Centenas de jovens, convocados pelas redes sociais, saíram às ruas de Vitória na noite de sexta-feira (02/09) para protestar contra impeachmente da ex-presidente Dilma Roussef (PT). Foram convocados para uma guerra, pois os autores da convocação chamaram os jovens para levar até coquetel molotov para atacar a Polícia Militar.
Os manifestantes, em sua maioria, seguiram a ordem dos donos dos protestos: eles depredaram diversos patrimônios privados e públicos. Atacaram a sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), na Reta da Penha. Atacaram a Assembleia Legislativa do Estado. Atacaram e picharam um dos maiores símbolos da paz no Espírito Santo, que é o monumento em homenagem, à Polícia Militar, próxima à Curva da Jurema. Cinco criminosos foram presos – duas mulheres estão numa prisão estadual, e três homens assinaram Termo Circunstanciado e estão soltos.
Indignado com a falta de respeito à democracia, mas respeitando o direito de todas as pessoas de saírem às ruas para se manifestar, o presidente da Associação dos Oficiais Militares do Estado do Espírito Santo (Assomes/Clube dos Oficiais), major PM Rogério Fernandes Lima, escreveu artigo em que conclama a população a refletir “sobre a ofensa e que possamos retomar o rumo de um País livre e de bons costumes.” E ressalta que a “democracia é o respeito de se conviver com as diferenças e as oposições.”
Observamos dois grupos de manifestantes, sendo um que levou milhares de pessoas as ruas de forma ordeira, e outro que preferiu o vandalismo, o desrespeito ao direito de ir e vir, a depredação do patrimônio público e privado.
O direito nos ensina que não existe direito absoluto e que havendo colisão de direitos deve ser feita uma ponderação para ver qual direito que prepondera.
Reclamamos muito da nossa Nação e que acolá em terras estrangeiras é melhor de se viver. Reclamamos que nossa polícia e despreparada, nossa polícia, truculenta e violenta. Que nossa polícia, especialmente a Militar, é violadora dos direitos do cidadão. Que devíamos acabar com ela.
Ocorre que a polícia existe para proteger e em outros países os policiais são respeitados justamente por isso. Por dar a vida em prol da comunidade em que vive e trabalha. O policial militar, inclusive, para proteger o cidadão assume o compromisso de defendê-lo mesmo com o sacrifício da própria vida.
Lá, inclusive, se um policial é morto em serviço ou razão dele, a população o homenageia. O obelisco em homenagem à Polícia Militar é uma homenagem de apreço e respeito da população capixaba a sua polícia. Monumento que muito orgulha a sociedade e os policiais militares. Contudo, o que se viu na última manifestação ocorrida em Vitória foi uma total depredação do patrimônio público e histórico do povo espírito-santense.
Por claro que a legislação impõe pena mais gravosa ao dano em patrimônio público, mas muito mais do que o crime previsto está a falta de respeito aos símbolos e as entidades. A democracia é muito mais do que um conceito. A democracia é o respeito de se conviver com as diferenças e as oposições.
Sinceramente espero que a população reflita sobre a ofensa e que possamos retomar o rumo de um País livre e de bons costumes.
(Major PM Rogério Fernandes Lima - Presidente do Clube dos Oficiais/ASSOMES)
Os manifestantes, em sua maioria, seguiram a ordem dos donos dos protestos: eles depredaram diversos patrimônios privados e públicos. Atacaram a sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), na Reta da Penha. Atacaram a Assembleia Legislativa do Estado. Atacaram e picharam um dos maiores símbolos da paz no Espírito Santo, que é o monumento em homenagem, à Polícia Militar, próxima à Curva da Jurema. Cinco criminosos foram presos – duas mulheres estão numa prisão estadual, e três homens assinaram Termo Circunstanciado e estão soltos.
Indignado com a falta de respeito à democracia, mas respeitando o direito de todas as pessoas de saírem às ruas para se manifestar, o presidente da Associação dos Oficiais Militares do Estado do Espírito Santo (Assomes/Clube dos Oficiais), major PM Rogério Fernandes Lima, escreveu artigo em que conclama a população a refletir “sobre a ofensa e que possamos retomar o rumo de um País livre e de bons costumes.” E ressalta que a “democracia é o respeito de se conviver com as diferenças e as oposições.”
O artigo
A população brasileira por muito tempo foi tolhida dos seus direitos civis, particularmente o direito de reunião e de manifestação. Muitos lutaram pela retomada desses direitos, pela democracia. A partir do ano de 2012 assistimos a população de voltas às ruas para manifestar contra o desgoverno e, principalmente, contra a corrupção.Observamos dois grupos de manifestantes, sendo um que levou milhares de pessoas as ruas de forma ordeira, e outro que preferiu o vandalismo, o desrespeito ao direito de ir e vir, a depredação do patrimônio público e privado.
O direito nos ensina que não existe direito absoluto e que havendo colisão de direitos deve ser feita uma ponderação para ver qual direito que prepondera.
Reclamamos muito da nossa Nação e que acolá em terras estrangeiras é melhor de se viver. Reclamamos que nossa polícia e despreparada, nossa polícia, truculenta e violenta. Que nossa polícia, especialmente a Militar, é violadora dos direitos do cidadão. Que devíamos acabar com ela.
Ocorre que a polícia existe para proteger e em outros países os policiais são respeitados justamente por isso. Por dar a vida em prol da comunidade em que vive e trabalha. O policial militar, inclusive, para proteger o cidadão assume o compromisso de defendê-lo mesmo com o sacrifício da própria vida.
Lá, inclusive, se um policial é morto em serviço ou razão dele, a população o homenageia. O obelisco em homenagem à Polícia Militar é uma homenagem de apreço e respeito da população capixaba a sua polícia. Monumento que muito orgulha a sociedade e os policiais militares. Contudo, o que se viu na última manifestação ocorrida em Vitória foi uma total depredação do patrimônio público e histórico do povo espírito-santense.
Por claro que a legislação impõe pena mais gravosa ao dano em patrimônio público, mas muito mais do que o crime previsto está a falta de respeito aos símbolos e as entidades. A democracia é muito mais do que um conceito. A democracia é o respeito de se conviver com as diferenças e as oposições.
Sinceramente espero que a população reflita sobre a ofensa e que possamos retomar o rumo de um País livre e de bons costumes.
(Major PM Rogério Fernandes Lima - Presidente do Clube dos Oficiais/ASSOMES)