O senador Ricardo Ferraço (PSDB) está sangrando de novo. E, mais uma vez, pelas mesmas mãos do seu amigo, o governador Paulo Hartung (MDB). Se em 2010 Ricardo foi preterido por Hartung para ter seu nome indicado para disputar o governo do Estado, agora em 2018 Paulo Hartung o coloca no olho do furacão. Ricardo Ferraço promete, no entanto, estancar esse novo sangramento, o que não vai ser muito fácil. Nesta terça-feira (17/07), ele vai, enfim, dizer “não” para Hartung e anunciar que disputará mesmo à reeleição ao Senado.
No íntimo, o senador Ricardo Ferraço já decidiu que não será candidato ao governo, como quer Hartung. Ele, porém, avisou ao grupo que o pressiona para aceitar a disputa que somente anunciará a decisão final na terça-feira, quando o Instituto Futura divulgará uma pesquisa encomendada nos últimos dias para aferir o potencial dos nomes indicados pelo governador.
Na pesquisa que a Futura fez em abril deste ano, o nome de Ricardo Ferraço não apareceu no cenário de disputa para o governo. Já na pesquisa realizada pelo Instituto Enquet, e divulgada em junho, Ricardo Ferraço aparece em um segundo cenário sem a participação de Hartung. Neste caso, o ex-governador Renato Casagrande aparece em primeiro lugar com 38,8% das intenções de voto, seguido de Ferraço, com 12,8%. Rose de Freitas tem 10,2%, e André Moreira aparece com 2,5%.
Agora em julho, o Instituto Paraná apresentou pesquisa com três cenários. Em um deles, aparecem os nomes de Ricardo Ferraço e de Amaro Neto, sem a presença do governador Hartung. Em todos os cenários, Casagrande lidera as pesquisa de intenções de votos.
Num dos cenários, Amaro surge com 12,1% das intenções de votos e está à frente do senador Ricardo Ferraço, com 5,8% dos votos; da senadora Rose de Freiras (Podemos), 4%; do Coronel PM Foresti (PSL), 2,6%; do advogado André Moreira (Psol), 1,4%; e do militante políticos profissional Gustavo de Biase (Rede), que também aparece pela primeira vez numa pesquisa, com apenas 0,6% das intenções de votos.
Num segundo cenário, o Instituto Paraná retira o nome de Amaro Neto e apresenta o do delegado federal aposentado Rodney Miranda. Rodney Miranda vem em quinto lugar, nesse cenário, com apenas 3,3% das intenções de votos. Neste segundo cenário, a liderança é também de Renato Casagrande, com 30,3% dos votos, enquanto Paulo Hartung tem 29,6%; Ricardo Ferraço, 6,3%; Rose de Freiras, 5,1%. Mais atrás, inclusive de Rodney Miranda, aparecem o coronel Foresti, 2,8% das intenções de votos; André Moreira, 1,4%; e Gustavo de Biase, 0,8%.
Esta pesquisa do Instituto Paraná foi divulgada no dia 5 de julho de 2018. Logo, Ricardo Ferraço não teve nenhum crescimento relevante nesses dez dias. Portanto, na terça-feira, a pesquisa do Instituto Futura vai corroborá para a decisão de Ricardo Ferraço.
Mesmo dizendo que não indicou e nem vai indicar nenhum nome para disputar a sua sucessão, o mercado político sabe que foi Paulo Hartung quem apontou os nomes de Ricardo Ferraço e do deputado estadual e apresentador de TV Amaro Neto para ser o candidato.
Na última segunda-feira (09/07), Hartung anunciou que não vai disputar uma nova eleição – ele está em seu terceiro mandato como governador (2003/2010 e 2015/2018). Outros dois nomes entraram no páreo para ter a bênção de PH no pleito: o do seu vice, César Colgnago (PSDB), e do seu amigo, o empresário Aridelmo Teixeira (PTB), dono da Fucape.
Paulo Hartung, no entanto, preferia Ricardo Ferraço ou Amaro Neto. Acontece que Amaro, por seu mais independente de Paulo Hartung e ter uma personalidade forte – é dono de seu destino, diferente do senador Ricardo Ferraço –, recusou a indicação.
