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OPERAÇÃO CARNAVAL NO ESPÍRITO SANTO: Polícia reduz homicídios, prende mais bandidos e põe na cadeia 70 agressores de mulheres

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As forças de segurança pública do Espírito Santo conseguiram reduzir o número de criminalidade no Carnaval deste ano, ao mesmo tempo em que aumentaram o número de prisões de suspeitos de crimes entre a última sexta-feira (01/03) e Quarta-feira de Cinzas (06/03). Em relação a assassinatos, foram registrados 15, contra 22 em 2018, uma queda de 31%. O Carnaval de 2019 registrou o menor número de homicídios desde 2001.

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), para fins estatísticos foi considerado como feriado de Carnaval o período compreendido entre às 18 horas de sexta-feira até as 6 horas de quarta-feira.

A análise da série histórica demonstra que durante o feriado de Carnaval ocorre um incremento na incidência de homicídios, em média ocorrem cinco assassinatos por dia. O Carnaval mais violento foi registrado no ano de 2004 quando ocorreram 37 homicídios e o menos violento em 2019 com 15 registros de homicídios.

Há que se destacar que, este ano, não ocorreu nenhum homicídio no Sul do Estado, cujo litoral recebe um grande número de turistas e foliões. Balneários como Piúma, Marataízes e Iriri contaram com um policiamento eficiente.

Outro fato que merece destaque é que neste ano também não ocorreu nenhum homicídio em local de folia. O fato mais relevante foi tumulto registrado na madrugada de terça-feira (05/03), no Centro de Vitória, quando baderneiros enfrentaram policiais militares que tentavam contê-los. O tumulto começou após os festejos oficiais e teria iniciado em virtude da utilização irregular de veículos de som.

De acordo com a Sesp, esse tipo de problema se repetiu em outros locais do Estado, embora em menor proporção. No período de Carnaval foram registradas 142 ocorrências versando sobre a utilização irregular de carro de som. Em outros locais do Estado, policiais também foram recebidos com hostilidade ao solicitar o desligamento ou apreensão do equipamento de som.

O governador Renato Casagrande (PSB) comentou sobre a redução da violência e garantiu que esforços estão sendo feitos para a continuidade da queda:

“O Espírito Santo registrou o menor número de homicídios no período de Carnaval desde o ano de 2001. Também não foi registrado nenhum homicídio em local de folia. Foram contabilizados 15 homicídios em todo o Estado, uma redução de 31% em relação ao ano passado (quando foram registrados 22 homicídios no período de carnaval). Uma notícia animadora e que nos impulsiona a trabalhar cada vez mais pela segurança pública no Espírito Santo”.

Planejamento explica as boas ações

Ao apresentar os dados do Carnaval na manhã desta quinta-feira, o chefe da Sesp, Roberto Sá, agradeceu e enalteceu a participação de todas as forças policiais, Corpo de Bombeiros, das Guardas Municipais, Detran e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no planejamento da Operação Carnaval 2019.

“O resultado alcançado neste Carnaval não foi por acaso. Por isso, agradeço a todos os servidores das Polícias Civil, Militar, Detran, Corpo de Bombeiros e PRF, que trabalharam incansavelmente dia e noite”, disse o secretário Roberto Sá.

Planejamento é a palavra chave, de acordo com a cúpula da Sesp e do governo estadual, para explicar o sucesso da Operação Carnaval.

“Desde o início do ano – quando o governador Renato Casagrande e sua equipe tomaram posse –  vêm sendo realizadas operações policiais, que são muito bem planejadas e coordenadas. Também tem aumentado a fiscalização por parte das Prefeituras a eventos clandestinos. Quando realizamos ações com coordenação e planejamento, reduzimos a incidência de crimes”, disse Roberto Sá.

O secretário Estadual da Segurança Pública faz três ressalvas. Segundo ele, embora a queda no número de homicídios seja histórica, “não devemos comemorar, porque a violência continua sendo praticada”. Outra ressalva, de acordo com Roberto Sá, é em relação à violência praticada contra mulheres:

“Muitos atos covardes foram praticados, mas a polícia agiu. Também ressalvo e condeno os atos de agressividade cometidos contra as forças policiais, que foram para as ruas proteger a população e garantir, junto com as Guardas Municipais, a segurança dos foliões. Nossos policiais foram atacados por baderneiros e vândalos. Tivemos uma policial atacada covardemente por foliões em Guriri (São Mateus. Não podemos conceber que policiais sejam recebidos com agressividade, com falta de educação e civilidade”, criticou Roberto Sá.

