O futuro secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo, o delegado federal Robert Sá, deixou excelente impressão no seu primeiro contato com a imprensa, na tarde de terça-feira (13/11), no escritório do governador eleito, Renato Casagrande (PSB), na Praia do Canto, em Vitória.
Questionado por jornalistas se repetirá seus antecessores capixabas e irá sair às ruas participar de blitz, junto com as Polícias Militar e Civil, o doutor Roberto foi muito objetivo. Respondeu: “Não”. E explicou:
“Hoje eu sou um gestor. Na administração pública, se você sai do seu papel para fazer o papel do outro, você anula quem tinha que fazer o seu. Então, hoje eu tenho mais que estabelecer estratégias, cobrar, monitorar, e, se precisar, estar junto, do que efetivamente fazer o papel do policial da ponta. Hoje o meu papel é o de um estrategista, para fazer com que as coisas aconteçam. Porque, se eu deixar de pensar para executar, quem vai pensar?”
Que a lição sirva, sobretudo, para os três últimos secretários Estaduais da Segurança Pública: o coronel Nylton Rodrigues (atual); o pernambucano André Garcia; e o ex-deputado estadual, ex-prefeito de Vila Velha, ex-secretário de Desenvolvimento do governo Paulo Hartung e candidato derrotado à Câmara Federal nas eleições de 7 de outubro de 2018, Rodney Miranda.
Enquanto foi secretário da Segurança em dois períodos nos dois primeiros governos Hartung, Rodney Miranda, que é delegado federal aposentado, se vestia igual ao Rambo e saía armado nas ruas, cercado de seguranças e protegido com colete à prova de balas. Fazia blitz, revistava pessoas em pontos de ônibus e nas ruas, revistava veículos, colocava cartazes de bandidos foragidos nos postes, etc.
Também sempre amparado por seguranças e andando em veículo blindado, André Garcia ia às ruas com policiais. Chegou a colocar colete à prova de balas e participar de blitz, mas, quando viu que causava constrangimento a oficiais da Polícia Militar por conta das cenas patéticas, recuou.
Passou a ir às operações, mas apenas para fazer imagens e gravar áudio e vídeo de sua presença, para, posteriormente, postar em sua página no Facebook. André Garcia também saiu derrotado nas urnas: foi candidato a deputado estadual.
O atual secretário, Nylton Garcia, causa menos constrangimento, até porque é coronel da ativa da PM e já está acostumado com a tropa. No entanto, chega a ser curiosa sua presença nas operações ou em suas aparições nas ruas: mesmo para dar entrevista a jornais, rádios e TVs, o coronel Nylton Rodrigues está sempre cercado de policiais militares, armado de pistola e vestido de colete a prova de balas.
Curioso porque ele sempre garante que o Espírito Santo não tem organizações criminosas e não há locais onde a polícia não entra. Mas, como nem sempre é bom confiar nas versões oficiais estatais, Nylton Rodrigues, para se garantir, veste o colete, põe a pistola na cintura e só sai rodeado por seguranças muito bem armados – com fuzis – e fardados.
Questionado por jornalistas se repetirá seus antecessores capixabas e irá sair às ruas participar de blitz, junto com as Polícias Militar e Civil, o doutor Roberto foi muito objetivo. Respondeu: “Não”. E explicou:
“Hoje eu sou um gestor. Na administração pública, se você sai do seu papel para fazer o papel do outro, você anula quem tinha que fazer o seu. Então, hoje eu tenho mais que estabelecer estratégias, cobrar, monitorar, e, se precisar, estar junto, do que efetivamente fazer o papel do policial da ponta. Hoje o meu papel é o de um estrategista, para fazer com que as coisas aconteçam. Porque, se eu deixar de pensar para executar, quem vai pensar?”
Que a lição sirva, sobretudo, para os três últimos secretários Estaduais da Segurança Pública: o coronel Nylton Rodrigues (atual); o pernambucano André Garcia; e o ex-deputado estadual, ex-prefeito de Vila Velha, ex-secretário de Desenvolvimento do governo Paulo Hartung e candidato derrotado à Câmara Federal nas eleições de 7 de outubro de 2018, Rodney Miranda.
Enquanto foi secretário da Segurança em dois períodos nos dois primeiros governos Hartung, Rodney Miranda, que é delegado federal aposentado, se vestia igual ao Rambo e saía armado nas ruas, cercado de seguranças e protegido com colete à prova de balas. Fazia blitz, revistava pessoas em pontos de ônibus e nas ruas, revistava veículos, colocava cartazes de bandidos foragidos nos postes, etc.
Também sempre amparado por seguranças e andando em veículo blindado, André Garcia ia às ruas com policiais. Chegou a colocar colete à prova de balas e participar de blitz, mas, quando viu que causava constrangimento a oficiais da Polícia Militar por conta das cenas patéticas, recuou.
Passou a ir às operações, mas apenas para fazer imagens e gravar áudio e vídeo de sua presença, para, posteriormente, postar em sua página no Facebook. André Garcia também saiu derrotado nas urnas: foi candidato a deputado estadual.
O atual secretário, Nylton Garcia, causa menos constrangimento, até porque é coronel da ativa da PM e já está acostumado com a tropa. No entanto, chega a ser curiosa sua presença nas operações ou em suas aparições nas ruas: mesmo para dar entrevista a jornais, rádios e TVs, o coronel Nylton Rodrigues está sempre cercado de policiais militares, armado de pistola e vestido de colete a prova de balas.
Curioso porque ele sempre garante que o Espírito Santo não tem organizações criminosas e não há locais onde a polícia não entra. Mas, como nem sempre é bom confiar nas versões oficiais estatais, Nylton Rodrigues, para se garantir, veste o colete, põe a pistola na cintura e só sai rodeado por seguranças muito bem armados – com fuzis – e fardados.