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MAIS POLICIAIS NAS RUAS E MELHORIA DAS INVESTIGAÇÕES: Futuro secretário da Segurança Pública vai enxugar áreas administrativas das Polícias para reforçar atividade-fim no Espírito Santo

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Tão logo tome posse como secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo, o delegado federal Antônio Roberto Cesário de Sá espera anunciar as primeiras medidas que permitirão os capixabas a voltarem a ter sensação de segurança. Para tanto, ele já encomendou ao futuro comandante-geral da Polícia Militar, coronel Moacir Leonardo Vieira Barreto, e ao seu diretor-geral de Polícia Civil, delegado José Darcy Arruda, informações “para tomadas de medidas para influenciar positivamente” os policiais militares e civis e a população capixaba:

“Precisamos agir em prol de dois públicos: o interno, que são os policiais; e o externo, a sociedade. Precisamos construir com os novos comandantes, de forma responsável, um olhar para os servidores policiais e a sociedade. No caso do policiamento ostensivo, é dar mais visibilidade à Polícia Militar, com maior presença nas ruas. No caso da Polícia Civil, é focar nas investigações de crimes como homicídios, roubo ao patrimônio, rastreamento para se descobrir a origem das armas apreendidas e recolhidas em crimes, e, é claro, sem, esquecer os demais delitos”.

E como o futuro secretário da Segurança Pública pretende tomar as medidas? Roberto Sá explica que é necessário otimizar a máquina, retirando policiais dos setores burocráticos (administrativos) e transferindo-os para a atividade-fim de cada Polícia:

“É essa análise que solicitei ao coronel Barreto e ao delegado Arruda, que é a redução da atividade burocrática para colocar policiais na atividade-fim. É dar maior poder de ostensividade à PM e maior poder de investigação à Polícia Civil. O negócio da PM é inibir o crime, sua vocação é de ter policiais nas ruas de forma ostensiva; é estar no local para evitar que o crime aconteça. É isso que faremos”.

Rastreamento das armas ajudou a prender maior o Senhor das Armas no EUA

Em relação à Polícia Civil, o secretário Roberto Sá quer incrementar as investigações em torno de armas apreendidas ou recolhidas com quem comete crimes contra a vida. Ele lembra que 80% das mortes violentas no Brasil são praticadas com o uso de armas de fogo.

“Portanto, é preciso mudar o foco de certos seguimentos de investigações. Temos que retirar as armas clandestinas das ruas e do poder das organizações criminosas. Vamos criar uma estrutura na Polícia Civil que permita que toda arma apreendida ou recolhida em crimes seja periciada imediatamente para ver se foi usada em outros delitos, como homicídios ou tentativas. O exame de microcomparação  balística tem que ser realizado em todas as armas. É preciso fazer um rastreamento completo. A Polícia Civil vai ter de descobrir, por meio de investigações e interrogando as pessoas presas com armas, onde que adquiriram a arma, nome do vendedor, etc. É preciso investigar, indiciar e levar à Justiça quem pratica também a venda ilegal de armas”, explicou Roberto Sá.

O secretário cita como exemplo bem sucedido desse tipo de trabalho – investigação sobre armas apreendidas – a prisão do carioca Frederik Barbieri, apontado como o maior traficante de armas do Brasil e responsável pelo carregamento de 60 fuzis apreendido ano passado no Aeroporto do Galeão, na capital carioca. Conhecido como o Senhor das Armas, Barbieri foi preso no dia 24 de fevereiro de 2018, em Miami (EUA). Foi detido por agentes do Serviço de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos (ICE).

Com a prisão, a polícia americana conseguiu barrar o envio de 40 fuzis para o Brasil. O traficante tinha dois mandados de prisão em aberto no Brasil. De acordo com Roberto Sá, policiais civis da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas do Rio  mantiveram intensa troca de informações com as agências americanas que permitiram a prisão. A Desarme foi criada na gestão de Roberto Sá à frente da Sesp do Rio:

“Foi por meio da política de rastreamento de todas as armas apreendidas que identificamos que grande parte do arsenal distribuído para as quadrilhas fluminense era fornecida pelo Frederik Barbieri”, disse Roberto Sá.

Para o futuro secretário estadual da Segurança Pública, tão importante quanto retirar armas clandestinas das ruas é levar para a cadeia e punir, com mais rigor, quem vende armas ilegais. Roberto Sá defende aumento de penas para quem pratica o tráfico de armas:

“O fornecedor de armas não pode ficar impune. Quando fui secretário da Segurança Pública do Rio, encaminhei ao Ministério da Justiça proposta que dobra as penas para quem vende ou transporta armas de calibre restrito, de uso exclusivo das Forças Armadas ou das forças de segurança pública”, disse Roberto Sá.

O Código Penal Brasileiro estabelece pena de detenção de quatro a oito anos para quem comete comércio ilegal de armas de fogo ou tráfico internacional de armas.

O que é a Desarme

Em 9 de janeiro de 2017, o então secretário da Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Roberto Sá, detalhou o plano para tentar impedir a chegada de armamento pesado aos criminosos cariocas. Foi anunciada por ele a criação de uma nova delegacia especializada no combate aos armamentos irregulares, chamada de Desarme (Delegacia Especializada em Armas).

No Espírito Santo, a Polícia Civil já possui a Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam), que, no entanto, tem atribuições diferentes da Desarme.

No Rio, as atividades da Desarme estão concentradas no Grupo Integrado de Operações de Segurança Pública, que tem um supervisor, um coordenador geral e o envolvimento integrado de policiais civis e militares, além da Secretaria de Segurança.

O então secretário de Segurança fluminense, Roberto Sá, disse à época querer acabar com a "lógica expansionista de facções criminosas e o carácter extremamente bélico com que elas atuam".

"Percebi a necessidade de criarmos uma instância especialmente dedicada a este tema", explicou o secretário.



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