesmo estando desarmado, reagiu na defesa da sociedade e acabou baleado com dois tiros. Ele foi socorrido para o Hospital São Pedro, em Guarapari, e transferido por um helicóptero da PM para um hospital particular de Vitória. Felizmente, o policial civil passa bem”, lembra o presidente do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol), Jorge Emílio Leal.

Jorge Emílio aborda também as mortes dos sargentos a Polícia Militar Neílton Santos e Adailton Xavier de Menezes, vítimas de assassinos em Cariacica e Guarapari, respectivamente, neste início de ano. O líder classista diz que a segurança pública pede socorro:

“Seja a violência praticada pelos criminosos, seja a violência praticada pelo Poder Público com falta de valorização no profissional e na falta de condições dignas de trabalho, que resulta no sucateamento. Os profissionais que atuam na segurança pública gritam por socorro! Os casos recentes são exemplos claros da violência que ocorre constantemente contra policiais que dedicam e arriscam suas vidas 24 horas por dia na defesa de milhares de outras vidas. Os três policiais estavam em horário de folga quando agiram na proteção dos cidadãos de bem, o que reafirma o comprometimento integral e a dedicação exclusiva, prerrogativas da função”, pontuou Jorge Emílio.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 1576


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>