Quem também ressaltou a importância do trabalho feito com planejamento foi o diretor-geral de Polícia Civil, delegado José Darcy Arruda. Ele destacou, inclusive, a ação da Superintendência de Polícia Prisional (SPP), sob o comando do delegado Júlio César de Oliveira, que, antes do Carnaval, efetuou 60 prisões – pessoas suspeitas de crime que estavam com mandato em aberto – e ainda cumpriu 347 mandados de prisão de criminosos que já encontravam no sistema prisional.

“Em janeiro, sob a coordenação da Superintendência de Polícia Especializada (SPE), realizamos duas Operações Marias. Naquele mês, foram presos 23 homens acusados de infringir a Lei Maria da Penha. Na semana que antecedeu o Carnaval, foi feita outra operação, em que mais 13 homens foram presos também pela acusação de violência doméstica”, disse Darcy Arruda.

Comandante-geral da PM ressalta o trabalho da tropa

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Moacir Leonardo Barreto, observou que, apesar da defasagem de 2 mil policiais, a PM capixaba conseguiu realizar uma das melhores operações de sua história neste Carnaval de 2019:

“O crédito  é todo da tropa, que realizou neste Carnaval 12.230 ocorrências, sendo mais da metade – 6.486 – na Grande Vitória. Foram abordagens, ações protetivas, dentre outras ações. Abordamos 7.200 veículos e 12 mil pessoas somente na Região Metropolitana. Ao todo, a PM prendeu 503pessoas, que  foram entregues à Polícia Judiciária, um aumento de 23% em relação ao Carnaval de 2018, quando 410 foram detidas. Apreendemos 42 armas, um acréscimo de 90% em relação ao ano passado, e 275 munições”, disse o coronel Barreto.

Para ele, a integração da PM com demais forças de segurança e o planejamento foram fundamentais para o sucesso da Operação Carnaval. “Graças a integração e ao planejamento, também incrementamos as abordagens no trânsito. Realizamos, agora em 2019, 1.078 notificações a condutores, contra 206 em 2018. Pelo menos 56 notificações foram relativas a motoristas dirigindo sob efeito do álcool. Também em função da presença da polícia nas ruas, reduzimos o número de veículos roubados: caiu de 55,em 2018, para 41 este ano”.

Polícia Civil solicitou 94 medidas protetivas à Justiça e favor de vítimas de violência doméstica

Neste Carnaval, a Polícia Civil do Espírito Santo solicitou à Justiça 94 medidas protetivas em favor de mulheres vítimas de violência. No mesmo período, autuou 70 homens em flagrante em casos de violência doméstica e sexual contra a mulher.

De acordo com a chefe da SPE, delegada Denise Maria Carvalho, o número de ocorrências de violência doméstica aumentou, porque, a cada ano, as mulheres perdem o medo de denunciar os agressores.

Os pedidos de medidas protetivas foram enviados pela Polícia Civil à Justiça Estadual. Neste Carnaval, foram registrados 84 lesões corporais; 60 ameaças: nove descumprimento de medida protetiva; 10 estupros; quatro crimes de importunação sexual; e duas tentativa de feminicídio.

Campanhas educativas do Corpo de Bombeiros evitaram afogamentos

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel CB Alexandre dos Santos Cerqueira, destacou  a corporação vem incrementando a política de prevenção, com a realização de campanhas nas praias e cachoeiras, para se evitar afogamentos.

Graças a essas ações, este ano foram registrados apenas quatro afogamentos sem óbito, contra 50, também sem óbitos, no Carnaval de 2018.

“As campanhas educativas produziram um incremento na redução de afogamentos. Por outro lado, disponibilizamos um número maior, em diversos pontos bases, de viaturas-ambulâncias para tornar mais rápido o atendimento a pessoas necessitadas de socorro. Sendo assim, este ano fizemos 186 atendimentos hospitalar, contra 147 em 2018”, explicou o coronel BM Cerqueira.


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