O secretário de Prevenção, Combate à Violência e Trânsito de Vila Velha, o coronel da Reserva Remunerada Oberacy Emmerich Junior, é um dos poucos oficiais que já ocuparam o cargo de comandante-geral da Polícia Militar a ter coragem para se manifestar publicamente sobre a maior crise já vivida pela segurança pública do Espírito Santo, que vem perdurando há um ano, desde aquele 3 de fevereiro de 2017 em que familiares de policiais bloquearam as unidades da PM em todo o Estado, dando início a um aquartelamento que durou 22 dias. Para ele, a arrogância e o autoritarismo do governador Paulo Hartung e oportunismo de policiais militares – oficiais e praças – interessados em projetos políticos alimentaram a maior crise vivida pela Polícia Militar do Espírito Santo.
Desde a última quarta-feira (31/01), o jornal A Gazeta vem publicando uma série de reportagens especiais em que mostra a situação da segurança um ano depois do estouro da crise – diga-se de passagem, uma crise anunciada, já que o governador Paulo Hartung, o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, e todo o governo já vinham sendo alertados sobre a insatisfação da tropa (dos oficiais do Alto Comando aos praças e alunos-soldados).
No primeiro dia da cobertura especial, A Gazeta publicou entrevista com o comandante-geral da Polícia Militar,coronel Nylton Rodrigues, que disse algumas coisas interessantes e esclarecedoras. Nylton Rodrigues falou da falta de união no Alto Comando; esclareceu em partes a lei de promoção dos oficiais; reconhece que a formação dos novos soldados é ruim; falou da politicagem dentro da PMES; e que os serviços de Inteligência da PM e da Secretaria da Segurança Pública falharam ao não detectar que o movimento de aquartelamento estava sendo tramado dentro dos próprios quartéis.
Em sua página no Facebook, o secretário e coronel da Reserva Oberacy Emmerich, com as seguintes palavras:
“A entrevista do CMT (comandante) é esclarecedora, mas concordo que isso tem que ter um ponto final. A mistura de arrogância de um governante autoritário e o oportunismo irresponsável de alguns pseudos colegas interessados unicamente em seus projetos pessoais foi catastrófica para a PMES e para o já sofrido povo capixaba”.
Este primeiro comentário foi feito pelo secretário Emmerich na página do jornalista Elimar Côrtes no Facebook, logo na manhã de quarta-feira (31/01). Posteriormente, no mesmo dia à tarde, o oficial repetiu o comentário também em sua página.
Outro coronel e ex-comandante-geral da PMES que não teme contrariar o governo e nem o atual comandante é o coronel Luiz Sérgio Aurich. Do alto de sua alta e vasta experiência e sabedoria, ele postou o seguinte comentário na página do jornalista Elimar Côrtes:
“A Grande Vitória está com inúmeros outdoor produzidos pelas entidades de base da PM, sinalizando que a ferida na Corporação permanece aberta. Não sei se a reportagem de hoje em A Gazeta com o Cmt Geral, mesmo parecendo sincera, possa contribuir para sua cicatrização ou piora. O bom, para nós que devemos tudo à PMES, tanto da ativa como da inatividade, e o povo capixaba, que não pode trabalhar e viver em paz sem Ela (PM), seria esse assunto ter um fim”.
Para quem não sabe, Oberacy Emmerich foi comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar em Vila Velha, do 1º Batalhão da Polícia Militar em Vitória, diretor do Centro Integrado de Operações e Desenvolvimento Social (Ciodes) da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo – onde foi chefe do atual comandante Nylton Rodrigues –, comandante do Comando da Polícia Metropolitana (CPOM), comandante geral da Polícia Militar do Espírito Santo, subsecretário Estadual de Justiça, Secretário Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana de Vitória. Em tempo: o coronel Emmerich foi comandante-geral da PMES nos dois últimos anos do segundo mandato de Paulo Hartung – entre 2009 e 2010.
“Eu bem perdi tempo de ler a reportagem (em A Gazeta) do comandante (Nylton Rodrigues) pelo fato de saber que ele é fantoche nas mãos truculentas de Paulo Hartung e de seu secretário (da Segurança, André Garcia) que fazem o que querem na PM, por simples subserviência de seus oficiais por interesses que só Deus sabe”, disse o coronel Lugato, que completou:
“A PM acabou muito antes dessa ‘greve’ que só desmoralizou a corporação e acabou com seu prestígio junto à população capixaba. Eu fui comandante, falo de peito aberto, não me abaixei e fiz a vontade de secretário incompetente. Pra mim em primeiro lugar era a PM. Não é o que se vê hoje.