Amaro Passou parte da semana dizendo que iria decidir e decidiu no sábado pelo Senado. A interlocutores, Amaro Neto teria dito que, se disputasse o governo do Estado, estaria sendo “boi de piranha”, pois sabe que perderia para o ex-governador Renato Casagrande e que apenas serviria para ajudar os aliados de Hartung “a se ajeitarem”. Amaro Neto também teria dito que sonha em ser governador do Espírito Santo, mas no momento não se sente preparado para ocupar o Executivo Estadual – lhe faltaria mais experiência na área de gestão pública.
Ricardo Ferraço vinha se dedicando há um bom tempo a preparar a campanha pela reeleição ao Senado. A indecisão de Paulo Hartung e a demora do governador – que está sempre em cima do muro – em decidir que não seria candidato à reeleição, surpreendeu o próprio Ricardo Ferraço e demais aliados.
Ricardo já corre o risco de ver uma fácil reeleição ir pelo ralo. Sabe que terá pela frente dois grandes concorrentes, que são Magno Malta – que busca à reeleição – e Amaro Neto, além de outros pré-candidatos de peso, que são o deputado estadual Sérgio Majeski e o consultor em segurança pública e instrutor da SWAT Marcos Do Val.
E mais: a se fechar o cenário César Colgnago para o governo do Estado e Ricardo Ferraço para o Senado, o grupo de Paulo Hartung fatalmente perderá ainda mais atores principais. O deputado Amaro Neto já vinha reclamando com Hartung que lhe desagradava uma chapa de peso para o Senado – ele e Ricardo Ferraço. Por isso, há uma forte tendência de Amaro Neto (ressalte-se: é independente de Hartung e dono de uma personalidade muito mais forte do que a do senador Ricardo Ferraço) voltar para outro horizonte, muito mais seguro: o do ex-governador Renato Casagrande.
Se tivesse seguido conselho de seu pai, o deputado Theodorico Ferraço, o senador Ricardo teria deixado de sangrar há muito tempo. No entanto, preferiu ouvir os amigos do que os conselhos do velho e sábio pai, que é opositor ferrenho do governador Paulo Hartung e defensor da volta de Casagrande ao governo.
Portanto, o senador Ricardo Ferraço, pelo destino que o governador Paulo Hartung traçou mais uma vez para ele, vai continuar sangrando.
No íntimo, o senador Ricardo Ferraço já decidiu que não será candidato ao governo, como quer Hartung. Ele, porém, avisou ao grupo que o pressiona para aceitar a disputa que somente anunciará a decisão final na terça-feira, quando o Instituto Futura divulgará uma pesquisa encomendada nos últimos dias para aferir o potencial dos nomes indicados pelo governador.
Na pesquisa que a Futura fez em abril deste ano, o nome de Ricardo Ferraço não apareceu no cenário de disputa para o governo. Já na pesquisa realizada pelo Instituto Enquet, e divulgada em junho, Ricardo Ferraço aparece em um segundo cenário sem a participação de Hartung. Neste caso, o ex-governador Renato Casagrande aparece em primeiro lugar com 38,8% das intenções de voto, seguido de Ferraço, com 12,8%. Rose de Freitas tem 10,2%, e André Moreira aparece com 2,5%.
Agora em julho, o Instituto Paraná apresentou pesquisa com três cenários. Em um deles, aparecem os nomes de Ricardo Ferraço e de Amaro Neto, sem a presença do governador Hartung. Em todos os cenários, Casagrande lidera as pesquisa de intenções de votos.
Num dos cenários, Amaro surge com 12,1% das intenções de votos e está à frente do senador Ricardo Ferraço, com 5,8% dos votos; da senadora Rose de Freiras (Podemos), 4%; do Coronel PM Foresti (PSL), 2,6%; do advogado André Moreira (Psol), 1,4%; e do militante políticos profissional Gustavo de Biase (Rede), que também aparece pela primeira vez numa pesquisa, com apenas 0,6% das intenções de votos.
