“Polícia Militar ameaça prender policial que gastar mais de R$ 50,00 de gasolina com viatura”. “Corte na segurança pública chega à Polícia Civil do Espírito Santo e prédios da instituição passam a ser vigiados por investigadores e agentes”. “Corte de verba na segurança pública suspende Operação Verão nas praias do Norte e Sul e reduz em 20% gastos com combustíveis das viaturas policiais no Espírito Santo”. “Sindicato dos Delegados vê “colapso operacional na segurança pública” do Espírito Santo e pede a secretário “reflexão humilde e autocrítica” para acabar com a crise”.
As manchetes acima são algumas publicadas em reportagens no Blog do Elimar Côrtes em janeiro de 2015. Era o início do colapso na segurança pública capixaba que durou quatro anos. Em janeiro de 2015, Paulo Hartung acabava de assumir pela terceira vez o governo do Espírito Santo. Entrou de sola, cortando 20% das despesas.
As áreas mais afetadas foram as sociais e a segurança pública, atingindo, em cheio o sistema prisional. Por conta do corte de 20% em todas os setores da Administração Pública, o governo Hartung deixou viaturas paradas, diligências policiais foram interrompidas. A Polícia Civil ficou até sem papel para produzir procedimentos de investigação.
Policiais militares que ultrapassavam o limite de uso de uma viatura por dia, eram submetidos a procedimentos disciplinares e, em alguns casos, até a Inquéritos Policiais Militares. A cúpula da segurança pública de Hartung, na época comandada pelo pernambucano André Garcia, cumpria fielmente a ordem dos cortes.
Janeiro de 2019. Renato Casagrande volta a governar o Espírito Santo. Devido à crise financeira e ao desarranjo com que encontrou os cofres públicos – somente nos últimos três meses de gestão, Hartung liberou cerca de R$ 300 milhões em convênios para prefeituras –, Casagrande teve que baixar decretos para redução de gastos em secretarias de 10% e ainda suspendeu os convênios assinados por seu antecessor.
Os decretos de Casagrande, no entanto, diferem em muito dos publicados por Hartung. As quatro áreas essenciais foram poupadas: Secretarias da Segurança Pública e Defesa Social, Justiça (que cuida do sistema prisional), Saúde e Educação. A recomendação para os titulares das quatro Pastas é no sentido de economizar somente naquilo que não vai prejudicar a população. Ou seja, as Polícias Civil e Militar não mais voltarão a conviver com a mesquinharia e mediocridade adotadas pelo governo anterior.
Há outra diferença nos cortes desta vez, segundo aponta o secretário Estadual de Governo, Tyago Hoffmann: o corte de 10% em cada secretaria não é linear.
“Significa que num único contrato, se for considerado desnecessário pelo secretário ou secretaria, a Pasta poderá cortá-lo, podendo, assim, atingir a marca dos 10% em apenas um ato. A avaliação será feita por cada secretaria”, explicou Tyago Hoffmann, ao Blog do Elimar Côrtes, na manhã desta quinta-feira (03/01). Os decretos para enxugar gastos vão economizar até R$ 200 milhões aos cofres públicos.
O novo secretário de Controle e Transparência, Edmar Camata, encontrou uma alternativa para reduzir em 10% os gastos na Pasta: suspendeu contrato com empresa terceirizada de limpeza e fará convênio com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) para aproveitar a mão-de-obra de pessoas que cumprem pena no sistema prisional.
Além da economia nos gastos com a empresa terceirizada, a Secont abre as portas para apenados que precisam trabalhar e buscam a ressocialização. A cada dia trabalhado, o preso tem o benefício da remissão de pena, além de se remunerado pelo trabalho a ser executado na Secont.
O primeiro trata da suspensão de convênios celebrados pelo Estado com Municípios nos últimos três meses do exercício de 2018. Os outros dois tratam da redução de 10% no custeio das pastas – com exceção das áreas de Saúde, Segurança, Educação e Justiça –, corte de despesas e a instituição de uma comissão para acompanhamento de processos críticos.