Infelizmente”.
Desde a última quarta-feira (31/01), o jornal A Gazeta vem publicando uma série de reportagens especiais em que mostra a situação da segurança um ano depois do estouro da crise – diga-se de passagem, uma crise anunciada, já que o governador Paulo Hartung, o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, e todo o governo já vinham sendo alertados sobre a insatisfação da tropa (dos oficiais do Alto Comando aos praças e alunos-soldados).
No primeiro dia da cobertura especial, A Gazeta publicou entrevista com o comandante-geral da Polícia Militar,coronel Nylton Rodrigues, que disse algumas coisas interessantes e esclarecedoras. Nylton Rodrigues falou da falta de união no Alto Comando; esclareceu em partes a lei de promoção dos oficiais; reconhece que a formação dos novos soldados é ruim; falou da politicagem dentro da PMES; e que os serviços de Inteligência da PM e da Secretaria da Segurança Pública falharam ao não detectar que o movimento de aquartelamento estava sendo tramado dentro dos próprios quartéis.
Em sua página no Facebook, o secretário e coronel da Reserva Oberacy Emmerich, com as seguintes palavras:
“A entrevista do CMT (comandante) é esclarecedora, mas concordo que isso tem que ter um ponto final. A mistura de arrogância de um governante autoritário e o oportunismo irresponsável de alguns pseudos colegas interessados unicamente em seus projetos pessoais foi catastrófica para a PMES e para o já sofrido povo capixaba”.
Este primeiro comentário foi feito pelo secretário Emmerich na página do jornalista Elimar Côrtes no Facebook, logo na manhã de quarta-feira (31/01). Posteriormente, no mesmo dia à tarde, o oficial repetiu o comentário também em sua página.
Outro coronel e ex-comandante-geral da PMES que não teme contrariar o governo e nem o atual comandante é o coronel Luiz Sérgio Aurich. Do alto de sua alta e vasta experiência e sabedoria, ele postou o seguinte comentário na página do jornalista Elimar Côrtes:
“A Grande Vitória está com inúmeros outdoor produzidos pelas entidades de base da PM, sinalizando que a ferida na Corporação permanece aberta. Não sei se a reportagem de hoje em A Gazeta com o Cmt Geral, mesmo parecendo sincera, possa contribuir para sua cicatrização ou piora. O bom, para nós que devemos tudo à PMES, tanto da ativa como da inatividade, e o povo capixaba, que não pode trabalhar e viver em paz sem Ela (PM), seria esse assunto ter um fim”.
Para quem não sabe, Oberacy Emmerich foi comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar em Vila Velha, do 1º Batalhão da Polícia Militar em Vitória, diretor do Centro Integrado de Operações e Desenvolvimento Social (Ciodes) da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo – onde foi chefe do atual comandante Nylton Rodrigues –, comandante do Comando da Polícia Metropolitana (CPOM), comandante geral da Polícia Militar do Espírito Santo, subsecretário Estadual de Justiça, Secretário Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana de Vitória. Em tempo: o coronel Emmerich foi comandante-geral da PMES nos dois últimos anos do segundo mandato de Paulo Hartung – entre 2009 e 2010.
Para ex-comandante Lugato, atual comandante-geral é “fantoche” do governo
Outro ex-comandante-geral da Polícia Militar a se manifestar sobre este um ano da “greve” na corporação, o coronel da Reserva Júlio César Lugato, afirma que nunca vendeu a PM, jamais abaixou a cabeça para secretários de Segurança porque sua missão era comandar a Polícia e que o atual comandante-geral, coronel Nylton Rodrigues, acaba sendo um “fantoche” nas mãos dos políticos que governam o Espírito Santo:“Eu bem perdi tempo de ler a reportagem (em A Gazeta) do comandante (Nylton Rodrigues) pelo fato de saber que ele é fantoche nas mãos truculentas de Paulo Hartung e de seu secretário (da Segurança, André Garcia) que fazem o que querem na PM, por simples subserviência de seus oficiais por interesses que só Deus sabe”, disse o coronel Lugato, que completou:
“A PM acabou muito antes dessa ‘greve’ que só desmoralizou a corporação e acabou com seu prestígio junto à população capixaba. Eu fui comandante, falo de peito aberto, não me abaixei e fiz a vontade de secretário incompetente. Pra mim em primeiro lugar era a PM. Não é o que se vê hoje.
Infelizmente”.