Num segundo cenário, o Instituto Paraná retira o nome de Amaro Neto e apresenta o do delegado federal aposentado Rodney Miranda. Rodney Miranda vem em quinto lugar, nesse cenário, com apenas 3,3% das intenções de votos. Neste segundo cenário, a liderança é também de Renato Casagrande, com 30,3% dos votos, enquanto Paulo Hartung tem 29,6%; Ricardo Ferraço, 6,3%; Rose de Freiras, 5,1%. Mais atrás, inclusive de Rodney Miranda, aparecem o coronel Foresti, 2,8% das intenções de votos; André Moreira, 1,4%; e Gustavo de Biase, 0,8%.
Esta pesquisa do Instituto Paraná foi divulgada no dia 5 de julho de 2018. Logo, Ricardo Ferraço não teve nenhum crescimento relevante nesses dez dias. Portanto, na terça-feira, a pesquisa do Instituto Futura vai corroborá para a decisão de Ricardo Ferraço.
Mesmo dizendo que não indicou e nem vai indicar nenhum nome para disputar a sua sucessão, o mercado político sabe que foi Paulo Hartung quem apontou os nomes de Ricardo Ferraço e do deputado estadual e apresentador de TV Amaro Neto para ser o candidato.
Na última segunda-feira (09/07), Hartung anunciou que não vai disputar uma nova eleição – ele está em seu terceiro mandato como governador (2003/2010 e 2015/2018). Outros dois nomes entraram no páreo para ter a bênção de PH no pleito: o do seu vice, César Colgnago (PSDB), e do seu amigo, o empresário Aridelmo Teixeira (PTB), dono da Fucape.
Paulo Hartung, no entanto, preferia Ricardo Ferraço ou Amaro Neto. Acontece que Amaro, por seu mais independente de Paulo Hartung e ter uma personalidade forte – é dono de seu destino, diferente do senador Ricardo Ferraço –, recusou a indicação.
Amaro Passou parte da semana dizendo que iria decidir e decidiu no sábado pelo Senado. A interlocutores, Amaro Neto teria dito que, se disputasse o governo do Estado, estaria sendo “boi de piranha”, pois sabe que perderia para o ex-governador Renato Casagrande e que apenas serviria para ajudar os aliados de Hartung “a se ajeitarem”. Amaro Neto também teria dito que sonha em ser governador do Espírito Santo, mas no momento não se sente preparado para ocupar o Executivo Estadual – lhe faltaria mais experiência na área de gestão pública.
Ricardo Ferraço vinha se dedicando há um bom tempo a preparar a campanha pela reeleição ao Senado. A indecisão de Paulo Hartung e a demora do governador – que está sempre em cima do muro – em decidir que não seria candidato à reeleição, surpreendeu o próprio Ricardo Ferraço e demais aliados.
Ricardo já corre o risco de ver uma fácil reeleição ir pelo ralo. Sabe que terá pela frente dois grandes concorrentes, que são Magno Malta – que busca à reeleição – e Amaro Neto, além de outros pré-candidatos de peso, que são o deputado estadual Sérgio Majeski e o consultor em segurança pública e instrutor da SWAT Marcos Do Val.
E mais: a se fechar o cenário César Colgnago para o governo do Estado e Ricardo Ferraço para o Senado, o grupo de Paulo Hartung fatalmente perderá ainda mais atores principais. O deputado Amaro Neto já vinha reclamando com Hartung que lhe desagradava uma chapa de peso para o Senado – ele e Ricardo Ferraço. Por isso, há uma forte tendência de Amaro Neto (ressalte-se: é independente de Hartung e dono de uma personalidade muito mais forte do que a do senador Ricardo Ferraço) voltar para outro horizonte, muito mais seguro: o do ex-governador Renato Casagrande.
Se tivesse seguido conselho de seu pai, o deputado Theodorico Ferraço, o senador Ricardo teria deixado de sangrar há muito tempo. No entanto, preferiu ouvir os amigos do que os conselhos do velho e sábio pai, que é opositor ferrenho do governador Paulo Hartung e defensor da volta de Casagrande ao governo.
Portanto, o senador Ricardo Ferraço, pelo destino que o governador Paulo Hartung traçou mais uma vez para ele, vai continuar sangrando.