Segundo Hoffmann, “tais decretos são necessários, para que se possa ter uma visão melhor acerca das pastas, mantendo o equilíbrio fiscal e financeiro das contas públicas, dando cumprimento aos limites fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A transparência, o controle e o equilíbrio fiscal são metas a serem seguidas novamente pelo governo Casagrande.
O equilíbrio fiscal é um requisitos próprios da governabilidade democrática”.
O Decreto nº 4351-R determina a sustentação dos efeitos dos convênios celebrados nos últimos três meses do exercício de 2018, sendo exigida a devolução de recursos que ainda não tenham sido utilizados. O texto faculta aos Municípios que tenham interesse na manutenção dos convênios a possibilidade de apresentação de um novo plano de trabalho.
Já o Decreto nº 4350-R estabelece medidas de contingenciamento e racionalização de gastos do Poder Executivo Estadual nos primeiros 120 dias do ano de 2019. Foi estabelecida a meta de redução de 10% dos gastos de todas as secretarias, com exceção das pastas de Saúde, Segurança, Educação e Justiça.
Entre outras ações, o decreto suspende a contratação de consultorias para a prestação de serviços de qualquer natureza; a participação de servidores em cursos, congressos e seminários dentro e fora do Estado e até mesmo no exterior; bem como a suspensão da realização de eventos que envolvam a contratação de serviços de buffet, coffee break, locação de espaço iluminação, sonorização, equipamentos de palcos e palanques, e demais despesas afins, exceto aqueles de representação institucional ou oficial do Poder Executivo Estadual, de responsabilidade ou autorizados pela Casa Civil da Governadoria.
Também serão racionalizados gastos com a locação de veículos, com concessão de diárias, despesas com telefonia fixa e móvel, energia elétrica, combustíveis, consumo de água e com a concessão de horas extras a servidores públicos. Também estão suspensas a abertura e a realização de concursos públicos.
O terceiro decreto (4352-R) institui a criação da Comissão de Apoio e Monitoramento de Processos Críticos – CAMPC, gerenciada pela Secretaria de Estado de Governo (SEG), com o objetivo de priorizar e dar celeridade a medidas estratégicas e urgentes que visam a eficiência, a eficácia e a efetividade das metas governamentais.
As manchetes acima são algumas publicadas em reportagens no Blog do Elimar Côrtes em janeiro de 2015. Era o início do colapso na segurança pública capixaba que durou quatro anos. Em janeiro de 2015, Paulo Hartung acabava de assumir pela terceira vez o governo do Espírito Santo. Entrou de sola, cortando 20% das despesas.
As áreas mais afetadas foram as sociais e a segurança pública, atingindo, em cheio o sistema prisional. Por conta do corte de 20% em todas os setores da Administração Pública, o governo Hartung deixou viaturas paradas, diligências policiais foram interrompidas. A Polícia Civil ficou até sem papel para produzir procedimentos de investigação.
Policiais militares que ultrapassavam o limite de uso de uma viatura por dia, eram submetidos a procedimentos disciplinares e, em alguns casos, até a Inquéritos Policiais Militares. A cúpula da segurança pública de Hartung, na época comandada pelo pernambucano André Garcia, cumpria fielmente a ordem dos cortes.
Janeiro de 2019. Renato Casagrande volta a governar o Espírito Santo. Devido à crise financeira e ao desarranjo com que encontrou os cofres públicos – somente nos últimos três meses de gestão, Hartung liberou cerca de R$ 300 milhões em convênios para prefeituras –, Casagrande teve que baixar decretos para redução de gastos em secretarias de 10% e ainda suspendeu os convênios assinados por seu antecessor.
Os decretos de Casagrande, no entanto, diferem em muito dos publicados por Hartung. As quatro áreas essenciais foram poupadas: Secretarias da Segurança Pública e Defesa Social, Justiça (que cuida do sistema prisional), Saúde e Educação. A recomendação para os titulares das quatro Pastas é no sentido de economizar somente naquilo que não vai prejudicar a população. Ou seja, as Polícias Civil e Militar não mais voltarão a conviver com a mesquinharia e mediocridade adotadas pelo governo anterior.
Há outra diferença nos cortes desta vez, segundo aponta o secretário Estadual de Governo, Tyago Hoffmann: o corte de 10% em cada secretaria não é linear.
“Significa que num único contrato, se for considerado desnecessário pelo secretário ou secretaria, a Pasta poderá cortá-lo, podendo, assim, atingir a marca dos 10% em apenas um ato. A avaliação será feita por cada secretaria”, explicou Tyago Hoffmann, ao Blog do Elimar Côrtes, na manhã desta quinta-feira (03/01). Os decretos para enxugar gastos vão economizar até R$ 200 milhões aos cofres públicos.
O novo secretário de Controle e Transparência, Edmar Camata, encontrou uma alternativa para reduzir em 10% os gastos na Pasta: suspendeu contrato com empresa terceirizada de limpeza e fará convênio com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) para aproveitar a mão-de-obra de pessoas que cumprem pena no sistema prisional.
Além da economia nos gastos com a empresa terceirizada, a Secont abre as portas para apenados que precisam trabalhar e buscam a ressocialização. A cada dia trabalhado, o preso tem o benefício da remissão de pena, além de se remunerado pelo trabalho a ser executado na Secont.
Secretário de Governo explica decretos de contenção de gastos
O secretário de Estado de Governo, Tyago Hoffmann, concedeu na tarde de quarta-feira (02/01) uma entrevista coletiva à imprensa com objetivo de dar mais informações sobre os três decretos assinados pelo governador Renato Casagrande com medidas de contenção de gastos.O primeiro trata da suspensão de convênios celebrados pelo Estado com Municípios nos últimos três meses do exercício de 2018. Os outros dois tratam da redução de 10% no custeio das pastas – com exceção das áreas de Saúde, Segurança, Educação e Justiça –, corte de despesas e a instituição de uma comissão para acompanhamento de processos críticos.
Segundo Hoffmann, “tais decretos são necessários, para que se possa ter uma visão melhor acerca das pastas, mantendo o equilíbrio fiscal e financeiro das contas públicas, dando cumprimento aos limites fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A transparência, o controle e o equilíbrio fiscal são metas a serem seguidas novamente pelo governo Casagrande.
O equilíbrio fiscal é um requisitos próprios da governabilidade democrática”.
O Decreto nº 4351-R determina a sustentação dos efeitos dos convênios celebrados nos últimos três meses do exercício de 2018, sendo exigida a devolução de recursos que ainda não tenham sido utilizados. O texto faculta aos Municípios que tenham interesse na manutenção dos convênios a possibilidade de apresentação de um novo plano de trabalho.
Já o Decreto nº 4350-R estabelece medidas de contingenciamento e racionalização de gastos do Poder Executivo Estadual nos primeiros 120 dias do ano de 2019. Foi estabelecida a meta de redução de 10% dos gastos de todas as secretarias, com exceção das pastas de Saúde, Segurança, Educação e Justiça.
Entre outras ações, o decreto suspende a contratação de consultorias para a prestação de serviços de qualquer natureza; a participação de servidores em cursos, congressos e seminários dentro e fora do Estado e até mesmo no exterior; bem como a suspensão da realização de eventos que envolvam a contratação de serviços de buffet, coffee break, locação de espaço iluminação, sonorização, equipamentos de palcos e palanques, e demais despesas afins, exceto aqueles de representação institucional ou oficial do Poder Executivo Estadual, de responsabilidade ou autorizados pela Casa Civil da Governadoria.
Também serão racionalizados gastos com a locação de veículos, com concessão de diárias, despesas com telefonia fixa e móvel, energia elétrica, combustíveis, consumo de água e com a concessão de horas extras a servidores públicos. Também estão suspensas a abertura e a realização de concursos públicos.
O terceiro decreto (4352-R) institui a criação da Comissão de Apoio e Monitoramento de Processos Críticos – CAMPC, gerenciada pela Secretaria de Estado de Governo (SEG), com o objetivo de priorizar e dar celeridade a medidas estratégicas e urgentes que visam a eficiência, a eficácia e a efetividade das metas governamentais.